O novo troféu da Copa do Nordeste foi produzido em São Paulo.
Após o fim do regional de 2014 e a inclusão do Piauí e do Maranhão, a peça precisou passar por uma renovação. A questão era o número de anéis, que passou de sete para nove, representando todos os estados nordestinos.
Do papel ao metal, passando pela projeção em 3D nos computadores, o modelo foi criado pela empresa de cenografia e produção Jardim Elétrico. Com 49 centímetros de altura, a peça dourada pesa dez quilos.
O troféu foi apresentado no lançamento do Nordestão de 2015, organizado pelo canal Esporte Interativo. Abaixo, o vídeo com o processo de produção.
A posse é definitiva. Cada campeão ficará com uma taça idêntica.
Ou seja, a empresa paulista continuará produzindo novas taças no mínimo até 2022, o limite do atual contrato entre a Liga do Nordeste e a CBF.
A 65ª edição do podcast 45 minutos passou a limpo o futebol pernambucano, debatendo a participação loca nas Séries A, B, C e D, além da entrevista com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, concedida ao Superesportes.
Estou nessa gravação (1h20min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.
O empate com o líder pode ter sido um resultado aceitável, mas não impediu o Sport de descer mais um degrau na classificação do Brasileirão. Agora, o Leão aparece em 9º lugar. Foi ultrapassado pelo Santos, que venceu o Goiás.
Já o Cruzeiro, que saiu de São Lourenço com um ponto, viu o Internacional reduzir a diferença para seis pontos. Curiosamente, ambos se enfrentam na próxima rodada, no Mineirão. A 26ª rodada será finalizada ainda no sábado, por causa das eleições em todo o país no domingo.
A 26ª rodada do representante pernambucano
04/10 – Corinthians x Sport (18h30)
Jogos em Sampa pela elite: 3 vitórias rubro-negras, 4 empates e 3 derrotas.
O Náutico venceu bem na 26ª rodada, mas diminuiu a distância em relação ao G4, ainda de nove pontos. Pior, claro, o fato de agora ter uma rodada a menos para buscar o pelotão de cima. Pior mesmo, na verdade, está o Santa Cruz, derrotado em Belo Horizonte e agora a 13 pontos da zona de classificação.
No G4, dois catarinenses, um paulista (líder) e um carioca.
A 26ª rodada dos representantes pernambucanos
03/10 – Santa Cruz x Boa Esporte (19h30)
04/10 – Avaí x Náutico (16h10)
A tabela segue incompleta. Na 16ª rodada, devido à morte do ex-governador de Pernambuco, Santa x Bragantino foi adiado. para 14 de outubro.
O Cruzeiro tem um ótimo rendimento como visitante, num nível próximo ao dos jogos no Mineirão. Não por acaso é o líder do Brasileirão, disparado. Até este sábado, o time mineiro havia marcado 18 gols longe de casa. E a estatística se mantém.
O bem armado time de Marcelo Oliveira ficou no 0 x 0 com o Sport de Eduardo Batista, que se ofensivamente é uma negação, na marcação consegue impor o seu estilo de jogo.
Nos últimos quatro jogos, o Leão marcou apenas um gol. Ao todo, somava 21 no campeonato, enquanto a só dupla de ataque do adversário tinha 23, sendo 12 de Marcelo Moreno e 11 de Ricardo Goulart. Apesar desse rendimento lá na frente, o Sport sofreu apenas um tento. Joga no ferrolho, sem vergonha alguma. O estilo é baseado na ocupação dos espaços e com muita pegada desde o camisa 9, numa rápida recomposição.
Na Arena Pernambuco, o jogo – apesar da disparidade técnica – foi equilibrado. No primeiro tempo, o Cruzeiro criou as melhores oportunidades, mas num cenário no qual o Rubro-negro também controlou a bola e tentou rápidas investidas. No segundo tempo, a pegada aumentou, dos dois lados. E o jogo caiu.
