Foi a pior rodada do Campeonato Brasileiro para os clubes pernambucanos, até o momento. Três derrotas para o Trio de Ferro, com consequências. Na sexta-feira, o tricolor perdeu a primeira como mandante – e acabou demitindo o técnico no dia seguinte. No sábado, o alvirrubro foi derrotado no Beira-Rio, num jogo com quatro pênaltis, e voltou à lanterna. Pouco depois, já à noite, pela Série A, os leoninos zeraram outra vez como visitantes – já são três jogos assim. O 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!
Tricolores e alvirrubros perderam nesta sexta rodada do Brasileiro e caíram na tabela de classificação. Na noite de sexta-feira, o Santa Cruz perdeu do Londrina, no primeiro revés no Arruda nesta edição. Com isso, caiu três posições, saindo do G4 para a 7º lugar. Na tarde do sábado, o Náutico foi derrotado pelo Internacional, em Porto Alegre, e voltou à lanterna, devido à primeira vitória do Criciúma. Agora, os times pernambucanos voltam a campo na próxima terça, juntamente aos outros 18 participantes, em mais uma “terça-feira cheia” na segundona.
Na ponta, o Juventude não só manteve a liderança como ampliou a vantagem, de 1 para 2 pontos. E o Inter enfim voltou ao G4. De vez?
Resultados da 6ª rodada Criciúma 1 x 0 CRB Vila Nova 2 x 0 América Santa Cruz 1 x 3 Londrina Paysandu 0 x 1 Goiás Inter 4 x 2 Náutico Boa 0 x 2 Juventude Brasil 2 x 3 Ceará Paraná 0 x 1 Guarani ABC 2 x 2 Figueirense Oeste 0 x 0 Luverdense
Balanço da 6ª rodada 3V dos mandantes (12 GP), 2E e 5V dos visitantes (14 GP)
Agenda da 7ª rodada 13/06 (19h15) – Londrina x Oeste (Estádio do Café) 13/06 (19h15) – Guarani x Paysandu (Brinco de Ouro) 13/06 (19h15) – Náutico x Paraná (Arena Pernambuco) 13/06 (20h30) – CRB x Vila Nova (Rei Pelé) 13/06 (20h30) – Juventude x ABC (Alfredo Jaconi) 13/06 (20h30) – Goiás x Boa (Serra Dourada) 13/06 (20h30) – Figueirense x Criciúma (Orlando Scarpelli) 13/06 (21h30) – Ceará x Santa Cruz (Castelão) 13/06 (21h30) – América x Internacional (Independência) 13/06 (21h30) – Luverdense x Brasil (Arena Pantanal)
Três jogos como visitante no Campeonato Brasileiro, três derrotas. Em todas, o Sport teve como característica marcante o futebol passivo. Desconto dado à estreia contra a Ponte Preta, quase uma formação reserva, nos jogos seguintes a inoperância ofensiva do time estagnou qualquer possibilidade de vitória. E até mesmo o empate, uma vez que defensivamente a equipe vem falhando sistematicamente, sofrendo gols em cinco dos seis jogos disputados.
Se contra o Avaí o time foi cobrado, como ficou claro na fala de Luxemburgo no vídeo de bastidores da vitória contra o Fla, diante do Vasco a equipe voltou a jogar sem inspiração. Com a posse de bola, limitou-se a trocar passes laterais na intermediária, buscando infiltrações, sem sucesso. A verticalização de jogadas é, com o perdão do trocadilho, uma barreira na equipe. Se na Ilha ainda há “coragem” para buscar algo, fora do Recife o time vem muito mal. Nada diferente do histórico do leão, manso longe de casa. Em 2017, porém, chama a atenção a quantidade de oportunidades claras. Em São Januário, teve apenas duas, com Rithely (1T) e Thomás (2T), com uma sensação de cansaço já na metade do segundo tempo.
