Leão na portaria da segundona, mas desta vez sem achar ruim

Série B 2013, 22ª rodada: Sport 1 x 0 Figueirense. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

Com a implantação dos pontos corridos, em 2003, novas expressões ganharam popularidade no futebol brasileiro. As quatro primeiras colocações, com as vagas à Libertadores na elite e ao acesso na segundona, logo viraram o G4.

Algum tempo depois, na mesma lógica, os últimos quatro lugares foram apelidados de “Z4”, com os rebaixados. Outra denominação já ganha as arquibancadas. Trata-se do 5º lugar na Série B, ou a “portaria”. O time mais próximo ao acesso, no “quase”. Neste sábado, ao voltar a vencer na segunda divisão nacional, no 1 x 0 sobre o Figueirense, o Sport chegou à tal 5ª colocação.

Porteiro? Sim, e até feliz neste contexto – ainda mais ao finalmente terminar um jogo sem sofrer gol. Após um turno quase inteiro entre os melhores, a equipe não se acertou mais, sobretudo com a defesa mais vazada da competição, e foi caindo, caindo. Já estava em 8º lugar, distante. Agora, de novo na beira do G4, está a cinco pontos do Paraná e a seis do Joinville, os primeiros alvos.

O experiente técnico Geninho chegou na noite de sexta-feira. Manteve a formação adotada por Neco no último treino. No caso, o 3-5-2, com a volta de Marcelo Cordeiro no lado esquerdo no lugar do fraquíssimo Peri. É notória a deficiência de Cordeiro na recomposição. Contudo, ofensivamente é produtivo – algo que Peri não foi em setor algum.

No único gol da tarde, diante de 11.825 torcedores na Ilha, a participação de quatro leoninos. De Marcos Aurélio para Patric, para Rithely, e para gol com o desvio de Felipe Azevedo. A partida foi dominada pelo Leão, mas sem tanto afinco nas finalizações. Com mais tempo, Geninho terá 16 rodadas para tirar diferença na tabela e evitar a “portaria” na 38ª rodada. Aí sim, irreparável.

Série B 2013, 22ª rodada: Sport 1 x 0 Figueirense. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

Maranhão e Piauí no Nordestão a partir de 2015

Federações do Maranhão e Piauí

Uma queixa antiga em relação à organização da Copa do Nordeste é a ausência dos estados do Piauí e do Maranhão. Apesar da clara localização geográfica, a CBF sempre encaixou os dois estados no “Norte” em seu mapa particular.

Atualmente, por exemplo, os clubes das duas unidades da federação competem contra clubes do Norte na primeira fase da Série D, regionalizada. Pois bem. Ainda que a entidade não tenha se pronunciado oficialmente, o canal detentor dos direitos de transmissão do Nordestão, o Esporte Interativo, já confirma a presença de clubes piauienses e maranhenses na competição.

A medida deve vigorar a partir de 2015, uma vez que o regional de 2014 já está com os 16 times definidos, através dos estaduais dos demais estados nordestinos. Santa Cruz, Sport e Náutico serão os representantes locais. Resta saber, no entanto, como será a nova divisão da Copa do Nordeste. Atualmente, cinco estados têm duas vagas e dois (Pernambuco e Bahia) contam com três.

Em abril, o presidente da federação de futebol do Piauí afirmou que os dois estados teriam direito a duas vagas. Então, a competição será inchada para pelo menos 20 clubes? Desde já vale o debate, até porque o Nordestão – cujo campeão terá vaga na Copa Sul-americana a partir de 2014 – deverá ocupar o posto de principal torneio local antes do Brasileirão até 2022, no mínimo…

Os fakes de Muricy, Joel e Luxemburgo no facebook

Muricy Ramalho, Joel Santana e Vanderlei Luxemburgo são três dos técnicos mais famosos do Brasil. Pelos títulos conquistados, times comandados, pelas polêmicas e também pelos episódios bem-humorados na carreira.

Frases e atitudes tiradas do contexto acabaram influenciando até mesmos os “memes” na internet. Numa ideia não muita nova, os três foram alvo de perfis fakes no facebook, cada vez mais populares.

“Aqui é trabalho”, “The left, the right in the middle, from Behind” e “Pojeto”.

Muricy e o jeitão direto no trabalho, com frases de impacto. O boa praça Joel e o seu domínio pouco ortodoxo da língua inglesa, que já rendeu até comerciais na tevê. Luxemburgo e o seu eterno “pojeto” a cada novo clube.

Muricy Trabalho

Facebook de humor sobre Muricy Ramalho

Joel “Teacher” Santana

Facebook de humor sobre Joel Santana

Luxa Pojeto

Facebook de humor sobre Vanderlei Luxemburgo

Geninho pela 4ª vez no Recife em 6 anos

Técnico Geninho. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Eugênio Machado Souto, o Geninho, viveu o grande momento de sua carreira como técnico em 2001, quando comandou o Atlético Paranaense na conquista do título brasileiro. Rodou bastante e em 2007 desembarcou pela primeira vez no Aeroporto dos Guararapes com o objetivo de treinar um time pernambucano. Seis anos depois, um novo desembarque, para o 4º trabalho na cidade..

