A Série D foi criada em 2009. Lá, o Central sofre há tempos. Nesta temporada, chega pela terceira vez ao mata-mata. Sempre com o acesso pertinho, mas escapando no drama que faz parte da vida da Patativa.
Em 2009 foi eliminado pelo Alecrim, para a decepção dos quase dez mil espectadores no Lacerdão no jogo de volta.
Em 2013 foi ainda pior, com a saída da competição na disputa de pênaltis, após a cobrança desperdiçada por Andrezinho, contra o Botafogo, lá no Almeidão.
Agora, uma nova chance, numa verdadeira obsessão do cube, que há alguns anos vê o Salgueiro ocupar o rótulo de maior time do interior do estado.
Para fazer frente a isso, só mesmo deixando a quarta e última divisão do país – fato que o Carcará conseguiu. Acesso, aliás, não ocorre há quase trinta anos. Desde 1986, no Torneio Paralelo, quando o clube de Caruaru ascendeu à elite nacional no mesmo ano. Voltando ao presente, o time passou em 2º lugar, após uma campanha com três vitórias, três empates e duas derrotas.
Na última rodada, precisava vencer em casa. Não pipocou diante da torcida como em outras oportunidades. Pelo contrário. Não tomou conhecimento do Baraúnas, cravando 5 x 0 – com gols de quatro jogadores diferentes, Tiago Lima, Sinval, Jailson (2) e Adriano. Agora, precisa superar dois mata-matas.
O primeiro será contra o Confiança. De Caruaru para Aracaju… 180 minutos.
Foi uma vitória (a 10ª) dificílima do Sport, contra um adversário que vinha de um importante resultdo sobre o São Paulo.
Os três pontos somados diante do Coxa, que jamais venceu o Leão na Ilha, mantiveram o time pernambucano firme na parte de cima da tabela, ainda próximo ao G4. Na 8ª colocação, só não avançou porque o Galo venceu o clássico de Minas Gerais.
Se a classificação à Libertadores segue bem difícil (ô!), ao menos uma campanha segura vai sendo feita pelo time comandado por Eduardo Batista, com mais fôlego após completar 50 jogos.
Neste domingo, o resultado de 1 x 0 foi escrito faltando quinze minutos. O Coxa, mesmo perigando na tabela (voltou ao Z4 com o revés), articulou boas jogadas.
Pelo lado do Leão, pesou contra o incrível gol desperdiçado por Ibson no primeiro tempo, após uma baita jogada de Patric e uma boa assistência de Neto Baiano. Estava livre, mas chutou em cima do goleiro Vanderlei.
Na segunda etapa, um jogo mais truncado, com a maior cara de empate gols, como na última quarta, contra o Inter – apesar de ter sido, de fato, uma partida tecnicamente melhor.
Acionado no lugar de Danilo, o contestado (inclusive pelo blog) Felipe Azevedo enfim foi decisivo. Escorou para as redes o passe de Diego Souza, num rápido contragolpe. Ganhou confiança para continuar sendo acionado pelo treinador – titular ou não.
Nos descontos, o jogo tornou-se dramático por casa da chance perdida por Ananias (no lugar de Ibson), no travessão, e Diego Souza, no rebote. No caso do Sport, a vitória pelo placar mínimo parece ser de lei. Foi cirúrgica.
O resultado mostrou que o time que precisa demais do seu banco de reservas.
Enquanto o Náutico perdeu novamente por 2 x 1 para um integrante do G4, o Santa Cruz também voltou a falhar após abrir o placar (9ª vez nesta Série B!), ficando no empate no Mundão com o Icasa. Assim, após 24 rodadas na Segundona, a dupla segue mais perto da marola do que da briga pelo G4 – no caso do Timbu, houve um afastamento após uma grande recuperação.
No G4, dois catarinenses, um paulista e um carioca.
A 25ª rodada dos representantes pernambucanos
23/09 – Santa Cruz x Oeste(21h50)
23/09 – Portuguesa x Náutico (21h50)
A tabela segue incompleta. Na 16ª rodada, devido à morte do ex-governador de Pernambuco, Santa x Bragantino foi adiado. para 14 de outubro.
Os números do primeiro tempo eram cruéis com o Náutico, bem abaixo em finalizações (6 x 15) e posse de bola (40% x 60%). Porém, o time pernambucano vinha conseguindo controlar o seu objetivo de parar o Vasco no Rio de Janeiro.
