O scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz na Sula

O vitória do Santa Cruz sobre o Sport, no segundo jogo da fase nacional da Copa Sul-Americana de 2016, garantiu a classificação coral às oitavas de final. Sem dúvida, foi uma partida mais disputada que a primeira, realizada uma semana antes, na mesma Arena Pernambuco. Sobre a partida, a Conmebol, através da DataFactory, divulgou um longo scout das duas equipes, melhorando a leitura da versão internacional do Clássico das Multidões. Números, posicionamento de arremates, faltas e roubadas de bola, mapa de calor e até as jogadas mais usadas por tricolores e rubro-negros. Vamos lá.

Para conferir o scout do jogo de ida, clique aqui.

Dados gerais com marcação leonina e efetividade coral
No jogo ida, apenas a quantidade de escanteios destoou entre os rivais, a favor do Santa. Desta vez, outros quesitos tiveram números bem distintos, com a troca de passes e as recuperações de bola, maiores do lado leonino. Apesar da marcação forte e da leve vantagem na posse, o Sport não soube o que fazer com a pelota nos pés, errando bastante. Como há uma semana, os corais buscaram mais, finalizaram mais. E conseguiram.

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Enfim, finalizações na área (e gol)
Somando os dois clássicos foram 30 finalizações, das quais apenas doze nas duas barras. Dessas, uma foi parar no fundo das redes de Magrão. Como mostra o gráfico, no segundo jogo ocorreram onze tentativas dentro da área. No duelo anterior, apenas duas! Por sinal, a diferença de chutes nos dois jogos, 18 x 12, mostra que a volta foi, sim, melhor. Nem precisava muito, na verdade.

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

1 falta a cada 2min34
Em um jogo mais disputado, o número de faltas também aumentou, de 30 para 35. Ao contrário da partida anterior, com scout igualado, neste os leoninos cometeram mais infrações, num jogo com pouca bola rolando. A concentração de faltas no meio, tanto dos leoninos quanto dos corais, é um dos motivos para pouca eficiência dos meias Diego Souza, Pisano e João Paulo, este mais recuado. Nos 180 minutos, Matheus Ferraz foi o mais faltoso, com 9 (amarelo na ida). Apesar do quadro, o trabalho do árbitro peruano Diego Haro repetiu o (bom) nível do chileno Julio Bascuñán. Ambos da Fifa.

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Leão recuperando mais bolas e corais marcando à frente
A quantidade de bolas recuperadas pelo Sport impressiona: 30. No jogo anterior, onde também liderou a estatística, foram 13. Rithely, apagado há uma semana, foi o maior ladrão de bolas. Porém, com a bola dominada, o jogo rubro-negro não andou. No lado coral, Uillian Correia aliou a recuperação à saída de jogo, sendo um dos principais nomes da partida. Por sinal, o bote do camisa 5 foi quase sempre certeiro, sem falta. Outro destaque coral vai para a marcação adiantada, com muitas bolas já na entrada da área rival. Não por acaso, saiu assim o gol, num desarme em Serginho.

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Sport com troca de passes na defesa e DS isolado
A primeira mudança do clássico ocorreu logo aos sete minutos, com Durval no lugar de Ronaldo Alves, lesionado. E o zagueiro, de volta após algumas semanas, foi o jogador com mais passes no Leão, defensivos e ofensivos, incluindo lançamentos. Segundo o scout, a linha de passe mais recorrente foi Durval/Mark e Rithely/Mark. O chileno, que no jogo passado, pelo Brasileiro, correu 11 quilômetros, voltou a se movimentar, mas sem resultados. Já Diego Souza, o camisa 30 neste torneio, especificamente, pouco fez, isolado. Em relação à ocupação do campo, o mapa de calor aponta justamente a área dos dois volantes, em outro indicativo que a saída de jogo esteve travada na arena.

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Linha de passe no Santa em quatro frentes com Léo Moura
Conforme já dito, Uillian Correia teve um papel importante no jogo e na vitória. Foi o jogador com mais passes em toda a partida, 44. Só errou quatro toques, gerando um aproveitamento de 90,9% de acerto. Apesar da atuação discreta, na visão do blog, Léo Moura aparece com quatro linhas de passe no jogo, três defensivas (Danny Morais, Derley e Uillian) e uma ofensiva, com João Paulo. No posicionamento dos atletas, impressiona a distância de Grafite em relação aos companheiros. Ainda assim, nas poucas bolas que recebeu, conseguiu finalizar três vezes – uma delas, num incrível gol perdido. No mapa de calor, o corredor parece claro, com a sequência Léo-Derley-Pisano. 

