Calculando as cotas das Série A e B de 2016 a partir do modelo da Bundesliga

Bundesliga, a liga de futebol da Alemanha

Segue o debate sobre a divisão de cotas de televisão no Campeonato Brasileiro, cuja polarização entre Flamengo e Corinthians ganha mais força a partir do novo contrato, de 2016 a 2018. Após a projeção da Série A no estilo da Premier League, mais um cenário baseado em um mercado de sucesso, agora através da Bundesliga. Se no Brasil a divisão de receitas é basicamente por audiência e na Inglaterra é um misto de audiência, desempenho e igualdade, na Alemanha vale apenas o desempenho no campeonato nacional, considerando os resultado dos últimos cinco anos. Ou seja, 100% rendimento técnico.

O quadro elaborado por Tiago Nunes projeta como ficaria a situação no Brasil. E conta tanto a Série A quanto a Série B, uma vez na terra dos atuais campeões mundiais a cota é negociada pela própria federação. O contrato de quatro anos, que está na última temporada (2016/2017), prevê 625 milhões de euros por edição, sendo 80% do bolo para a primeira divisão e 20% para a segunda. A distribuição das receitas é um pouco complicada, pontuando cada colocação, com 36 para o campeão, 35 para o vice, até o último lugar da segundona, com 1 pontinho. Lá são 18 times por divisão. Logo, aqui se considerou 40 times (ou seja, 40 pontos para o campeão, 39 para o vice etc). Além disso, cada ano ganha um peso, multiplicando por 5 o mais recente e por 1 o mais antigo.

As cotas das Séries A e B através do modelo da Bundesliga, da Alemanha. Crédito: Tiago Nunes/@TiagoJNunes (www.sapoticast.com)

Nas últimas cinco temporadas, portanto, o melhor desempenho seria o do Corinthians, com 551 pontos, o que renderia ao clube paulista R$ 78,2 milhões em 2016, ou R$ 39,1 milhões a mais que a menor cota da elite, enquanto na realidade a diferença é de R$ 150 mi. Já o Flamengo, o outro expoente, teria apenas a 10ª maior cota, inferior, por exemplo, à do Atlético-PR. Irreal.

Obs. A disparidade técnica na Alemanha vem de outras fontes de receita do Bayern de Munique, como patrocínios, produtos licenciados, sócios etc.

Confira o gráfico inspirado na Bundesliga em uma resolução maior aqui.

As cotas fixas de TV (sem luvas e ppv) em 2015:

Sport 
Oficial – R$ 35 milhões
Premier League – R$ 61,7 milhões
Bundesliga – R$ 55,6 milhões

Santa Cruz
Oficial – R$ 20 milhões*
Premier League – R$ 39,5 milhões
Bundesliga – R$ 39,1 milhões
* Especulação

Náutico
Oficial – R$ 5 milhões
Premier League – não disponível
Bundesliga – R$ 16,7 milhões 

Corinthians 
Oficial – R$ 170 milhões
Premier League – R$ 103,2 milhões
Bundesliga – R$ 78,2 milhões

Flamengo
Oficial – R$ 170 milhões
Premier League – R$ 86,3 milhões
Bundesliga – R$ 59,7 milhões

O futebol relembrado no estilo dos videogames Master System e Nintendo

Master System e Nintendo, os consoles de 8-bits nas décadas de 1980 e 1990

A nostalgia de quem jogou videogame na virada das décadas de 1980 e 1990 passa diretamente pelos consoles Master System e Nintendo, de 8-bits, na chamada “terceira geração”. Antecederam plataformas de sucesso como Mega Drive e Super Nintendo, de 16-bits. O estilo pixelizado dos gráficos contrasta frontalmente com as imagens dos modelos mais modernos, o Playstation 4 e o Xbox One, mas fez parte da história, sobretudo com os cartuchos Super Futebol e Goal!, de apenas 1 mega. A partir disso, o perfil 8bit-Football refez cenas clássicas do futebol. Além de episódios marcantes, três curiosas lembranças pernambucanas: Carlinhos Bala se destacando no Sport no título da Copa do Brasil, o raríssimo feito de Rivaldo e seu filho, balançando as redes no mesmo jogo, e Caça-Rato marcando o gol do acesso com 60 mil pessoas no Arruda.