O empate sem gols foi um retrato da partida, sem grandes chances, mas que terminou com aplausos da torcida da casa, consciente de que não é todo mundo que arranca pontos do Cruzeiro, em casa ou fora de casa.
Falando nisso, agora o Sport parte para dois jogos fora do estado, contra Corinthians e Grêmio. Se não melhorar ofensivamente, que ao menos mantenha a instigação defensiva…
Treze pontos a treze jogos do fim. A distância em relação ao G4 e a tabela cada vez mais curta vão minando o sonho tricolor em seu centenário. Hoje, o acesso é irreal.
Mais do que a diferença na classificação há o futebol jogado. Do atual quarteto lá em cima, com Ponte Preta, Avaí, Joinville e Vasco, na prática só o Ceará parece ter fôlego e técnica para buscar uma reviravolta.
No Tricolor, a mudança no comando técnico deveria ter gerado uma injeção de ânimo. À parte da vitória sobre o modesto Oeste, bastou um adversário mais qualificado para o time pernambucano travar.
Na derrota por 1 x 0 para o América Mineiro neste sábado, no Independência, o time mal atacou. Em alguns momentos, já em desvantagem, parecia “segurar” o placar. Incrível. O próprio gol sofrido foi para desanimar o torcedor coral diante da televisão.
Aos 20 minutos, Elsinho dominou a bola na entrada da área, pensou, girou e finalizou. Sem ser importunado em momento algum. Ali, o Santa enfrentava o lanterna, mas era um lanterna circunstancial, após uma decisão do STJD, que tirou 21 pontos do Coelho.
E se o rendimento em campo mais uma vez já não ajudou, piorou com a fraca arbitragem de Pablo dos Santos Alves, que não enxerga penalidades ou impedimentos.
A volta a Série B parece mesmo com cara de “marola”…
A 11ª vitória alvirrubra na Série B teve uma assinatura improvável.
Na Arena Pernambuco com apenas cinco mil espectadores – num ânimo mais baixo em relação às últimas semanas -, o Náutico venceu o Paraná por 3 x 1 com uma colaboração direta do centroavante Tadeu.
Lento e sem faro de gol, o atacante rapidamente caiu no conceito da torcida. Contudo, assim como Sidney Moraes, o técnico Dado Cavalcanti também parece enxergar potencial no jogador. Nesta sexta, ele foi alçado à titularidade no lugar do meia Cañete. O argentino, com atuações ruins, acabou sacado.
O treinador optou por um 4-3-3 com Tadeu, claro, centralizado. Com apenas dois minutos o resultado começou a surgir. Sassá tocou rápido para Tadeu, que recebeu a bola livre, cara a cara com o goleiro. Foi derrubado, pediu para bater e chutou fraco. Marcou.
Nos acréscimos, Bruno Fulan – que entrara no lugar do machucado Crislan – ampliou. Detalhe para o passe, uma assistência de Tadeu, no ponto futuro.
No segundo tempo o Paraná se lançou mais ao ataque, mas o time pernambucano conseguiu controlar o resultado. E ainda conseguiu ampliar, num belo gol de Vinícius, camisa 10 (e digno do número neste time). No último lance, o visitante marcou o gol de honra.
Francamente, a noite já tinha o seu nome, o mais improvável em campo.
A Caixa Econômica Federal tornou-se o principal patrocinador do futebol brasileiro. É quem mais estampa a marca na Série A, com oito times. Em todas as divisões, o banco paga cotas anuais de R$ 1 milhão a R$ 30 milhões.
Tamanho investimento gerou uma corrida para firmar acordos com a instituição. Contudo, era (é) preciso ter as certidões negativas, organizando as dívidas fiscais (milionárias). Claro, nem todos os clubes conseguiram.
No futebol feminino, por outro lado, a adesão é total. Os vinte participantes do Brasileiro contam com a Caixa como patrocinador-master.
