A vitória do Náutico sobre o Vitória, na Arena Pernambuco, recolocou o time no G4 da segunda divisão. Com o resultado, o Timbu subiu do 5º para o 3º lugar, com 27 pontos, apenas um abaixo do Botafogo, ainda na liderança. Enquanto isso, em Santa Catarina, o Santa Cruz ficou no empate sem gols com o Criciúma. O Tricolor manteve a 9ª colocação nesta 14ª rodada, mas agora viu a distância em relação à zona de classificação à elite aumentar. De seis para sete pontos.
Também é digno de registro a péssima campanha do Ceará. O atual campeão da Copa do Nordeste tem apenas 1 vitória em 14 jogos, perdido em último lugar, a oito pontos do 16º. Nesta rodada, foi derrotado pelo outrora lanterna Mogi Mirim por 3 x 2, no Castelão, frustrando os 19 mil torcedores presentes.
No G4, um carioca, um mineiro, um pernambucano e um baiano.
A 15ª rodada dos representantes pernambucanos
28/07 (19h30) – Santa Cruz x Bahia (Arruda)
28/07 (19h30) – Paraná x Náutico (Durival de Britto)
O empate com Grêmio foi ótimo. Foi apenas a 4ª vez em 21 partidas que o Sport não saiu derrotado pelo tricolor gaúcho em Porto Alegre. A partida marcava uma disputa direta pelo G4, na qual brecar o adversário, mesmo sem vencer, seria suficiente. Mais. Danilo Fernandes teve uma atuação excepcional, salvando até o último lance da noite. Dito isso, o 1 x 1 mantém o time em alta. Agora, os pontos desfavoráveis. Foi a primeira vez em quinze rodadas que o técnico Eduardo Batista abriu mão de sua convicção, de sua estrutura tática, que vinha dando muito certo. Optou por três volantes, tirando a mobilidade do meio-campo e o esquema com dois jogadores abertos, ladeando André.
Ao fim da partida, consciente de que no primeiro tempo a ideia não deu certo, justificou: “Eu precisava dar uma proteção ao Danilo com Wendel por aquele lado”. O lateral ocupava a vaga deixada por Renê, suspenso. Criticado pela torcida, Danilo se tornou um alvo maior ao errar o bote aos 44 minutos do primeiro tempo, com Pedro Rocha aproveitando para abrir o placar. O lance terminou uma atuação irreconhecível da equipe, se limitando à defesa. Enquanto isso, o Grêmio pressionou a saída de bola e soube se impor diante de um esquema defasado. Foi melhor. Em finalizações, 7 x 1, com 56% de posse.
No intervalo, Elber entrou no lugar de Mancha, fazendo o time remontar a sua desenvoltura mesmo fora de casa – foi assim num Mineirão com 50 mil pessoas, apesar da derrota para o Galo. Nos primeiros minutos o jogo já melhorou, com a bola ficando mais no campo adversário. Até o empate, num cruzamento de Danilo (se redimindo) para Diego Souza escorar de ombro, a la futevôlei. Para virar o placar, faltou mais ímpeto nos contragolpes, com a bola parando quase sempre (Wendel abusou de tocar para trás). Isso diante de um mandante afobado, com zagueiros e o goleiro suplentes. Embora a vitória como visitante ainda não tenha vindo, o empate ficou de bom tamanho. E deixou claro que o time tem uma cara, e que o treinador mantenha a sua convicção.
Os tricolores fizeram um primeiro tempo equilibrando as ações do Criciúma no estádio Heriberto Hülse. Para ser mais justo, o time pernambucano criou as melhores oportunidades nos primeiros 45 minutos, ficando a alguns centímetros de abrir o placar. Foram três lances de impedimento, com o time mostrando afobação. Em um lance, Bileu cruzou e Anderson Aquino até cabeceou para as redes, mas estava um tiquinho de nada adiantado. Martelotte reconheceu a dificuldade da partida, num campo pesado, com frio.
Coincidência ou não, o rendimento caiu no segundo tempo, com o mandante pressionando mais, exigindo Tiago Cardoso – o que não ocorreu muito em sua volta. Aos sete minutos, Natan, ex-Santa, invadiu a área e se chocou com o goleiro. O árbitro alegou simulação. Ficou o alerta, porque a bola catarinense pingaria na área outras vezes. Em uma delas, no bololô, Lúcio salvou. No fim, o empate já estava de bom tamanho, apesar de o Tricolor ainda ter tido uma cabeçada aos 49, com o goleiro salvando, 0 x 0. Ficou o ponto precioso em uma cancha complicada para qualquer participante da Série B.