O empate sem gols – com Júlio César muito bem – era satisfatório para Dado Cavalcanti e até mesmo para torcida timbu, presente em São Januário. No segundo tempo o jogo ficou ainda melhor, com o pênalti bem cobrado por Sassá – em ótima fase no time, com quatro gols seguidos.
Até houve a chance de matar o jogo neste sábado, que “eliminaria” a derrota sofrida na terça na Arena Pernambuco diante do Joinville, outro integrante do G4. A quinze minutos do fim, a brusca mudança no direcionamento do Náutico no campeonato. Dois gols vascaínos, aos 32 e aos 42, 2 x 1.
O segundo, de Kléber Gladiador, deixou o Alvirrubro a nove pontos da zona de classificação à elite, aquela que há poucos dias estava quase batendo na porta. No entanto, é preciso ser justo.
Um revés diante do Vasco, fora de casa, estava dentro do previsto. Tanto que o próprio Dado estipulou três pontos nesse giro de duas partidas como visitante. A chance é contra a Lusa, em péssima fase. Mais chutes, mais posse de bola, mais futebol.
Para decepção do povão, em número apenas razoável neste sábado, o cenário em campo se repetiu. O Santa Cruz abriu o placar e não segurou a vitória na Série B.
Foi a 9ª vez que isso ocorreu nesta edição. Uma sequência que fatalmente custará a vaga tricolor no G4, cada vez mais distante no horizonte, hoje a doze pontos. Na tribuna do Arruda, o novo técnico, Oliveira Canindé, assistiu ao empate em 1 x 1 com o Icasa.
Os gols saíram antes do quinze minutos de bola rolando, com Léo Gamalho cobrando pênalti e o time alencarino buscando a igualdade num belo gol de Lucas Gomes.
A partir daí só deu Santa na primeira etapa, com Keno e Gamalho desperdiçando oportunidades. Mais uma vez o time mostrava uma afobação além da conta, vendo o resultado escapar. A pressão dos 10 mil torcedores só piorou a situação.
Na segunda etapa não foi muito diferente, apesar do jogo modorrento. De longe, ao lado da direção coral, o cearense Oliveira observava tudo. Assume um time na zona intermediária da Segundona, com o acesso cada vez mais irreal.
Curiosamente, entra quase uma zona de conforto, pois não poderá ser pressionado, claro, pelos resultados anteriores. Contudo, para começar, Oliveira precisará mudar essa sina de ceder empates e viradas…
O cearense Oliveira Canindé começou a ganhar destaque no futebol nordestino em 2010, ao comandar do Guarany de Sobral na conquista do título brasileiro da Série D. Na campanha, eliminou o Santa Cruz, garantindo em seguida o primeiro título nacional da história do futebol alencarino.
Desde então, o técnico faturou mais dois títulos, também na região, sempre com seu discurso popular, ganhando o time e a torcida.
Atuando no Nordeste desde o início da carreira, em 2004, nesta temporada já passou pelo CSA e pelo América de Natal. Agora, chega pela primeira vez a Pernambuco, no Santa Cruz. Irá substituir Sérgio Guedes, cuja oratória não conseguia mais extrair nada da equipe.
Vale relembrar as entrevistas do treinador em seus títulos mais recentes…
O retorno do goleiro Aranha ao estádio do Grêmio surpreendeu. Negativamente.
Após o jogo pela Copa do Brasil, Santos e Grêmio se enfrentaram pela Série A.
E a noite foi de muitas vaias a um jogador. Não, não vamos nem discutir a falácia hipócrita de que eram vaias a um adversário, algo comum no futebol.
O foco foi bem além, dirigido a Aranha e repleto de ironias, com gritos de “alemão”, “branca de neve”. Um racismo velado, difícil de compreender.
Ainda há um outro ponto nessa questão do goleiro, de uma lucidez incrível neste episódio, mais até do que Pelé, que deveria ser um ícone neste combate. Está havendo uma tentativa de a espetacularização do caso de racismo.
Atleta mediano, Aranha não vem conseguindo escapar dos microfones, num volume de perguntas que ignora há dias a questão esportiva.
São seguidas tentativas de reaproximar o goleiro de Patrícia Moreia, a única identificada no duelo anterior entre Grêmio e Santos. Sobre Patrícia, vale dizer que ela deu “azar”. Culpada, mas não era a única xingando na arena.