Confira 16 imagens no estilo 8-bits. Clique no texto azul e veja a foto original.

Neymar, Cristiano Ronaldo e Messi, os finalistas da Bola de Ouro de 2015.

Neymar, Cristiano Ronaldo e Messi, os finalistas da Bola de Ouro de 2015. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball

O goleiro Fernando Prass converte o último pênalti, dando o título da Copa do Brasil de 2015 ao Palmeiras, diante do Santos.

Fernando Prass converte o último pênalti, dando o título da Copa do Brasil 2015 ao Palmeiras em cima do Santos. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Corinthians campeão brasileiro em 2015, com o goleiro Cássio à frente.

Corinthians campeão brasileiro em 2005, com o goleiro Cássio. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Pai e filho marcando gols num mesmo jogo. O craque pernambucano Rivaldo e o filho Rivaldinho conseguiram pelo Mogi, na Série B de 2015.

Pai e filho marcando gols num mesmo jogo. O craque pernambucano Rivaldo e o filho Rivaldinho, na Série B em 2015. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

No empate com a Lazio, também em 2015, o atacante Totti marcou dois gols, comemorando o segundo com uma “selfie”.

No empate com a Lazio, o atacante Totti marcou dois gols, comemorando o seguindo com um "seflie". Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

No início de 2015, Aubameyang e Marco Reus comemorando como Batman e Robin no Borussia Dortmund.

Aubameyang e Marco Reus comemorando como Batman e Robin no Borussia Dortmund. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

O gol de cabeça de Flávio Caça-Rato, explodindo o Arruda em 2013, no acesso do Santa Cruz à Série B, contra o Betim.

O gol de cabeça de Flávio Caça-Rato, explodindo o Arruda em 2013, no acesso do Santa Cruz à Série B, contra o Betim. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Em 2010, Joseph Blatter anuncia o Catar como sede do Mundial de 2022.

Blatter anuncia o Catar como sede da Copa do Mundo de 2022. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Carlinhos Bala em ação pelo Sport na Copa do Brasil de 2008.

Carlinhos Bala atuando no Sport na Copa do Brasil de 2008. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

A histórica cabeçada do craque francês Zinedine Zidane no italiano Materazzi em plena final da Copa do Mundo de 2006.

A histórica cabeçada de Zidane em Materazzi na final da Copa do Mundo de 2006. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Materazzi, da Internazionale, e Rui Costa, do Milan, no jogo paralisado por causa dos sinalizadores jogados no campo, em 2005.

Materazzi (Inter) e Rui Costa (Milan) no jogo paralisado por causa dos sinalizadores no campo em 2005. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Curva no gol de falta de Roberto Carlos pela Seleção, contra a França, em 1997.

Roberto Carlos marca de falta no jogo entre Brasil x França, em 1997. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Em 1995, num amistoso entre Inglaterra e Colômbia, em Londres, o folclórico goleiro Higuita fez a antológica defesa “escorpião”

Em 1995, num amistoso entre Inglaterra e Colômbia, em Londres, o folclórico goleiro Higuita fez a antológica defesa "escorpião". Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

De barriga, Renato Gaúcho deu o título carioca ao Tricolor no Fla-Flu de 1995.

Renato Gaúcho marca de barriga o gol do título carioca do tricolor no Fla-Flu de 1995. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Eric Cantona, astro do Manchester United, dando uma voadora num torcedor do Crystal Palace na Premier League de 1995.

Eric Cantona, do Manchester United, dando uma voadora num torcedor do Crystal Palace. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Taffarel comemora o chute pra fora de Baggio, no tetra do Brasil em 1994.