Se ambos começaram a peleja em condições idênticas (5v, 3e, 5d), terminaram da mesma forma. Melhor para o Santa Cruz, que segue pontuando até a estreia de Grafite (em 8 de agosto). O foco agora é no clássico nordestino contra o Bahia, terça-feira. A movimentação de sócios nos últimos dias, pulando de 4 mil para 7 mil adimplentes, precisa ser revertida para a presença nas arquibancadas do Arruda. Num campo favorável, com clima bom.
O goleiro Júlio César teve uma atuação destacada em uma tarde na Arena Pernambuco na qual, coletivamente, o Náutico não esteve em seus melhores dias. Muitos passes errados e aproveitamento fraco nas chances efetivas de gol. Mas não deixou de lutar, algo que não pode faltar jamais na Série B, sobretudo num jogo duríssimo contra o Vitória, valendo o G4. E de virada, o Timbu fez 2 x 1. Com 27 pontos, subiu ao 3º lugar, a apenas um do líder Botafogo. O resultado deve ser comemorado, pois o rendimento não parecia indicar a vitória.
Basta analisar João Ananias, dos principais nomes alvirrubros. Contra o Vitória, a sua atuação refletiu diretamente no placar do primeiro tempo. No comecinho, fez uma inversão displicente, com os baianos armando um contragolpe até o gol de Rhayner, na lei do ex”. Nos Aflitos, o atacante passou em branco. Como adversário, marcou de cara. Voltando a João Ananias, o volante teve nos pés a grande chance, cara a cara com o goleiro, chutando mal, para longe. Ainda na primeira etapa, os dois times ficaram com dez. Elton, outro ex-alvirrubro, e Gastón foram expulsos – o uruguaio foi agredido. Na confusão, Rhayner fez um gesto obsceno para a torcida do Náutico, flagrado pela transmissão da tevê (cabe punição, viu STJD?). O atacante alega ter sido ofendido.
Na segunda etapa, o visitante teve um domínio territorial no meio-campo, matando boa parte das jogadas pernambucanas. E aí entrou a figura do camisa 1, pegando muito. Àquela altura, Douglas já havia sofrido e convertido o pênalti, chegando a 6 gols na competição e justificando as sondagens de Flamengo e Grêmio – a multa é de R$ 1,5 milhão. Na reta final, o treinador alvirrubro colocou Rafael Pereira na zaga, no lugar de Gil Mineiro, para não acabar surpreendido. Ocorreu o oposto, positivamente. O defensor foi ao ataque e marcou, três minutos depois. Uma tarde às avessas, ainda bem.
Hernane Brocador e Grafite, o maior artilheiro do novo Maracanã e o craque da Bundesliga de 2009. Camisas 9 e 23. Duas contratações de peso no futebol pernambucano em 2015, ambas oriundas do “mundo árabe”, o centro bancado pelos petrodólares. Mas os caminhos até o Recife foram bem distintos.
O primeiro a ser anunciado foi Hernane, pelo Sport , em 28 de abril, no meio de um litígio com o Al Nassr, da Arábia Saudita, onde alegava três meses de salários atrasados. O imbróglio da rescisão foi parar na Fifa. Antes da solução do caso leonino, um sonho antigo no Arruda foi tornou-se realidade.
Após uma saída tranquila do Al-Sadd, do Catar, Grafite firmou um contrato de um ano com o Santa Cruz, no maior investimento da história do clube. Após dias de especulação, a confirmação veio em 30 de junho. Ao todo, o gasto coral com o centroavante de 36 anos será de R$ 2 milhões. Depois disso, enfim veio a liberação internacional para o Brocador, de 29 anos, seguida da inscrição no boletim informativo diário da CBF, com a ponte via Mirassol. Uma espera de “apenas” 86 dias até o acordo na Ilha do Retiro, com validade até dezembro.
Em relação ao rendimento, Hernane passou dois anos na Arábia Saudita e Grafite passou cinco entre Emirados Árabes e Catar. Tecnicamente, pode haver uma perda (em ambos)? E o tempo de readaptação ao futebol brasileiro?
As respostas virão nas Séries A e B, com foco e cobrança nos dois nomes.
A honra da pioneira participação do país em um torneio da Conmebol coube a um clube nordestino. O Bahia disputou a Libertadores de 1960 na condição de campeão da primeira Taça Brasil. Em mais de 50 anos de competições sul-americanas oficiais, são contabilizadas 30 participações de 9 times da região.
