As camisas especiais de Sport e Santa Cruz em homenagem à Chapecoense

Camisa especial do Sport em homenagem à Chape. Imagens: Sport/divulgação

Os dois representantes pernambucanos na Série A, Sport e Santa Cruz, vão homenagear a Chapecoense na última rodada de 2016. Ambos vão jogar com o escudo do alviverde catarinense estampado bem no centro do uniforme, em respeito às 71 vítimas da tragédia na Colômbia.

Nos dois casos, a Adidas e a Penalty autorizaram o uso da imagem da Chape, cujo uniforme é produzido pela Umbro. O modelo leonino (acima) foi apresentado no dia 6. Além do escudo, há o símbolo de luto. No decisivo jogo contra o Figueira, no Recife, o mascote Léo vai vestir a camisa da Chape. Mais. A renda da partida será doada às famílias das vítimas. Já a versão tricolor (abaixo), divulgada no dia 8, será, também, a estreia do 4º padrão oficial. Dia mais que propício para o verde, uma cor tão distinta do preto, branco e encarnado. Na camisa, referências ao hino do campeão da Copa Sul-Americana: Nas alegrias e nas horas mais difíceis, meu Furacão, tu és sempre um vencedor”.

11 de dezembro, 16h
Sport x Figueirense (Ilha do Retiro)
São Paulo x Santa Cruz (Pacaembu)

Diversos clubes mundo afora também estamparam o escudo da Chape em seus padrões (Milan, Boca Juniors, River Plate, Sporting etc), num ato de solidariedade institucional como nunca se viu no futebol…

Camisa especial do Santa Cruz em homenagem à Chape. Imagens: Santa Cruz/divulgação

A definição das 14 vagas internacionais do Brasil a uma rodada do fim da Série A

Libertadores e Sul-Americana, os principais torneios da Conmebol

Com a oficialização do título da Chapecoense na Copa Sul-Americana e do pentacampeonato do Grêmio na Copa do Brasil, a definição das vagas internacionais do Brasil, para a temporada 2017, ficou restrita à rodada final do Brasileirão, em 11 de dezembro. Ao todo, o país será representado por 14 times nos dois principais torneios da Conmebol, sendo 8 na Libertadores e 6 na Sul-Americana. Após a classificação da Série A na 37ª rodada, ainda estão em jogo 2 vagas na Liberta e 3 na Sula. Vamos às chances de cada um.

Clubes classificados ou que ainda disputam vagas em 2017
1º) Palmeiras (Libertadores)
2º) Flamengo (Libertadores)
3º) Santos (Libertadores)
4º) Atlético-MG (Libertadores)
5º) Atlético-PR (Pré-Libertadores a confirmar ou Sul-Americana)
6º) Botafogo (Pré-Libertadores a confirmar ou Sul-Americana)
7º) Corinthians (Sul-Americana a confirmar ou Pré-Libertadores)
8º) Grêmio (Libertadores)
9º) Chapecoense (Libertadores)
10º) Ponte Preta (Sul-Americana)
11º) São Paulo (Sul-Americana)
12º) Fluminense (Sul-Americana)
13º) Cruzeiro (Sul-Americana a confirmar)
14º) Coritiba (Sul-Americana a confirmar)
15º) Vitória (Sul-Americana em disputa)
16º) Sport (Sul-Americana em disputa)

Jogos que podem decidir as vagas internacionais
Vitória x Palmeiras (Barradão, Salvador)
Cruzeiro x Corinthians (Mineirão, Belo Horizonte)
Grêmio x Botafogo (Arena do Grêmio, Porto Alegre)
Atlético-PR x Flamengo (Arena da Baixada, Curitiba)
Ponte Preta x Coritiba (Moisés Lucarelli, Campinas)
Sport x Figueirense (Ilha do Retiro, Recife)

TAÇA LIBERTADORES

Fase de grupos (6 times)
Todas as vagas já estão preenchidas. O Brasil tem direito a cinco vagas diretas, com o G4 da Série A (Palmeiras, Fla, Santos e Galo já definidos a uma rodada do fim) e pelo campeão da Copa do Brasil (Grêmio). Já o sexto time é a Chape, que conquistou o seu lugar através do inédito título da Sula. 