Festa de Taffarel após o pênalti desperdiçado por Baggio na final do Mundial de 1994. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Transfermarkt avalia elencos de Náutico, Santa Cruz e Sport após temporada 2015

Avaliação do Transfermarket sobre as Séries A e B em 2015 (em euros). Crédito: reprodução

Avaliando o mercado de jogadores desde 2000, o site alemão Transfermarkt fez um balanço após o encerramento das Séries A e B do Brasileiro de 2015. No Recife, o quadro aponta uma enorme diferença do Sport para Santa e Náutico – em tese, o elenco valeria 23 milhões de euros a mais que a soma dos rivais. O cenário é recorrente nos demais clubes da segunda divisão, pois a estimativa visa o mercado internacional – ou seja, o acesso coral deverá influenciar diretamente na projeção sobre os direitos econômicos dos jogadores.

O blog já havia publicado sobre o tema em março, durante o Estadual. Comparando os dados, os três grandes terminaram o ano mais valorizados, por causa da chegada de reforços e do rendimento técnico dos remanescentes. De março a dezembro, portanto, o plantel do Leão saltou de 26,85 mi para 38,5 milhões de euros (43%). Muito? Apesar de ter acabado o Brasileirão em 6º lugar, em valor de mercado aparece apenas em 12º. Já o Náutico foi de 4,98 mi para 8,88 milhões (78%), enquanto Santa, apesar do vice-campeonato da Segundona, aumentou apenas 8%, de 5,75 mi para 6,25 milhões.

Quem mais se valorizou no futebol local foi Rithely, passando de 1,5 mi para 4 milhões de euros (R$ 16 milhões). O valor se aproxima da proposta feita pelos chineses este ano (ou seja, um número real). Entre as distorções, enxerga-se a do meia João Paulo, com destaque técnico no Tricolor, mas a 100 mil euros de Alemão, e Raniel, joia da base avaliada em apenas 150 mil (com 19 anos, pode evoluir bastante). E o volante Ronaldo, jovem e bastante utilizando na elite, vale 1/3 do inoperante atacante Samuel? Sobre o Transfermarket, o cálculo é feito a partir de estatísticas de rendimento, idade, histórico de lesões, clubes etc.

Confira o quadro nacional numa resolução maior clicando aqui.

Os 10 atletas mais valorizados nos clubes em dezembro de 2015 (em euros):

Sport (elenco com 27 jogadores: € 38,5 milhões)
1º) 5 milhões – Diego Souza (meia)
2º) 4 milhões – Rithely (volante)
3º) 3 milhões – André (atacante)
4º) 2,5 milhões – Renê (lateral-esquerdo)
5º) 2 milhões – Marlone (meia)
5º) 2 milhões – Hernane Brocador (atacante)
7º) 1,5 milhão – Danilo Fernandes (goleiro)
7º) 1,5 milhão – Samuel (atacante)
7º) 1,5 milhão – Rodrigo Mancha (volante)
10º) 1,25 milhão – Neto Moura (volante)
10º) 1,25 milhão – Régis (meia)
10º) 1,25 milhão – Élber (atacante)

Náutico (elenco com 35 jogadores: € 8,88 milhões)
1º) 750 mil – Ronaldo Alves (zagueiro)
2º) 700 mil – João Ananias (volante)
3º) 650 mil – Fillipe Soutto (volante)
4º) 600 mil – Guilherme Biteco
5º) 550 mil – Dakson (meia)
6º) 500 mil – Júlio César (goleiro)
7º) 475 mil – Gastón Filgueira (lateral-esquerdo)
8º) 450 mil – Hiltinho (atacante)
9º) 400 mil – Douglas (atacante)
9º) 400 mil – Ronny (meia)

Santa Cruz (elenco com 25 jogadores: € 6,25 milhões)
1º) 850 mil – Alemão (zagueiro)
2º) 750 mil – João Paulo (meia)
3º) 550 mil – Anderson Aquino (atacante)
4º) 500 mil – Grafite (atacante)
4º) 500 mil – Vitor (lateral-direito)
6º) 450 mil – Tiago Cardoso (goleiro)
6º) 450 mil – Vinícius Reche (meia)
8º) 350 mil – Daniel Costa (meia)
9º) 300 mil – Luisinho (atacante)
9º) 300 mil – Danny Morais (zagueiro)
9º) 300 mil – Bruninho (volante)
9º) 300 mil – Bruno (goleiro)
9º) 300 mil – Diego Sacoman (zagueiro)

Brasil x Uruguai na Arena, diz CBF. Resta torcer contra ingressos inflacionados

Projeto da Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Atualização (24/02/2016): os ingressos foram anunciados. Veja aqui.

