A oportunidade internacional para os times nordestinos

Campeões da Copa Sul-americana de 2002 a 2012. Crédito: Copa Bridgestone Sudamericana/Facebook

No âmbito nacional, são escassas as conquistas do futebol do Nordeste na elite.

Nas 83 competições organizadas até hoje, foram apenas quatro títulos. Contudo, no cenário internacional o desempenho é ainda mais modesto…

Nos mais de cinquenta anos de torneios oficiais da Conmebol, os clubes da região só estiveram presentes em 16 oportunidades. Ao todo, oito clubes.

Até hoje, apenas uma final no currículo. Em 1999, no último ano da Copa Conmebol, o CSA alcançou a decisão contra os argentinos do Talleres.

O time alagoano se aproveitou da vaga aberta ao campeão da Copa do Nordeste, uma vez que o Vitória, vencedor daquela temporada, declinou do convite. O vice, Bahia, e o terceiro colocado, Sport, também. Na quarta posição, o alviazulino de Maceió topou.

Considerando os três torneios sul-americanos com vagas direcionadas por critério técnico, o recorde de participações não passa de quatro edições, com a dupla Ba-Vi.

Por mais que a Libertadores continue sendo o sonho de consumo, é inegável o foco na Copa Sul-americana, até mesmo pelo número de vagas para os brasileiros, oito.

Em 2013, o Náutico já tem assegurada a vaga virtual. Resta confirmá-la na Copa do Brasil. Bahia, Vitória e até o rebaixado Sport também correm por fora.

Será possível ver em um futuro não tão distante algum time da região no topo da Sul-americana? Até lá, é preciso ao menos encarar a disputa com seriedade, como uma grande oportunidade de visibilidade, que mexe com a autoestima do torcedor.

Avançar algumas fases, ganhando cancha no exterior, é a primeira tarefa. Das 16 participações, em 10 os clubes locais ficaram logo na primeira etapa…

Taça Libertadores da América
1960 – Bahia (quartas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1964 – Bahia (pré-libertadores, 1ª fase – 2 jogos)
1968 – Náutico (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos)
1988 – Sport (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos)
1989 – Bahia (quartas de final, 3ª fase – 10 jogos)
2009 – Sport (oitavas de final, 3ª fase – 8 jogos)

Copa Conmebol
1994 – Vitória (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1995 – Ceará (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1997 – Vitória (quartas de final, 3ª fase – 4 jogos)
1998 – América-RN (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1998 – Sampaio Corrêa (semifinal, 3ª fase – 6 jogos)
1999 – CSA (vice-campeão, 4ª fase – 8 jogos)

Copa Sul-americana
2009 – Vitória (oitavas de final, 2ª fase – 4 jogos)
2010 – Vitória (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)
2011 – Ceará (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)
2012 – Bahia (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)

Participações internacionais
4 – Bahia e Vitória, 2 – Sport e Ceará, 1 – Náutico, Sampaio Corrêa, América-RN e CSA

Mais jogos oficiais
16 partidas – Bahia, 14 – Sport, 12 – Vitória, 8 – CSA, 6 – Náutico e Sampaio Corrêa, 4 – Ceará, 2 – América-RN

Mais vitórias
7 triunfos – Sport, 6 – Bahia, 5 – Vitória, 4 – CSA, 3 – Sampaio Corrêa, 1 – Náutico e Ceará, 0 – América-RN

O novo patamar, com jogador faturando mais que o clube

Marca oficial de Neymar, a "NJR". Crédito: Agência Loducca/divulgação

Neymar estabeleceu um novo patamar econômico no futebol brasileiro.

Nunca um jogador profissional havia faturado tanto em um ano jogando no país.

Nem Pelé.

O craque do Santos, de apenas vinte anos, encerra 2012 em alto nível técnico e com um faturamento pessoal de incríveis R$ 60 milhões (veja aqui).

A conta vai além do salário no Peixe. Ao todo, um pool de onze patrocinadores despeja mais de R$ 3 milhões a cada trinta dias. Completa a receita do atleta aparições em eventos, ações corporativas e seus produtos licenciados. Saiba mais aqui.

A renda obtida pela maior aposta do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 foi superior à receita operacional dos grandes clubes de Pernambuco.

Em 2012, o Sport gastou R$ 55 milhões, a maior cifra da história do clube. O Náutico chegou a R$ 30 milhões, enquanto o Santa Cruz empacou em R$ 14,3 milhões.

Antes de Neymar, Ronaldinho Gaúcho era o dono do maior salário no futebol brasileiro, com R$ 1,8 milhão, quando assinou com o Flamengo em 2011. Contudo, as ações de marketing de R10 no time carioca foram escassas.

