Involuindo, Sport perde do Vitória na Ilha e entra no Z4 em semana complicada

Série A 2017, 8ª rodada: Sport 1 x 3 Vitória. Foto: Peu Ricardo/DP

O Sport deu sequência ao seu futebol burocrático no Brasileirão, sem intensidade, como de costume, com excesso de passes laterais e muitos erros na saída de jogo. Nem a volta de Diego Souza mudou a cara do time, com o camisa 87 jogando mais adiantado e pouco participativo na criação, quase inexistente. Por sinal, a distância entre a defesa e o ataque chamou a atenção, com um deserto de rubro-negros no círculo central. Ao menos entre os pernambucanos, pois o rubro-negro baiano, excepcionalmente de branco, jogou de forma bem mais aguda, melhor o tempo inteiro.

Segundo o Footstats, o número de passes certos foi Sport 405 x 260 Vitória, com o visitante proporcionalmente errando mais, 11,1% x 12,4%. Menos passes e mais objetividade, armado bem os contragolpes. Não por acaso, nesta partida, foi o dado bruto de passes errados que comprometeu, 51 x 37. Pior para o Sport, grotesco defensivamente – numa queda brusca em relação ao jogo anterior, contra o São Paulo. Lá na frente, ainda sofreu com atuações individuais abaixo da crítica, como Oswaldo, Thomás, Samuel Xavier e o próprio DS87, resumido ao gol de carrinho. Para completar, Luxemburgo mexeu muito mal, sacando André, “punido” por uma chance perdida, que poderia ter gerado o empate. Acionou Leandro Pereira, que ainda não disse a que veio e que, tecnicamente, não muda jogo algum. Desconstruiu o mínimo.

Tão mal assim, o Sport acabou superado, 1 x 3, na primeira derrota na Ilha do Retiro. O que torna ainda pior o resultado é a tabela da Série A, pois foi o 5º jogo em casa em 8 rodadas. Portanto, a “conta” vem agora, longe do Recife, onde ainda não pontuou. De cara, Galo (quarta) e Santos (sábado), dois dos principais elencos da competição. Só uma transformação improvável, a curto prazo, tiraria o clube do Z4. Involuindo há dez dias, fez por onde…

Sport x Vitória no Recife, pelo Brasileiro
6 vitórias do Leão da Ilha
4 empates
2 vitórias do Leão da Barra

Série A 2017, 8ª rodada: Sport 1 x 3 Vitória. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Os 20 clubes da Copa do Nordeste 2018, com 11 já garantidos na fase de grupos

Os 20 clubes da Copa do Nordeste de 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A composição da Copa do Nordeste de 2018 está quase pronta. Ao menos, já saíram os nomes dos 20 clubes classificados. Uma pendenga na justiça atrasou o campeonato maranhense, que só agora definiu os seus finalistas, Sampaio e Cordino. Como cada clube ganhou um turno, ambos asseguraram vaga na 15ª edição do torneio regional. Entretanto, com a reformulação da Lampions, ainda não é possível dizer para qual etapa cada um se classificou.

O próximo Nordestão terá a mesma quantidade de participantes estabelecida em 2015, vinte, mas agora terá uma fase preliminar envolvendo oito times, com os vencedores dos quatro mata-matas avançando à fase de grupos, com doze já assegurados. Ou seja, apenas o campeão maranhense tem vaga nesta segunda fase, com o vice tendo que largar no “Pré-Nordestão”. A decisão no Maranhão está marcada para os dias 15 e 21 de junho. E essa definição tem relação direta com o Santa, que disputará a primeira fase nordestina, uma vez que os oito clubes serão divididos em dois potes no sorteio, de acordo com o Ranking da CBF – no pote 1, o tricolor enfrentará um time do 2. Se o Cordino for campeão estadual, o pote 2 teria CSA, Parnahyba, Itabaiana e Fluminense de Feira de Santana. Caso o Sampaio fique com a taça, o pote 2 teria Parnahyba, Itabaiana, Flu e Cordino.

Devido ao ranking nacional vigente, divulgado em dezembro de 2016, Sport, Vitória, Bahia e Ceará já estão assegurados como cabeças de chave no sorteio dos grupos. Caso passe da etapa preliminar, o Santa Cruz ficaria no pote 2 do novo sorteio, junto a ABC, CRB, já confirmados neste patamar. Os demais dependem dos classificados do “pré”. A premiação da próxima Copa do Nordeste deve chegar a R$ 23 milhões, num aumento de 24% em relação a edição de 2017, vencida pelo Baêa. Os estreantes da vez são Parnahyba e Cordino – até hoje, 53 clubes já participaram do regional.