Confirmado: Brasil x Uruguai, pela quinta rodada das Eliminatórias da Copa de 2018, será na Arena Pernambuco. A notícia foi dada pelo coordenador técnico da Seleção, Gilmar Rinaldi, em entrevista ao canal Sportv, com a equipe da CBF já no Recife resolvendo a logística, com hotel e campo de treino da delegação.

Assim, esta será a 18ª apresentação da Canarinha no estado, a primeira no estádio em São Lourenço da Mata (confira o retrospecto aqui).

O clássico deve ocorrer em 24 de março de 2016, na noite de uma quinta-feira. Neymar x Luis Suárez? Um bom duelo entre os colegas de Barcelona.

Apesar dos 46.214 assentos na arena, o consórcio deve liberar 43 mil ingressos, pois é preciso um contingente aos não pagantes. Ainda não se sabe os valores, mas por curiosidade vale lembrar os ingressos na última partida do Brasil, em Salvador, em 18 de novembro. Lá, a venda começou faltando 20 dias. Nesta lógica, aqui a bilheteria, física ou virtual, seria aberta por volta de 4 de março.

Ingressos para Brasil x Peru na Fonte Nova
Arquibancada superior: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)

Lounge: R$ 200 (inteira)
Camarote: R$ 300 (inteira)  

Obs. Infelizmente, a imagem da arena é uma mera ilustração, pois o sistema de iluminação de LED, prometido no projeto, jamais foi instalado.

A fila de espera dos brasileiros para a Sul-Americana 2016, com Sport e Santa

Copa Sul-Americana

Publicação atualizada em 27/07/2016, já com a definição da fila.

Está definida a “fila de espera” para a Copa Sul-Americana de 2016, com dois representantes pernambucanos. Havia a ideia de que os clubes “escolheriam” entre a Copa do Brasil e a Sula, evitando “eliminações propositais” no torneio nacional. Infelizmente, a ideia foi para o papel, com a definição dos clubes brasileiros seguindo a bizarra fórmula adotada há três temporadas pela CBF. Para a disputa internacional de 2016, seis das oito vagas do país serão oriundas do Campeonato Brasileiro, com mais duas via Nordestão e Copa Verde. Na fila, naturalmente ficaram de fora os cinco classificados à Libertadores (G4 e Copa do Brasil) e o 5º lugar. Todos entrarão direto nas oitavas da Copa do Brasil de 2016, logo não poderão  disputar a Sula, simultânea.

Regra: se classificam à Sul-Americana 2016 os seis melhores classificados no Brasileiro 2015 que forem eliminados até a terceira fase da Copa do Brasil (CB) de 2016. Caso um time com a chamada “pré-vaga” vá à oitavas da copa nacional, a vaga internacional será repassada automaticamente ao time seguinte na fila, e assim sucessivamente. 

Fila de espera para as seis primeiras vagas do país (Brasil 1 a Brasil 6)
1º) Sport (6º na Série A), classificado à Sula (eliminado na 1ª fase da CB)
2º) Santos (7º na Série A), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
3º) Cruzeiro (8º na Série A), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
4º) Atlético-PR (10º na Série A), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
5º) Ponte Preta (11º na Série A), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
6º) Flamengo (12º na Série A), classificado à Sula (eliminado na 2ª fase da CB)
7º) Fluminense (13º na Série A), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
8º) Chape (14º na Série A), classificado à Sula (eliminado na 3ª fase da CB)
9º) Coritiba (15º na Série A), classificado à Sula (eliminado na 2ª fase da CB)
10º) Figueira (16º na Série A), classificado à Sula (eliminado na 3ª fase da CB)
11º) Botafogo (1º na Série B), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
12º) Vitória (3º na Série B), classificado à Sula (eliminado na 3ª fase da CB)
13º) América-MG (4º na Série B), já sem chance, na 3ª fase da CB
14º) Avaí (17º na Série A), já sem chance (eliminado na 2ª fase da CB)
15º) Vasco (18º na Série A), já sem chance (classificado às oitavas da CB)
16º) Goiás (19º na Série A), já sem chance (eliminado na 1ª fase da CB)
17º) Joinville (20º na Série A), já sem chance (eliminado na 2ª fase da CB) 