Fase preliminar (2 times)
Após os classificados à fase de grupos, mais duas vagas, para o 5º e o 6º colocados, na etapa preliminar (mata-mata). Três clubes brigam por duas vagas.

Possibilidades para a Pré-Libertadores
Atlético-PR (56 pts) – vitória, empate (com tropeço do Botafogo ou derrota do Corinthians) ou derrota (com derrota do Botafogo ou tropeço do Corinthians)
Botafogo (56 pts) – vitória, empate (com derrota do Atlético-PR ou tropeço do Corinthians) ou derrota (com tropeço do Corinthians)
Corinthians (55 pts) – vitória (com tropeço de Atlético-PR ou Botafogo)

COPA SUL-AMERICANA

1ª fase (6 times)
Inicialmente seriam oito vagas, seis no Brasileiro. Já em dezembro, as duas vagas nos regionais (Nordestão e Copa Verde) foram cortadas pela Conmebol, que manteve a classificação via Série A. Três clubes já estão garantidos na Sula (Ponte, São Paulo e Flu). Mais acima na tabela, três podem ganhar a vaga como consolação após a perda da Pré-Liberta. Abaixo, além da fuga do descenso (caso do Leão da Ilha, naturalmente), a classificação internacional como bônus, com a lista de classificados aos torneios da Conmebol indo até o 14º lugar! Ao todo, sete clubes postulam as três vagas restantes.

Possibilidades para a Sul-Americana
Atlético-PR (56 pts) – empate (com vitórias de Botafogo e Corinthians) ou derrota (com empate/vitória do Botafogo e vitória do Corinthians)
Botafogo (56 pts) – empate (com empate/vitória do Atlético-PR e vitória do Corinthians) ou derrota (com empate ou derrota do Corinthians)
Corinthians (55 pts) – vitória (com vitórias de Atlético-PR e Botafogo), empate ou derrota
Cruzeiro (48 pts) – vitória, empate ou derrota (caso Coritiba e Vitória tropecem)
Coritiba (46 pts) – vitória, empate (caso Vitória e Sport tropecem) ou derrota (caso Vitória perca e Sport tropece)
Vitória* (45 pts) – vitória (com empate de Coritiba) ou empate (com derrota do Coritiba e tropeço do Sport)
Sport* (44 pts) – vitória (com tropeços de Coritiba e Vitória)
* Vitória (derrota) e Sport (empate ou derrota) ainda podem ser rebaixados

O ranking de títulos nacionais de elite, com 91 estrelas douradas no Brasil

Ranking de títulos nacionais de elite no Brasil de 1959 a 2015. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O Palmeiras se consolidou como o maior campeão brasileiro, chegando ao “enea” na era unificada, enquanto o Grêmio tornou-se o primeiro pentacampeão da Copa do Brasil. O fim de 2016 é marcado pelas festas do alviverde e do tricolor gaúcho, há bastante tempo entre os maiores vencedores no futebol do país. Por sinal, é a hora de atualizar a lista de campeões nacionais, levantada há bastante tempo pelo blog. O Verdão, cada vez mais líder, abriu quatro títulos de diferença para a segunda colocação, dividida entre três clubes.

O ranking soma três torneios extintos, a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970) e a Copa dos Campeões (2000/2002), e as vigentes Série A (1971/2016) e Copa do Brasil (1989/2016). Além da chancela, a relevância das cinco competições está na indicação dos campeões à Libertadores (observações sobre outros torneios na lista de comentários). 

Ao todo, existem 22 campeões nas 91 disputas organizadas pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Campeonato Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista do blog aponta os vencedores reconhecidos pela entidade responsável e pela Justiça (até o momento), independentemente da visão de outros jornais com critérios paralelos ao objeto oficial. Naturalmente, cada torneio tem um peso distinto no cenário nacional, em história, dificuldade etc. Entretanto, em vez de definir um valor específico (o que seria subjetivo, Série A à parte), o blog optou por diferenciar os clubes com o mesmo número de títulos de acordo com último troféu, com vantagem para o mais antigo.