Fase preliminar (8 clubes, passando 4)
Santa Cruz (3º de PE) – 26º no Ranking da CBF
Treze (vice da PB) – 69º
Globo (vice do RN) – 77º
CSA (vice de AL) – 90º
Panahyba (vice do PI) – 100º
Itabaiana (vice de SE) – 117º
Fluminense de Feria (3º na BA) – 131º
Vice do MA (indefinido)

Fase de grupos (16 clubes, com 4 grupos de 4)
Sport (finalista do PE) – 17º
Vitória (campeão na BA) – 20º
Bahia (vice na BA) – 21º
Ceará (campeão no CE) – 23º
ABC (campeão no RN) – 31º
CRB (campeão em AL) – 37º
Botafogo (campeão na PB) – 46º
Salgueiro (finalista do PE) – 49º
Confiança (campeão em SE) – 56º
Altos (campeão no PI) – 136º
Ferroviário (vice no CE) – s/r
Campeão do MA (indefinido)

A definir (fase de grupos, campeão estadual; fase pré, vice)
Sampaio Corrêa (finalista do MA) – 36º
Cordino (finalista do MA) – s/r

Dados dos participantes da Copa do Nordeste 2018:

Alagoas
CRB (campeão alagoano): 13 participações, com 1 vice
CSA (vice): 11 participações, com 2 semifinais 

Bahia
Vitória (campeão baiano): 13 participações, com 4 títulos, 3 vices e 2 semis
Bahia (vice): 13 participações, com 3 títulos, 3 vices e 3 semifinais
Fluminense de Feira (3º lugar): 6 participações, com 1 vice 

Ceará
Ceará (campeão cearense): 12 participações, com 1 título, 1 vice e 2 semis
Ferroviário (vice): 2 participações, com 2 fases de grupos 

Maranhão
Sampaio Corrêa (finalista estadual): 3 participações, com 3 fases de grupos
Cordino (finalista estadual): estreante

Paraíba
Botafogo (campeão paraibano): 13 participações, com 1 semifinal
Treze (vice): 7 participações, com 1 semifinal 

Pernambuco
Sport (finalista estadual): 12 participações, com 3 títulos, 2 vices e 4 semis
Salgueiro (finalista estadual): 3 participações, com 2 quartas de final
Santa Cruz (3º lugar): 11 participações, com 1 título e 3 semifinais 

Piauí
Altos (campeão piauiense): 1 participação, com 1 fase de grupos
Parnahyba (vice): estreante 

Rio Grande do Norte
ABC (campeão potiguar): 12 participações, com 1 vice e 1 semifinal
Globo (vice): 1 participação, com 1 fase de grupos 

Sergipe
Confiança (campeão sergipano): 9 participações, com 9 fases de grupos
Itabaiana (vice): 2 participações, com 1 quartas de final

A seleção da Copa do Nordeste de 2017, com 3 jogadores do Sport e 1 do Santa

A seleção oficial da Copa do Nordeste. Crédito: Bahia/twitter

O Bahia dominou a seleção da Copa do Nordeste de 2017. No embalo do título, o tricolor de aço emplacou seis jogadores na lista dos melhores, além do craque (Régis, também artilheiro, com 6 gols) e do técnico, Guto Ferreira, que partiu para o Inter logo depois da taça. No Sport, o vice, foram três nomes: Magrão, Rithely e Diego Souza. Curiosamente, os três já haviam sido premiados em edições anteriores do regional. Completaram a seleção o zagueiro coral Anderson Salles e o atacante David, do rubro-negro baiano. Ou seja, onze nomes presentes entre os quatro melhores colocados.

Abaixo, a lista de 2017 (divulgada pelo Bahia) e as demais seleções oficiais do Nordestão desde a retomada no calendário da CBF, há cinco temporadas. A escolha já teve vários formatos, sempre estabelecidos pelos organizadores, a Liga do Nordeste e o Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão.

