Para lembrar sempre, tatuagens de troféus e participações olímpicas

Tatuagens de troféus, da Copa do Mundo até a Copa do Nordeste

O meia alemão Kevin Grosskreutz gravou na pele os seus maiores feitos no futebol. Ele tatuou nas costas os troféus da Copa do Mundo de 2014, fazendo parte da seleção germânica, e da Bundesliga e da Copa da Alemanha de 2012, ambos pelo Borussia Dortmund. Esse é um caso extremo de uma mania entre os jogadores. A tal ponto que o atacante Marinho, ex-Náutico, tatuou no antebraço a Copa do Nordeste, conquistada vestindo a camisa do Ceará.

Seja no calor da emoção, para cumprir promessa ou por autorreferência, as peles vêm sendo pintadas com vários troféus. Não é difícil encontrar exemplos de outros torneios. Na Liga dos Campeões, o zagueiro Sergio Ramos deixou a marca na sua panturrilha esquerda. Ele foi o autor do gol de empate aos 48 minutos do segundo tempo, que possibilitou ao Real Madrid levar a final contra o Atlético para a prorrogação – no tempo extra, fez 4 x 1 e levou La Décima.

O mesmo aconteceu com o brasileiro Carlos Alberto, que além da imagem da Champions, eternizou o título mundial pelo Porto em 2004. Já o lateral argentino Marcos Rojo fez uma lembrança da Libertadores vencida pelo Estudiantes em 2009. Saindo do futebol, vamos a três exemplos no mosaico com as taças da NFL, da Major League Baseball e da NBA, todas tatuadas em torcedores.

Em questão de tattoo, aliás, a Olimpíada é praticamente imbatível. É quase uma “tradição” no evento, com inúmeros atletas, das mais variadas modalidades, medalhistas ou não, gravando a participação nos Jogos. No centro do mosaico abaixo, os arcos olímpicos no cóccix da nadadora pernambucana Joanna Maranhão, após o histórico 5º lugar nos 400 metros medley em Atenas-2004.

Só como curiosidade… Qual título do seu clube valeria uma tatuagem?

Tatuagens de atletas olímpicos

Em sua 23ª edição, o game Fifa Football finalmente inclui seleções femininas

Fifa 2016. Crédito: EA Sports/reprodução

No mundo dos videogames, o Fifa Football tomou a liderança com gosto nos últimos anos, nos quais viveu uma ferrenha disputa contra o Pro Evolution Soccer. A cada temporada, as franquias tentam inovar com mais jogabilidade, mais clubes e torneios licenciados e, claro, gráficos mais apurados. Tudo para seguir à frente do mercado, com mais de 6 milhões de cópias por ano.

A versão produzida pela EA Sports chega à sua 23ª edição com o Fifa 2016, com um diferencial. Pela primeira vez haverá a escolha de equipes femininas, apenas para duelos femininos, naturalmente. No embalo da modalidade, com uma Copa do Mundo ativa desde 1991, doze seleções foram registradas. A princípio, estão inseridos Alemanha, Estados Unidos, França, Suécia, Inglaterra, Canadá, Austrália, Espanha, China, Itália, México e o Brasil de Marta.

Assim como ocorre nos times tradicionais, com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, houve a captura de movimentos, escaneados em 360 graus. O trabalho de estúdio contou com quatro atletas da seleção norte-americana, detentora de dois títulos mundiais: Sydney Leroux, Abby Wambach, Alex Morgan e Megan Rapinoe. Não por acaso, o primeiro trailer focou justamente a jogadabilidade com as mulheres, na qual haverá até modo online. Assista aqui.

O jogo será lançado em 22 de setembro de 2015.

Fifa 2016. Crédito: EA Sports/reprodução

Náutico segura o Flamengo no Maraca e traz vantagem para a Arena Pernambuco

Copa do Brasil 2015, 3ª fase: Flamengo 1x1 Náutico. Foto: ROBERTO FILHO/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO

O Náutico arrancou um bom resultado no Maracanã. O empate em 1 x 1 deixa o time em vantagem para obter a vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil, diante do Flamengo. Sendo prático, já começa “classificado”, com o empate sem gols na volta, na Arena Pernambuco. Entretanto, a partida ainda está longe. Será realizada somente em 22 de julho, após a disputa da Copa América. Até lá, vale manter a pegada para seguir a boa fase, neste misto neste calendário misto com a Série B, onde o Alvirrubro lidera após três rodadas.