13 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993, 1994 e 2016; R: 1967 e 1969; CB: 1998, 2012 e 2015; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
9 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005, 2011 e 2015; CB: 1995, 2002 e 2009)
8 – Cruzeiro (A: 2003, 2013 e 2014; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
7 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997, 2001 e 2016)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
2 – Atlético-MG (A: 1971; CB: 2014)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)

Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).

Grêmio reconquista a Copa do Brasil, sendo o 1º campeão, bi, tri, tetra e penta

Copa do Brasil 2016, final: Grêmio 1x1 Atlético-MG. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Apesar do abatimento no futebol nacional, após a tragédia da Chape, a bola já voltar a rolar. O maior exemplo foi na Arena do Grêmio, com 55 mil pessoas na decisão da Copa do Brasil, num jogo adiado justamente por causa do acidente. Lá, com um minuto de silêncio respeitado à risca, o tricolor gaúcho confirmou a vantagem obtida em Belo Horizonte e empatou com o Galo em 1 x 1. Copero.

Na metade azul do Rio Grande do Sul, a comemoração de um título histórico, acabando um jejum de 15 anos considerando as principais competições. Indo além, esta foi a 5ª conquista gremista na Copa do Brasil, campeão em finais contra Sport, Ceará, Flamengo, Corinthians e, agora, Atlético-MG. É o maior vencedor, sempre com o status inédito, como primeiro campeão, primeiro bi, primeiro tri, primeiro tetra e primeiro penta. Em 2014, o Cruzeiro teve a chance de alcançar o penta de forma pioneira, mas acabou derrotado justamente pelo rival Atlético. O Grêmio não deixou escapar a sua oportunidade contra o Galo.

Além da vaga na fase de grupos da Libertadores, um prêmio de R$ 9 milhões…

A saga gremista no penta da Copa do Brasil
1989 – Após um empate sem gols na Ilha, o Grêmio venceu por 2 x 1 no Olímpico.
O gol do título foi de Cuca, hoje técnico, campeão brasileiro em 2016. 

1994 – Outra final contra um nordestino e mais um empate sem gols na ida. Após segurar o Vozão no Castelão, o Grêmio de Felipão fez 1 x 0 na volta. 

1997 – Mais um 0 x 0 na ida, desta vez em Porto Alegre. Porém, o Grêmio buscou o 2 x 2 no Maracanã, com Carlos Miguel marcando aos 34 do 2º tempo. 

2001 – No Olímpico, o Corinthians chegou a fazer 2 x 0. Cedeu o empate e, no Morumbi, foi totalmente dominado pelo Grêmio de Marcelinho Paraíba, 3 x 1. 

2016 – Pela primeira vez, o Grêmio venceu o primeiro jogo. No Mineirão, num show de bola, fez 3 x 1, festejando mais uma Copa do Brasil em sua nova casa.

Os 15 campeões da Copa do Brasil
5 – Grêmio (1989, 1994, 1997, 2001 e 2016)
4 – Cruzeiro (1993, 1996, 2000 e 2003)
3 – Corinthians (1995, 2002 e 2009)
3 – Flamengo (1990, 2006 e 2013)
3 – Palmeiras (1998, 2012 e 2015)
1 – Criciúma (1991)
1 – Internacional (1992)

1 – Juventude (1999)
1 – Santo André (2004)
1 – Paulista (2005)
1 – Fluminense (2007)

1 – Sport (2008)
1 – Santos (2010)
1 – Vasco (2011)
1 – Atlético-MG (2014)

Copa do Brasil 2016, final: Grêmio 1x1 Atlético-MG. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Podcast – Entrevista com Grafite

Gravação do podcast "45 minutos" com Grafite, no Arruda

Foi quase uma hora de gravação. Numa conversa franca, no Arruda, o atacante Grafite conversou com o podcast 45 minutos. Fez um balanço completo da temporada do Santa Cruz, sob sua ótica, claro. Avaliação inclusive sobre a sua queda de rendimento, tanto na questão física quanto técnica. Falou sobre a (má) preparação do clube para a Série A de 2016 – contratações, estrutura e finanças -, a indefinição sobre a prioridade na Sula, entre outros temas. Vale o play…

Nesta gravação, estou com Cabral Neto, Celso Ishigami e Fred Figueiroa.