Aos 65 anos, carrega história no currículo e trabalhos sem grandes resultados nas últimas temporadas. No estado, chega mais uma vez como bombeiro, justamente pelo histórico e estilo de trabalho.

2007/Sport: Evitou o rebaixamento do time na Série A.
32 jogos, 13 vitórias, 7 empates e 12 derrotas (47,9%)

2009/Náutico: De novo na elite, não evitou o descenso timbu.
28 jogos, 8 vitórias, 6 empates e 14 derrotas (35,7%)

2010/Sport: Acabou em 6º lugar na Série B e não obteve o acesso.
25 jogos, 12 vitórias, 8 empates e 5 derrotas (58,6%)

2011/Sport: Na sequência, treinou a equipe no 1º turno do Estadual.
9 jogos, 4 vitórias, 2 empates e 3 derrotas (51,8%)

Total: 94 jogos, 37 vitórias, 23 empates e 34 derrotas (47,5%)

2013/Sport: Mais uma vez na segundona, novamente em busca do G4…

Geninho gostou tanto da cidade que transformou o litoral pernambucano em seu local preferido nas férias, mesmo à parte dos clubes recifenses.

Rubro-negro, o que você achou do novo nome para o comando técnico?

Saiba mais sobre a terceira passagem do treinador no Leão aqui.

Geninho no Sport (2007 e 2010) e Náutico (2009). Fotos: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A vigésima classificação da elite nacional em 2013

Classificação da Série A 2013, na 20ª rodada. Crédito: Superesportes

A distância do Náutico para o 16º colocado do Brasileirão, atualmente nas costas do Fluminense, subiu para 14 pontos. O enorme hiato após 20 rodadas já faz com que o site chancedegol, especializado em projeções nos campeonatos de futebol, aponte a probabilidade de descenso para o Timbu em 99%. De fato, são apenas nove pontos – com um pífio aproveitamento de 15,7% – e dez rodadas sem vitória.

Na briga pelo título, Cruzeiro, Botafogo e Grêmio começam a se desgarrar. Ainda é cedo para definir os reais candidatos à conquista da Série A de 2013?

A 21ª rodada do representante pernambucano
15/09 – Vitória x Náutico (18h30)

Jogos em Salvador pela elite: 3 vitórias alvirrubras, 1 empate e 7 derrotas.

Duas partidas foram adiadas pela CBF: Santos x Náutico e Galo x Ponte Preta

A inglória batalha timbu em São Lourenço

Série A 2013: Náutico x Grêmio. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Não existiu qualquer lampejo de uma possível Batalha da Arena.

Como superação, raça, transpiração, euforia. Não no mandante. Entre outras possíveis semelhanças, nada de acréscimo anormal ou expulsões. Nem mesmo um público abarrotado. Espaço não faltou, com apenas seis mil presentes.

O jogo entre alvirrubros e gremistas, na noite desta quarta, ficará registrado como um verbete um tanto modesto na história do confronto.

No lado do Náutico, apenas mais uma derrota em São Lourenço, transformando a campanha na elite em uma agonia com hora para acabar, em dezembro.

No Grêmio, ainda focado, mais uma vitória de um time bem armado, fazendo jus ao alto investimento na competição. Os gaúchos retornam ao Rio Grande do Sul com a sensação de dever cumprido. Nada de triunfo imortal, digno de cinema.

O revés timbu por 2 x 0, construído em um jogo até certo ponto chato, repetiu o cenário das derrotas anteriores na Arena Pernambuco. Esta foi a quinta seguida.

Exceção feita ao jogo contra o Atlético-PR, as apresentações pernambucanas foram parecidíssimas, com o Timbu se esforçando nos primeiros minutos, errando bastante nas conclusões e entregando os pontos ao sofrer o primeiro gol. Até mesmo porque o time não marca os seus…

A grande batalha do Náutico em 2013 é a busca por uma reação.

Ao todo, já são quatro jogos sem marcar um golzinho sequer. Vitória? Há dez jogos, uma velha lembrança…

Série A 2013: Náutico x Grêmio. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O reconhecimento do troféu do Nordestão

Troféu da Copa do Nordeste

Alguns troféus se confundem com as próprias competições.

Copa do Mundo, Eurocopa, Copa América, Liga dos Campeões e Libertadores são algumas das competições em que a taça dispensa legenda (veja aqui).

Obviamente, não é uma regra. Inúmeros campeonatos de futebol contam com novas peças a cada edição.

A Copa do Nordeste resolveu seguir o modelo dos principais torneios. A taça criada em 2013 continuará sendo erguida, no mínimo, até o regional de 2022.

Ainda mais após o resultado da pesquisa de mercado encomendada pelo canal Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão do Nordestão.

Entre outras questões, as 1.552 pessoas ouvidas responderam sobre a fixação da taça e sobre o logotipo do torneio.

