A hora certa está passando do ponto e o Náutico não está crescendo. Não mais.
A evolução vislumbrada na vitória sobre o Internacional tornou-se opaca nas três apresentações seguintes. Ofensivamente, o time segue confuso. O centroavante Olivera é uma figura quase nula. Não recebe uma bola sequer.
Acaba saindo de sua posição para tentar algo. Ou seja, mexe na estrutura tática da equipe, que, por sinal, ainda busca uma identidade.
Seguindo o perfil do técnico Zé Teodoro – em seu sétimo jogo pelo clube-, o meio-campo tem como prioridade a marcação.
Com Tiago Real e Maikon Leite a equipe ganhou mais velocidade. Contudo, uma marcação mais apertada trava a dupla. Vem ocorrendo em sequência.
Apesar dos problemas, e não são poucos em uma dura Série A, uma vitória bastaria para injetar confiança num grupo.
Contra o Criciúma, também em situação crítica na tabela, o Náutico teria, em tese, a sua chance de pontuar fora de casa. O semblante dos jogadores alvirrubros no intervalo deixava claro que o ciclo técnico parecia perto do fim.
Arrasado no primeiro tempo, o time sofreu três gols, de falta, num chute rasteiro e de cabeça. Até ali eram 12 finalizações catarinenses e 5 pernambucanas.
A conversa no intervalo, certamente num nível forte e necessário de cobrança, quase acordou o Náutico, que se empenhou mais na etapa final.
O estrago já estava feito, com outra goleada sofrida, 3 x 0. Em 36 pontos possíveis o time somou 8, com o pífio índice de 22%. Para o time crescer na hora certa, o discurso talvez tenha que ser dito por outro comandante…
Atualização: Zé Teodoro acabou demitido logo após a partida.