Ranking de dívidas dos clubes brasileiros

Ranking de dívidas dos 27 clubes principais brasileiros de 2012 a 2016. Crédito: Itaú BBA

Nos balanços oficiais dos clubes brasileiros, uma missão costumeiramente complicada é o detalhamento das dívidas. Além da falta de precisão nos dados, ainda sem um modelo de relatório (que a CBF passará a exigir em 2019), os clubes costumam apresentar dados brutos. Ainda assim, a equipe do banco Itaú BBA analisou os balanços financeiros de 27 clubes em 2016, incluindo o Trio de Ferro. Ao todo, uma dívida de 6,2 bilhões (!), com 54,9% concentrado em impostos (haja Profut). Completam a lista dívidas bancárias (24,9%), com juros pesados, e dívidas operacionais (20,1%).

Abaixo, os comentários da equipe do banco sobre os clubes nordestinos presentes. Na sequência, o ranking de dívidas (em milhões de reais), numa compilação do estudo “Análise Econômico-Financeira dos Clubes do Futebol Brasileiro de 2017”, com o dado geral e quadro e quadro. Em alguns casos, a soma (bancária, operacional e impostos) não bate com o passivo, uma vez que entraram em ação recursos numa categoria chamada “disponibilidades”, como foi o caso do Bahia, com a venda de um terreno no último ano.

Bahia
Todas essas movimentações teriam gerado impacto negativo (aumento) na dívida, mas houve entrada de R$ 12 milhões referentes à venda de um terreno e isso contribuu para que as dívidas fossem reduzidas. Desta forma, todas apresentaram queda, fato bastante positivo. 

Náutico
Vemos dívidas praticamente estáveis, o que foi positivo em mais um ano difícil.

Santa Cruz
Positivamente, as dívidas bancárias foram zeradas, mas no lugar entraram recursos de terceiros, que na prática são dívidas. Não há esclarecimentos sobre isto. Dívida operacional em queda foi uma boa notícia, mas as dívidas com impostos cresceram bem. É preciso atenção nessa gestão, dado a pouca geração de caixa para fazer frente a estas dívidas. 

Sport
As dívidas cresceram, mas a bancária foi positivamente reduzida. O maior ofensor dese crescimento foi com impostos, cuja parte importante veio da correção do Profut.

Vitória
Dívidas em forte queda, o que foi positivo. Bancárias e operacionais com queda expressiva e manutenção das dívidas com impostos. Além disso, manteve parte relevante das luvas em caixa, para uso em 2017.

As redes sociais dos 40 principais clubes do Brasil até junho de 2017, via Ibope

As redes sociais dos principais clubes do Brasil em 16/06/2017. Crédito: Ibope-Repucom

O Ibope publicou a atualização das bases digitais dos clubes do país, somando os perfis oficiais nas redes sociais mais utilizadas no futebol. O levantamento de junho traz os 20 clubes da Série A e mais 20 clubes com os maiores quadros nas Séries B (13), C (4) e D (3). Além do quadro em cada plataforma, o percentual de avanço no semestre, No Nordeste, o Sport foi quem mais cresceu em volume, com 220 mil novos inscritos. Em termos percentuais, o Vitória teve o maior dado,com 12,8%, ou 179 mil inscritos.

Ao todo são dez nordestinos, com o rubro-negro à frente na soma geral. Das quatro redes quantificadas, o leão lidera em três, com o Baêa à frente no facebook, com 29 mil de diferença, a mesma margem de maio. Se no quadro nacional o Trio de Ferro aparece com o Sport em 12º, Santa em 22º e Náutico em 31º, no ranking regional as colocações são 1º, 5º e 9º, respectivamente.

Na briga pelo topo, o Corinthians vê a sua vantagem sobre o Fla cair mês a mês. Ambos já orbitam o patamar de 18 milhões de seguidores.

Diferença entre Corinthians (1º) e Flamengo (2º)
01/2017 – 1.008.259 pessoas
02/2017 – 879.730 pessoas (-12,7%)
03/2017 – 775.363 pessoas (-11,8%)
04/2017 – 704.300 pessoas (-10,0%)
05/2017 – 449.539 pessoas (-36,1%)
06/2017 – 352.891 pessoas (-21,4%)

Voltando ao cenário local, o Santa já começa a mirar o G4. Consolidado em 5º, o tricolor reduziu a diferença para o Vozão, de 164 mil para 129 mil. Já o Náutico, o único nordestino sem canal no youtube, segue atrás da dupla de Natal, com um crescimento muito abaixo dos rivais do Recife. A seguir, a evolução dos times da região a partir da lista levantada pelo Ibope-Repucom.