2017 (Formação 4-4-2). Craque: Régis (Bahia)
Magrão (Sport); Eduardo (Bahia), Anderson Salles (Santa Cruz), Tiago (Bahia) e Armero (Bahia); Rithely (Sport), Edson (Bahia), Diego Souza (Sport) e Régis (Bahia); David (Vitória) e Edigar Junio (Bahia). Técnico: Guto Ferreira (Bahia)

2016 (Formação 4-3-3). Craque: Grafite (Santa Cruz)
Tiago Cardoso (Santa Cruz); Samuel Xavier (Sport), Tiago Sala (Campinense), Durval (Sport) e Tiago Costa (Santa Cruz); Uillian Correia (Santa Cruz), Juninho (Bahia) e Roger Gaúcho (Campinense); Keno (Santa Cruz), Grafite (Santa Cruz) e Rodrigão (Campinense). Técnico: Francisco Diá (Campinense)

2015 (Formação 4-3-3). Craque: Ricardinho (Ceará)
Luís Carlos (Ceará); Nino Paraíba (Vitória), Charles (Ceará), Thales (Bahia) e Renê (Sport); Souza (Bahia), Ricardinho (Ceará) e Diego Souza (Sport); Kieza (Bahia), Magno Alves (Ceará) e Robert (Sampaio Corrêa). Técnico: Sérgio Soares (Bahia)

2014 (Formação 4-4-2). Craque: Neto Baiano (Sport)
Magrão (Sport); Patric (Sport), Sandro (Ceará), Durval (Sport) e Renê (Sport); Luciano Sorriso (Santa Cruz), Rithely (Sport), Daniel Costa (CSA) e Ricardinho (Ceará); Magno Alves (Ceará) e Neto Baiano (Sport). Técnico: Eduardo Baptista (Sport)

2013 (Formação 4-4-2)
Pantera (Campinense); Osmar (ASA), Edivânio (Campinense), Roberto Dias (Campinense) e Glaybson (Campinense); Panda (Campinense), Lucas (Fortaleza), Bismarck (Campinense) e Ricardinho (Ceará); Assisinho (Fortaleza) e Léo Gamalho (ASA). Técnico: Oliveira Canindé (Campinense)

Total de premiações (na seleção):
13 Sport
10 Bahia
9 Campinense
Ceará
7 Santa Cruz
2 ASA, Fortaleza e Vitória
1 CSA e Sampaio Corrêa

O ranking histórico da Copa do Nordeste, com 53 clubes entre 1994 e 2017

Todas as campanhas no G4 na Copa do Nordeste (1994-2017). Arte: Cassio Zirpoli/DP

A Copa do Nordeste teve 14 edições oficiais de 1994 a 2017. Até hoje, 53 clubes dos nove estados da região já participaram do torneio. Indo além da lista de campeões, com sete times, sendo o Vitória o maior vencedor, tetra, o blog compilou todas as campanhas, literalmente. Da pioneira edição em Alagoas, quando o nome foi estabelecido, até a decisão na Fonte Nova em 2017, foram realizadas 979 partidas, com 2.702 gols marcados. No geral, uma média de 2,75. Em relação à pontuação absoluta, o Bahia assumiu a liderança isolada. Com a campanha do tri, o tricolor de aço desempatou a disputa com arquirrival, até então 239 x 239. Agora, tem cinco pontos de vantagem. Curiosamente, ambos disputaram o mesmo número de jogos (140).

Em seguida vem o Sport, cuja ausência em 2010 pesa bastante no histórico geral, pois naquele ano houve um turno com 14 rodadas – em disputa marcada pela imposição da Liga do Nordeste frente à CBF, numa batalha judicial. Apesar do vice em 2017, o leão somou menos pontos que o Vitória, semifinalista (20 x 22). Portanto, a diferença aumento em relação aos dois primeiros. Já o Santa Cruz, 3º colocado em 2017, subiu duas posições no ranking de pontos, ultrapassando Ceará e América de Natal. Entrou no G4. Enquanto isso, o Náutico amargou a terceira eliminação seguida na fase de grupos. Ainda assim, conseguiu voltar ao top ten histórico.

Outra curiosidade está lá no fim da tabela. O Uniclinic, um dos dois estreantes em 2017, registrou a pior campanha da história. Seis jogos, seis derrotas, nenhum gol marcado e -24 de saldo. É, com toda justiça, o 53º e último lugar.

Observações do blog sobre a composição dos dois quadros expostos (ranking de pontos, abaixo; ranking de colocações no G4, acima):

1) Vitória, 3 pontos. Empate, 1 ponto. Resultados da fase preliminar à final.

