A vitória na Ilha do Retiro sobre o Guará, com menos de 12 mil torcedores, ajudou levemente o Sport. A diferença em relação ao G4 caiu de cinco para quatro pontos, agora com o Joinville na mira, em vez do Paraná. A noite desta terça teria uma rodada cheia na segundona, a 23ª, mas a partida, em Chapecó, foi adiada por volta de voo.
O Palmeiras, próximo adversário rubro-negro, já entrou em contagem regressiva para o acesso. Com mais 4 vitórias e 1 empates, o Verdão deverá assegurar a vaga.
A 24ª rodada do representante pernambucano
21/09 – Palmeiras x Sport (16h20)
Um jogo da 23ª rodada, Chapecoense x Figueirense, foi adiado para 22/10.
A vitória era essencial, para o Sport e para Geninho. Para afirmar uma recuperação e dar sequência ao comando do técnico, em sua segunda partida no time. E como no primeiro turno, o Leão voltou a vencer o Guarantinguetá.
Em vez de goleada, vitória apertada por 1 x 0, mantendo o ânimo renovado. Foi o mesmo placar do sábado, mas numa atuação um pouco melhor. Em ambas, a defesa passou zerada, um alento para um setor tão (merecidamente) criticado.
Nesta terça, repetindo o 3-5-2, mas com mudanças pontuais, com George Lucas na lateral direita e Osvaldo na zaga, o Leão parecia mais organizado, pelo menos defensivamente. Os rubro-negros tocaram bastante a bola no 1º tempo, com 61 passes a mais que o adversário (186 x 125). Contudo, foi nítida a falta de objetividade, com nenhuma finalização com perigo, apenas chutes mascados.
O domínio apenas territorial irritou parte da torcida. A partida permanecia truncada na primeira etapa, até o susto provocado por Cleiton Pedra, que arriscou de muito longe. Num chutaço, quase surpreendeu Magrão, atento.
No segundo tempo, o time manteve a formação, com Marcos Aurélio em uma noite apagada. Decisivo, Geninho mexeu na equipe e a cobrou mais. Aos 23 minutos, já com a disputa parelha, um golaço do meia Ailton, aquele mesmo revelado pelo Náutico há uma década e que acabara de entrar no lugar de Lucas Lima. Tocou duas vezes na bola. Um passe e o chute de fora da área.
O grande susto veio aos 34 minutos, com o gol paulista, numa cabeçada de Pedro Paulo, mas corretamente anulado por impedimento. Àquela altura, o Leão já havia desperdiçado duas boas chances de ampliar, mas conseguiu segurar o resultado. E ensaia uma reação em cima da hora na Série B…
O Campeonato Pernambucano de 2013 foi confuso, com um primeiro turno sem sentido, uma fase principal achatada e critérios de desempate inacreditáveis, apelando até para a moedinha. Devido ao calendário apertadíssimo em 2014, com um mês dedicado à Copa do Mundo, a tendência é que o torneio passe por uma reformulação. E que seja ainda mais corrido.
Em entrevista ao blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, informou o objetivo de organizar uma competição com menos de 21 datas.
“Já tivemos 26 datas, já em uma negociação com a CBF (que libera apenas 23 para os estaduais). Em 2014, não terá jeito. Será menor”.
Ainda não há uma fórmula padrão. A direção de competições da federação encomendou um estudo, com três propostas. Em uma delas, o torneio começaria ainda neste ano, só com os clubes intermediários.
Em comum em todas as opções, com doze clubes e com o turno principal após o Nordestão, está a manutenção do já popular sistema de semifinal e final, com jogos de ida e volta. O dirigente já havia adiantado a ideia de organizar um campeonato com 60 times, mas o “projeto” ficará para 2016 (veja aqui).
No dia 30 setembro, portanto, teremos o conselho técnico do Estadual. A reunião sobre a 100ª edição do Campeonato Pernambucano…
Como novidade assegurada, a realização da primeira final da história na Arena Pernambuco. Uma norma costurada através de contratos de trinta anos com o Náutico e de cinco temporadas com o Sport. Fora isso, uma articulação encaminhada com o Santa apenas para a decisão, segundo a FPF.
Contudo, dificilmente o local será imposto por escrito no regulamento…
“A final na Arena Pernambuco é um caminho natural, como entendemos. Estamos conversando com todos os clubes para definir logo o estádio”.
Até lá, fica a expectativa do esboço do torneio, com o mínimo de motivação.
O gasto do Náutico com o volante Magrão, em 2013, já está na história do futebol pernambucano como um dos maiores desperdícios de dinheiro.
Por apenas duas partidas, duas derrotas, diga-se, o atleta de 34 anos embolsou R$ 985 mil, segundo o levantamento do repórter Daniel Leal, do Diario. Por jogo, equivale à metade do custo de atuação de Messi e Cristiano Ronaldo (veja aqui).
O dinheiro corresponde à soma dos salários em três meses (R$ 115 mil cada) e à rescisão contratual, com 16 parcelas de R$ 40 mil. O jogador chegou em baixa no mercado e mesmo asssim conseguiu firmar um contrato inacreditável.
Numa comparação simplória, esse montante corresponde a um salário líquido de R$ 7.576, incluindo o décimo terceiro, durante uma década…
Infelizmente, Magrão não é um caso isolado. Nesta mesma temporada, mas no Sport, o também volante Rodriguinho saiu sem sequer estrear.
Nos clubes brasileiros ainda é fraca a fiscalização em relação à utilização dos recursos. Bem diferente do que ocorre nas empresas dos mesmos dirigentes.