Na ocasião, Ronaldinho tinha uma renda anual superior ao Santa, mas em um contexto provocado pela presença coral na Série D, sem cota de televisão, uma receita vital.

Agora não. Neymar aparece à frente de clubes que disputaram a elite, como o Botafogo. Não por acaso ele ocupa o 13º lugar entre os atletas mais bem pagos do mundo.

Essa inversão na ordem do faturamento será uma tendência a partir de agora?

Para parte dos clubes tradicionais, possivelmente. Mas existem as agremiações que já estão se adaptando ao novo mercado. Mais do que isso. Estão criando o novo mercado.

Turbinado pela supercota de TV, o Corinthians prevê um orçamento de R$ 300 milhões em 2013, numa escala que não deve terminar cedo. Enfim, enxergou a Fiel, que deverá formar o maior quadro de sócios do continente. Hoje, o Timão tem 106 mil membros.

No entanto, em um cenário mais amplo, com pelo menos vinte clubes de massa e mercado viável, a “concorrência” com Neymar será real.

Outros jogadores de ponta deverão seguir o mesmo modelo no país, aproveitando a estabilidade econômica. Cada vez mais ações à parte do uniforme clubístico.

Aos clubes, a necessidade de desenvolver mais ações com as suas torcidas para gerar novas receitas. Neymar pode ter sido só o primeiro aviso da nova ordem econômica.

Quem não se adaptar a esta realidade poderá ficar bem para trás em breve…

O ano da maioridade da Arena Pernambuco

Evolução da Arena Pernambuco em 2012. Crédito: Cidade da Copa

Este ano ficará marcado como o período chave da construção da Arena Pernambuco.

Em janeiro de 2012, o canteiro de obras contava com 2.397 operários e o avanço físico não passava de 28%, índice preocupante para a Copa das Confederações, em 2013.

O trabalho registrado àquela altura correspondia a 17 meses, desde agosto de 2010, com o primeiro motor ligado, entre burocracia, liberação de recursos e ações efetivas.

Agora, em dezembro, com 4.500 trabalhadores no intenso plano de aceleração, a arena deve encerrar a temporada em 85%. Resultado de um investimento extra (veja aqui).

Nos últimos doze meses, um crescimento de 57%.

Faltam 90 dias para cumprir o último prazo estipulado pela Fifa. Mais 15% e pronto.

Finalização da arquibancada superior e da cobertura, ambos na ala norte, colocação do gramado, instalação da fachada e do recursos eletrônicos através da NEC, acabamento.

Considerando que o recente avanço da obra vem num ritmo de 7% a cada trinta dias, o prazo parece ser suficiente para garantir o estado no festival de campeões.

A data de abertura segue vigente, em 14 de abril de 2013. Falta pouco…

Os gols mais bonitos da temporada

Prêmio Puskas 2012: Falcao (Colômbia), Neymar (Brasil) e Stoch (Eslováquia). Crédito: Fifa/Youtube

Prêmio Puskas, destinado ao golaço do ano. Com status de obra de arte.

Nu universo do futebol profissional, com milhares de gols a cada ano, escolher o mais espetacular é uma tarefa dificílima, mas nas mãos do público…

Esta é a quarta edição do prêmio oferecido pela Fifa, em homenagem ao gênio húngaro e já vencido por Cristiano Ronaldo (2009), Hamit Altintop (2010) e Neymar (2011).

O brasileiro tentará o bicampeonato, novamente fazendo fila a partir do meio campo, na Vila Belmiro, vestindo o uniforme branco do Santos.

O gol/candidato foi anotado no dia 7 de março, contra o Internacional.

O craque tem fortes concorrenes. O colombiano Radamel Falcao, do Atlético de Madri, em um amistoso contra o América de Cali em 19 de maio, e o eslovaco Mirsolav Stoch, no duelo do Fenerbahçe contra o Gençlerbirliği em 3 de março.

A votação é aberta no site da Fifa, até 7 de janeiro. Para participar, clique aqui.

Na sua opinião, qual foi o gol mais bonito desta temporada?

Relembre os três finalistas de 2011 clicando aqui.

Pela continuidade da fama dos acessos na Ilha do Retiro

Técnico Oswaldo Alvarez assina contra com o Sport para a temporada 2013. Foto: Sport/divulgação

Oswaldo Alvarez.

Há tempos no mercado, perambulando no futebol paulista desde 1992, sobretudo no interior, e com inserções em outros centros.