No Rio, um confronto de interinos. Jayme de Almeida lá e Levi Gomes cá, substituindo o recém-contratado Cristóvão Borges e o suspenso Lisca. Cobraram como os titulares, exigindo mais pegada. No caso timbu, era a única coisa a se fazer no primeiro tempo, pois teve apenas 35% de posse. Mas a compactação foi digna de elogios (apesar das mudanças forçadas, como Flávio no lugar de Ronaldo Alves), com uma recomposição rápida. Ainda assim, o Mengão abriu o placar, com uma dose de sorte. Após o escanteio e a cabeçada no travessão, a bola foi para Wallace, estático. Atento, testou para as redes.

Na volta do intervalo, o jogo caiu de produção. Lisca, digo, Levi Gomes, promoveu uma importante troca aos 21, com a saída de Carmona, sem ritmo, e a entrada de Renato, mais ágil. Afinal, o Fla pouco agredia. A 14 minutos do fim, Douglas recebeu de Marino e bateu no cantinho do goleiro carioca, bem na frente da torcida alvirrubra presente no Maraca. O lance que deixou o Timbu com amplas condições de avançar à quarta fase do torneio e fisgar a cota de R$ 690 mil, que seria essencial para o restante da Segundona…

Copa do Brasil 2015, 3ª fase: Flamengo 1x1 Náutico. Foto: Site Oficial do Flamengo/divulgação

Fundo Monetário Fifa, de 2007 a 2014

Reserva financeira da Fifa. Crédito: Fifa

Dados oficiais das finanças da Fifa nas últimas oito temporadas:

Faturamento (revenue): US$ 9.907 bilhões.
Despesas (expenses): US$ 8,938  bilhões.
Superávit de 969 milhões de dólares

Convertendo, um lucro acumulado desde 2007 na ordem de R$ 3,04 bilhões.

Com esse saldo positivo, as reservas da Fifa chegaram a US$ 1,523 bilhão. Mudando para a moeda brasileira, o robusto caixa é de R$ 4,78 bilhões.

No relatório de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2014, o lucro da entidade foi o maior dos últimos quatro anos, de 141 milhões de dólares. Na por acaso, no ciclo financeiro anterior, a maior marca foi em 2010. Justamente os anos da Copa do Mundo na África do Sul e no Brasil, com venda de ingressos, direitos de transmissão, marketing etc. Confira a evolução no gráfico abaixo.

Confira o documento completo com o balanço financeiro aqui.

Neste faturamento, alguns acordos ocorreram na base da propina, como apontou a investigação do FBI, com dados de 1991 a 2014.

A caixa-preta da Fifa, que na verdade vive num tom azul, está sendo aberta…

 

Balanço financeiro da Fifa entre 2007 e 2014. Crédito: Fifa/divulgação

O FBI abalou a estrutura do futebol e tornou verdade a antiga desconfiança

FBI

O mundo do futebol acordou com a sensação de alma lavada.

A nebulosa administração da Fifa começou a ruir com as prisões anunciadas pela procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch.

Uma investigação conjunta do FBI, da receita federal americana e da polícia suíça no melhor estilo CSI, com direito a microfone escondido em chaveiro de dirigente, apurou o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que funciona há pelo menos 24 anos. Entre 14 primeiros nomes revelados em Nova York, o do ex-presidente da CBF, José Maria Marin. O decano, que empresta o nome à sede da confederação brasileira, foi indiciado junto a outros oito dirigentes da entidade que comanda o esporte e cinco agentes de marketing.

Sem surpresa, Fifa e CBF defenderam a investigação, atestaram a própria lisura e demonstraram interesse em colaborar com o trabalho incessante do Federal Bureau of Investigation. Posicionamento esperado, mas inócuo.

