O ranking de títulos nacionais de elite, com 92 estrelas douradas no Brasil

O ranking de campeões nacionais, de 1959 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Ao conquistar o penta da Copa do Brasil, o Cruzeiro também tornou-se o segundo maior campeão nacional do país. Foi o 9º título do clube neste âmbito, dividindo o patamar com Santos, Flamengo e Corinthians. O quarteto só está abaixo do Palmeiras, que detém um histórico impressionante, com taças em todas as competições já realizadas pela CBF. Voltando ao time celeste, outro aspecto interessante é a vantagem ampliada sobre o Grêmio, 9 x 7, consolidando o clube como o maior vencedor fora do eixo Rio-SP.

Portanto, com o fim da copa nacional, é hora de atualizar a lista de campeões nacionais, levantada há bastante tempo pelo blog. O ranking soma três torneios extintos, a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970) e a Copa dos Campeões (2000/2002), e as vigentes Série A (1971/2016) e Copa do Brasil (1989/2017). Além da chancela, a relevância das cinco competições está na indicação dos campeões à Libertadores (observações sobre outros torneios na lista de comentários). 

Ao todo, existem 22 campeões nas 92 disputas organizadas pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Campeonato Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista do blog aponta os vencedores reconhecidos pela entidade responsável, independentemente da visão de outros jornais com critérios paralelos ao objeto oficial. Naturalmente, cada torneio tem um peso distinto no cenário nacional, em história, dificuldade etc. No entanto, em vez de definir um valor específico (o que seria subjetivo, Série A à parte), o blog optou por diferenciar os clubes com o mesmo número de títulos de acordo com último troféu, com vantagem para o mais antigo.

13 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993, 1994 e 2016; R: 1967 e 1969; CB: 1998, 2012 e 2015; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
9 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005, 2011 e 2015; CB: 1995, 2002 e 2009)
9 – Cruzeiro (A: 2003, 2013 e 2014; CB: 1993, 1996, 2000, 2003 e 2017; TB: 1966)
7 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997, 2001 e 2016)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
2 – Atlético-MG (A: 1971; CB: 2014)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)

Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).

Cruzeiro bate o Flamengo nos pênaltis e torna-se pentacampeão da Copa do Brasil

Copa do Brasil 2017, final: Cruzeiro (5) 0 x 0 (3) Flamengo. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Copeiro em sua essência, o Cruzeiro voltou a conquistar um título de peso apenas três anos após o bicampeonato brasileiro. Em BH, o time celeste superou o Fla na decisão da Copa do Brasil de 2017 e ganhou o seu 5º título, igualando-se ao Grêmio como maior vencedor. Foi uma campanha longa, com 14 jogos em 8 fases, o maior número de mata-matas de um campeão – por causa disso, faturou R$ 12,8 milhões em cotas, enquanto o Mengo sai com R$ 5,7 mi. Na jornada, eliminou todos os vices de suas taças anteriores: Grêmio (1993), Palmeiras (1996), São Paulo (2000) e o próprio Flamengo (2003).

Na decisão, após o 1 x 1 no Maracanã, sem a regra do gol qualificado como desempate, o jogo de volta indicava uma partida mais aberta. Porém, passou longe disso no Mineirão, com 61 mil pessoas. O jogo foi amarrado, sem muita exposição. No rubro-negro, apenas duas chances com Guerrero. Uma falta no travessão e um chute no ângulo de Fábio, que espalmou. No mandante, uma mudança logo na largada. Raniel, revelado pelo Santa, sentiu um estiramento e foi substituído por De Arrascaeta. E coube ao uruguaio a melhor chance, cabeceando pra fora um rebote após falha do contestado goleiro Muralha.

Copa do Brasil 2017, final: Cruzeiro (5) 0 x 0 (3) Flamengo. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Com o empate sem gols, o título foi decidido nos pênaltis pela 2ª vez em 29 edições – curiosamente, em 2015 também só ocorreu devido à mudança na regra do gol fora, após 1 x 0 e 1 x 2 entre Santos e Palmeiras. Nas cobranças, Muralha manteve o mau desempenho no clube carioca, com apenas 1 defesa em 21 penalidades. Já no Cruzeiro, Fábio foi novamente decisivo. Na semi, pegou o chute de Luan. Na final, parou Diego. Ambos selecionáveis. Copeiro...

