Interior do Rio Grande do Norte, a 115 quilômetros de Natal.
Município de Santa Cruz, de apenas 36 mil habitantes.
Na primeira participação do time local na Copa do Brasil, um horário ingrato, fora da rotina da pacata cidade. Jogo às 22h desta quinta-feira.
Numa clássica falta de organização do futebol brasileiro, a partida foi agendada tão tarde para atender ao pleito da emissora de televisão com os direitos de transmissão.
Por problemas técnicos, a exibição foi abortada previamente.
Só não lembraram do relógio…
De alguma forma, isso acabou sendo melhor para o Náutico, jogando sem pressão alguma no estádio Ibezerão, com 1.249 torcedores. Alvirrubros, inclusive (veja aqui).
Em campo, uma disparidade técnica visível. Ao Timbu, era fazer como outros clubes da Série A nesta temporada e garantir a vaga logo de cara, sem vacilo.
Assim como o rival rubro-negro, a classificação saiu. Suada, nos descontos.
A vitória timbu por 3 x 1 começou a ser desenhada aos 14 minutos, quando o ala esquerdo Jefferson cruzou e o zagueiro César Marques, estreante da noite, cabeceou.
Na etapa final, Binho, atacante do Santa Cruz genérico, até deu trabalho. Primeiro, mandou no travessão de Gideão. Depois, empatou de cabeça.
Os comandados do técnico Waldemar Lemos, sem deixar o tom dominante em campo, partiram pra cima e voltaram a ficar em vantagem com Auremir.
Aos 46 minutos, na pressão pernambucana, Derley recebeu de Siloé e confirmou a vaga. Marcou o gol, festejou e logo depois se mandou para o Timbus, já na madrugada.
Se a classificação foi rápida, nada melhor que aproveitar o tempo extra. A volta ao Recife foi logo em seguida. Vaga, lanche, banho e pé na estrada.
Agora, o Alvirubro espera o vencedor da chave entre Fortaleza e Comercial-PI.
Vai ter tempo suficiente para estudar o adversário…