Santa e Paysandu abrem a temporada 2017 com o duelo da Taça Asa Branca

A Taça Asa Branca de 2016. Foto: Ceará Sporting/divulgação

Os atuais campeões da Copa do Nordeste e da Copa Verde, Santa Cruz e Paysandu, se enfrentam na segunda edição da Taça Asa Branca, a disputa amistosa que abre oficialmente a temporada futebolística na região. Organizada pela Liga do Nordeste, em parceria com o canal Esporte Interativo, o jogo ocorre necessariamente com mando de campo do atual campeão da Lampions. Ou seja, o Arruda receberá o confronto em 21 de janeiro de 2017, um sábado. 

Curiosamente, os dois clubes foram prejudicados na decisão da Conmebol (e já comunicada pela CBF) de tirar as vagas da Copa Sul-Americana conquistadas nos regionais. Logo, a partida pode ser válida, também, como protesto.

A presença do Papão soa como um aperfeiçoamento do convite, englobando um critério técnico. Inicialmente, o duelo seria “entre o último campeão da Copa do Nordeste e um grande clube brasileiro”. Uma leitura vaga, cuja polêmica rendeu bastante no blog, após a definição de Ceará x Flamengo. Para não cair no provincianismo, a ideia é chamar campeões vigentes (e tradicionais) a partir de agora – ou adversários estrangeiros, como exceção. Naturalmente, por problemas de agenda na pré-temporada, a presença de campeões nacionais tende a ser mais difícil – com amistosos no exterior e outros convites.

Obs. Com a Asa Branca, a direção cancelou, a princípio, a realização da 3ª edição do Troféu Chico Science, a copa particular dos corais na pré-temporada.

Sugestões de confrontos contra o campeão nordestino
1) Campeão Brasileiro
2) Campeão da Copa do Brasil
3) Campeão da Primeira Liga
4) Campeão da Copa Verde
5) Adversário estrangeiro

Taça Asa Branca 2016
Ceará (4) 3 x 3 (3) Flamengo
Local: Castelão (Fortaleza)
Público: 35.498 pessoas
Renda: R$ 718.495

Na sua opinião, qual deveria ser o critério de convite da Taça Asa Branca?

Santa Cruz inicia expansão da loja oficial nos shoppings centers do Grande Recife

Loja Cobra Coral, no Shopping Tacaruna, em 06/12/2016. Foto: facebook.com/OficialSantaCruzFC

Em janeiro de 2016, a Loja Cobra Coral foi aberta no Arruda, retomando o espaço de 230 metros quadrados utilizado anteriormente pela Santa Cruz Store. Passado quase um ano, a loja oficial do tricolor, administrada pela PE Retrô, ganhou uma expansão. Em dezembro foi aberta a primeira filial, como uma unidade no Shopping Tacaruna, no térreo. Apesar da área menor, o visual do estabelecimento mantém o da matriz, com imagens das principais campanhas do Santa, como a semifinal no Brasileirão de 1975 e o título nordestino de 2016. Em relação à mercadoria, o clube conta com 140 produtos licenciados, incluindo, claro, a linha de uniformes 2016/2017, via Penalty – cujo contrato vai até 2018.

Loja Cobra Coral, no Shopping Tacaruna, em 06/12/2016. Foto: facebook.com/OficialSantaCruzFC

A linha oficial conta com quatro padrões de jogo e mais duas camisas de goleiro, com um 5º uniforme (criado por torcedores, num concurso) a caminho. Além disso, a loja dispõe de camisas tricolores num estilo retrô, da própria PE Retrô. O objetivo da direção de marketing, caso a resposta da torcida (leia-se aquisição de produtos) siga neste ritmo, é abrir outras unidades nos shoppings da região metropolitana – há centros comerciais em Paulista, Recife, Jaboatão e Cabo. Lembrando que na versão anterior, ainda como Santa Cruz Store, chegou a ser instalada uma filial em Garanhuns. O interior não pode ser descartado.

Qual shopping deveria receber a próxima loja coral? E no interior, qual cidade? 