2) A ordem dos times no ranking de pontos foi estabelecida da seguinte forma: pontos, vitórias, saldo de gols, gols marcados. O índice de aproveitamento aparece como adendo ao rendimento de cada clube

3) A ordem no ranking de colocações foi estabelecida da seguinte forma: títulos, vice-campeonatos e semifinais (em 1998, com a fase semifinal em dois quadrangulares, foi considerada a pontuação total). O número de vezes no G4 (última coluna) aparece como adendo ao desempenho de cada clube.

4) O Torneio José América de Almeida Filho, realizado em 1976, é considerado pelo Vitória como um título nordestino. O blog entende como título de porte regional, mas não referente à mesma competição. Por sinal, em 2016 a Liga do Nordeste, através de Alex Portela (também ex-presidente do Vitória), teria enviado um ofício à CBF pedindo a oficialização do torneio, o que incluiria até a primeira edição, de 1975, que teve o CRB como vencedor. Como segue sem uma resposta oficial (e pública), o blog manteve a disputa à parte. 

5) Os asteriscos em Botafogo e Sampaio se referem às punições do STJD, perdendo 4 (2014) e 6 (2015) pontos, respectivamente. A pena se mantém.

Ranking de pontos da Copa do Nordeste (1994-2017). Crédito: Cassio Zirpoli/DP

A evolução da movimentação financeira da Copa do Nordeste, de 2013 a 2017

Bilheteria, Cotas de TV e marketing do Nordestão, de 2013 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/Infogram

Pela primeira vez a movimentação financeira do Nordestão passou da casa de R$ 30 milhões. Somando as rendas dos jogos, as cotas de participação e o investimento realizado em marketing, a edição vencida pelo Bahia registrou R$ 31.889.146. Em relação ao ano anterior, o torneio de 2017 subiu 23%. Esse dado é baseado, sobretudo, na premiação da competição, a maior da história, com R$ 18,5 milhões distribuídos aos vinte participantes.

Entretanto, nem tudo foi positivo. Embora tenha tido semifinais poderosas em termos de mercado, com Bahia x Vitória e Sport x Santa, a renda bruta das partidas não alcançou a marca de 2015, com R$ 2,76 milhões a menos. Já numa comparação com o ano anterior, os 74 jogos proporcionaram uma arrecadação de R$ 8,3 milhões (+26,9%), com quase seis mil torcedores a cada apresentação (+1,8%). Os recordes de renda e público ocorreram na finalíssima na Fonte Nova, com R$ 1,6 milhão e 41 mil espectadores.

Para que os melhores números, em termos de assistência, não fiquem restritos ao mata-mata, a Liga do Nordeste, após votação com os membros, decidiu pela redução da fase de grupos, de 20 para 16 clubes, com uma fase preliminar no estilo “Pré-Libertadores”. Ou seja, oito jogos em mata-matas e mais 62 na fase principal, com quatro grupos, quartas semi e final. O objetivo é elevar de cara a média de público para 8/9 mil torcedores. Para o próximo ano, a cota de participação deve subir 24%, chegando a R$ 23 milhões

Eis os dados de público da Lampions League nesta retomada…

Média de público do Nordestão, de 2013 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/Infogram

2017 (74 jogos)
Público pagante: 442.454
Média: 5.979

2016 (74 jogos)
Público pagante: 434.604
Média: 5.873

2015 (74 jogos, sendo 1 de portões fechados)
Público pagante: 570.777
Média: 7.818

2014 (62 jogos, sendo 1 de portões fechados)
Público pagante: 463.749
Média: 7.602

2013 (62 jogos, sendo 1 de portões fechados)
Público pagante: 517.709
Média: 8.487 

Ao analisar a soma de todas as receitas da Copa do Nordeste (direitos de transmissão na televisão, renda e marketing), fica consolidado o status de principal torneio da região, bem à frente dos estaduais. Porém, o número corresponde, hoje, a 63% da meta estimada pelo presidente da Liga do Nordeste, Alexi Portela, para o auge do torneio. Em entrevista ao blog na retomada do torneio, ele imaginou o auge justamente na próxima edição, em 2018. Na projeção, R$ 50 milhões e média de 20 mil pessoas. É possível?