Ainda não viveu dias de grandes conquistas nacionais. No entanto, há duas décacas disputa com outros nomes no futebol brasileiro o rótulo de “rei do acesso”.

Tanto no nível estadual quanto no âmbito nacional.

Aos 56 anos, esse paulista de Monte Azul trabalhará pela primeira vez em Pernambuco.

No Sport, chega para reafirmar a velha fama. Não encontrará o clube em seu melhor momento, como em boa parte dos times em que trabalhou.

Em 2013, Vadão terá uma série de competições na Ilha do Retiro.

Copa do Nordeste, Campeonato Pernambucano, Copa do Brasil e… Série B.

Comandar o quarto retorno do time é a sua principal missão na próxima temporada. Anteriormente rebaixado em 1989, 2001 e 2009, o Leão voltou em 1990, 2006 e 2011.

O início do trabalho no Sport está marcado para o dia 3 de janeiro (veja aqui).

Até lá, uma análise criteriosa, espera-se, na montagem do elenco. Ao lado de Vadão, o vice-presidente de futebol Milton Bivar, de volta ao clube após um longo retiro.

Em 2008, a chegada de Nelsinho, via Milton, não foi bem vista num primeiro olhar pela torcida. Essa mesma torcida, novamente desconfiada, torce por sucesso semelhante…

É certo que a vida de Oswaldo Alvarez no Recife será cercada de pressão.

Nenhum acesso nunca veio sem ser desta forma…

Torcedor rubro-negro, o que você achou da contratação do técnico Vadão?

Ranking da CBF com ordem em 2012 na Ilha do Retiro, Aflitos e Arruda

Ranking de CBF 2012

Em uma reformulação completa, a Confederação Brasileira de Futebol divulgou a primeira versão do seu novo ranking de clubes, que considera apenas as últimas cinco temporadas, com pesos diferentes a cada ano, com vantagem para os mais recentes.

Apesar dos títulos da Taça Libertadores e do Mundial da Fifa neste ano, o Corinthians aparece em segundo lugar, uma vez que a lista leva em conta apenas os resultados nos torneios organizados pela CBF. Confira os dois critérios de pontuação aqui.

Neste caso, liderança para o Fluminense, dono de uma regularidade impressionante. Campeão brasileiro em 2010, 3º lugar em 2011 e campeão novamente em 2012.

Aos pernambucanos, a lista trouxe muitas mudanças.

Para começar, o histórico sexto lugar da FPF sumiu. A federação tinha 4.491 pontos até 2011. Com o novo sistema de pontuação implantado, o dado até subiu bastante, para 22.765. No entanto, o estado foi ultrapassado por Goiás e Santa Catarina.

Entre os clubes, o Sport se mantém em vantagem, em 19º lugar. Contudo, o Náutico deverá tomar a frente em 2013, com o acúmulo de pontos na Série A, enquanto o rival jogará a B. Até porque a diferença atual é de 248 pontos, pouco no novo cenário.

Vale lembrar que o Timbu ultrapassou o Santa Cruz em 2009… Evolução?

Com nenhuma participação nas Séries A e B nos últimos 5 anos, a Cobra Coral aparece na 48ª colocação, a pior da história coral considerando o modelo anterior do ranking. O Tricolor soma apenas 2.704 pontos. Esse rendimento puxou o estado para baixo.

Confira o ranking completo, com o modelo que será vigente em 2013, clicando aqui.

Ao todo, oito pernambucanos integram a nova lista. Abaixo, os times e as respectivas pontuações no ranking anterior, que agregava a soma de pontos de 1959 a 2011.

19º) Sport – 8.284 pontos (17º, 1.539)
22º) Náutico – 8.046 pontos (21º, 1.308)
48º) Santa Cruz – 2.704 pontos (22º, 1.151)
55º) Salgueiro – 2.246 pontos (127º, 56)
89º) Central – 679 pontos (58º, 311)
127º) Petrolina – 357 pontos (360º, 1)
145º) Ypiranga – 255 pontos (302, 2)
168º) Porto – 204 pontos (149º, 34)

Entre os clubes locais, 11 deixaram o novo ranking: América, Vitória, Santo Amaro, Estudantes, Paulistano, Flamengo de Arcoverde, Itacuruba, Centro Limoeirense, Serrano, Unibol e Vera Cruz.

Eram 431 clubes de todo o país até 2011. Agora, são 229…

Galvão Bueno narra o fim do mundo

Filme: 2012

Aos pessimistas de plantão, ansiosos pelo supostamente fatídico dia 21 de dezembro de 2012, tido como o último do Planeta Terra no calendário maia, vale um recado final.

Eis o trailer do fim do mundo.

