Sem Kiezadependência

Série B 2011: Náutico 4 x 2 Vila Nova. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Os sinônimos de Kieza no Náutico: Peter, Eduardo Ramos e Derley.

Sem o goleador máximo da Série B, autor de 18 gols, o Alvirrubro precisaria mostrar na noite desta terça-feira que não existia Kiezadependência alguma.

Com apenas 11 minutos de jogo, o susto. O experiente atacante Roni abriu o placar para o Vila Nova. Sem o melhor jogador e em desvantagem logo no início?

Bateu aquela desconfiança em parte da torcida… O momento não ajudava.

No entanto, com 80 minutos de bola rolando pela frente, o Timbu precisava apenas manter a concentração para virar o placar.

Tecnicamente, o Náutico vive um momento bem melhor que o Vila, fincando raízes no Z4, fato invertido em relação ao Timbu, no G4.

Com a cabeça no lugar, a recuperação ocorreu ainda no primeiro tempo, através dos três nomes citados no início do post. Um gol para cada um.

Derley, inspirado no camisa 9, ainda marcou mais um na etapa complementar. Como o time goiano havia diminuído, o placar fechou em 4 x 2. Forte nos Aflitos.

São 11 vitórias e 5 empates em casa nesta Segundona. Nenhuma derrota.

Números de quem sobe…

Série B 2011: Náutico 4 x 2 Vila Nova. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Enfim, uma vitória rubro-negra “fora de casa”

Série B 2011: Salgueiro 0 x 1 Sport. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

A pressão era enorme. A cada jogador substituído, uma chuva de vaias.

Um time que parecia encaixado se tornou em um poço de críticas.

A falta de paciência da torcida rubro-negra foi provocada pelo jejum de vitórias do Leão na Série B, com cinco rodadas sem uma vitória sequer, logo depois de passar oito jogos sem perder…

Na noite desta terça-feira o time tinha uma chance daquelas de voltar a vencer “fora de casa”. Eram apenas dois triungos em 15 partidas. E lá foi o Leão para longe da Ilha.

Ou quase isso. Jogo em Paulista, no surrado gramado do estádio Ademir Cunha.

Ressabiada, a torcida do Sport não lotou o estádio, mas os sete mil torcedores presentes levaram uma boa dose de pressão, ao próprio time.

Em campo, a equipe de PC precisou suportar isso para buscar a vitória sobre o Salgueiro, virtual adversário do Santa Cruz no Brasileiro de 2012.

Aos 25 minutos do segundo tempo, na raça, Maylson entrou com bola e tudo, marcando o gol da vitória por 1 x 0.

Esse tento poderá transformar a pressão da arquibancada em apoio, principalmente na Ilha do Retiro, algo vital para o sprint final.

Série B 2011: Salgueiro 0 x 1 Sport. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Povão coral merece o Prêmio Torcida de Ouro 2011

Série D 2011: Santa Cruz 0 x 0 Treze. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Em seis jogos, um total de 243.057 torcedores no Arruda.

Uma média espetacular de 40.509 pessoas.

Os números do Santa Cruz na arquibancada impressionam o Brasil, ainda mais por causa da divisão em questão, a Série D.

Classificado à Terceirona, o Tricolor agora vai em busca do título.

Alguém espera que esse índice caia na semifinal? Certamente, não.

Acesso à parte, a torcida coral merece um título particular.

E esse prêmio existe, de forma oficial.

Em 2007, a Confederação Brasileira de Futebol criou o “Troféu Torcida de Ouro”, dado inicialmente ao clube com a maior média de público da Série A.

Assim, o primeiro vencedor foi o Flamengo, com 39.221 pessoas por jogo naquele ano.

Porém, a regra do prêmio mudou, dando destaque à força da torcida na temporada.

Desta forma, a Fiel do Corinthians levou a melhor em 2008, quando empurrou o Timão na Série B, com média de 23.786.

Em 2009, mais uma vez a nação do Fla, com média de 40.035, num ano que resultou no título brasileiro do clube.

No ano passado foi a vez do Bahia, com os tricolores da Boa Terra recebendo a homenagem pelo retorno do time à primeira divisão após sete anos. Foram 18.654 torcedores a cada jogo em Pituaçu.

Portanto, nada mais justo que premiar a torcida do Santa em 2011.

Na média, a massa do tricolor pernambucano é imbatível, a maior entre todos os 100 clubes espalhados nas quatro divisões deste ano.

Existe alguma outra Torcida de Ouro em 2011? Aí sim, uma estrela dourada no escudo.

Sem sono nas próximas temporadas?