Brasil 1 – Sport
Brasil 2 – Flamengo
Brasil 3 – Chapecoense
Brasil 4 – Coritiba
Brasil 5 – Figueirense
Brasil 6 – Vitória

Brasil 7 (Copa do Nordeste 2016)
Santa Cruz, classificado à Sula (eliminado na 3ª fase da CB)

Brasil 8 (Copa Verde 2015)
Cuiabá, classificado à Sula (eliminado na 1ª fase da CB)

Na lista, curiosamente os quatro classificados na Série B estão à frente dos quatro rebaixados na Série A. Campeão nordestino, o Santa garantiu a pré-vaga como Brasil 7. Segundo a CBF, mesmo que tenha condições de entrar na fila em uma condição melhor (1 a 6), o título regional garante o time como Brasil 7.

Já o Sport estava numa situação “confortável” desde o início. A aspa se devia à necessidade de  “sair” logo da Copa do Brasil, o que ocorreu diante da modesta Aparecidense. Com isso, vai à Sula pela 4ª vez seguida, no “pote 1” do sorteio, que contará com quatro chaves brasileiras, valendo pela segunda fase do torneio. Com o Tricolor confirmando a vaga e ficando no “pote 2”, haveria 25% de chance sair um Clássico das Multidões no sorteio. Dito e feito.

O formato de sorteio das chaves brasileiras foi implantado pela Conmebol na edição de 2015 (Brasil 1, 2, 3 e 4 no pote 1 e Brasil 5, 6, 7 e 8 no pote 2). No sorteio realizado em Santiago, em 12 de julho, a fase nacional ficou assim:: Sport (BR 1) x Santa Cruz (BR 7), Flamengo (BR 2) x Figueirense (BR 5), Chapecoense (BR 3) x Cuiabá (BR 8) e Coritiba (BR 4) x Vitória (BR 6).

Para saber mais sobre a tabela da Sul-Americana 2016, clique aqui.

Copa Sul-Americana garantida até 2018, com ampliação da cota de participação

Painéis da Copa Sul-Americana. Crédito: Fox Sports/youtube

A Copa Sul-Americana de 2015 foi a primeira edição sem um contrato de naming rights desde 2003. Como exemplo, as placas de publicidade, expostas nos estádios do torneio, quase todas preenchidas só com conteúdo institucional da Conmebol. Um reflexo dessa falta de patrocinadores foi o congelamento das cotas aos 47 clubes participantes, com os mesmos valores pagos na temporada passada. Com o enfraquecimento de mercado, se iniciou um debate sobre a continuidade da Sula, carente dos maiores clubes do Brasil, como Corinthians, São Paulo, Flamengo, Cruzeiro e Inter. 

Entretanto, a Sul-Americana foi confirmada até 2018, com a extensão dos direitos de transmissão ao canal Fox Sports. Com o anúncio da Conmebol, através de nota oficial, haverá a ampliação das cotas nos próximos anos, ainda em dólar. Hoje, o campeão ganha US$ 2,23 milhões. Por fim, será aberta uma licitação dos direitos de 2019 a 2022, incluindo no pacote a Libertadores e a Recopa – outro indicativo da manutenção da disputa no calendário. A notícia tem um impacto direto nos clubes pernambucanos, que têm no torneio uma chance mais clara de disputar um torneio internacional.

