Era um jogo complicado para “cravar” vitória. Além do adversário qualificado, apontado como um dos mais técnicos da Série B, integrando o G4, o Santa Cruz não teria os seus principais atacantes, suspensos. Juntos, Grafite e Aquino marcaram 13 gols, com o ídolo atuando apenas cinco vezes. Por isso, o 2 x 1, o sétimo triunfo seguido no Arruda, tem uma importância além da conta. Brecou o América, há quatro rodadas sem vitória, e manteve a perseguição ao G4, num hiato de quatro pontos, com uma sequência em Natal e no Recife (dois jogos).
Os titulares devem voltar, ainda que Martelotte esteja buscando a composição ideal para a dupla, mas Lelê, Luisinho e Bruno Moraes deixaram o campo conscientes do bom papel. O primeiro saiu com uma assistência e os outros com gols marcados. É verdade que o primeiro o tento foi irregular, com Lelê levantando a bola e Bruno cabeceando em impedimento, e Luisinho, no rebote, marcando também à frente. A vantagem saiu quando a partida estava amarrada. O time mineiro, treinado por Givanildo Oliveira (599 jogos pelo Santa, recordista nordestino), havia chegado com perigo duas vezes, ambas em desatenção da zaga coral, mesmo sem Danny Moraes.
Num segundo tempo instável, o América empatou após a clara falha de posicionamento na área coral. Livre, Tony escorou um cruzamento na pequena área. A festa dos cinco torcedores mineiros na arquibancada só durou oito minutos, com outro gol de bola cruzada, com Marlon mandando na medida para Bruno Moraes cabecear a la Grafa, definindo a vitória, diante de 8.532 pessoas. O esforço em campo, aliás, merecia ter tido um apoio mais significativo.