Os nordestinos com mais usuários nas redes e a evolução mensal
1º) Sport (2.723.157 seguidores) +54.426 (maior evolução no mês)
2º) Bahia (2.488.369) +51.123
3º) Vitória (1.572.406) +21.836
4º) Ceará (1.028.409) +6.923
5º) Santa Cruz (898.981) +41.739
6º) Fortaleza (841.884) +3.808
7º) América-RN (385.591) +2.752
8º) ABC (377.249) +3.048
9º) Náutico (359.110) +2.191
10º) CRB (237.426) +3.519

O raio x do Banco Itaú sobre as finanças de 27 clubes brasileiros, com análise de Bahia, Náutico, Santa Cruz, Sport e Vitória

Divisão de receita dos 27 clubes brasileiros analisados pelo Itaú BBA em 2016

Uma equipe do Banco Itaú BBA produziu o estudo Análise Econômico-Financeira dos Clubes do Futebol Brasileiro de 2017, a nova versão do raio x atualizado há oito anos. O relatório conta com 27 times, incluindo o Trio de Ferro do Recife. Considerando faturamento absoluto em 2016, foram R$ 4,35 bilhões, num aumento de 20% sobre o ano anterior. Montante dividido em cotas de tevê (48,8%), bilheteria e sócios (13,9%), publicidade e patrocínio (12,6%), transações de atletas (11,9%), estádio (4,9%) e outras fontes (7,6%).

Todos os números foram colhidos nos balanços oficiais dos clubes, divulgados em abril deste ano. Além de “traduzir” as cifras, até porque os documentos não seguem um padrão (de informação), os especialistas deram o aval sobre a situação de cada um, projetando cenários em médio e longo prazo. Entre as equipes, cinco do Nordeste, Bahia, Náutico, Santa, Sport e Vitória. Abaixo, as conclusões sobre os times da região, além da íntegra do levantamento.

Bahia (da página 58 a 62)
Colocando a casa em ordem 

Operacionalmente conseguiu aumentar suas receitas, reduziu custos e despesas e assim gerou mais caixa, de forma consistente. Fez investimentos corretos, liquidou dívidas, aderiu ao Profut. O desafio agora é manter esta política de austeridade sem ter sucesso esportivo. Mas a persistência e paciência andam juntos com processos de ajuste, pois o resultado aparece apenas no longo prazo. Um clube saudável, equilibrado, tem mais chances de permanecer por mais tempo disputando a Série A. 

Náutico (da página 128 a 132)
Cuidado! 

Mais um ano complicado para o Náutico. Difícil se organizar quando não se aplica em mente a necessidade de manter custos compatíveis com as receitas. O clube vai além de suas possibilidades, mas ainda assim não obteve sucesso esportivo, conforme vemos no Índice de Eficiência. Ou seja, não está funcionando e não está ajudando o clube a ter um futuro mais tranquilo. Atenção aqui é fundamental. E cuidado também. 

Santa Cruz (da página 143 a 147)
Efeito bumerangue 

O bom desempenho em 2015, com o retorno à Série A gastando pouco, não foi mantido em 2016. O Santa Cruz gastou mais para tentar se manter, mas não obteve o resultado esportivo esperado. Clube regional tem desafios como este, e o ano da volta é sempre de alto risco. É preciso ter cuidado na gestão para se fortalecer e, quando voltar, estar mais firme. 

Sport (da página 158 a 162)
Olhando para o futuro 

Gestão bem organizada do Sport. Conseguiu controlar os custos mesmo num ano de investimentos vultosos. Infelizmente há pouco detalhamento para entrar mais a fundo nos números do Leão. Mas o que vemos é positivo, e coloca o clube numa condição de solidez que permitirá permanência na Série A, desde que a gestão esportiva seja bem feita. 

Vitória (da página 168 a 172)
Com a casa em ordem 

Contou muito com a ajuda das luvas para fechar o ano de 2016 em paz. No operacional trabalhou além das possibilidades, mas fez bom uso do recurso adicional, diferente de quase todos os outros clubes. Precisa agora fazer boa gestão esportiva e garantir sustentabilidade. O desempenho foi melhor em 2016, como mostra o Índice de Eficiência. Os sinais são positivos para o Vitória.

Confira o Índice de Eficiência do Futebol, criado pelo banco, clicando aqui.