Com direito à narração de Galvão Bueno e “tema da vitória”.

Que o tema se mantenha na ficção e o futebol siga tranquilamente no próximo ano…

O fator Portuguesa nos percentuais das pesquisas nacionais de torcida

Série A 2012: Portuguesa 0x0 Ponte Preta. Foto: Dorival Rosa/Portuguesa

Os institutos de pesquisa constroem a credibilidade ao longo dos anos, através de acertos nos dados equiparados aos reais, posteriormente levantados de forma integral. Antes, a conversa estatística é sempre a mesma, com dados flutuantes com pontos percentuais para mais e para menos, dentro da margem de erro. De praxe.

No futebol, as principais pesquisas, e mais polêmicas, projetam o tamanho das torcidas. A nível local, a discussão já é enorme, histórica. Imagine então no cenário nacional! Em 2009, o Instituto Maurício de Nassau ouviu 3.363 pessoas em Pernambuco. Houve contestação. Pois em 2012 o Datafolha ouviu 2.588 em 160 cidades espalhadas no país.

O resultado final do instituto paulista promoveu uma série de debates.

No topo, o inédito empate técnico. Abaixo, as últimas três pesquisas Datafolha.

2009 – Flamengo 19% x 13% Corinthians
2010 – Flamengo 17% x 14% Corinthians
2012 – Flamengo 16% x 16% Corinthians

É possível concluir que 3% da torcida nacional virou a casaca do Flamengo para o Corinthians ou simplesmente 3% dos flamenguistas desapareceram do mapa, sem explicação, ou ainda que outros 3% de corintianos nasceram num crescimento muito acima da média histórica. Até então imbatível, o Fla protesta.

Ainda no ranking principal, a polêmica atinge Pernambuco de forma direta.

Os números publicados pelo Datafolha se estendem até o 15º lugar, ocupado pela Portuguesa. Nenhum representante do futebol pernambucano se faz presente.

Ou seja, a Portuguesa, com 0,51% da torcida nacional, está não só à frente de Sport, Santa Cruz e Náutico, como de outros times populares, como Coritiba, Atlético-PR, Goiás, Remo, Paysandu, Ceará, Fortaleza… Um tanto surpreendente.

O dado corresponde a 989.129 pessoas na atualização do censo do IBGE, em 2012.

Vamos a um exercício de possibilidades, uma vez que as projeções dos clubes pernambucanos ainda não foram divulgadas. Estão inseridos no dado de “4,88%”, que corresponde a todos os times do país a partir do 16º lugar no ranking de torcidas.

Supondo que os três pernambucanos tivessem “um” torcedor a menos que a Lusa e que as três massas fossem iguais e morassem em Pernambuco, o número seria de 2.967.384. A população atual de Pernambuco é de 8.931.028 habitantes. Ou seja, as três torcidas locais teriam, segundo o Datafolha, no máximo 33,22% do estado.

De acordo com o supracitado instituto Maurício de Nassau, percentual é bem maior, de 50,1%. E não considera, conforme dito no exercício, os torcedores em outros estados. O número corrigido, hoje, elevaria a torcida do Trio de Ferro para 4.474.445 pessoas. Considerando as últimas quatro pesquisas realizadas no estado, por quatro institutos diferentes, o percentual mínimo das três torcidas agregadas, com a margem de erro para menos, seria de 35,8%, ainda assim, à frente do máximo via Datafolha (veja aqui).

Em tempo: o Datafolha ouviu neste ano apenas 727 pessoas em todo o Nordeste.

Vale destacar que até a recém-lançada pesquisa Sport e Santa não haviam ficado, em dez anos, com menos de 0,6% em âmbito nacional. Agora, estariam abaixo de 0,51%?! Neste mesmo 2012, a pesquisa da Pluri Consultoria, com 10.545 entrevistas, apontou Sport 1,1%, Santa 0,7%, Náutico 0,4% e Portuguesa 0,1%… Haja diferença.

Mas voltemos ao Datafolha, que em 2010, com 2.600 pessoas, indicou o Sport com 1,33 milhão de torcedores, contra 880 mil da Lusa. Em dois anos, mais cem mil lusitianos, dentro do mesmo instituto? Na Ilha, mais de 340 mil pessoas deixaram de torcer?

Acredite, tem mais. Há dois anos eram 600 mil alvirrubros e 520 mil tricolores. Sim, o Santa Cruz teria a menor torcida da cidade (veja aqui).