Apesar de uma eventual briga por um G4 da Série A, no outro caminho basta não cair no Campeonato Brasileiro, tendo ainda o título da Copa do Nordeste como opção. Não por acaso, nos últimos três anos foram três participações do Sport (2013-2015) e uma do Náutico (2013), com o Santa vislumbrando 2016. Administrar o desgaste físico da equipe entre Brasileiro e Sul-Americana – devido à limitação do elenco, claro – é um passo essencial para valorizar possíveis campanhas no exterior. Ao menos a médio prazo não veremos o processo visto na antecessora, a Copa Conmebol, criada em 1992 e extinta em 1999 pelos mesmos motivos. É bom aproveitar logo as oportunidades…

Nomenclaturas oficiais da Sula
2002 – Copa Sul-Americana
2003/2010 – Copa Nissan Sul-Americana
2011/2012 – Copa Bridgestone Sul-Americana
2013/2014 – Copa Total Sul-Americana
2015 – Copa Sul-Americana
2016 – Copa Sul-Americana (em negociação)

Participantes
2002 – 21 clubes (nenhum brasileiro)
2003 – 35 clubes (12 times via Brasileiro)
2004 – 35 clubes (12 times via Brasileiro)
2005 – 34 clubes (8 times via Brasileiro)
2006 – 34 clubes (8 times via Brasileiro)
2007 – 34 clubes (8 times via Brasileiro)
2008 – 34 clubes (8 times via Brasileiro)
2009 – 31 clubes (8 times via Brasileiro e o atual campeão)
2010 – 39 clubes (8 times via Brasileiro)
2011 – 39 clubes (8 times via Brasileiro)
2012 – 47 clubes (8 times via Brasileiro)
2013 – 47 clubes (8 times via Brasileiro e o atual campeão)
2014 – 47 clubes (7 times via Brasileiro e 1 do Nordestão)
2015 – 47 clubes (6 times via Brasileiro, 1 do Nordestão e 1 da Copa Verde)
2016 – 47 clubes (6 times via Brasileiro, 1 do Nordestão e 1 da Copa Verde)

Diego Souza e Grafite no Playstation 4? Clássico das Multidões a caminho do Fifa

Meme: a "capa" do Fifa 2017, com Diego Souza (Sport) e Grafite (Santa Cruz). Arte: Paulo Lima /divulgaçãoi (‏@cravo19)

A capa é fictícia, obviamente. Mesmo que Diego Souza e Grafite continuem atuando no Recife em 2016, esta versão, criada pelo tricolor Paulo Lima, dificilmente chegaria às lojas para Playstation 4 e Xbox One. Ainda mais se for para substituir Lionel Messi e Oscar, estrelas da capa atual.

Em relação à presença oficial de Sport e Santa Cruz, no entanto, a possibilidade é bem real. Os dois clubes devem ser chamados pela EA Sports para compor a futura edição do game Fifa Football. Na versão 2016, já nas lojas, 16 clubes do país foram licenciados. O Leão só não figurou devido à empecilhos burocráticos sobre a cessão de imagem dos atletas – problema que deve ser solucionado pelo departamento jurídico do clube. Sem dúvida, seria uma importante visibilidade, pois trata-se da franquia de futebol mais vendida no mundo.

O Tricolor não aparece no Fifa desde 2008 – único ano com o trio da capital  oficializado. Já o Rubro-negro teve seus dados oficiais (nome, escudo, uniforme e elenco) pela última vez em 2009. Depois, só de forma genérica (“S. Recife”), duas vezes. E ainda há o Pro Evolution Soccer. Arquirrival do Fifa, o game da Konami licenciou 24 brazucas na última edição, com toda a Série A. A medida deve se manter no PES 2017. Logo, Santa e Sport presentes. Diego Souza e Grafite digitalizados num Clássico das Multidões no videogame? Com chancela.

Clubes brasileiros no Fifa
2001 – 13 times
2002 – 13 times
2003 – 15 times
2004 – 16 times
2005 – 16 times
2006 – 16 times
2007 – 22 times (Santa Cruz)
2008 – 24 times (Náutico, Santa Cruz e Sport)
2009 – 26 times (Náutico e Sport)
2010 – 20 times (N. Recife e S. Recife, os genéricos de Náutico e Sport)
2011 – 20 times
2012 – 20 times
2013 – 20 times (N. Recife e S. Recife)
2014 – 21 times (Náutico)
2015 – sem times brasileiros
2016 – 16 times

Clubes brasileiros licenciados no PES
2008 – 1 time
2009 – 1 time
2010 – 1 time
2011 – 5 times
2012 – 6 times
2013 – 20 times (Náutico e Sport)
2014 – 24 times (Náutico e Sport)
2015 – 21 times (Náutico e Sport)
2016 – 24 times (Sport)

Errejota, a bola oficial dos Jogos Olímpicos de 2016

A bola oficial dos Jogos Olímpicos de 2016. Crédito: Adidas/reprodução

A Olimpíada de 2016 vai encerrar um ciclo de grandes eventos esportivos no Brasil num intervalo de quatro anos. No futebol propriamente dito, será o terceiro torneio com seleções nacionais no país, após a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014.