Índice do Itaú aponta resultados ruins no Sport e no Santa Cruz e bom trabalho no Náutico em 2016. Lista controversa…

Ranking de eficiência esportivo-financeira no futebol brasileiro em 2016. Crédito: Itaú BBA

Uma equipe de profissionais do Banco Itaú BBA realizou um relatório sobre as finanças de 27 clubes brasileiros, incluindo o trio recifense. No estudo há a atualização do “Índice de Eficiência do Futebol”, rankeando os resultados das gestões, a partir do cruzamento dos desempenhos esportivo (colocações nos campeonatos disputados) e financeiro (custos, investimentos e despesas).

Confira o gráfico em uma resolução maior clicando aqui.

Os resultados foram divididos em seis categorias (detalhes abaixo), de eficiente a perdulário. Entre os locais, acredite, o Náutico foi o melhor, com “bom trabalho”. Na visão do blog, isso ocorreu devido a uma falha no critério, pois a permanência na Série B (caso do alvirrubro) e até mesmo a queda à Série C (caso do Joinville) não geram punições, como ocorre no descenso da elite (-15). Já o Santa aparece na categoria “Não deu”, com outros rebaixados. Entretanto, a pontuação coral deveria ter sido maior. Em 2016 foram dois títulos, Estadual e Nordestão, ambos com 10 pontos segundo o índice. Logo, descontando a queda, deveria ter +5, e não -5. Porém, sem explicação, o regional foi excluído da tabela de pontuação. Enquanto isso, o Sport manteve a pontuação zerada. Nem levantou taça nem caiu. Contudo, devido à receita recorde no ano (R$ 121 mi), o gasto excessivo sem maiores resultados derrubou o clube de “bom trabalho” para “deixou a desejar”.

O clube mais eficaz no ano foi o Palmeiras, mesmo gastando mais que o campeão brasileiro anterior, o Corinthians (3,64 mi x 2,22 mi/ponto). E a gestão menos eficiente, segundo o Itaú, foi a do Inter, o único “perdulário” no ano – na lista anterior havia sido o Vasco. Também pudera. Apensar da receita de R$ 212 milhões, a 10ª maior do país, o colorado acabou no Z4, sendo rebaixado pela primeira vez em sua história. Na relação dinheiro/pontuação, cerca de R$ 3 milhões por cada ponto conquistado, sem sucesso.

Veja como é feito o índice de eficiência aqui.

Ranking de eficiência esportivo-financeira no futebol brasileiro em 2016. Crédito: Itaú BBA

Eficientes
São os que conseguiram mais conquistas gastando menos por ponto. Eficiência é conseguir resultados ao menor custo.

Eficazes
São os que conseguiram mais conquistas gastando mais por ponto. O resultado veio, mas a um custo excessivo

Bom trabalho
Gastaram relativamente pouco e apesar de não conquistarem nada, permaneceram em suas Séries

Deixaram a desejar
Estes também permaneceram em suas Séries, mas gastando muito mais. Ou seja, o gasto foi improdutivo.

Não deu
Gastaram pouco, era o possível, e o resultado não só não veio como o clube ainda foi rebaixado de Série

Perdulários
Gastaram muito e o resultado ao final da temporada foi negativo. Pode até ter conquistado um título menor, mas o rebaixamento de Série pôs tudo a perder.

Classificação da Série B 2017 – 9ª rodada

A classificação da 9ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesportes

Terça-feira cheia na Série B com duas derrotas pernambucanas. Numa rodada em que apenas um mandante venceu, pior para o Santa Cruz, derrotado pelo América Mineiro em Belo Horizonte. Com isso, o tricolor saiu do G4, caindo do 4º para o 7º lugar. Na Arena Pernambuco, numa partida de muitos erros, o Náutico perdeu do Goiás, chegando a sete derrotas na competição. Na lanterna, o timbu já está seis pontos atrás do penúltimo, o Figueirense, num situação já difícil de reverter. Nesta 9ª rodada caiu o último invicto. Jogando em casa, o líder Juventude perdeu o clássico do interior gaúcho para o Brasil de Pelotas, que subiu na tabela.

Resultados da 9ª rodada
Juventude 1 x 2 Brasil
América 1 x 0 Santa Cruz
Náutico 2 x 3 Goiás
ABC 1 x 3 CRB
Figueirense 2 x 3 Luverdense
Londrina 0 x 1 Criciúma
Paysandu 0 x 0 Boa
Internacional 0 x 0 Paraná
Guarani 0 x 0 Oeste
Vila Nova 1 x 1 Ceará 

Balanço da 9ª rodada
1V dos mandantes (8 GP), 4E e 5V dos visitantes (13 GP) 