A movimentação financeira do Nordestão de 2013 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/Infogram

Maior do Nordeste, a pesada alcunha disputada por Sport, Vitória e Bahia

Uniformes de Sport (Adidas), Vitória (Topper) e Bahia (Umbro) em 2017

Em 2015, aproveitando a presença na Série A e na Copa Sul-Americana, o Sport lançou uma camisa alternativa com a seguinte frase escrita nas costas: “Maior do Nordeste”. A frase impactou toda a campanha de divulgação do clube, hoje onipresente. Como não poderia deixar de ser, a alcunha acabou relativizada pelos rivais, sobretudo em Salvador, com os dois grandes clubes baianos entrando na onda. Até mesmo porque, hoje, trata-se de uma interessante disputa de mercado. O primeiro foi o Vitória, com a expressão destacada no painel da sala de imprensa. O Bahia, através de um mosaico da torcida, na Fonte Nova, manda o mesmo recado. Vale lembrar que após a confirmação da decisão da Lampions League de 2017, os dois finalistas fizeram uma ação conjunta, de forma amistosa, através da hashtag #MaioresdoNordeste.

Curiosamente, os três clubes são os únicos “cotistas” da televisão para a transmissão do Brasileiro, recebendo R$ 35 milhões no contrato atual, até 2018.

Na visão do blog, a disputa seria restrita a Sport e Bahia… E o que você acha?

Sport
A tal camisa azul, produzida pela Adidas, foi lançada em 28 de agosto de 2015. Curiosamente, Sport e Bahia se enfrentaram pouco depois pela Sula. Deu Sport. O leão sustenta a expressão devido à soma de títulos nacionais e regionais (7), número de sócios (cuja campanha utiliza a frase) e patrimônio.

Campanha de sócios do Sport em 2017. Crédito: Sport/facebook

Vitória
No rubro-negro baiano, a superioridade na região surge a partir do maior número de títulos da Copa do Nordeste. O Vitória se considera pentacampeão, embora a CBF ainda não considere de forma oficial o título de 1976, no Torneio José Américo de Almeida Filho. Penta ou tetra, é o maior vencedor regional de fato.

Painel da sala de imprensa do Vitória. Crédito: Vitória/twitter

Bahia
O mosaico proposto para a final do Nordestão 2017 é cristalino em relação ao pleito do tricolor de aço. Apresenta os títulos nacionais de 1959 e 1988. Incontestáveis e ambos com peso de Campeonato Brasileiro, após a unificação da Taça Brasil, cuja primeira edição foi vencida pelo Baêa no Maracanã.

Mosaico da torcida do Bahia. Crédito: Esporte Interativo/twitter

As cidades das finais do Nordestão, com Salvador pela 6ª vez em 14 competições

A Arena Fonte Nova, em Salvador. Foto: Itaipava Arena Fonte Nova

Em 14 edições da Copa do Nordeste, a capital baiana abriga a finalíssima pela 6ª vez. Com 42% das decisões, a cidade se divide entre a Fonte Nova, com quatro entregas de taças, e o Barradão, com duas. No caso do principal estádio de Salvador, agora reconstruído como arena, mais um confronto entre Bahia e Sport. Em 2001, diante de 69 mil pessoas, no maior público da história da Lampions League, o tricolor de aço faturou o seu primeiro título.

Com capacidade para 47.907 torcedores, a Fonte Nova será ocupada em 24 de maio por 44 mil tricolores e até três mil rubro-negros, com a disposição da torcida visitante já estabelecida (círculo vermelho, acima). Além disso, os dois estados poderão ver em sinal aberto – e o restante do país via tevê por assinatura. Embora seja a sexta final com um clube pernambucano, até hoje o Recife só abrigou uma decisão. De 1994 a 2016, em termos estatísticos, os mandantes ganharam sete títulos, enquanto os visitantes levaram a melhor em seis. Após o 1 x 1 na Ilha, o Baêa começa em vantagem pela nova orelhuda…

Abaixo, os palcos da decisão regional. Em 1994, 2001 e 2010 o título foi decidido em jogo no único. Nos demais, valeu o estádio do jogo de volta.

As sedes das 14 decisões do Nordestão
1994 – Rei Pelé, Maceió-AL (CRB (2) 0 x 0 (3) Sport*)
1997 – Fonte Nova, Salvador-BA (Vitória* 1 x 2 Bahia)
1998 – Machadão, Natal-RN (América* 3 x 1 Vitória)
1999 – Fonte Nova, Salvador-BA (Bahia 1 x 0 Vitória*)
2000 – Ilha do Retiro, Recife-PE (Sport* 2 x 2 Vitória)
2001 – Fonte Nova, Salvador-BA (Bahia* 3 x 1 Sport)
2002 – Barradão, Salvador-BA (Vitória 2 x 2 Bahia*)
2003 – Barradão, Salvador-BA (Vitória* 0 x 0 Fluminense)
2010 – Frasqueirão, Natal-RN (ABC 1 x 2 Vitória*)
2013 – Amigão, Campina Grande-PB (Campinense* 2 x 0 ASA)
2014 – Castelão, Fortaleza-CE (Ceará 1 x 1 Sport*)
2015 – Castelão, Fortaleza-CE (Ceará* 2 x 1 Bahia)
2016 – Amigão, Campina Grande-PB (Campinense 1 x 1 Santa Cruz*)
2017 – Fonte Nova, Salvador-BA (Bahia x Sport)