A explicação é a operação financeira da competição. Pela segunda edição seguida, a Caixa investe R$ 10 milhões no campeonato, ajudando a bancar os baixos salários e com os direitos de tevê. Neste ano, três times pernambucanos estão na disputa. O pentacampeão estadual Vitória, o Sport e o Náutico.
Em 2013, o Centro Olímpico-SP foi campeão num torneio de 70 jogos, envolvendo 14 estados. Ao todo foram marcados 253 gols.
Náutico – 2 vezes campeão pernambucano (2005 e 2006)
Sport – 5 vezes campeão pernambucano (1999, 2000, 2007, 2008 e 2009) e uma vez vice-campeão da Copa do Brasil (2008)
Vitória – 5 vezes campeão pernambucano (2010, 2011, 2012, 2013 e 2014) e duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil (2011 e 2013)
Uma reviravolta histórica na lista de campeões do Nordeste está a caminho. Por mais curioso que possa parecer, a lista de campeões do futebol regional sempre foi controversa, até mesmo sobre a definição do primeiro ganhador. O Sport em 1994, na Copa do Nordeste organizada em Alagoas, ou o Vitória, campeão do Torneio José Américo de Almeida Filho, em 1976? O próprio álbum oficial da competição de 2014 veio com uma lista incomum. Pois o status pode pertencer até ao CRB, em 1975.
O blog apurou que a Liga do Nordeste, através de seu presidente, Alexi Portela, encaminhou à CBF a lista de campeões oficiais do Nordestão, englobando não só os torneios organizadas pela liga como outros de peso semelhante. O pedido de análise à diretoria de competições (ainda não respondido) leva em conta as duas versões do Torneio José Américo de Almeida Filho, organizado na década de 1970 para movimentar os clubes fora do Brasileirão. Em setembro de 2012 a CBF já havia sinalizado pela primeira vez o reconhecimento do título baiano, através de seu guia anual. Agora, pode ocorrer a equiparação ao Nordestão, junto a 1975.
A suposta primeira edição teve apenas seis times de três estados, nenhum deles da cena principal. No caso, Alagoas (CRB), Paraíba (Botafogo, Treze e Auto Esporte) e Rio Grande do Norte (ABC e Potiguar). O Clube de Regatas Brasil foi o campeão ao bater o Botafogo de João Pessoa nos pênaltis. A CBF ainda não estipulou um prazo para a resposta, mas, considerando que o pedido veio da própria Liga do Nordeste, eis a nova lista de campeões…
Lista de campeões*
Torneio José América de Almeida Filho
1975 – CRB*
1976 – Vitória*
Copa do Nordeste
1994 – Sport
1997 – Vitória
1998 – América-RN
1999 – Vitória
2000 – Sport
2001 – Bahia
2002 – Bahia
2003 – Vitória
2010 – Vitória
2013 – Campinense
2014 – Sport
2015 – Ceará
2016 – Santa Cruz
2017 – Bahia
Maiores campeões*
5 Vitória (*)
3 Sport e Bahia
1 CRB (*), América-RN, Campinense, Ceará e Santa Cruz
* Títulos de 1975 e 1976 sob análise de chancela.
O blog listou outros 16 torneios Nordeste e Norte-Nordeste, desde 1946, sem chancela da CBF, além do caminho necessário para oficializá-los. Confira aqui.
O Sport manteve o 8º lugar na Série A, apesar da derrota para o Bahia em Salvador, a sexta seguida com clube como visitante no campeonato. A briga pelo G4, claro, tornou-se ainda mais irreal. A diferença é de cinco pontos, mas com quatro clubes à frente – tanto na pontuação quanto no nível técnico.
Na briga pelo título, Cruzeiro voltou a vencer e foi beneficiado pelo tropeço do São Paulo. O Inter agora é o segundo lugar, mas a oito pontos de distância.
A 25ª rodada do representante pernambucano
27/09 – Sport x Cruzeiro (18h30)
Jogos no Recife pela elite: 7 vitórias rubro-negras, 5 empates e 5 derrotas.