Campanha do título do Cruzeiro
1ª fase (128 avos) – vs Volta Redonda (2 x 1)
2ª fase (64 avos) – vs São Francisco-PA (6 x 0)
3ª fase (32 avos) – vs Murici-AL (2 x 0 e 3 x 0)
4ª fase (16 avos) – vs São Paulo (2 x 0 e 1 x 2)
5ª fase (oitavas) – vs Chapecoense (1 x 0 e 0 x 0)
6ª fase (quartas) – vs Palmeiras (3 x 3 e 1 x 1)
7ª fase (semifinal) – vs Grêmio (0 x 1 e 1 x 0, com 3 x 2 nos pênaltis)
8ª fase (final) – vs Flamengo (1 x 1 e 0 x 0, com 5 x 3 nos pênaltis)

14 jogos; 7 vitórias, 5 empates e 2 derrotas; 23 GP e 9 GC; +14 SG

Os maiores campeões da Copa do Brasil (1989-2017)
5 – Grêmio e Cruzeiro
3 – Corinthians, Flamengo e Palmeiras
1 – Criciúma, Inter, Juventude, Santo André, Paulista, Fluminense, Sport, Santos, Vasco e Atlético-MG

Copa do Brasil 2017, final: Cruzeiro x Flamengo. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Classificação da Série B 2017 – 26ª rodada

A classificação da 26ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesporte2

Foram nove partidas na terça-feira e uma na quarta, na “preliminar” da decisão da Copa do Brasil. Começou com o empate do tricolor, num jogo muito corrido no Arruda, com lances de perigo de ambos os lados, até os descontos. Embora a vitória não tenha vindo, o pontinho somado foi determinante para manter o Santa fora do Z4, na mesma condição da rodada anterior: à frente do Figueira pelo saldo (-5 x -7). Na sequência, mas lá em Curitiba, o alvirrubro perdeu a terceira seguida. Com isso, viu a distância para o 16º colocado, justamente o rival, subir de 8 para 9 pontos.

Encerrando a rodada, o duelo valendo a liderança da Série B, que havia sido adiado devido a um show da banda The Who no Beira-Rio. Em campo, diante de 36 mil torcedores, um jogo bem parelho, com o Inter batendo o América com um gol de Nico López aos 40/2T. Logo depois, o atacante recebeu o amarelo e está suspenso contra o tricolor pernambucano.

Resultados da 26ª rodada
Santa Cruz 0 x 0 Ceará
Criciúma 1 x 1 Figueirense
Brasil 0 x 1 Luverdense
Vila Nova 3 x 0 CRB
Oeste 4 x 1 Londrina
Paraná 3 x 0 Náutico
Boa 2 x 0 Goiás
ABC 1 x 1 Juventude
Paysandu 2 x 1 Guarani
Internacional 2 x 1 América 

Balanço da 26ª rodada
6V dos mandantes (18 GP), 3E e 1V dos visitantes (6 GC)

Agenda da 27ª rodada
29/09 (19h15) – Figueirense x Paraná (Orlando Scarpelli)
29/09 (20h30) – Londrina x CRB (Estádio do Café)
29/09 (20h30) – ABC x Goiás (Frasqueirão)
29/09 (21h30) – Juventude x Paysandu (Alfredo Jaconi)
30/09 (16h30) – Internacional x Santa Cruz (Beira-Rio)
30/09 (16h30) – Vila Nova x Brasil (Serra Dourada)
30/09 (16h30) – Náutico x Boa (Lacerdão)
30/09 (19h00) – Luverdense x Ceará (Passo das Emas)
30/09 (19h00) – Guarani x Criciúma (Brinco de Ouro)
01/10 (11h00) – América x Oeste (Independência)

Time juvenil do Timbu estreia na Copa do Brasil com 7 atletas. E jogo dura 1 minuto

Copa do Brasil Sub 17 de 2017, 1ª fase: Náutico x Atlético-MG. Crédito: Renato Barros/reprodução

Embora seja dono de um dos melhores centros de treinamento do Nordeste, o CT Wilson Campos, com infraestrutura e quatro campos oficiais em 49 hectares, o Náutico vem tendo recorrentes problemas na organização da base. Após a eliminação na Copa do Brasil Sub 20, devido a uma escalação irregular, agora o clube conseguiu a proeza de sofrer um W.O. como mandante, na estreia da Copa do Brasil de 2017.

Em jogo marcado para o estádio Ademir Cunha, em Paulista, o time juvenil do alvirrubro se apresentou com apenas sete jogadores para enfrentar o Atlético Mineiro, campeão em 2014. O atraso nas regularizações impediu uma escalação mínima para o técnico Paulo Júnior, Como a regra prevê o início do jogo neste limite, com quatro a menos, a bola rolou no 7 x 11. Porém, perdeu outro jogador com menos de um minuto, após a ‘lesão’ de um alvirrubro. Com seis em campo, foi decretado o fim lamentável, com a eliminação.

Eis súmula feita pelo árbitro Ricardo Jorge Ribeiro, do próprio quadro da FPF.