Como os demais presentes no jogo anterior, pensava estar protegida pelo escudo de um estádio de futebol, onde tudo seria válido pela pressão campal.
Infelizmente, o pensamente parece enraizado em tantos outros torcedores. A vaia da torcida gremista foi de reprovação à queixa de Aranha.
Um prato cheio para alimentar um caso… e somente este caso.
Os clubes pernambucanos conquistaram oito títulos de caráter regional, interregional ou nacional sem a chancela oficial da CBF. Glórias numa era quase em preto e branco, mas de importância histórica em cada time.
Foram torneios de repercussão em épocas sem tanta organização da CBF ou de sua precursora, a Confederação Brasileira de Desportos, a CBD. Os clubes consideram as conquistas em suas galerias. A última dessas conquistas foi há quase 30 anos e até hoje segue sem resposta quanto à oficialização.
E não há resposta porque jamais houve um pedido de fato…
Durante o lançamento do Nordestão de 2015, no Recife, o blog entrevistou Virgílio Elísio, o diretor de competições da confederação. Questionado se havia a chance de chancelar os títulos antigos – como a Segundona de 1986 do Central ou tri do Norte do Náutico -, Virgílio abriu o caminho…
“Lembro dessa história de 1986. Eu recomendo que eles (os clubes) preparem um processo bem instruído, com conteúdo e encaminhem. Eu por exemplo, como diretor de competições, me encarregaria de levar isso a um grupo técnico, onde nós tomaríamos a decisão se é ou válido esse reconhecimento.”
Foi o que fez Odir Cunha, autor do estudo sobre os campeões da Taça Brasil (1959-1968) e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970), que em 2010 foram oficialmente unificados ao Brasileirão. A pesquisa foi elaborada a pedido dos campeões Bahia, Santos, Palmeiras, Botafogo, Santos, Cruzeiro e Flu.
Central e Treze, que seriam campeões em conjunto da Segundona de 1986, dizem ter enviado atas à CBF. Virgílio nega ter recebido os documentos.
A situação se mantém em relação ao torneios nordestinos anteriores a 1994.
“Até aqui, ninguém manifestou.”
Por fim, se mostrou aberto ao processo.
“Estou dizendo que todos podem preparar o processo sobre os antigos campeões do Nordeste, mas não estou dizendo que todos os processos terão êxito. Esse reconhecimento é fruto de uma análise. Eu garanto que a gente vai fazer uma análise. Se vai reconhecer eu não sei”.
Eis os torneios vencidos pelos times do estado ainda sem a chancela.
O caminho está traçado. Agora, basta cada um fazer a sua parte…
Torneio dos Campeões do Norte-Nordeste
A premissa do torneio era uma ampliação da competição realizada na capital pernambucana em 1948. Quatro anos depois, o Norte foi incorporado. Campeão estadual em 1951, o Timbu entrou na semifinal do torneio, novamente realizado apenas no Recife.
1952 Náutico (8 participantes)
Copa Norte – A fase Norte-Nordeste da Taça Brasil
Agora unificada ao Brasileirão, a pioneira Taça Brasil surgiu em 1959 como a competição organizada pela CBD que indicaria o representante do país à Libertadores do ano seguinte. Com a precária estrutura de deslocamento de um país continental, o torneio de mata-mata foi regionalizado. Na fase Norte, que compreendia o Norte-Nordeste, o campeão tinha direito a vaga na semi ou na final nacional – sem definição prévia. Os vencedores do zonal celebravam as conquistas regionais, ainda que não fossem um torneio à parte.
Copa dos Campeões do Norte
Apesar do nome, a copa reuniu os vencedores da fase Norte-Nordeste da Taça Brasil. Até 1966, apenas clubes nordestinos haviam vencido. Todos os times se enfrentaram em jogos ida e volta na Fonte Nova, PV, Aflitos e Ilha.
1966 Náutico (5 participantes)
Torneio Hexagonal Norte-Nordeste
Apesar das duas regiões envolvidas, foram incluídos apenas três estados, com dois pernambucanos, dois cearenses e dois paraenses em jogos de ida e volta.