Pois a taça dourada, levemente inspirada no modelo da Champions League, foi reconhecida por 93,8% do público. Já a marca oficial da Copa do Nordeste foi lembrada por 88% dos entrevistados.

A 21ª classificação da Segundona 2013

Classificação da Série B 2013, na 21ª rodada. Crédito: Superesportes

O Sport já soma cinco jogos sem vitória na Série B, com quatro derrotas e um empate. Com a desandada em campo, despencou do G4 para a 8ª colocação, a seis pontos de distância do Joinville, que fecha o grupo dos classificados à elite.

Apesar da folha milionária, uma das maiores da segundona, o time apresenta um saldo negativo de gols, agora com a pior defesa da competição.

A 22ª rodada do representante pernambucano
14/09 – Sport x Figueirense (16h20)

Comissão técnica Neco/Bivar começa da pior forma no Leão

Série B 2013: ABC 4 x 2 Sport. Foto: FRANKIE MARCONE/FUTURA PRESS

Uma atuação vergonhosa do Sport. Não foi a primeira no ano, mas foi emblemática. Diante do lanterna da segunda divisão, o Leão foi goleado.

Derrota por 4 x 2, com amplo domínio do ABC, um carrasco em 2013. Em todos os gols, falhas gritantes da defesa. Posicionamento, lentidão, furada.

O goleiro Magrão, quase sempre contido, não escondeu a irritação com a quantidade de vezes que foi buscar a bola nas redes. Ao todo, já são 37 gols sofridos em 21 partidas. O adversário potiguar, por exemplo, levou 35.

Apesar da briga pelo acesso – que pelo futebol apresentado se parece mais com um sonho -, o Leão conseguiu a proeza de ocupar agora o status de defesa mais vazada da competição.

Na noite desta terça, em Natal, o fraquíssimo primeiro tempo em branco parecia indicar um jogo insosso. Na etapa final, com a desatenção do visitante, os gols do ABC saíram em escala industrial. Marcos Aurélio marcou um gol e acertou a trave três vezes, sendo um pingo de lucidez num mar de ostracismo técnico.

Em relação à marcação, em nenhum momento o esquema com três volantes deu certo. Pior. Fábio Bahia, que entrara no lugar do prata da casa Welton, nulo em campo, ainda foi expulso de forma infantil.

No fim, a certeza de muito trabalho para Neco. Sim, o interino foi efetivado como o técnico para o restante da Série B minutos antes da entrada no gramado.

Opção do presidente Luciano Bivar, que havia se queixado publicamente de Martelotte, por este não concordar com as suas “sugestões” na escalação. Supondo que isso tenha ocorrido já nesta partida, a comissão técnica Neco/Bivar começou da pior forma possível…

Série B 2013: ABC 4 x 2 Sport. Foto: FRANKIE MARCONE/FUTURA PRESS

Até a definição da CBF, o título nacional de 1986 segue gravado na marquise

Estádio Luiz Lacerda, do Central, em Caruaru. Foto: www.centralsc.com.br

Os estádios Luiz Lacerda, em Caruaru, e Presidente Vargas, em Campina Grande, têm alguns pontos em comum. Ambos alvinegros e localizados nas duas tradicionais capitais nordestinas do forró.

Porém, ao entrar nesses locais o torcedor se depara com mais um detalhe, de viés histórico, na mesma mensagem pintada de uma ponta a outra.

“Campeão brasileiro Série B – 1986”

Central e Treze. Os primeiros campeões nacionais de seus estados?

Curiosamente, Patativa e Galo não disputam a posse do mesmo título, até porque Criciúma e Inter de Limeira também entrariam na disputa.

Na verdade, os quatro clubes pleiteiam há quase três décadas a oficialização da disputa, num formato bem polêmico. Em 1986, a segundona nacional, até então chamada de Taça de Prata, foi substituída pelo “Torneio Paralelo da CBF”, dividido em quatro chaves, com nove times cada uma.

Os vencedores ascenderam à elite do Brasileirão no mesmo ano – fato comum naqueles tempos. Não houve uma final entre os quatro clubes, que desde então passaram a considerar a conquista, sem disputa pela exclusividade.

Posteriormente, Central e Treze foram incisivos no movimento à parte da falta de reconhecimento da CBF. Pediram autorização às respectivas federações estaduais para pintar em seus estádios o “título brasileiro”. Foram atendidos.

Já a Internacional de Limeira trata a conquista como Série B, mas ressalva a falta da chancela. O Criciúma, por sua vez, também lembra a trajetória em sua página na web, mas como Torneio Paralelo mesmo.

Registros nos sites oficiais: Central, Treze, Inter de Limeira e Criciúma.

Atas com pedidos de oficialização já foram encaminhados à CBF.

Nas mãos do diretos de competições da confederação, Virgílio Elísio, os documentos ainda estão sem respostas.

Nem sim nem não… Enquanto isso, os “títulos” seguem no Lacerdão e no PV.

Estádio Presidente Vargas, do Treza, em Campina Grande. Foto: www.trezefc.com.br