Até hoje, três torneios já contaram com representantes do Nordeste. Além da Libertadores (cuja vaga é a mais difícil) e da extinta Copa Conmebol, a Sul-Americana veio para suprir a demanda por disputas do tipo. Já são nove edições consecutivas com ao menos um nordestino presente, de 2009 a 2017.
Em relação ao desempenho, o máximo alcançado foi a final, uma vez. Em 1999, no último ano da Copa Conmebol, o CSA decidiu o título contra os argentinos do Talleres, perdendo com um gol aos 45 do segundo tempo. O time alagoano se aproveitou da vaga aberta à Copa do Nordeste, uma vez que o Vitória, campeão daquela regional, declinou do convite. O vice, Bahia, e o terceiro colocado, Sport, também. Na quarta posição, o alviazulino de Maceió topou e fez história.
A conquista internacional segue inédita… Até quando?
Taça Libertadores da América 1960 – Bahia (quartas de final, 1ª fase – 2 jogos) 1964 – Bahia (pré-libertadores, 1ª fase – 2 jogos) 1968 – Náutico (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos) 1988 – Sport (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos) 1989 – Bahia (quartas de final, 3ª fase – 10 jogos) 2009 – Sport (oitavas de final, 3ª fase – 8 jogos) Ranking de participações (6): Bahia 3; Sport 2; Náutico 1
Copa Conmebol 1994 – Vitória (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos) 1995 – Ceará (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos) 1997 – Vitória (quartas de final, 3ª fase – 4 jogos) 1998 – América-RN (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos) 1998 – Sampaio Corrêa (semifinal, 3ª fase – 6 jogos) 1999 – CSA (vice-campeão, 4ª fase – 8 jogos) Ranking de participações (6): Vitória 2; Ceará, América-RN, Sampaio Corrêa e CSA 1
Copa Sul-Americana 2009 – Vitória (oitavas de final, 2ª fase – 4 jogos) 2010 – Vitória (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2011 – Ceará (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2012 – Bahia (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2013 – Sport (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos) 2013 – Bahia (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos) 2013 – Vitória (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2013 – Náutico (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2014 – Bahia (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos) 2014 – Vitória (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos) 2014 – Sport (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2015 – Sport (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos) 2015 – Bahia (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2016 – Santa Cruz (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos) 2016 – Sport (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2016 – Vitória (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2017 – Sport (quartas de final, 4ª fase) – 8 jogos 2018 – Bahia (a disputar, 2 jogos) Ranking de participações (18): Vitória, Sport e Bahia 5; Ceará, Náutico e Santa Cruz 1
Ranking de participações internacionais oficiais (até 2017)
8 – Bahia 7 – Vitória e Sport 2 – Náutico e Ceará 1 – Sampaio Corrêa, América-RN, CSA e Santa Cruz
Nº de partidas (até a 1ª fase da Sula 2018) 34 – Sport 28 – Bahia 20 – Vitória 8 – CSA e Náutico 6 – Sampaio Corrêa 4 – Ceará e Santa Cruz 2 – América-RN
Nº de vitórias (até as quartas da Sula 2017) 12 – Sport 11 – Bahia 9 – Vitória 4 – CSA 3 – Sampaio Corrêa 2 – Náutico e Santa Cruz 1 – Ceará 0 – América-RN
A 154ª edição do 45 minutos foi gravada em duas partes. Antes do jogo Santos x Sport, analisamos a regularização de Grafite e a liberação da Fifa para Hernane. Tecnicamente, quem ajudará mais? E o custo-benefício? Na sequência, a expectativa para o duro confronto entre Criciúma e Santa Cruz – além do novo uniforme. Em seguida, os bastidores do Timbu, com a rusga entre o técnico Lisca e o (ex?) executivo Carlos Kila. Seguimos com Náutico x Vitória, na arena, valendo um lugar no G4. Após o jogo da Copa do Brasil, na quarta, a pauta foi, claro, a má atuação do Leão na Vila Belmiro, além da projeção do futuro, com o clássico contra o Bahia pela Sul-Americana.
Confira o infográfico com as principais atrações do programa aqui.