* Os clubes campeões

Ranking de cidades
6 – Salvador
2 – Natal, Fortaleza e Campina Grande
1 – Maceió e Recife

Ranking de estádios
4 – Fonte Nova
2 – Barradão, Castelão e Amigão
1 – Rei Pelé, Machadão, Ilha do Retiro e Frasqueirão

As redes sociais dos 40 principais clubes do Brasil até maio de 2017, via Ibope

As redes sociais dos principais clubes do Brasil em 15/05/2017. Crédito: Ibope-Repucom

O Ibope publicou a atualização das bases digitais dos clubes do país, somando os perfis oficiais nas redes sociais mais utilizadas no futebol. O levantamento de maio traz os 20 clubes da Série A e mais 20 clubes com os maiores quadros nas Séries B (13), C (4) e D (3). Ao todo, são dez nordestinos, com o Sport sendo o mais popular – o Sampaio Corrêa foi a baixa neste mês, saindo do Top 40. Das quatro redes quantificadas, entre os times da região, o leão foi quem somou mais torcedores em duas, com o rival da decisão da Lampions 2017, o Bahia, avançando em outras duas. Hoje, na lista combinada, o rubro-negro tem 231 mil pessoas a mais que o Baêa. Só não lidera no face, mas reduziu a diferença de 39 mil para 29 mil. Se no quadro nacional o Trio de Ferro aparece com o Sport em 13º, Santa em 22º e Náutico em 31º, no ranking regional as colocações são 1º, 5º e 9º, respectivamente.

Na briga pelo topo, o Corinthians segue na ponta, mas com a vantagem diminuindo mês a mês. Em maio, o Fla também chegou a 18 milhões.

Diferença entre Corinthians (1º) e Flamengo (2º)
01/2017 – 1.008.259 pessoas
02/2017 – 879.730 pessoas (-12,7%)
03/2017 – 775.363 pessoas (-11,8%)
04/2017 – 704.300 pessoas (-10,0%)
05/2017 – 449.539 pessoas (-36,1%)

Voltando ao Nordeste, o Santa Cruz já se consolidou em 5º lugar, abrindo 19 mil pessoas sobre o Fortaleza na soma das plataformas. Agora, mirando o G4, precisa tirar uma diferença de 164 mil em relação a outro time alencarino, o Vozão. Já o Náutico, o único nordestino que não conta com canal no youtube, segue no pelotão dos times de Natal, com um crescimento muito abaixo dos rivais do Recife. A seguir, a evolução dos times da região a partir da lista divulgada por José Colagrossi, diretor do Ibope-Repucom.

Os nordestinos com mais usuários nas redes e a evolução mensal
1º) Sport (2.668.731 seguidores) +47.337 (maior evolução no mês)
2º) Bahia (2.437.246) +35.258
3º) Vitória (1.550.570) +18.436
4º) Ceará (1.021.486) +11.297
5º) Santa Cruz (857.242) +13.389
6º) Fortaleza (838.076) +3.723
7º) América-RN (382.839) +1.598
8º) ABC (374.201) +4.362
9º) Náutico (356.919) +2.290
10º) CRB (233.907) +6.644

Ranking do NE no facebook
1º) Bahia (1.100.495 curtidores) +5.986
2º) Sport (1.070.652) +15.324 (maior evolução no mês)
3º) Ceará (647.577) +3.352
4º) Fortaleza (582.649) +419
5º) Santa Cruz (574.161) +3.318
6º) Vitória (414.958) +4.791
7º) América-RN (245.177) -135
8º) ABC (223.127) +1.023
9º) Náutico (210.972) +468
10º) CRB (135.529) +1.922

Ranking do NE no twitter
1º) Sport (1.311.636 seguidores) +11.979
2º) Bahia (1.158.993) +14.627 (maior evolução no mês)
3º) Vitória (992.262) +6.589
4º) Ceará (220.054) +2.963
5º) Santa Cruz (148.801) +4.188
6º) Fortaleza (137.658) +1.605
7º) Náutico (102.701) +1.113
8º) ABC (100.150) +2.131
9º) América-RN (81.444) +951
10º) CRB (46.722) +1.910

