Da sexta-feira ao domingo, os três grandes clubes pernambucanos entraram em campo pelo Brasileiro, com resultado bem distintos. Começou com o Náutico, pela Série B, na terceira vitória em três jogos na Arena Pernambuco. No dia seguinte em Curitiba, pela elite, o Santa desperdiçou as poucas chances e perdeu do Furacão. Finalmente, na tarde de domingo, um jogo de oito gols, com o empate entre Sport e Galo. Confira as primeiras impressões do 45 minutos sobre cada jogo, no formato “telecast”, gravadas logo após o apito final.
No sábado, o Santa Cruz perdeu do Atlético-PR, em Curitiba, chegando a dois jogos sem pontuar. Assim, em uma semana, caiu do 3º para o 9º lugar. No domingo, na Ilha do Retiro, o Sport empatou com o Atlético-MG, num jogo de oito gols e saiu da zona de rebaixamento. No mesmo período do rival, somando quatro pontos, saiu da lanterna para o 16º lugar. Para isso, os leoninos precisaram esperar o último jogo da rodada, torcendo por uma derrota do Cruzeiro, o que aconteceu – São Paulo fez 1 x 0 no Mineirão.
Como não se trata de campeonato semanal, a situação tricolor no Brasileirão segue mais confortável, três pontos à frente do rival, com uma diferença no saldo de sete gols. Mais: nas duas próximas rodadas o Santa jogará no Arruda, enquanto o Sport irá atuar duas fora. Para um, a hora de recuperar as energias. Para o outro, a necessidade de seguir reagindo. Já na briga pela ponta, o Corinthians – com uma virada sobre o Coxa marcando aos 44 e 49 do segundo tempo – passou a dupla Grenal, apesar de todos somarem 13 pontos.
A 7ª rodadas dos representantes pernambucanos:
12/06 (11h00) – Coritiba x Sport (Couto Pereira) Histórico em Curitiba pela elite: 2 vitórias leoninas, 5 empates e 7 derrotas
12/06 (19h00) – Santa Cruz x Santos (Arruda) Histórico no Recife pela elite: 5 vitórias corais, 4 empates e 4 derrotas
O sol ainda nem havia ido embora e o placar eletrônico da Ilha do Retiro já havia sido mudado seis vezes. Àquela altura, o jogo já era atípico, com a alternativa formação do Galo (tendo como contraponto a presença de Robinho) construindo um 4 x 2 e freando a reação do mandante em dois momentos. Ao converter um pênalti contestável no último lance antes do intervalo, o atacante parecia ter definido o destino do Sport. Como imaginar a saída do Z4 no domingo? Sairia.
Além da pressão pela zona de rebaixamento, os leoninos ainda não haviam conseguido reagir ao tomar um gol nas três derrotas na competição. Desta vez, quando reagiu, tomou outro em seguida. Mas fazendo valer a partida atípica, o Sport foi buscar, com muita raça e uma boa dose de ousadia tática, se expondo bastante também. Com um gol de Edmílson – quem diria, útil – e outro de Diego Souza, em cobrança de falta, o Sport empatou em 4 x 4, no embalo da torcida, empurrando o time atleticano contra a sua meta por dez minutos.
Uma vitória teria sido demais, mas o pontinho, neste contexto, foi digno. Até pelo susto no fim, com uma bola na trave. O Rubro-negro mereceu os aplausos dos 14 mil torcedores – um número com potencial maior -, que se esforçam para apoiar, mas ainda gritam por mais qualidade, como um escape para Rithely, um lateral-esquerdo, um ponta e mais um centroavante, só pra começar. Em uma semana, a partir da derrota para o Corinthians, caindo para a lanterna, tendo como ponte o Clássico das Multidões, houve evolução coletiva. O que não houve foi um reforço técnico. Sem isso, nem sempre será possível reagir…
O pernambucano Rivaldo foi um dos maiores jogadores a vestir a camisa 10 da Seleção Brasileira após Pelé, e olhe que a concorrência foi grande. Mas os números explicam. O meia-atacante revelado no Santa foi eleito o melhor jogador do mundo em 1999, já no Barça, campeão mundial com a Canarinha em 2002 e autor de 37 gols em 74 jogos em uma década defendendo o país. Com esse retrospecto, o craque desabafou em sua rede social após o empate em 0 x 0 entre Brasil e Equador, na primeira rodada da Copa América de 2016.
O comentário, ilustrado por Rivaldo com a presença de Pelé, Rivelino, Zico, Ronaldinho, Kaká e o próprio, foi iniciado a partir do fato de Lucas Lima, o 10 do time atual, ser banco. Não pelo jogador, mas pelo expressivo número (hoje relegado), que historicamente se traduz como ponto alto da criatividade. Vale lembrar que nesta geração o número cabe a Neymar, que não foi chamado para poder ser utilizado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
“Ontem, senti uma grande tristeza quando assisti ao jogo do Brasil e vi que o camisa 10 estava no banco de reservas. Antes, esta camisa era uma referência para nossa Seleção. Já que Neymar, o nosso camisa 10, não está na Copa América, a camisa 10 ficou com Lucas Lima, um ótimo jogador, que só teve oportunidade aos 40 minutos do segundo tempo. Na minha opinião, Lucas Lima ou Ganso merecem ter mais oportunidades. Se não tiver um 10 em campo, o primeiro a ser sacrificado vai ser o Jonas, que não vai ter oportunidades de gol porque a bola não chega.”
Concorda com a análise de Rivaldo sobre o atual momento da Seleção?