Agenda da 10ª rodada
23/06 (19h15) – CRB x Paysandu (Rei Pelé)
23/06 (20h30) – Boa x ABC (Dilzon Melo)
23/06 (21h30) – Criciúma x Paraná (Heriberto Hülse)
23/06 (21h30) – Luverdense x América (Passo das Emas)
24/06 (16h30) – Brasil x Internacional (Bento FreitaS)
24/06 (16h30) – Goiás x Vila Nova (Serra Dourada)
24/06 (16h30) – Londrina x Juventude (Estádio do Café)
24/06 (16h30) – Ceará x Oeste (Presidente Vargas)
24/06 (16h30) – Santa Cruz x Figueirense (Arena Pernambuco)
24/06 (19h00) – Guarani x Náutico (Brinco de Ouro)

Campeonato Pernambucano terá redução de clubes em 2018 e 2019. Talvez em 2020

FPF

Em 2007, a segunda divisão pernambucana foi vencida pelo Salgueiro, numa final contra o Sete de Setembro, no Gigante do Agreste. Entretanto, o torneio acabou na justiça, com Petrolina e Centro Limoeirense, eliminados na semi, pleiteando as duas vagas. O presidente da FPF na época, Carlos Alberto Oliveira, tomou uma decisão sui generis. O dirigente promoveu o acesso dos quatro clubes, inchando a primeira divisão, que a partir de 2008 teria 12 clubes, apertando como nunca o calendário. Embora a federação tivesse sinalizado posteriormente, já sob comando de Evandro Carvalho, que o ideal era reduzir, emperrou na vontade dos clubes, contra a queda de quatro times.

Ao menos esta era a versão da entidade, que realizou dez edições sem mexer na lista de participantes. Mas, até que enfim, o cenário deverá mudar. Para isso, em vez de ampliar o número de rebaixados, a FPF irá reduzir o acesso. Ao blog, o diretor de competições da FPF, Murilo Falcão, confirmou que a segunda divisão estadual de 2017, a “Série A2”, só irá promover o campeão, numa decisão administrativa já comunicada aos clubes – são 14 interessados na disputa. De 1995 a 2016, os dois melhores colocados sempre subiram. Logo, o objetivo é reduzir o tamanho da elite, de onde caíram dois, Serra Talhada e Atlético Pernambucano. Conforme preza o Estatuto do Torcedor, o regulamento irá vigorar por duas temporadas. Ou seja, uma redução paulatina na primeirona, com 11 clubes em 2018 e 10 clubes em 2019.

Hoje, o calendário oficial da CBF disponibiliza 14 datas para os estaduais do Nordeste, que tem, paralelamente, a Copa do Nordeste de fevereiro a maio. Com menos clubes, espera-se que a competição local adote um novo regulamento – a ser decidido no conselho arbitral em novembro -, deixando de lado o insosso (e previsível) hexagonal do título. E ainda há a possibilidade de uma extensão da redução, até 2020, chegando a 9 clubes. Número ímpar? Sim, pois, segundo federação, possibilitaria a realização de triangulares, com o Trio de Ferro como cabeça de chave. A conferir.

Abaixo, a movimentação de participantes no Pernambucano…

Entre os clubes que subiram, um asterisco em 1995, com o Sete de Setembro. O campeão da segundona pediu licença antes da estadual de 1996.

A movimentação dos clubes no Campeonato Pernambucano, de 1995 a 2017

Sem ímpeto ofensivo, Santa Cruz perde do América no Independência e sai do G4

Série B 2017, 9ª rodada: América-MG x Santa Cruz. Foto: Juarez Rodrigues/EM

A falta de ímpeto ofensivo custou o G4 ao Santa no Independência. Embora seja preciso ressalvar a sequência da tabela, com Ceará, Inter, América e Figueira, clubes de força nesta Série B, com o tricolor começando bem o roteiro, com quatro pontos. Na capital mineira, o técnico Adriano Teixeira repetiu a formação do sábado. Léo Lima e Primão no meio, reforçando a articulação com o trio de ataque, tendo Pitbull ainda no lugar do vetado Ricardo Bueno. Não bastou. Num jogo parelho, não houve diálogo ofensivo.

O tricolor chegou pouco à frente, com duas finalizações com algum perigo. O empate até seria insuficiente para manter o clube na zona de classificação à elite, mas daria continuidade aos pontos conquistados como visitante. Em uma atuação relativamente tranquila, quase flertando com a apatia, o time acabou penalizado aos 33 minutos do segundo tempo, numa boa jogada individual do jovem camisa 10 do Coelho, Matheuzinho. Passou por um marcador na entrada da área, puxou pra perna boa e mandou no canto de Júlio César.