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Santa Cruz por la Sudamérica

TV Coral sobre a classificação do Santa às oitavas da Sula 2016. Crédito: TV Coral/youtube (reprodução)

Em 1970, a cantora argentina Mercedes Sosa incluiu Canción con todos em seu álbum El grito de la tierra. Escrita por Armando Tejada e César Isella, um ano antes, a música foi considerada na época o “hino oficial” da América Latina. Tal faixa é a trilha sonora do vídeo (abaixo) sobre a classificação do Santa Cruz às oitavas de final da Copa Sul-Americana de 2016, produzido pela TV Coral.

A vitória coral sobre o Sport, com um gol de Bruno Moraes aos 37 do segundo tempo, garantiu a primeira partida oficial do tricolor no exterior. Colômbia ou Paraguai no caminho, contra Independiente ou Sportivo Luqueño. O destino tende a ser Medellín, mas a língua espanhola se fará presente onde quer que seja o desembarque. No vídeo, imagens da provação coral nos últimos anos, numa reconstrução que chega agora ao cenário internacional.

Salgo a caminar
Por la cintura cósmica del sur
Piso en la región
Más vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de América en mi piel
Y anda en mi sangre un río
Que libera en mi voz
Su caudal

Sol de alto Perú
Rostro Bolivia, estaño y soledad
Un verde Brasil besa a mi Chile
Cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña América y total
Pura raíz de un grito
Destinado a crecer
Y a estallar

Todas las voces, todas
Todas las manos, todas
Toda la sangre puede
Ser canción en el viento

¡Canta conmigo, canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz!

Santa elimina o Sport na Sula, garante viagem internacional e R$ 1,2 milhão

Sul-Americana, 2ª fase: Sport 0 x 1 Santa Cruz. Foto: Conmebol/site oficial

O confronto se aproximava para os pênaltis. Dos 180 minutos programados, tricolores e rubro-negros já tinham jogado 172, em branco. Um primeiro jogo fraco e uma segunda partida mais disputada, com chances de gol (Edmílson e Grafite) e alguma dose de emoção, o que se esperava para um clássico tão importante, o primeiro num torneio internacional. A marcação do Santa na saída de bola do Sport, num duelo repleto de erros, de ambos os lados, era uma tática inteligente. Sobretudo tendo do outro lado o volante Serginho, contumaz. Ao receber a bola, o camisa 8 foi desarmado, num contragolpe evoluindo com Keno e sua jogada característica pela esquerda. Entrou na área, cortou e bateu no cantinho. Magrão espalmou, mas a bola sobrou limpa para Bruno Moraes.

O centroavante não havia sido nem relacionado nos jogos anteriores. Na arena, entrara no lugar de Grafite, machucado. E aproveitou bem demais a chance, empurrando a bola para as redes e correndo para a torcida, presente na ala sul. Santa Cruz 1 x 0, “eliminando o Leão” mais uma vez, no bordão que o povão não para de cantar. Em sua primeira participação na Copa Sul-Americana, o campeão nordestino já avança às oitavas, garantindo a primeira viagem oficial ao exterior. Colômbia e Paraguai como destinos possíveis, com Medellín sendo o destino mais provável após o 3 x 0 do Independiente no jogo de ida contra o Sportivo Luqueño. A definição do confronto será apenas em 15 de setembro.

Sul-Americana, 2ª fase: Sport 0 x 1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Até lá, a torcida coral tem mais é que curtir a já histórica classificação e o status de único nordestino ainda presente no torneio. Sem contar o contexto óbvio que uma vitória traz a qualquer time, sobretudo a quem estava em falta. Ou seja, o benefício pode se estender à própria campanha no Brasileiro, onde precisa (bastante) ter a mesma disposição do clássico, com jogadores se cobrando em campo o tempo todo. Por fim, no viés do vencedor, o lado financeiro da vaga obtida. Além da cota inicial de 300 mil dólares (R$ 967 mil), o clube assegurou mais uma cota, agora de US$ 375 mil (R$ 1,2 milhão). Nada mal.