Também há dois anos, o Ibope ouviu 7.109 pessoas no país, quase três vezes mais, reduzindo a margem de erro. Na ocasião, a soma de rubro-negros, tricolores e alvirrubros chegava a 2,8% da população nacional, ou 5.430.512. O mesmo Ibope, em parceria com o diário esportivo Lance!, promete uma nova pesquisa com mais entrevistados em 2013, no embalo da polêmica provocada pelo concorrente.

A polêmica nunca vai deixar de existir. Discutir quem tem a maior torcida faz parte.

Porém, o fato precisa ser pelo menos plausível. Não há qualquer indício que aponte o time do Canindé com essa massa superior a tantos times tradicionais. Apresentar a Portuguesa com uma torcida maior fere de morte qualquer estatística.

A culpa, no entanto, não é do Datafolha. A “culpa” sobre a polêmica é do IBGE, que se nega a acrescentar uma simples perguntinha no censo…

Série A 2012: Portuguesa 0x1 Bahia. Foto: Dorival Rosa/Portuguesa

A nova cara do uniforme tricolor, de volta à raiz

Lançamento dos uniformes do Santa Cruz em 2013. Crédito: Penalty/divulgação

Sem patrocinadores, deixando claro todo o design, o Santa Cruz apresentou os seus novos uniformes, visando a temporada futebolística em 2013.

O primeiro padrão remete ao modelo clássico, listrado na horizontal, com o branco em menor grau. Nas lojas as novas camisas corais terão os patrocinadores do clube, mas o objetivo no lançamento oficial, na terça, foi mostrar o padrão em sua forma integral.

Novamente produzido pela Penalty, parceira do Tricolor desde 2009, a camisa tem como destaque as estrelas do tri-supercampeonato pernambucano, em 1957, 1976, 1983.

No próximo ano o clube comemorará os trinta anos de sua maior conquista.

Na Santa Cruz Store, o padrão titular está à venda por R$ 161. Confira aqui.

Abaixo: comissão técnica, goleiro 1, goleiro 2, goleiro 3, padrão 1, padrão 2, treino e goleiro/treino. No próximo ano está agendado o lançamento do terceiro padrão.

Torcedor tricolor, o que você achou do novo uniforme do clube?

Lançamento dos uniformes do Santa Cruz em 2013. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Nas urnas, o maior orçamento da história do Sport

Candidatos a presidente do Sport em 2013/2014: Luciano Bivar (situação) e Homero Lacerda (oposição). Fotos: Bernardo Dantas e Júlio Jacobina, ambos do DP/D.A Press

Uma gestão de dois anos.

No período, um orçamento de aproximadamente R$ 120 milhões.

Líquido, de saída, uma verba de R$ 9 milhões.

Como contrapartida, uma folha de pagamento de R$ 2 milhões mensais.

Além de débitos fiscais e trabalhistas para apaziguar.

Ainda assim, amplo espaço para investimentos. Em estrutura e novos profissionais.

Sobretudo, há o negócio avaliado em R$ 750 milhões, com durabilidade de 30 anos. Trata-se de uma proposta para redefinir todo o território. Pedra sobre pedra.

No pleito, duas chapas. Ao vencedor, todas as diretrizes.

Ex-presidentes históricos. Nomes fortíssimos diante de um público acima de 2 milhões.

Aptos ao voto, 13 mil. Nas onze horas em que as urnas ficarão abertas, a expectativa é de 4 mil eleitores, um recorde na instituição.

Estamos falando, obviamente, de um clube de futebol, encravado em 14 hectares.

Apesar do descenso ao segundo degrau nacional, as finanças do Sport foram reajustadas nas últimas temporadas de tal forma que o clube tornou-se viável.

Contrato com a TV estendido até 2017, negociação com novo patrocinador master em 2013 e sondagem de uma nova fabricante de material esportivo para 2014.

Há dinheiro em caixa, ao contrário de outras épocas, nas quais as receitas foram construídas basicamente através da antecipação das cotas de transmissão.

Resultados adversos no campo acabaram trilhando uma eleição histórica.

Luciano Bivar e Homero Lacerda, outrora partidários, estão em lados opostos.

As propostas são bem distintas sobre temas específicos (veja aqui).

Em um clube conhecido pelas grandes feridas na política interna, o Leão viverá nesta segunda-feira uma votação na qual os primeiros arranhões já foram dados.

Abocanhar a presidência executiva tornou-se uma obsessão poucas vezes vista.

Desarmar todo esse palanque após a apuração surge como meta primordial, por mais impróvavel que o contexto indique.

Pois os olhos estão realmente voltados para o maior orçamento da história do clube.

E ao novo estádio e sua complexidade, no primeiro tópico em qualquer plano de gestão.

Amizade e rubro-negridade à parte…