1967 Santa Cruz (6 participantes)
Série B – Torneio Paralelo do Campeonato Brasileiro
De 1980 a 1985, a segunda divisão nacional foi chamada de Taça de Prata. Em 1986, foi rebatizada como “Torneio Paralelo”, paralelo ao Brasileirão de fato. Eram quatro grupos, vencidos por Central, Treze, Criciúma e Internacional de Limeira. Não houve um cruzamento entre os melhores e o quarteto subiu para a elite do mesmo ano – fato ocorrido nos anos anteriores.
1986 – Central, Treze, Cricíuma e Inter de Limeira (36 participantes)
Ao todo, 18 torneios envolvendo o Nordeste e o Norte-Nordeste, desde 1946, não têm a chancela oficial da CBF. Confira o levantamento aqui.
O empate sem gols na Arena Pernambuco, com cerca de 15 mil pessoas, tirou o Sport do 7º lugar. O clube foi ultrapassado pelo Atlético Mineiro, que venceu o Goiás fora de casa. Com mais um jogo em casa, o Leão pode voltar à antiga posição já no domingo.
Na liderança, o Cruzeiro voltou a abrir sete pontos de vantagem sobre o vice-líder, após o tropeço do Coritiba. A vitória do Coxa, próximo adversário do Leão, tirou o clube do Z4, direto para o 15º lugar. A brusca mudança só mostra o equilíbrio lá “embaixo”.
A 23ª rodada do representante pernambucano
21/09 – Sport x Coritiba (16h00)
Jogos no estado pela elite: 6 vitórias rubro-negras, 4 empates e nenhuma derrota.
O Recife foi palco de um evento bem organizado para o lançamento da Copa do Nordeste de 2015, com direito à apresentação da bola oficial, do novo troféu dourado e do mascote Zeca Brito. Claro, também foram sorteados os cinco grupos, numa transmissão ao vivo no canal Esporte Interativo.
Conforme informado anteriormente, Sport e Náutico foram cabeças de chave, junto a Bahia, Vitória e Ceará, através do ranking da CBF. Então, vamos aos grupos definidos e a uma breve análise do blog sobre os favoritos às vagas no mata-mata, a partir da tradição dos clubes envolvidos.
Em jogo, um título ainda mais valorizado pelo prêmio de R$ 3,185 milhões…
Grupo A – Vitória, América-RN, Confiança e Serrano
O grupo tem a presença de dois ex-campeões nordestinos, que inclusive disputaram a final de 1998, vencida pelo Mecão. O Leão baiano, tetra, é o favorito natural. Pela disparidade dos dois mais fortes para os demais, há chance de duas equipes avançarem.
Grupo B – Sport, Sampaio Corrêa, Coruripe e Socorrense
Sem dúvida, uma chave tranquila para o Leão da Ilha. Em busca do tetracampeonato, o Rubro-negro é favorito desde já à primeira colocação. Deve ter algum trabalho contra o Sampaio Corrêa, que o eliminou da Copa do Brasil de 2011.
Grupo C – Náutico, Salgueiro, Moto Club e Piauí
O Timbu terá mais uma vez um duelo estadual logo na primeira fase, desta vez contra o Carcará, em sua segunda participação regional. Outra curiosidade é a presença de times do Maranhão e do Piauí, as novidades desta edição.
Grupo D – Ceará, Fortaleza, Botafogo e River
É a chave mais equilibrada, com direito ao Clássico-Rei de Fortaleza. Tamanho equilíbrio, e consequentemente uma pontuação mais baixa no geral, deve complicar a ida do vice-líder às quartas de final. O Castelão deve registrar o maior público da etapa inicial.
Grupo E – Bahia, CRB, Campinense, Globo
Eliminado ainda na primeira fase nos últimos dois anos, agora o Bahia deve avançar. O tricolor da Boa Terra conquistou seu último título em 2002. Também é digno de nota o retorno do Campinense, o surpreendente campeão em 2013.
A tabela deverá ser divulgada em três semanas. No regulamento, serão cinco grupos de quatro times. Os cinco líderes e os três melhores segundos colocados avançam às quartas. No mata-mata a fórmula é a mesma da Copa do Brasil.
Nas quartas de final, a composição das chaves será a seguinte:
Melhor líder x Pior 2º lugar
2º melhor líder x 2º pior 2º lugar
3º melhor líder x 3º pior 2º lugar
4º melhor líder x 5º melhor líder
Já tem os seus favoritos às vagas na segunda fase do Nordestão? Comente.