Ranking do NE no instagram
1º) Sport (258.814 seguidores) +18.346 (maior evolução no mês)
2º) Bahia (150.841) +9.493
3º) Ceará (141.143) +4.429

4º) Vitória (135.672) +6.938
5º) Santa Cruz (112.009) +3.903
6º) Fortaleza (108.681) +1.615
7º) América-RN (53.139) +376
8º) ABC (48.253) +1.133
9º) CRB (48.049) +3.237
10º) Náutico (43.246) +709

Ranking do NE no youtube*
1º) Sport (27.629 inscritos) +1.688
2º) Bahia (26.917) +5.152 (maior evolução no mês)

3º) Santa Cruz (22.271) +1.980
4º) Ceará (12.712) +553
5º) Fortaleza (9.088) +84
6º) Vitória (7.678) +218
7º) CRB (3.607) +120
8º) América-RN (3.079) +406
9º) ABC (2.671) +75
* O Náutico não possui perfil oficial

Obs. Uma pessoa pode ter contas em diferentes plataformas, com a lista contando cada uma delas. E pode seguir perfis rivais, também contabilizados. 

Confira o levantamento anterior clicando aqui.

Decifrando os campeões oficiais da Copa do Nordeste através do site da CBF

CBF dá os parabéns ao Sport pelos 112 anos. Crédito: Site da CBF/reprodução

A história da Copa do Nordeste é intermitente. Ao longo dos anos, vários torneios de caráter regional já foram disputados, o primeiro em 1946. Nomes e formatos diferentes, mas com o início oficial bem datado, 1994. Está escrito na base do troféu daquela primeira edição: “1ª Copa do Nordeste”, organizada pela federação pernambucana com o apoio do governo de Alagoas. Deu certo e foi reconhecido pela CBF, que organizou o regional a partir de 1997.

Nessas duas décadas, com outras paralisações, em 2004 e 2011, o torneio foi brigando para existir no calendário. Com a rivalidade sendo primordial para o processo. Afinal, quem não gostaria do status de maior campeão? O dono da orelhuda dourada. Desde 2012, devido a uma publicação no Guia Oficial da CBF, com dados fornecidos pelo próprio clube, o Vitória passou a se considerar “pentacampeão”. Somou as quatro taças do Nordestão ao Torneio José Américo de Almeida Filho, de 1976. Importante, mas outro torneio.

Como a confederação jamais publicou em seu site a lista de campeões, o refino da informação é paulatino. Neste 13 de maio de 2017, aniversário de 118 anos do Vitória (abaixo) e 112 anos do Sport (acima), o departamento de comunicação da CBF publicou notas de parabéns, em ambas enumerando as conquistas regionais, com quatro para o leão da barra (excluindo 76) e três para o leão da ilha (somando 94). E também desconsiderou a fase Norte-Nordeste da Taça da Brasil, na qual o Sport venceu em 1962.

Portanto, hoje, a lista de campeões oficiais da Lampions League é a seguinte:

1994 – Sport (16 participantes)
1997 – Vitória (17)
1998 – América-RN (16)
1999 – Vitória (16)
2000 – Sport (16)
2001 – Bahia (16)
2002 – Bahia (16)
2003 – Vitória (12)
2010 – Vitória (15)
2013 – Campinense (16)
2014 – Sport (16)
2015 – Ceará (20)
2016 – Santa Cruz (20) 

Títulos (13 edições): Vitória (4), Sport (3), Bahia (2), América-RN (1), Campinense (1), Ceará (1) e Santa Cruz (1)

CBF dá os parabéns ao Vitória pelos 118 anos. Crédito: Site da CBF/reprodução

As projeções da Globo, ESPN e Lance! sobre os 20 clubes da Série A de 2017

Os clubes da Série A de 2017

O Campeonato Brasileiro de 2017 será a 12ª edição com o mesmo formato, com pontos corridos e vinte participantes. O futebol nordestino segue com três representantes na elite, mas agora com um do Recife e dois de Salvador. Sobre o início da competição, fica a expectativa sobre o desempenho de cada um ao longo de 38 jogos. O Palmeiras se mantém como favorito absoluto? Em relação à Libertadores, a regra agora vale desde o início, com seis vagas, sendo quatro na fase de grupos e duas no mata-mata preliminar. Ou seja, um número maior de candidatos. Obviamente, a briga contra o rebaixamento também é tema recorrente no debate. E trata-se de uma pauta tradicional nos guias anuais país afora, com veículos nacionais avaliando as chances de todos os clubes, com critérios bem distintos. O blog compilou três listas, do portal globoesporte, do canal ESPN e do jornal Lance!. As projeções do Sport apontam para uma campanha final na zona intermediária, com 13º, 12º e 11º, respectivamente. Concorda? Na temporada passada, o rubro-negro entrou sob mais desconfiança, com 16º, 11º e 15º. Acabaria na 14ª posição.