Neste podcast de 1h34m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Sport e Bahia já se enfrentaram em inúmeras competições nos mais de oitenta anos de história. Entre as principais, Taça Brasil, Séries A e B e Nordestão. Agora, mais um importante capítulo, com a Copa Sul-Americana. Isso mesmo, o duelo entre os dois campeões nacionais de elite da região terá uma versão internacional pela primeira vez. O Leão entrou na disputa como Brasil 2, enquanto o Bahia ficou como Brasil 7. Ao vencedor da chave, o direito de viajar até Buenos Aires para enfrentar Huracán ou Tigre nas oitavas de final.
No tradicional clássico nordestino, um fato é inegável. A vantagem tricolor é enorme em mata-matas: 6 x 1. Os baianos avançaram nas quartas da Taça Brasil (1959 e 1963) e do Brasileiro (1988), na semi do Nordestão (1997 e 2015) e ainda ganharam uma final regional (2001). A favor do time pernambucano, a semifinal da Copa do Nordeste de 1994. Sem dúvida, o Baêa é o maior algoz do Leão. Só como curiosidade, vale lembrar que ambos decidiram um torneio internacional, em caráter amistoso. Em 1997, na Copa Renner, após um empate em 3 x 3, o time de Salvador ficou com a taça nos pênaltis. Na Ilha do Retiro.
2013
20/08 – Sport 2 x 0 Náutico
20/08 – Náutico 2 (1) x (3) 0 Sport
2014
28/08 – Sport 0 x 1 Vitória
03/09 – Vitória 2 x 1 Sport
2015
19/08 (22h) – Bahia x Sport
26/08 (22h) – Sport x Bahia
Considerando as partidas oficiais e os amistosos, são 82 jogos desde 1932, de acordo com o pesquisador Carlos Celso Cordeiro (veja a lista aqui). 20 vitórias do Sport 28 empates 34 vitórias do Bahia
Pelo terceiro ano seguido, o Sport disputará a Copa Sul-Americana. Nas outras oportunidades, precisou ser eliminado na Copa do Brasil para obter a vaga. Em 2013, após ser superado pelo ABC, viu a vaga caiu no colo, com sorte. Em 2014, após o título nordestino, optou publicamente pelo torneio internacional e escalou os reservas contra o Paysandu. Em 2015, novamente com a pré-vaga, o discurso era pela competição da Conmebol, mas a boa campanha no Brasileirão mudou a opinião e aí a diretoria cometeu um erro institucional.
Ao declarar a preferência pela Copa do Brasil, apontando a Sul-Americana como “desgastante”, devido às viagens, a direção rubro-negra desvalorizou a competição antes de disputá-la. Assim, o jogo de volta contra o Santos, pela terceira fase, a três dia do duelo contra o Grêmio, pela Série A, ganhou um peso diferente. Eduardo Batista escalou a força máxima à disposição – exceção feita aos jogadores que já tinham atuado em outros clubes, Samuel Xavier, Matheus Ferraz e Maikon Leite. Logo, expondo as principais peças ao desgaste real, somente a classificação aprovaria a decisão. Um eventual time misto poderia ter jogado à vera, seguindo na Copa do Brasil ou indo à Sula, sem pressão.
Como não foi o caso, ficou a péssima atuação na Vila Belmiro, com o Peixe vencendo por 3 x 1, Páscoa irreconhecível e falta de consistência no ataque. A derrota acabou levando o clube ao seu desejo inicial, de janeiro – vale lembrar que a pré-vaga foi comemorada no último nacional. Sem mais indecisões proporcionadas pelo absurdo critério da CBF, agora é enxergar a Sul-Americana de 2015 como uma boa oportunidade, paralela ao Brasileiro. E o Sport terá pela frente mais um duelo regional. Após Náutico e Vitória, o algoz Bahia.
A badalada conta do atacante tem 28 milhões de seguidores…
De férias em Santos, ele visitou os ex-companheiros André e Durval.
Ex-companheiros no Peixe e na Seleção Brasileira. Uma parceria com brincadeiras, entre Neymar e André, e gozação com Durval, devido à seriedade do zagueiro. Hoje, o craque brilha no Barcelona e os outros dois defendem o Sport, que terá pela frente justamente… o Santos.
A mensagem acompanhando a foto foi direta: “Bom ver vocês”.
Apesar da notória distância, a amizade com o camisa 10 do Brasil se mantém, tanto que Neymar chegou a assistir pela tevê ao jogo Sport x Internacional, para conferir a atuação de André, que acabou marcando dois gols. Via Whatsapp, Neymar deu os parabéns pela boa atuação na Ilha.
Agora, por ter sido marcado no insta do astro, André ganhou 2.700 seguidores também nos primeiros dez minutos. É a força das redes sociais.