O escândalo de US$ 150 milhões pode (ou deve) ser o prenúncio de uma mudança profunda. Das suspeitas de propina para viabilizar negociações de direitos de transmissão, da seleção viciada de sedes de torneios mundo afora (realizados ou não), de comissões escusas em transferências de atletas e até, na base do processo, sobre a manipulação de resultados.

A princípio, a apuração foi específica, mas as autoridades norte-americanas confirmaram a investigação de outras pessoas (fácil imaginar quem seriam). Sem um controle rigoroso, o futebol envolve dinheiro demais em todas as esferas. Oficialmente, o faturamento da Fifa em 2014 foi de US$ 2,096 bilhões. No mesmo período, a CBF arrecadou R$ 519 milhões. Entranhados nisso tudo, o paternalismo na estrutura organizacional e a longevidade dos mandatos suscitam um interesse além da conta pelo poder.

Que este 27 de maio de 2015 seja mesmo um marco no futebol.

Até porque os agentes do FBI ainda deverão ter muito trabalho. A polícia federal e a receita federal do Brasil, ainda sem ação, também teriam…

As duas versões do milionário e emperrado projeto da Arena do Sport

Projeto da Arena Sport em 2013

O projeto da arena do Sport segue emperrado. Não por questões burocráticas junto aos órgãos públicos, mas por falta de investimento. Após o boom econômico no país, o projeto de R$ 750 milhões ficou inviável para o Leão. Foi até melhor, uma vez que a empresa interessada, a Engevix, acabou envolvida na investigação da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

À parte disso, há uma curiosidade entre o projeto original (abaixo) e a versão com as exigências da Prefeitura do Recife (acima), sobretudo por conta do tráfego na região. O complexo da Ilha compreenderia um estádio de 45 mil lugares, clube social, um shopping center, dois empresariais e um hotel.

Conforme presumido pelo blog (e negado pelo clube), o arquiteto português Tomás Taveira, responsável pelas arenas do Palmeiras e do Sporting de Lisboa, criou o design do complexo rubro-negro, posteriormente adaptado pela Pontual Arquitetos. Esse projeto substituiu o modelo da DDB /Aedas.

Principais mudanças:

1) O estádio. Antes, a arena ficaria posicionada num local semelhante à Ilha do Retiro, com o principal acesso voltado para a Rua João Elysio Ramos. Acabou sendo recuada (até a área do campo auxiliar), ganhando mais uma entrada, através da venida Prefeito Lima Castro.

2) A sede seria, inicialmente, toda demolida. No entanto, a entrada da sede social foi mantida, pelo valor histórico da fachada.

3) A entrada do shopping ficaria na Avenida Prefeito Lima Castro, no lado da arquibancada frontal, mas foi remanejado para a Avenida Sport.

4) O canal. O curso de esgoto na Rua João Elysio Ramos seria totalmente coberto, mas o canal acabou sendo mantido aberto, com três pontes.

5) O centro poliesportivo ficaria onde hoje existe o campo auxiliar, com as quadras distribuídas em um pequeno prédio, que acabou cortado. Quanto às quadras, elas foram realocadas para o último andar do shopping.

Veja os detalhes do projeto original, sem as exigências da PCR, clicando aqui.

Projeto da Arena Sport em 2011

Podcast 45 (135º) – Especial 45 perguntas

A cada 45 edições, o 45 minutos realizada um programa especial, com 45 perguntas enviadas pelos ouvintes. Esta é terceira vez que o podcast para a sua pauta normal para responder as dúvidas e curiosidades dos torcedores. Dos bastidores do futebol pernambucano ao trabalho no jornalismo esportivo, o mito da imparcialidade, melhores reportagens, mancadas e outras várias questões sem direito a ficar “em cima do muro”. Foram 3h30 de gravações! Tanto tempo que o programa acabou sendo dividido em duas partes.