No Sport, nem a presença de Diego Souza resultou num futebol realmente competitivo. A eliminação diante do rival é um duro golpe na programação do clube, pois o presidente leonino havia apontado a Sul-Americana como prioridade na temporada, a ponto de sair da Copa do Brasil ainda na primeira fase, diante do modestíssimo Aparecidense. Na copa nacional, abriu mão de R$ 1 milhão. Na internacional, perdeu ainda mais. E se no rubro-negro há quem ache, hoje, que a eliminação não possa influenciar no rendimento na Série A, que mude de canal quando o Santa aparecer novamente em ação na Sula…

Sul-Americana, 2ª fase: Sport 0 x 1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Santa Cruz e Sport no game Fifa Mobile

Game Fifa 17, na versão mobile

Presentes no Brasileirão de 2016, Santa Cruz e Sport firmaram acordos com a EA Sports para fazer parte do game Fifa 17. Com a demora na confirmação dos clubes brasileiros, cresceu a dúvida sobre a presença. Por caminhos paralelos, os rivais das multidões podem ter assegurado a presença. O site Arte Virtual testou a versão beta do game Fifa Mobile, a versão para smartphones e tablets, com gráficos e jogabilidade inferiores às versões produzidas para Playstation 4 e Xbox One, naturalmente. Na lista de clubes, é possível escolher até 23 do Brasil, sendo 18 da Série A e 5 da Série B. Corais e leoninos estão lá. A lista mobile costuma ser a mesma da versão para videogames.

No caso de tricolores e rubro-negros pernambucanos, além do escudo é possível ver os uniformes, dois para cada (abaixo). No Santa, os padrões da Penalty utilizados desde janeiro. No Sport, os modelos mais recentes da Adidas, incluindo a camisa preta como reserva. Flamengo e Corinthians, que assinaram com exclusividade com a Konami, a produtora do Pro Evolution Soccer, são as principais ausências. Além da “Liga Brasil” (o licenciamento do Brasileirão, via CBF, ficou com o PES), o game terá mais 29 ligas nacionais. Ao todo, 650 clubes e 17 mil jogadores. O jogo de 100 megas é gratuito, mas com compras dentro do aplicativo. Compatível com Android, iOS e Windows 10.

Clubes brasileiros no Fifa Mobile: América, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Botafogo, Chapecoense, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Figueirense, Fluminense, Goiás, Grêmio, Inter, Joinville, Palmeiras, Ponte Preta, Santa Cruz, Santos, Sport, São Paulo, Vasco e Vitória. 

Saiba mais sobre o Fifa Mobile clicando aqui.

Uniformes do Santa Cruz no game mobile Fifa 17

Uniformes do Sport no game mobile Fifa 17

Retificação na regra abre a possibilidade de divisão do Troféu Givanildo Oliveira

Troféu Givanildo Oliveira, em homenagem ao centenário do Clássico das Multidões. Crédito: FPF/divulgação

O Troféu Givanildo Oliveira, a simbólica disputa entre Sport e Santa Cruz em homenagem ao centenário do clássico, foi oficializado pela FPF em 19 de fevereiro. Na ocasião, o regulamento apontava a possibilidade de a própria entidade ficar com a taça, em caso de empate na pontuação somando todos os confrontos em 2016. Com a disputa já na reta final, a direção da federação resolveu fazer uma alteração, abrindo mão dessa possibilidade. Ou seja, a partir de agora, igualdade na tabela (não há saldo) resultará na divisão do troféu.

A retificação no “campeonato paralelo” lembra o centenário de Náutico x Sport, em 2009. Na época, o troféu, também ofertado pela FPF, foi disputado em apenas um jogo, no dia seguinte ao centésimo aniversário do Clássico dos Clássicos. Com o 3 x 3, pelo Brasileirão, cada clube ganhou uma peça, idêntica. Voltando ao presente, a entrega da taça ficou para o último Clássico das Multidões, no returno da Série A, na Ilha. E com a devida a presença de Givanildo Oliveira, o maior campeão pernambucano da história, com 16 faixas como jogador e técnico, sendo nove pela Cobra Coral e sete pelo Leão. 

Em 2017 será a vez do centenário do Clássico das Emoções, com a FPF já articulada para repetir a homenagem, nos moldes desta temporada.