“Motivo de atraso no início e/ou reinício, e de acréscimos: 

A partida começou com um atraso de sete minutos, devido a equipe do Náutico ter entrado ao campo de jogo às 15h05. A partida, aos 46 segundos de jogo, foi paralisada devido ao atleta Luiz Wagner da Silva Costa, nº 8, do Clube Náutico Capibaribe, ter se lesionado quando na disputa da bola de forma normal. Paralisei a partida para o referido atleta receber atendimento médico. Após isso, o médico do Clube Náutico, sr. Igor Dantas de Oliveira, falou que o mesmo não tinha condições de continuar no jogo. Com isso, a equipe do Clube Náutico ficou com seis atletas em campo de jogo. Informo também que no banco de reservas havia um atleta (goleiro) suplente nº 12, Jailton Rodrigues de Sena Junior, que estava sem condições de jogo segundo o referido médico de sua equipe. Após esperar o tempo regulamentar dei por encerrada a partida. As equipes não se encontravam mais em seus vestiários quando da entrega das comunicações de penalidades”

Um vexame no naipe da A2. Ao menos o Sete de Setembro inscreveu 11.

Copa do Brasil Sub 17 de 2017, 1ª fase: Náutico x Atlético-MG. A súmula do jogo... Crédito: CBF/site oficial

A evolução de mercado das marcas dos clubes do Nordeste, via consultoria BDO

As projeções das marcas dos maiores clubes do Nordeste de 2011 a 2017, via BDO. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via infogram

A consultoria BDO RCS publica avaliações sobre as marcas dos clubes brasileiros desde 2009. Inicialmente, no entanto, focava (ou divulgava) apenas os principais clubes de SP, RJ, MG e RS. Os times do nordeste começaram a aparecer com regularidade a partir do levantamento de 2011. Desde então, o “G7” da região sempre figurou no estudo de mercado. A partir disso, o blog compilou os dados brutos de cada um, considerando os três principais clubes do Recife, os dois de Salvador e os dois de Fortaleza. Somente em 2017 outros dois nordestinos foram mensurados, ABC (9,0 mi) e Sampaio (6,3 mi).

Acima, os números de cada clube, em milhões de reais. Abaixo, a evolução numérica em quatro cenários distintos.

Lembrando que a metodologia de escolha e análise dos clubes utiliza dados financeiros, pesquisas com torcedor, informações de marketing de cada clube e dados econômicos e sociais dos brasileiros. Ao todo são 21 variáveis.

Confira os rankings nacionais: 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017.

Nordeste (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza)
No cenário regional, a dupla Ba-Vi dominou o topo nos cinco primeiros anos, com Vitória 1x (2011) e Bahia 4x (2012, 2013, 2014 – o ano mais achatado no pódio – e 2015). Em 2016, quando superou a barreira de R$ 100 milhões, o Sport assumiu a liderança, mantendo também em 2017. Considerando os outros times, a melhor marca foi do Náutico, com R$ 38,3 milhões em 2014. Na última edição do estudo, a diferença entre esses quatro foi de 9,4 mi, num sinal de equilíbrio pela 4ª força – mantida pelo timbu há sete anos.

As projeções das marcas dos maiores clubes do Nordeste de 2011 a 2017, via BDO. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via infogram

Pernambuco (Náutico, Santa Cruz e Sport)
Em 2017, o leão pernambucano estabeleceu uma diferença de R$ 72,3 milhões sobre a soma de Náutico e Santa. Já são três anos consecutivos com a projeção do Sport acima dos rivais agregados. A última vez em que alvirrubros e tricolores, juntos, superaram o rubro-negro foi em 2014, por 1 milhão de reais – neste contexto, a maior diferença foi em 2013, com R$ 18,2 mi. Numa comparação apenas entre Náutico e Santa, o timbu segue à frente desde o início, impressionando a vantagem nos últimos dois anos, quando os corais conseguiram o acesso à elite e ainda ganharam o Nordestão.

As projeções das marcas dos maiores clubes de Pernambuco de 2011 a 2017, via BDO. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via infogram

Bahia (Bahia e Vitória)
O Baêa ficou sete anos fora da elite nacional, de 2004 a 2010. A má situação nos gramados refletiu na avaliação de 2011, ano de sua volta, com R$ 12,3 milhões a menos que o maior rival. Seria a única vez. Desde então são seis anos na liderança do estado, impondo até R$ 34,3 milhões a mais, em 2016. A aquisição do CT “Cidade Tricolor” deve influenciar ainda mais em 2018.

As projeções das marcas dos maiores clubes da Bahia de 2011 a 2017, via BDO. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via infogram

Ceará (Ceará e Fortaleza)
O vozão sempre esteve à frente do rival. Porém, a maior diferença entre os alencarinos ocorreu em 2011, ano em que o Ceará disputou a Série A pela última vez. A marca alvinegra ficou R$ 6,1 milhões à frente do FEC, que já estava na terceira divisão, onde seguiria até 2017. As melhores avaliações de ambos foram nesta última versão.

As projeções das marcas dos maiores clubes do Ceará de 2011 a 2017, via BDO. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via infogram