Loja Cobra Coral, no Shopping Tacaruna, em 06/12/2016. Foto: facebook.com/OficialSantaCruzFC

Campeã da Sula, a Chape torna-se o 12º clube brasileiro com título internacional

Conmebol oficializa título da Chapecoense na Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/twitter

O pedido partiu do próprio adversário, o Atlético Nacional. No dia da tragédia, no acidente aéreo que matou 71 pessoas, o clube colombiano fez um pedido formal à Conmebol para que a Chapecoense fosse reconhecida como campeã da Copa Sul-Americana de 2016. Não se tratava de uma divisão de título, mas de uma conquista exclusiva. Pois a Conmebol atendeu ao pedido do Verdolaga, num ato de solidariedade institucional como nunca se viu no futebol – com o agora vice-campeão reconhecido com o Prêmio Centenário Conmebol de Fair Play.

Oficialmente campeã, a Chape ergue o primeiro troféu internacional da história de Santa Catarina, sendo o 12º clube brasileiro a conquistar uma competição oficial sob a chancela da Conmebol. Em relação à Sula propriamente dita, essa é apenas a 3ª vez de um time do país, após Inter (2008) e São Paulo (2012).

Além da premiação de US$ 2 milhões pelo título, o alviverde recebe mais US$ 1 milhão para disputar a Recopa Sul-Americana em 2017. Contra quem? Contra o próprio Atlético Nacional, o atual campeão da Taça Libertadores. Desde já, um encontro de muita emoção. Ah, a Chape está na Liberta de 2017, com Santa Catarina voltando a ter um participante no principal torneio do continente após 26 anos! Hiato desde o Criciúma, campeão da Copa do Brasil em 1991.

Parabéns, Chape!

Os 12 times brasileiros com títulos internacionais oficiais
12 – São Paulo (3 Mundiais, 3 Libertadores, 1 Supercopa, 1 Sula, 1 Copa Conmebol, 2 Recopas, 1 Copa Master)
8 – Santos (2 Mundiais, 3 Libertadores, 1 Copa Conmebol, 1 Recopa Internacional, 1 Recopa)
7 – Intrenacional (1 Mundial, 2 Libertadores, 1 Sula, 2 Recopas, 1 Suruga)
7 – Cruzeiro (2 Libertadores, 2 Supercopas, 1 Recopa, 1 Copa Ouro, 1 Copa Master)
4 – Corinthians (2 Mundiais, 1 Libertadores, 1 Recopa)
4 – Grêmio (1 Mundial, 2 Libertadores, 1 Recopa)
4 – Flamengo (1 Mundial, 1 Libertadores, 1 Mercosul, 1 Copa Ouro)
4 – Atlético-MG (1 Libertadores, 2 Copas Conmebol, 1 Recopa)
3 – Vasco (1 Libertadores, 1 Sul-Americano e 1 Mercosul)
2 – Palmeiras* (1 Libertadores, 1 Mercosul)
1 – Chapecoense (1 Sula)
1 – Botafogo (1 Copa Conmebol)
* O clube também venceu a Copa Rio em 1951

No Náutico, sai Givanildo Oliveira (68 anos) e entra Dado Cavalcanti (35 anos)

Givanildo Oliveira deixa o Náutico após a Série B 2016 e Dado Cavalcanti assume no Estadual 2017. Fotos: DP e Náutico/site oficial

No mesmo dia, a direção do Náutico confirmou a saída de Givanildo Oliveira e volta de Dado Cavalcanti. Dois treinadores pernambucanos de perfis bem distintos. Ambos com histórico no clube, sobretudo na Série B. Em 2014, Dado comandou o time durante boa parte da competição, sem brigar efetivamente pelo G4. Em 2016, Giva chegou na reta final, com o time quase fora, e só perdeu o acesso após uma inesperada derrota para o Oeste, na Arena.

O novo técnico, 33 anos mais novo que o antecessor, tem com característica principal, para este momento do Náutico, a remontagem do grupo. Após o revés na 38ª rodada, a direção perdeu a paciência com alguns atletas, que teriam “amarelado”. Compor um time em pouco tempo (e fazê-lo funcionar, claro) é questão de urgência, uma vez que o título de campeão é prioridade em Rosa e Silva (seja estadual ou regional). Por isso, a pressão começa já no primeiro semestre, numa possível inversão de objetivos na temporada timbu.

