Final complicada no Arruda, com o Campinense atuando com personalidade, encaixado na defesa e arriscando contragolpes com o artilheiro Rodrigão. Arrancava o 1 x 1 até os descontos, pavimentando uma boa vantagem para Campina Grande. Enquanto isso, o Santa sentia a falta de João Paulo, suspenso. A saída não era eficiente, com Uillian Correira sobrecarregado. Só que o futebol costuma reservar espaço para heróis, mesmo longe da bola. Como Bruno Moraes, que entraram no fim, apagado. Ali, Grafite parecia ter cumprido a missão do ataque, após mais uma colaboração de Glédson.
Eis que, aos 47, numa jogada pela direita de Raniel (outro acionado no decorrer), o general recebeu livre e bateu certeiro. Um gol para explodir um mundão de gente, 2 x 1. Inverteu as previsões, deixando o Tricolor a um empate do inédito título do Nordestão. Para o domingo, fica a expectativa sobre João Paulo, pois também se recupera de lesão. Ele é primordial para o esquema e Milton Mendes, que no Arruda foi ultraofensivo. À parte de Uillian Correia, apenas jogadores de características ofensivas: Leandrinho (tentando emular JP), Lelê, Arthur, Keno e Grafite. O objetivo era claro, matar o confronto na ida.
Pois o Tricolor não perto disso, encontrando um bom rival, que já havia superado Salgueiro e Sport. Outra vez, o Campinense iniciou propondo uma aproximação dos setores, com a bola passando, limpa, nos pés de Roger Gaúcho. Além disso, mostrou um futebol de entrega. Curiosamente, quando Grafite testou para as redes, aos 33, a Raposa era melhor. No empate paraibano, através do zagueiro Tiago Sala, já aos 26 da segunda etapa, o contexto era o oposto. Nota-se que a partida estava aberta, controlada pelo árbitro pernambucano Nielson Nogueira, que substituiu Arílson Bispo da Anunciação, machucado.
Obviamente, a participação do juiz local seria contestada pelo visitante. Nielson precisaria conter a pressão. Sai tendo como maior polêmica a reclamação de uma penalidade, numa bola na mão na área coral – naquela eterno debate sobre a “norma brasileira”. Mais molho para um jogo já apimentado. O que não deixou qualquer margem de dúvida foi a finalização de Bruno Moraes, mantendo o Santa numo ao título, com resultados no limite. Foi assim com Ceará e Bahia. Não seria diferente agora. O time não fez a sua melhor apresentação no mata-mata – longe disso -, mas vai centrada para buscar a taça no Amigão.
O Santa Cruz tem a vantagem do empate, mas geralmente quem joga “com o regulamento debaixo do braço” acaba se lascando porque esquece de jogar o jogo e fica só pensando na vantagem. Tem que saber usar esse recurso na hora certa… E haja coração! Vai ser sofrido, vai ser suado, vai ser “Santa Cruz”…
Vai ser difícil, o Campinense lá é muito forte. Tem que ir pra cima, como fez o Salgueiro, que venceu lá. Não dá pra ficar só esperando.
Estava com dúvida se o santa sentiu o nervosismo ou se era cansaço, mas após o gol de Grafite o time e a torcida cresceram juntos. Vi que era nervosismo mesmo. Não só isso, João Paulo fez uma falta enorme, além da ausência de Milton Mendes no banco. E o time jogou mal, um pouco abaixo das ultimas partidas.
Quanto ao Campinense: time fraco, limitado, uma zaga que fica perdida em jogadas aéreas e um goleiro que não sabe sair. Quem estava no estádio viu a proposta do Campinense: tocar a bola e deixar o tempo passar. As vezes chegavam ao ataque, e pra nossa surpresa, não cruzavam, não chutavam, ficavam só tocando a bola, mantendo o santa longe da área deles. Cada lateral e tiro de meta era uma eternidade para bater.
Assim como foi contra o Ceará, Bahia e Náutico, o santa vai buscar esse triunfo fora de casa e tenho certeza que traremos esse titulo para Pernambuco!
Glorioso! Domingo tem mais um título!
Foi do jeito que a gente gosta (e tá acostumado), com emoção e muita raça até o final. Domingo vai ser uma guerra daquelas, mas o Santa Cruz aprendeu a ser copeiro nesses últimos anos. Rumo à sulamericana!