Como de praxe no marketing esportivo, a Adidas, patrocinadora da Fifa e responsável pelas bolas oficiais, antecipou a pelota exclusiva para as competições masculina e feminina. Chegou a vez da Errejota, numa óbvia brincadeira às inicias da cidade-sede dos Jogos Olímpicos. A bola vai rolar em sete estádios (Maracanã, Engenhão, Mané Garrincha, Arena Corinthians, Mineirão, Fonte Nova e Arena da Amazônia).

Confira os detalhes das três bolas criadas para os torneios no Brasil:
Cafusa (Copa das Confederações 2013)
Brazuca (Copa do Mundo 2014)
Errejota (Olimpíadas 2016) 

Qual foi a bola mais bonita criada pela Adidas no país?

No vídeo de apresentação da Errejota, um passeio pelo Rio, com a presença de Gabriel Jesus, do Palmeiras, presente na Seleção Olímpica.

Podcast 45 (174º) – Empate do Sport na Sula, bastidor da Puma no Santa e Série B

O primeiro confronto oficial do Sport contra um clube argentino terminou em empate, 1 x 1, complicando a situação leonina na Sul-Americana. É possível reverter fora de casa, contra o Huracán? Comentamos no novo 45 minutos, que seguiu para a forte especulação da Puma como nova fornecedora do Santa Cruz. No fim, uma passagem nos jogos dos pernambucanos no próximo fim de semana, pelo Campeonato Brasileiro. Ah, teve espaço até para o Rock in Rio. 

Confira um infográfico com as principais pautas do programa aqui.

Nesta 174ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Na estreia de Falcão, Sport empata com o Huracán e se complica na Sul-Americana

Copa Sul-Americana 2015, oitavas de final: Sport 1 x 1 Huracán. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Em Buenos Aires, o Sport começará o jogo em desvantagem. Está obrigado a buscar ao menos um gol. Uma vitória no El Palacio, algo que não aconteceu no Brasileirão após 14 tentativas? Bronca. Outra alternativa, à parte dos pênaltis, é um empate, especialidade rubro-negra, a partir de dois gols. Eis o rescaldo de uma atuação tecnicamente fraca na Ilha do Retiro. Invicto há sete jogos, o Huracán também apresentou um futebol pobre no Recife, mas foi didático na copeira escola argentina, com muita catimba, gastando o tempo em absolutamente todos os lances. Empurra aqui, para ali, discute acolá, faz parte.

Quando o Globo resolveu jogar bola, começou na base do chutão. Parecia um cenário propício para a ofensiva escalação proposta pelo estreante Falcão. Com Diego Souza de segundo volante e Marlone (bem) na criação, o time pernambucano empacou na inércia de Régis e nos sucessivos erros de Maikon Leite. Este saiu de campo com a assistência para o gol, e só (mérito de André, de cabeça). Para ganhar força na marcação, cabia Wendel, na vaga de Régis.

O volante acabou entrando, mas no lugar de Diego, cansado. Infelizmente, entrou mal demais. Tirou qualquer lampejo de ofensividade e ainda deixou o time vulnerável. Mais vulnerável, na verdade, pois os laterais falharam demais, sobretudo Renê. Nas suas costas começou a jogada que resultou no pênalti aos argentinos. Com o empate em 1 x 1, o mandante seguiu desordenado. Tanto que mereceu os aplausos pelo esforço no primeiro tempo e as vaias no apito final, após uma queda de rendimento. Falcão terá uma semana para injetar ânimo nesta equipe – algo que se esperava já na estreia. Até porque na Argentina precisará ter mais garra para sobreviver na Sula.

Copa Sul-Americana 2015, oitavas de final: Sport 1 x 1 Huracán. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press