Quanto a Giva, que trabalhou no alvirrubro pela 5ª vez, a imagem deixada foi positiva, ainda que sua limitação (mudanças táticas mais efetivas durante os jogos) siga como entrave para trabalhos mais duradouros em grandes clubes – exceção feita ao América-MG, onde tem um histórico extremamente vencedor.

Alvirrubro, o que você achou da troca de comando do Náutico?

Dado Cavalcanti na Série B 2014
23 jogos
9 vitórias
5 empates
9 derrotas
46,3%

Givanildo Oliveia na Série B 2016
15 jogos
9 vitórias
2 empates
4 derrotas
64,4%

Sport desconsidera caso Victor Ramos e nega contato com Inter sobre ação no STJD

Vitória, Sport e Inter tentam escapar da última vaga no Z4 de 2016

A uma rodada do fim, o Brasileirão2016 pode decidido somente no Superior Tribunal de Justiça Desportiva – a “39ª rodada” de praxe. O Internacional ingressou no STJD com uma ação contra o Vitória, sobre a suposta escalação irregular de Victor Ramos, cuja chegada no clube baiano não teria seguido a recomendação sobre o rito de transação internacional da Fifa. Esse caso vem desde o campeonato baiano, mas com o zagueiro em condições segundo a federação baiana e a própria CBF. A polêmica respingou no Recife depois que o cronista esportivo gaúcho Alex Bagé, da Rádio Grenal, informou que o Colorado só teria tomado conhecimento do caso através do Sport – considerando o período dito, 15/20 dias, o Leão não havia sequer enfrentado o Cruzeiro e só tinha 1% de chance de cair (hoje, tem 12%). Abaixo, o trecho.

“O departamento jurídico do Internacional recebeu uma ligação de diretores jurídicos do Sport. Interessados, claro, o Sport e o Internacional, que estão próximos da zona de rebaixamento, teriam interesse em tirar pontos do Vitória. Porque o Vitória, já no campeonato baiano, teve uma reclamação do Bahia, junto ao departamento de registros da CBF. Na ocasião, o departamento de registro da CBF deu ganho de causa ao Vitória.”

O suposto envolvimento do Sport, informado, compartilhado e comentado nas redes sociais, logo chegou ao torcedor pernambucano, com o clube se posicionando através de sua direção. Ao blog, o vice-presidente executivo Arnaldo Barros (que também já foi vice jurídico) negou veementemente.

Abaixo, a íntegra do dirigente em contato com o blog, via WhatsApp

“Cassio, vi sua postagem no twitter sobre o Sport haver fornecido documentos ao Internacional para que ele ajuizasse ação no STJD contra o Vitória (nota do blog: só comentei o vídeo de Alex Bagé). Resgatando a verdade, gostaria de esclarecer que: 

1) NÃO entregamos documento algum ao Inter, pois sequer sabíamos da suposta irregularidade;

2) NUNCA alguém do Inter sequer falou conosco sobre esse assunto;

3) Ao que nos chegou, informalmente, por meio de Dr. Sestário, nosso advogado no Rio, foi um convite do Inter para que entrássemos junto com eles em uma ação contra o Vitória, pois eles estavam convencidos da irregularidade;

4) Rechaçamos IMEDIATAMENTE;

5) A postagem é um acinte. É uma leviandade. É uma mentira absurda.”

Aproveitando contato, perguntei se, em caso de rebaixamento, o Sport poderia ir ao STJD nesse mesmo caso do Victor Ramos…

A resposta de Arnaldo Barros:

“A tese do Inter, no nosso entender, não prospera. E, para não deixar passar, nós não vamos cair!”

A simples notícia sobre um suposto envolvimento do clube pernambucano, mesmo que este não faça parte da ação, divide a responsabilidade do tapetão entre Inter e Sport. Justamento num momento em que o colorado gaúcho (hoje, no Z4) era duramente criticado por torcedores de outros clubes e comentaristas esportivos por causa do possível tapetão. Transferência de responsabilidade?

A briga contra o rebaixamento no Brasileirão 2016. Crédito: Superesportes