No podcast, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

O abadá pontual e rentável do Náutico

Camisa do Náutico para o jogo contra o Flamengo. Imagem: Náuico/divulgação

A falta de um patrocinador-master é uma das maiores lacunas do Náutico na captação de recursos. Pra valer, só na última participação da Série A, em 2013, com a Philco. Por isso, até achar um investidor forte na Segundona, o Alvirrubro mudou o foco, atraindo empresas com acordos pontuais na camisa.

Para viabilizar a ideia, faltava um jogo de visibilidade nacional. O confronto contra o Flamengo, pela terceira fase da Copa do Brasil, foi mais do que promissor, com transmissão para todo o país, na tevê aberta e em canais de assinatura. Através de uma agência de marketing, o Timbu conseguiu firmar quatro acordos para os dois jogos contra o time carioca, totalizando R$ 115 mil, um número confirmado pelo clube. A 99Taxis, Sherwin Williams, Óicas Diniz e Rafarillo Calçados se juntam à EMS e à Turquesa, marcas regulares na camisa.

Visualmente, o “abadá” não agrada – ainda mais num padrão elogiado como este da Umbro, de 2015 -, mas é algo necessário para as finanças do clube. Fora de campo, ok. Se corresponder em campo, a vaga valeria R$ 690 mil.

Sobre o patrocinador-master, por mais que a Turqusa ocupe o espaço na parte frontal da camisa, a empresa não tem o status, até mesmo pelo investimento feito. Hoje, a Turquesa banca R$ 25 mil do salário do goleiro Júlio César.

A evolução do scout no futebol a partir do Diario de Pernambuco, em 1935

Scout no Diario de Pernambuco em 1935

A cobertura do futebol local ocorre de forma regular no Diario de Pernambucano desde o primeiro campeonato estadual, em 1915. Antes disso, as partidas já eram relatadas no jornal, mas como verdadeiros eventos sociais, escassos. A especialização no tema veio em meados da década de 1930, não por acaso no mesmo período da profissionalização do futebol no Recife.

Em 1935, na cobertura do Campeonato Brasileiro de Seleções, torneio entre seleções estaduais realizado de 1922 a 1962, a chave Norte foi toda disputada na capital, no antigo Campo da Avenida Malaquias. Estiveram presentes os times do Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará, Pará e Pernambuco, com jogos eliminatórios entre 21 de janeiro e 18 de fevereiro. Na abertura, os potiguares derrotaram os alagoanos por 3 x 0. No dia seguinte, o Diario trouxe uma novidade para o leitor, num resgate histórico encontrado pelo centro de documentação do DP: o scout do jogo. A quantidade de lances fora de jogo (“impedimento”), mão, faltas, ataque (“finalizações”), goal e corner.

A etapa regional do campeonato nacional terminaria com a Cacareco vencendo os paraenses por 5 x 2, com nove fotos na reportagem. No ano seguinte, a página de “Sports” do jornal se transformaria num suplemento exclusivo chamado “Todos os Sports”, tudo enfrentar a concorrência, com quase dez periódicos na capital. Em 1937, o nosso futebol enfim seria profissionalizado.

Portanto, há 80 anos foi publicado um dos primeiros registros de scout no estado, bem arcaico se comparado aos modelos da atualidade, com mais de uma dezena de estatísticas, mapas de calor, deslocamento, posse de bola, percentual de passes certos etc. Se hoje impressiona, imagine em 1935…

Scout da Fifa na Copa do Mundo. Crédito: montagem sobre arte da Fifa

Podcast 45 (134º) – Sport e Náutico líderes das Séries A e B. Santa goleado em BH

Um cenário inédito na história dos pontos corridos. Pernambuco lidera, ao mesmo tempo, as duas principais divisões do futebol brasileiro, com o Sport à frente na Série A (7 pontos) e o Náutico na dianteira da Série B (9 pontos). O assunto, claro, dominou a pauta da 134ª edição do 45 minutos, com um balanço deste início de Brasileirão. Até que ponto os dois clubes podem manter o embalo? No outro ponto, o Santa Cruz, somando mais um revés como visitante, ocupando a modesta 14ª colocação na segundona.

Confira um infográfico com os principais pontos do programa aqui.

No podcast, de 1h30min, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!