O regulamento do Campeonato Pernambucano de 2016 dava à FPF o direito de escolha dos estádios das finais, num poder semelhante ao adotado pela federação paulista. Durante um dia, foi especulada a possibilidade de levar os dois jogos entre Santa e Sport para a Arena Pernambuco, devido à “proposta vantajosa” articulada pelo secretário estadual de esporte, Felipe Carreras. Na prática, tricolores e rubro-negros não chegaram nem perto de ceder à ideia, optando por mandarem seus jogos no Arruda e na Ilha do Retiro.
O próprio mandatário da federação lavou as mãos sobre a decisão, até porque, por mais que esteja na regra, neste caso é justo que a vontade dos clubes também seja respeitada. Com os locais já confirmados pela entidade através de ofício, voltou o cenário óbvio, com a ida no Arruda, em 4 de maio (21h45), e a volta na Ilha, no dia 8 (16h). Por sinal, a casa leonina receberá a grande decisão do campeonato estadual pela 28ª vez. É um recorde absoluto no futebol local, que neste ano chega à 68ª final, contabilizando sete palcos no Recife.
A estatística é específica, levando em conta os estádios onde as taças foram erguidas, após finais em ida e volta, melhor-de-três ou extra. A observação se faz necessária pois ao longo de um século várias edições tiveram campeões de forma direta. O próprio estádio Adelmar da Costa Carvalho já teve outras nove voltas olímpicas (seis do Sport e três do Náutico), mas sem precisar de uma final. Curiosamente, lá os corais têm vantagem contra os leoninos, 8 x 6.
Eis os palcos de todas as finais do Pernambucano de 1915 a 2015:
Ilha do Retiro (27)
Sport (15, com 55%) – 1948, 1961, 1962, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006 e 2010
Santa Cruz (9, com 33%) – 1940, 1946, 1957, 1971, 1973, 1986, 1987, 2012 e 2013
Náutico (2, com 7%) – 1954 e 1965
América (1, com 3%) – 1944
Arruda (16)
Santa Cruz (8, com 50%) – 1970, 1976, 1983, 1990, 1993, 1995, 2011 e 2015
Náutico (6, com 37%) – 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004
Sport (2, com 12%) – 1977 e 1980
Aflitos (15)
Náutico (7, com 46%) -1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974
Sport (5, com 33%) – 1917, 1949, 1953, 1955 e 1975
Santa Cruz (3, com 20%) – 1947, 1959, 1969
Avenida Malaquias (3)
América (1, com 33%) – 1921
Santa Cruz (1, com 33%) – 1932
Náutico (1, com 33%) – 1934
Jaqueira (3)
Santa Cruz (2, com 66%) – 1933 e 1935
Sport (1, com 33%) – 1920
British Club (2)
Flamengo (1, com 50%) – 1915
Sport (1, com 50%) – 1916
Arena Pernambuco (1)
Sport (1, com 100%) – 2014
Bom dia!
O meu recado vai para os recalcados. O Futebol do NORDESTE é tão FORTE, que apenas um (01) clube ganhou um BRASILEIRO DA PRIMEIRA DIVISÃO de fato e de DIREITO. O BAHIA
Sou VASCÃO, odeio o FLAMENGO, mas o CAMPEÃO DE 87 FOI O FLAMENGO. Jogou e venceu do Santos, S.Paulo, Timão, Botafogo, Fluminense, Cruzeiro, Galo,Vasco, etc. Já o SPORT de MERDA jogou e venceu, Guarani, CRB, treze, campinense, ibis, batata doce FC, Cenoura FC, Tomate FC. FALA SÉRIOOOOOOOOOOOOOOOO FUTEBOL É COISA SÉRIA, DOA A QUEM DOER.
Ilha do manguezal, nunca foi um palco decente para uma uma final. A final já começa enfeiada.
Cássio, boa noite,
Dado altamente importante para o nosso futebol. Parabéns, como sempre, pela pesquisa e colocação da matéria.
Relembro, ainda, uma ótima curiosidade (já divulgada por você) de que aconteceram finais de estadual em estádios previamente definidos, o que “tira o mando de campo”. Desta forma, o Sport, por exemplo, já disputou finais na Ilha também não sendo mandante.
Nota do blog
Sim, Lucas. Algumas finais aconteceram na Ilha simplesmente por ser o único estádio com capacidade na época. O Arruda só começou a abrigar decisões a partir da década de 1970. Até ali, o Santa já havia sido “mandante” em vários jogos, mesmo na casa dos rivais. Abraço.