Confira a situação do Troféu Givanildo Oliveira…

Jogos disputados em 2016
21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (Estadual, Ilha)
10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual, Arruda)
04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport (Estadual, Arruda)
08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (Estadual, Ilha)
01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (Série A, Arruda)
24/08 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (Sul-Americana, Arena)

Jogos a disputar
31/08 – Sport x Santa Cruz (Sul-Americana, Arena)
11/09 – Sport x Santa Cruz (Série A, Ilha)

Classificação após 6 clássicos
9 pontos – Sport
6 pontos – Santa Cruz

Para dar Sport
Em vantagem, com uma vitória a mais, o time rubro-negro precisa de uma vitória em dois jogos ou dois empates. Ambos os clássicos têm mando leonino.

Para dar Santa
O tricolor só tem uma alternativa para ter a taça de forma exclusiva: vencendo os dois jogos. Em seis clássicos na temporada, venceu apenas uma vez.

Para dividir o título
A pontuação final precisa ser, necessariamente, 10 x 10. Assim, precisa ocorrer um empate e uma vitória coral. Um segundo troféu seria confeccionado.

Brasileirão licenciado no Pro Evolution Soccer 2017, com Santa Cruz e Sport

Game "Pro Evolution Soccer 2017". Crédito: PES Brasil/twitter (@PES_Brasil)

O Campeonato Brasileiro foi licenciado no game Pro Evolution Soccer. Após oito anos assinando contratos apenas com os clubes, individualmente, a produtora Konami firmou um acordo de duas temporadas com a própria CBF, para usufruir também da chancela da competição, com vinte clubes, além do troféu, bola oficial e tabela (no PES 2017 e PES 2018). Pelo trailer oficial, exclusivo sobre a Série A, ao menos seis estádios foram digitalizados: Mineirão, Arena Corinthians, Morumbi, Beira-Rio, Maracanã e Vila Belmiro.

A composição do campeonato nacional no game é a de 2016. Ou seja, com Santa Cruz e Sport. Essa é a primeira vez que o tricolor figura oficialmente no game – inclusive com o presidente Alírio Moraes presente no lançamento no Rio, na sede da CBF -, enquanto o rubro-negro vai para a quinta participação consecutiva. O Náutico também já fez parte, entre 2013 e 2015. Com o licenciamento, uniformes (titulares e reservas), distintivos, nomes de jogadores (Grafite, Diego Souza, João Paulo, Rithely etc) e patrocinadores serão replicados no PES. Alguns jogadores também devem ter caracterizações em 3D, como ocorre com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, por exemplo.

Entre as ideias para o novo jogo, até mesmo uma “preliminar” das partidas reais com o game simulado nos telões dos estádios. No anúncio da parceria CBF/Konami, a direção da confederação já adiantou o interesse de licenciar outros torneios nacionais, como a Série B e a Copa do Brasil. Com o mata-mata nacional seria preciso reproduzir 86 times! Incluindo quatro pernambucanos…

Obs. A narração brasileira será de Milton Leite, substituindo Sílvio Luiz.

Copa América aberta a todos os latinos, com Portugal, Espanha, França, Itália…

Mapa da União Latina (países amarelos)

Em 45 edições, ao longo de um século de história, 18 países já participaram da Copa América. Nem todos sul-americanos, no berço do torneio. Além dos dez filiados à Conmebol, também disputaram sete membros da Concacaf, representando as Américas Central e do Norte, e um da AFC, a confederação asiática. Pois é, o Japão jogou nas canchas sudacas em 1999. Portanto, há precedentes para convites. Daí, a compreensão da declaração do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, no primeiro balanço de sua gestão. Embalado pelos números da edição especial centenária, nos Estados Unidos, com público médio de 46.432 e alcance de 1,5 bilhão de telespectadores acumulados, o dirigente enxerga a participação de países europeus.

“Eu não me limito a pensar da Copa de uma América só com a Concacaf . Sonho, por que não, com uma Copa América com os países latinos como a França, Itália, Espanha , Portugal. Poderíamos fazer um copa distinta.”

