Na 7ª rodada das Séries A e B, resultados distintos no Trio de Ferro. Na terça, o primeiro a entrar em campo foi o alvirrubro, derrotado nos descontos. Acabou resultando na saída de Waldemar Lemos do comando técnico. Pouco depois, no Castelão, o tricolor virou o placar com mudanças ofensivas no time. Na quarta-feira, pela elite, o leão voltou a pontuar como mandante, mas ficou num placar em branco, no último jogo sem DS87, devido à Seleção. O podcast 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!
Dois anos após a partida no El Palacio, quando acabou eliminado pelo Huracán, o Sport volta à Argentina. No sorteio para a segunda fase da Copa Sul-Americana de 2017, o rubro-negro ficou na chave “O10”, onde enfrentará o Arsenal Fútbol Club. O clube é sediado em Sarandí, cidade de 60 mil habitantes no sul da região metropolitana de Buenos Aires. Com 60 anos de história, o clube conquistou as suas principais glórias nos últimos dez anos, com um título argentino (2012), uma Copa Argentina (2013) e uma Copa Sul-Americana. Isso mesmo. Em 2007, na segunda de suas seis participações, eliminou clubes como San Lorenzo e River Plate e ficou com a taça.
Hoje, o Arsenal vive um momento turbulento. Num campeonato nacional com 30 times, ocupa da 28ª posição a três rodadas do fim. Apesar da colocação, no país vizinho o rebaixamento é definido pelo “promedio”, com uma média de pontos nas últimas quatro temporadas. Nesta lista, o Arsenal está em 24º lugar, três posições acima do Z4. Na Sula, passou sem trabalho. Enquanto o leão só tirou o Danubio do Uruguai nos pênaltis, o Arsenal venceu os peruanos do Juan Aurich lá e lô, 2 x 0 e 6 x 1. Para conseguir avançar às oitavas, o Sport terá que buscar a vaga como visitante, no acanhado estádio Julio Grondona, sem o mesmo peso histórico da primeira viagem. Embora tenha capacidade oficial para 18 mil pessoas, aparenta nem a metade.
O nome da cancha é uma homenagem ao controverso ex-presidente da AFA (a CBF dos hermanos), fundador e primeiro presidente do Arsenal. Ficou lá 19 anos, até 1976. Pouco depois, assumiu a Asociación del Fútbol Argentino, por longos 35 anos, até a sua morte, em 2014, aos 83 anos.
Atualização: jogos em 06/07 (Recife, 21h45) e 27/07 (Sarandí, 19h15)
Pela participação em duas fases, o leão já soma 550 mil dólares em cotas, ou R$ 1,74 milhão. A vaga no próximo mata-mata vale mais US$ 375 mil (R$ 1,2 mi). Caso se classifique, todos os possíveis confrontos estão abaixo…
Até hoje, o Sport chegou no máximo às oitavas de final, em 2013 e 2015.
Obs. Na composição do chaveamento, cada duelo foi sorteado de O1 até O16. Os vencedores “levam” a numeração até a decisão, com o menor número em cada chave definindo a vantagem do mando de campo.
Confrontos da segunda fase da Sula (time à direita define em casa):
O1 – Racing x Independiente Medellín O2 – Deportivo Cali x Junior O3 – Palestino x Flamengo O4 – Nacional Potosí x Estudiantes O5 – Independiente x Deportes Iquique O6 – Bolivar x LDU O7 – Ponte Preta x Sol de América O8 – Fuerza Amarilla x Santa Fe O9 – Huracán x Libertad O10 – Sport x Arsenal O11 – Fluminense x Universidade Católica O12 – Oriente Petrolero x Atlético Tucumán O13 – Nacional x Olimpia O14 – Defensa y Justicia x Chapecoense O15 – Cerro Porteño x Boston River O16 – Patriotas x Corinthians
Possíveis adversários do Sport na Copa Sul-Americana 2017:
2ª fase – Arsenal (ARG)
Oitavas – Ponte Preta ou Sol de América (PAR)
Quartas – Deportivo Cali (COL), Junior (COL), Cerro Porteño* (PAR) ou Boston River* (URU)
Semifinal – Defensa y Justicia* (ARG), Chape*, Palestino (CHI), Flamengo, Fluminense*, Universidad Católica* (EQU), Bolívar (BOL) ou LDU (EQU)
Final – Patriotas* (COL), Corinthians*, Racing (ARG), Independiente Medellín (COL), Huracán (ARG), Libertad (PAR), Fuerza Amarilla (EQU), Santa Fe (COL), Nacional* (PAR), Olimpia* (PAR), Nacional Potosí (BOL), Estudiantes (ARG), Oriente Petroleto* (BOL), Atlético Tucumán* (ARG), Independiente (ARG) ou Deportes Iquique (CHI)
As duas primeiras vitórias do Sport no Campeonato Brasileiro tiveram dois pontos em comum: ambas na Ilha do Retiro e sem Diego Souza. Após outra derrota como visitante, o leão voltou ao seu reduto para enfrentar o São Paulo, de começo bem irregular sob comando de Rogério Ceni – hoje, com desfalques, parece uma equipe sem identidade. Mais uma vez, DS87 não estaria em campo, ainda na viagem de volta da Austrália, onde defendeu a Seleção. Se houve um lampejo de discurso sobre a intensidade do time com ou sem o jogador (menor maior, respectivamente), o empate em 0 x 0 talvez tenha deixado claro outro ponto, a falta de criatividade nas jogadas.
Foram 57 passes errados e 20 cruzamentos na área, apenas um terminando em finalização, numa cabeçada de André. À parte disso, toques para os lados e exploração das pontas até o limite. Pior ainda foi o desempenho no primeiro tempo, com Thallyson sem conseguir dar fluidez no setor. Peça de confiança de Luxemburgo nesse início de trabalho, o jogador ainda é verde e não apresentou futebol suficiente para essa titularidade em sequência. Ao menos Luxa corrigiu isso no intervalo, com a entrada de Everton Felipe. Mudança efetiva, com o meia ganhando mais jogadas e dando um sinal de vida na área central, arriscando infiltrações. Porém, ao tentar bastante o passe mais difícil, EF acaba tirando o encaixe do time, que suou bastante para conter os contragolpes do time paulista – Durval e Ronaldo Alves muito bem.
Em um segundo tempo melhor, o Sport contou com as entradas de Rogério (Thomás) e Juninho (Osvaldo), mas com o mesmo estilo de jogo, bem marcado. O empate acabou sendo o primeiro jogo do ano em que o rubro-negro não balançou as redes na Ilha (e foram 21). No fim ficou o alívio pela defesaça de Magrão numa cabeçada de Gilberto (ex-Santa e ex-Sport), nos descontos, e a queixa sobre dois pênaltis não assinalados por Héber Roberto Lopes – que errou nas duas vezes, na visão do blog. Ficou, também, a certeza de que a ausência do meia Diego Souza nas vitórias anteriores foi mais circunstancial do que a causa delas. Qualidade técnica faz falta, sempre.
Sport x São Paulo no Recife, pelo Brasileiro 8 vitórias do Leão 8 empates 4 vitórias do Tricolor