Hotsite do Santa Cruz sobre o acesso à Série C de 2012

Acesso à Terceirona de 2012 confirmado e hotsite do site oficial do clube no ar.

Destaque para o título: O gigante acordou!

Confira a postagem sobre a classificação do Santa Cruz à Série C clicando aqui.

Que essa subida coral só pare em 2014, em pleno centenário do clube, na elite nacional.

O Santa Cruz nos braços do povo

Bandeira de guerra do Santa Cruz. Crédito: Clébio Junior/divulgação

Nos braços do povo, o Santa Cruz subiu.

Após o inesquecível título pernambucano desta temporada, o Tricolor deu outro importante passo para a sua reconstrução.

Um passo gigantesco, sob o olhar de uma multidão de 60 mil pessoas no Arruda e outra ainda maior, de outras cores e uniformes, fora dele.

Esta segunda, em escala nacional, viu o verdadeiro tamanho do “Santinha”, que de diminutivo só tem mesmo o apelido.

A força pulsante de sua torcida carregou o clube a um novo degrau, ainda modesto, da D para a C. Divisões sem peso algum para a camisa coral, bem acima disso tudo.

Foram três anos imersos em uma letargia na qual poucos conseguiriam sair. Com apoio maciço, pouquíssimos. Com uma paixão cega, só o Santa Cruz, jamais abandonado.

Neste domingo, no tenso empate em 0 x 0 com o Treze, a Cobra Coral encerrou o seu capítulo mais doloroso, ensaiando de cara as primeiras palavras de um novo momento.

Nada de desilusão, desgraça, desencanto, decepção e dor.

Espaço para felicidade, vitória, euforia, emoção, conquista…

Em vez de nomes esquecidos, heróis como Tiago Cardoso, Weslley, Thiago Cunha e, sobretudo, Zé Teodoro, treinador do começo ao fim da empreitada.

Superando o histórico de gestões desastradas, a cadenciada postura de Antônio Luiz Neto, conduzindo uma massa difícil de controlar e uma falta de crédito ainda maior.

E assim, nos braços do povo, repito, o Santa Cruz subiu. E tem tudo para continuar subindo, juntando mais essa vitória.

Série D 2011: Santa Cruz 0 x 0 Treze. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Probabilidades da Série B 2011 – A 8 rodadas do fim

Projeções da Série B 2011 a 8 rodadas do fim. Crédito: Infobola e Chance de Gol

Faltam apenas oito rodadas para o fim da Série B do Brasileiro. Hora de apresentar as novas as projeções do Infobola e do Chance de Gol para os times pernambucanos.

G4 formado por três clubes de São Paulo e um de Pernambuco. Vantagem de 3 pontos.

Com as 300 partidas na competição, a chance de acesso do Timbu varia entre 50,4% e 57%, enquanto o Leão, ainda mal, apresenta cálculos de 14% a 25,1%.

Pela quarta vez seguida, a dupla centenária piorou o índice…

O número histórico para um tranquilo acesso à elite é de 65 pontos. Assim, o Náutico precisa somar 15 pontos – 5 vitórias – , ou 62,5% dos pontos restantes. Fime?

Já o Sport necessita de mais 20 pontos, ou 6 vitórias e 2 empates, com um elevadíssimo aproveitamento de 83,3% dos pontos. Não pode mais perder… Ou seja, milagre?

A verdade é que alvirrubros e rubro-negros desejam que a pontuação de acesso em 2011 seja inferior à média histórica. Parece ser a saída a mais fácil para driblar tantos tropeços nesta reta de chegada.

Já o Salgueiro segue com 99,9% de chance de rebaixamento. Virtualmente, rebaixado?

Confira os dados da última rodada clicando aqui. Fontes: Infobola e Chance de Gol.

Eis a 31ª rodada para os pernambucanos:

18/10 – Salgueiro x Sport (19h30)
18/10 – Náutico x Vila Nova (19h30)

A crônica falta de luz na Ilha

Série B 2011: Sport 1 x 1 Bragantino. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Eis uma rota nada iluminada.

Como sempre, a rodada “ajudou”, com os adversários diretos tropeçando pelas beiradas. Restava ao Sport, enfim, fazer a sua parte.

Em mais um dos muitos confrontos diretos até o fim da Série B, o time teria o Bragantino pela frente, na noite desta sexta.

Uma vitória e a diferença em relação ao G4 cairia pela metade, para apenas três pontos. Lá foi mais uma vez a torcida rubro-negra para a Ilha do Retiro, dando outra “chance” ao time, pra lá de irregular.

Mais ofensivo, o mínimo de ousadia que se pedia em um momento assim, o Leão bem que tentou, mas não conseguiu se impor.