Naturalmente, Dominguez citou as seleções mais tradicionais. No entanto, a ideia “latina” ampliaria bastante as possibilidades. Na União Latina, criada em 1954 e sediada em Paris, existem 36 países membros (imagens do post), além de observadores como Argentina e México, já inseridos no contexto da Copa América. Todos possuem línguas (castelhano, francês, italiano, português, romeno e catalão) e/ou culturas de origem latina, a condição básica de adesão. Especificamente entre as opções citadas pelo mandatário, qual seria a mais atrativa para o torneio? A próxima edição será no Brasil. Até segunda ordem, deve seguir o modelo regular, de 2015, com doze países…

Próximas edições da Copa América
2019 – Brasil
2023 – Equador
2027 – Uruguai (a confirmar)
2031 – Bolívia (a confirmar)

Membros da União Latina

O scout de Santa Cruz 0 x 0 Sport na Sula

O empate sem gols entre Santa e Sport, no confronto de ida da fase nacional da Copa Sul-Americana, foi realmente um jogo insosso. Decepcionante, apesar da força máxima usada pelas duas equipes, desconsiderando contusões, naturalmente. Sobre a partida, a Conmebol, através da DataFactory, divulgou um longo scout das duas equipes, o que pode ajudar um pouco a entender o baixo nível técnico do primeiro clássico internacional entre os rivais pernambucanos. Números, posicionamento de arremates, faltas e roubadas de bola, mapa de calor e até as jogadas mais usadas por tricolores e rubro-negros. Vamos lá.

Dados gerais equilibrados
O empate se refletiu, na prática, na posse de bola, com a vantagem mínima para o tricolor (51%). Tanto o número de passes quanto o índice de acertos também foram parelhos. O único dado que destoou foi o de escanteios, com oito a mais para o Santa. Ainda assim, cobranças sem perigo.

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Chutes a gol sem perigo
Foram apenas 12 finalizações, com apenas quatro e direção ao gol. Uma do Santa, com Léo Moura, de fora da área, e três do Sport, todas sem força. A dificuldade de infiltração de ambos os lados fica evidente com o gráfico, com apenas uma chance, cada, dentro da área. O grito de gol passou longe.

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

1 falta a cada 3 minutos
O número de faltas foi elevado, 30. Como na maioria dos dados, equilíbrio. A falta de um armador no jogo talvez (talvez!) justifique o fato de nenhuma infração ter sido cometida no círculo central. Apesar do quadro, a condução rápida do árbitro chileno Julio Bascuñán ajudou no tempo de bola correndo, evitando atritos entre os jogadores e sem preciosismo com distância da marcação etc. 

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Roubadas de bola, pra perder em seguida
Foi um jogo de perde e ganha. Uillian Correia e Derley dando o bote de um lado, com a cobertura dos zagueiros, e Rithely e Paulo Roberto do outro – e Rodney como surpresa na lateral, bem defensivamente. A cada roubada de bola, uma jogada mal construída, num bate-volta sem fim. Quer dizer, durou 90 minutos…

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Faltou criatividade no Santa
A saída de jogo do Santa Cruz foi basicamente com os volantes. João Paulo pouco aparecendo apenas em 7º lugar entre os corais com mais passes (foram 11, nove certos e dois errados). A linha do gráfico conecta os jogadores com mais passes entre si, com Grafite e Keno isolados, sobretudo o camisa 23, brigando pela bola lá na frente. Em relação ao mapa de calor, o time se apresentou mais no campo de ataque que o adversário.

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Sport avançou longe do meio-campo
No Sport, na ausência de Diego Souza, Rithely foi o catalisador de jogadas do time, dialogando com Everton Felipe e Rogério (que não jogaram bem). Entretanto, quem mais tocou na bola foi Paulo Roberto, também líder em passes certos (22). Porém, o também volante ampliou a opção de passe, a ponto de não ter uma linha de destaque com nenhum companheiro. A dobradinha Ronaldo Alves/Rodney Wallace foi uma saída de jogo do Leão, sem sucesso ofensivo. Isolado, Edmílson quase desparece.