Desta vez, o próprio Luxemburgo colaborou para a má atuação. Na quarta, melhorou o time no intervalo. Desta vez, piorou. Thallyson estava mal, mas não era o pior (era Thomás). Deu lugar ao estreante Sander, com o lateral/volante Patrick indo para o meio. Lá, nem combateu nem ajudou na criação. Escolha pior ocorreu ao tomar o gol de Luís Fabiano, livre, por mais que fosse o único a ser marcado. Acionou Leandro Pereira, deixando um hiato entre setores, pois Rithely não exerce a função de meia – o péssimo início do camisa 21 contra o Flamengo parecia ter mostrado isso. Assim, a ligação direta tornou-se recorrente. Nesta temporada, quantas vezes isso funcionou no Sport? Duas? Uma? Nenhuma. Num contragolpe, ainda levou o segundo gol. Nos acréscimos, André descontou de pênalti, 2 x 1. Só serviu para quebrar uma estatística. Ao menos o time já fez um golzinho fora de casa…
Vasco x Sport no Rio de Janeiro, pelo Brasileiro 5 vitórias do Vasco 2 empates 4 vitórias do Leão
Imerso numa crise técnica, o Náutico foi ao Beira-Rio sem grandes pretensões. Enfrentaria o Inter, o maior favorito da Série B, vindo de vitória e com o novo treinador, Guto Ferreira. Jogar com o mínimo de organização defensiva era o que se esperava, em busca algum pontinho. No intervalo, isso até acontecia. Num primeiro tempo no qual o colorado largou melhor, tendo um gol mal anulado e outro bem assinalado, ambos com Carlos, o timbu conseguiu estabilizar a pressão. Para o jogo, o meio-campo havia sido reforçado por Waldemar Lemos. A bronca era nas laterias, com Manoel e David sendo envolvidos. Ainda assim, com 43% de posse, o visitante começou a oferecer perigo através de Erick, arisco. O atacante deu dois ótimos passes para o estreante Vinicius, que aproveitou o segundo, aos 44 minutos.
A história do jogo sofre enorme transformação na etapa complementar, tendo como protagonista o árbitro Paulo Roberto Alves. Em 18 minutos, o paranaense marcou três pênaltis para o mandante. Pottker e D’Alessandro converteram e Tiago Cardoso defendeu a 3ª cobrança, de Cirino. Embora, na visão do blog, as marcações tenham sido corretas, disciplinarmente o juiz atrapalhou. Não por acaso, dois alvirrubros foram expulsos, Nirley (em péssima atuação, com duas penalidades cometidas) e Darlan.
Acuado pelas marcações – dificilmente algum time ignoraria-, o Timbu limitou-se ao seu campo, mesmo com o placar já desfavorável. No finzinho, Iago, também estreante, recebeu um lançamento e tocou na saída de Danilo Fernandes, 3 x 2. Haveria um último suspiro? Foi encerrado no minuto seguindo, em novo pênalti, esse questionável, de Tiago Cardoso. E olhe que o goleiro pegou outra cobrança! Deu nem tempo de projetar uma última bola na área, pois Cirino marcou o quarto gol com a defesa pernambucana desarmada, 4 x 2. Sobrou reclamação após o apito final..
“A diretoria coral se reuniu com o treinador neste sábado. De forma tranquila e amigável, a saída de Eutrópio foi definida. O Santa Cruz agradece os serviços prestados por Eutrópio, que foi importante no processo de remontagem do elenco para 2017.”
Vinícius Eutrópio foi o principal responsável pela formação do elenco, esfacelado após a saída dos principais nomes presentes no Brasileirão. Com um orçamento enxuto e a meta de retornar de forma imediata à elite, o técnico conseguiu dosar apostas (como Pitbull e Thomás) com jogadores de potencial, mas em baixa (como Elicarlos, Barbio etc). Com o time formado, passou longe de agradar o torcedor com o esquema adotado, de característica defensiva. Embora a limitação ofensiva justificasse a decisão, faltou ambição (tática e técnica, como a manutenção de Everton Santos) para encontrar soluções.
Com três eliminações em um semestre, a relação tornou-se bem distante. Apesar dos índices regulares, faltava “bola”. O bom início na Série B até apaziguou, mas as derrotas para Goiás (recuando o time quando fazia boa partida) e Londrina (sem compactação, em casa), quando foi expulso, encerraram o vínculo. As aspas acima, informadas pela direção coral através das redes sociais, encaminham um novo trabalho. Entretanto, cabe uma ressalva: caso o clube não regularize a situação financeira, com seguidos salários atrasados, a simples troca de comando tende a ser insuficiente…
Tricolor, o que você achou da mudança no comando técnico?
Estadual (3º lugar, eliminado pelo Salgueiro) 14 jogos; 6 vitórias, 5 empates e 3 derrotas; 23 GP e 14 GC; apt. de 54,7%
Nordestão (3º lugar, eliminado pelo Sport) 10 jogos; 7 vitórias, 1 empate e 2 derrotas; 13 GP e 5 GC; apt. de 73,3%
Copa do Brasil (oitavas, eliminado pelo Atlético-PR) 2 jogos; nenhuma vitória, 1 empate e 1 derrota; 0 GP e 2 GC; apt. de 16,6%
Série B (7º lugar) 6 jogos; 3 vitórias, nenhum empate e 3 derrotas; 8 GP e 9 GC; apt. de 50,0%
Total (jogos oficiais) 32 jogos; 16 vitórias, 7 empates e 9 derrotas; 44 GP e 30 GC; apt. de 57,2%