No intervalo, o velho misto de vaias e aplausos, com o então frustrante empate sem gols. O reflexo da equipe apagada foi o fato de a luz na Ilha ter ido embora.

Energia retomada e a luta pela vitória no 2º tempo ficou ainda mais complicada com o gol de Leo Jaime, aos 13. Renato até empatou, logo depois. Chute cruzado lá e cá.

No fim, mesmo com um acréscimo de sete minutos, o Sport não teve forças e concentração para superar o 1 x 1.

Diante de 21 mil torcedores, a má sequência continuou. Agora, com três derrotas e dois empates. Jejum que deixa o Rubro-negro longe de qualquer prognóstico plausível.

Ainda há luz no fim do túnel?

Série B 2011: Sport 1 x 1 Bragantino. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Oficializando o maior debate do futebol: torcida

Site oficial do Sport

Debate garantido…

Não é muito comum ver o site oficial de um clube expor dados de pesquisas sobre torcidas. Porém, é algo que deve, sim, ser discutido sempre. Move o futebol.

No novo site oficial do Sport, a pesquisa utilizada para Pernambuco foi a do Instituto Maurício de Nassau, de 2009, para comparação com Santa Cruz e Náutico.

Certamente, o site do Sport vai provocar algumas boas discussões em mesa de bar.

Destaque também para a última grande pesquisa realizada, numa parceria Ibope/Lance!, em 2010. Com 3,3 milhões de torcedores, o Rubro-negro teria a 11ª maior do país.

A curiosidade, no entanto, vai para a comparação elaborada pelo Sport em relação à torcida do Botafogo.

Após a pesquisa, o Leão voltou à Série B e o Botafogo passou a brigar pelo título da A. Será que essa projeção sobre a juventude se mantém com campanhas tão distintas?

Esse papo só vai acabar após uma nova rodada de pesquisas. A “culpa” é do IBGE…

Site oficial do Sport

Script timbu cumprido à risca longe dos Aflitos

Série B 2011: Americana 0 x 0 Náutico. Foto: Americana/divulgação

Confronto direto, fora de casa e precisando consolidar a vantagem no G4?

Obviamente, um empate seria um bom resultado para o Náutico na noite desta terça.

O empate em 0 x 0 com o Americana, em São Paulo, manteve o Timbu com três pontos a mais que o primeiro adversário fora da zona de acesso à elite nacional.

A postura de Waldemar Lemos, com uma equipe bem encaixada na defesa, não deve ter supreendido ninguém, até porque este foi o 5º empate sem gols do time como visitante.

O que deve ter preocupado, ainda que levemente, é o fato de o Alvirrubro não ter finalizado uma vez sequer. Na próxima rodada, nos Aflitos, isso não deve ser a regra.

No entanto, o time precisa encontrar, desde já, outro ponto de referência no ataque, pois Kieza, artilheiro da Série B com 18 gols, recebeu o terceiro amarelo.

Ou seja, o grupo do Náutico terá que mostrar algo mais contra o Vila Nova, para voltar a vencer depois de quatro rodadas.

Nos Aflitos, o chute é uma necessidade para o G4. Longe de casa, ainda não.

Mentira Real

Puskas, o "maior" goleador do mundo, segundo o Real Madrid. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Madri – Quem foi o maior artilheiro do futebol profissional no século XX?

Qualquer resposta que não seja “Pelé” deve ser considerada um absurdo.

O que dizer, então, do painel acima, estampado logo na entrada do estádio Santiago Bernabéu? Trata-se do húngaro Puskas, um dos maiores ídolos do Real Madrid.

O canhoto jogou no clube merengue entre as décadas de 1950 e 1960.

Em toda a sua carreira, contabilizando as suas participações na seleção nacional e no Honved, clube anterior ao Real, Puskas marcou 512 gols.

Pelé, é bom lembrar, anotou 1.283 tentos.

No entanto, vamos à fonte da agremiação espanhola para criação do painel, o International Federation of Football History & Statistics, ou simplesmente IFFHS, uma organização alemã criada em 1984 e reconhecida pela Fifa.

Para ela, amistosos não entram na conta, e nem mesmo os campeonatos estaduais, disputados basicamente no Brasil. Desta forma, os números do Rei cairiam para… 541!

E olhe que entre Puskas e Pelé ainda há espaço para o austríaco Josef Bican, com incríveis 518 gols em 341 partidas, com uma média de 1,51 gol por jogo.

Nota-se que o IFFHS, que passou a contar recentemente os gols da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, corrigiu o seu ranking. O Real ainda não…