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Arena vazia, jogo fraco e empate sem gols no Clássico das Multidões internacional

Sul-Americana, 2ª fase: Santa Cruz 0 x 0 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Quando as escalações de Santa e Sport foram finalmente reveladas, por Doriva e Oswaldo, veio a surpresa. Times titulares, num contrassenso ao discurso dúbio nos dias que antecederam à primeira versão internacional do Clássico das Multidões. Com o jogo na Arena, às 21h45, e com transmissão na tevê aberta, tal possibilidade só ajudou a reduzir o público, com 5.517 espectadores, o menor em muito tempo. Desde de 2000, num jogo pelo Estadual, com 6.001. Em campo, a expectativa de um bom jogo foi dissipada logo nos primeiros instantes, com muitos passes errados, furadas nas finalizações e poucos lances de perigo. O 0 x 0 deixou o confronto aberto para a próxima semana, ainda que o Santa tenha a clara vantagem. Uma nova igualdade sem gols leva aos pênaltis e qualquer outro empate garante os corais nas oitavas da Sul-Americana.

Em uma semana, espera-se um confronto de melhor nível técnico. Ou ao menos com mais organização. No Santa, a má fase é um agravante. Na ida, foi um time de uma nota só, com Keno ganhando em velocidade pela esquerda e cruzando rasteiro para alguém concluir (Derley errou o quanto pôde). À parte disso, jogadas longe da área, resultando em escanteios (12), cobrados sem perigo. Referência, Grafite deu algum trabalho a Matheus Ferraz – com este recorrendo às faltas -, mas acabou substituído, poupando energia para o Brasileiro. Na volta, não sairia. Povoando o meio-campo, o campeão nordestino recuperou 13 bolas, oriundas dos insistentes chutões, de ambos os lados.

Sul-Americana, 2ª fase: Santa Cruz 0 x 0 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP

No Sport, a ausência de Diego Souza, em recuperação, foi decisiva para a má atuação. Faltou inteligência na armação, com o time se lançando de qualquer forma, o que gerou alguns contragolpes, diga-se. Para completar, o substituto do meia, Gabriel Xavier, foi o pior rubro-negro em campo, na visão do blog. Pouco participativo à frente e sem recomposição. Se faltou gás, faltou cedo, pois voltando andando algumas vezes. Quem também esteve mal foi Everton Felipe, mas ao menos chama a responsabilidade. Só conseguiu produzir algo após o intervalo, mas acabou tirando a paciência de Oswaldo, justamente no único lance bem armado com Gabriel, num ataque dois contra dois, quando abriu errado e foi desarmado. Lenis entrou e pouco acrescentou.

Após o apito final do árbitro chileno, com um estilo que deixa o jogo mais limpo, sem marcar qualquer falta ou cair na pilha de jogador, Tiago Cardoso e Magrão saíram quase limpos (cada um com uma defesa). Conversando na beira do gramado, num estádio às moscas, sem estresse algum. A tensão do clássico internacional (que neste viés, esportivo, seria positiva) ficou mesmo para a volta, no sétimo encontro entre os rivais em 2016. E quem passar deve fazer uma viagem inédita à Colômbia. Em casa, o Independiente Medellín fez 3 x 0 nos paraguaios do Sportivo Luqueño. Mostrou força já no primeiro jogo, uma lição.

Sul-Americana, 2ª fase: Santa Cruz 0 x 0 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Os 60 jogadores de Sport e Santa Cruz inscritos na Copa Sul-Americana 2016

A Conmebol divulgou a relação completa de jogadores inscritos por Sport e Santa Cruz faltando menos de duas horas para o primeiro Clássico das Multidões na Copa Sul-Americana de 2016. Com jogos agendados nos dias 24 e 31 de agosto, ambos na Arena Pernambuco, os rivais puderam inscrever, cada um 30 jogadores, tendo a possibilidade de mudar cinco nas oitavas de final.

Regulamento da Copa Sul-Americana de 2016

Segundo o regulamento do torneio, a numeração é fixa, 1 ao 30. Ou seja, alguns jogadores números pouco ortodoxos no futebol tiveram que mudar. No Leão, por exemplo, foram nada menos que seis: Apodi (32), Diego Souza (87), Rogério (90), Mansur (93), Everton Felipe (97) e Túlio de Melo (99). Já o Santa Cruz havia enviado uma lista prévia com 39 nomes! Da lista final, o principal nome, Grafite, se mantém com a camisa 23. Os dois clubes inscreveram quatro goleiros. No caso coral, a lista tem até Fred Campos, já desligado do clube…

Confira outros detalhes do regulamento, em relação ao clássico, clicando aqui.

Os 30 jogadores inscritos pelo Sport na Copa Sul-Americana 2016

Os 30 jogadores inscritos pelo Santa Cruz na Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/site oficial