Campeão – Palmeiras (2 projeções) e Flamengo (1)
G6 – Palmeiras (3), Flamengo (3), Atlético-MG (3), Cruzeiro (3), Corinthians (3), Santos (2) e São Paulo (1)
Z4 – Avaí (3), Atlético-GO (3), Coritiba (2), Vasco (2), Chape (1), Vitória (1), 

Globoesporte.com
O portal manteve o critério de 2016. A avaliação produzida pela equipe do GE conta com seis categorias: elenco (peso 3), retrospecto (2), finanças (2), momento (2), fator casa (1) e foco na competição (1). Cada tópico recebe de 1 a 5 estrelas, com pontuação máxima de 55. O leão melhorou um pouco a expectativa em relação 2016. Em vez de 27 pontos (16º), 29 pontos (13º).

1º) Palmeiras 46
2º) Flamengo 45
3º) Corinthians 45
4º) Atlético-MG 42
5º) Cruzeiro 38
6º) São Paulo 37
7º) Santos 36
8º) Grêmio 33
9º) Botafogo 32
10º) Fluminense 32
11º) Atlético-PR 30
12º) Vasco 30
13º) Sport 29
14º) Ponte Preta 28
15º) Coritiba 28
16º) Bahia 26
17º) Vitória 26
18º) Chapecoense 25
19º) Atlético-GO 22
20º) Avaí 21

ESPN Brasil
A projeção contou com dez jornalistas da emissora. A avaliação dos clubes aconteceu com cada um dando 20 pontos para o campeão, 19 para o vice, 18 para o 3º lugar e assim sucessivamente, até o lanterna, com apenas 1. A soma das opiniões resultou na avaliação de cada time, com pontuação máxima de 200 e mínima de 10. Sport fecharia a zona da Sula.

1º) Flamengo 189
2º) Palmeiras 187
3º) Atlético-MG 186
4º) Cruzeiro 166
5º) Corinthians 156
6º) Santos 145
7º) Fluminense 137
8º) São Paulo 136
9º) Grêmio 119
10º) Botafogo 113
11º) Atlético-PR 102
12º) Sport 83
13º) Ponte Preta 66
14º) Vitória 58
15º) Chapecoense 58
16º) Bahia 57
17º) Vasco 56
18º) Coritiba 55
19º) Avaí 16
20º) Atlético-GO 15

Lance!
Os jornalista do veículo estipularam as colocações finais dos vinte clubes, com o resultado final através de uma média. O Palmeiras, por exemplo, teve 54,5% dos votos para ser o campeão. Flamengo (27,2%) e Galo (18,3%) também foram lembrados. Sport, Atlético-PR e Grêmio foram os únicos sem votos nem para o G6 nem para o Z4.

1º) Palmeiras
2º) Flamengo
3º) Atlético-MG
4º) Cruzeiro
5º) Santos
6º) Corinthians
7º) São Paulo
8º) Botafogo
9º) Fluminense
10º) Atlético-PR
11º) Sport
12º) Grêmio
13º) Ponte Preta
14º) Chapecoense
15º) Vitória
16º) Bahia
17º) Coritiba
18º) Vasco
19º) Avaí
20º) Atlético-GO

Seleção Sportv
O programa vespertino no Sportv também fez a sua previsão, mas dividindo os clubes em quatro blocos, sem colocações distintas. O Sport ficou na “briga por Libertadores”, embora, pela ordem de apresentação, tenha sido o 10º.

Título: Palmeiras, Flamengo, Atlético-MG, Grêmio e Santos
Libertadores: Corinthians, Fluminense, Cruzeiro, Botafogo e Sport
Figuração: Atlético-PR, Bahia, Vitória, Ponte Preta e São Paulo
Contra o Rebaixamento: Chapecoense, Coritiba, Vasco, Atlético-GO e Avaí