Numa noite sem inspiração, o tento foi quase a sentença para o resultado final. E se passou perto de mudar algo, foi na própria barra coral, com o América Mineiro explorando os contragolpes. Nem precisou, com o 1 x 0 deixando o clube com os mesmos 13 pontos do Santa Cruz – que term uma vitória a mais, 4 x 3. Sábado, mantendo o embalo de rodadas da Segundona, o time volta a campo na Arena Pernambuco, cumprindo o primeiro dos cinco jogos acertados com o governo do estado e poupando o Arruda. Em BH, o gramado também foi favorável. O time, nem tanto.

Série B 2017, 9ª rodada: América-MG x Santa Cruz. Foto: Juarez Rodrigues/EM

Podcast – Análise do empate do Santa Cruz e das derrotas de Náutico e Sport

Na 8ª rodada das Séries A e B, nenhuma vitória do Trio de Ferro. No sábado, dois jogos pela segundona. Num gramado em péssimas condições no Arruda, tricolores e colorados encontraram dificuldades para jogar bola. No interior mineiro, o timbu deu sequência à péssima campanha, já com reversão complicada. No domingo, o clássico entre os leões nordestinos, com atuação lamentável do pernambucano, sofrendo o primeiro revés como mandante. O podcast 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!

17/06 – Santa Cruz 0 x 0 Internacional (27 min)

17/06 – Boa 2 x 1 Náutico (30 min)

18/06 – Sport 1 x 3 Vitória (43 min)

Classificação da Série B 2017 – 8ª rodada

A classificação da 8ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesportes

No Arruda, o Santa Cruz empatou com o Inter e se manteve no G4 da segunda divisão, deixando justamente o adversário colorada na colocação seguinte. Em Varginha, o Náutico perdeu do Boa Esporte e afundou na lanterna do Brasileiro, já com cinco pontos de diferença sobre o penúltimo colocado. Após oito rodadas, o líder Juventude é o único invicto e o timbu é o único time sem vitória. Na próxima rodada, mais uma “terça-feira cheia”.

Resultados da 7ª rodada
Criciúma 3 x 2 Guarani
Ceará 1 x 1 Luverdense
Paraná 1 x 0 Figueirense
Goiás 1 x 2 ABC
Santa Cruz 0 x 0 Internacional
Boa 2 x 1 Náutico
Paysandu 0 x 0 Juventude
CRB 0 x 3 Londrina
Brasil 3 x 0 Vila Nova
Oeste 0 x 0 América 

Balanço da 7ª rodada
4V dos mandantes (11 GP), 4E e 2V dos visitantes (9 GP)

Agenda da 8ª rodada
20/06 (19h15) – Náutico x Goiás (Arena Pernambuco)
20/06 (19h15) – Juventude x Brasil (Alfredo Jaconi)
20/06 (19h15) – América x Santa Cruz (Independência)
20/06 (20h30) – ABC x CRB (Frasqueirão)
20/06 (20h30) – Figueirense x Luverdense (Orlando Scarpelli)
20/06 (20h30) – Londrina x Criciúma (Estádio do Café)
20/06 (20h30) – Paysandu x Boa (Curuzu)
20/06 (21h30) – Vila Nova x Ceará (Serra Dourada)
20/06 (21h30) – Guarani x Oeste (Brinco de Ouro)
20/06 (21h30) – Internacional x Paraná (Beira-Rio)

Com Arruda cheio e gramado castigado, Santa empata com o Inter e segue no G4

Série B 2017, 8ª rodada: Santa Cruz x Internacional. Foto: Ricardo Duarte/Internacional

A torcida atendeu ao apelo, com o ingressos a partir de R$ 5, e marcou boa presença no Arruda. Apesar do borderô anunciado, com 25.356 espectadores, os setores reservados aos tricolores, nos anéis superior e inferior, estavam cheios. Apoio num confronto direto pelo grupo de acesso (4º x 5º), diante do Internacional, o bicho-papão desta Série B – tese ainda não imposta na classificação. Melhor no primeiro tempo, chegando com perigo com Bruno Paulo (2x) e Pitbull, o Santa Cruz acabou travado na segunda etapa. Cansou, mas como também teve um adversário pouco inspirado, acabou no 0 x 0. O empate beneficiou o time pernambucano, que manteve a 4ª colocação.

Nesta segunda apresentação sob o comando de Adriano Teixeira, a equipe manteve a formação com pontas abertos, Bruno Paulo e André Luís. A principal mudança foi no meio-campo, mais técnico que pegador, com Primão e, sobretudo, Léo Lima, que ajudou enquanto teve gás – a limitação física do apoiador era esperada nesses seus primeiros jogos.

Série B 2017, 8ª rodada: Santa Cruz x Internacional. Foto: Premiere/SporTV (reprodução)

Além do condicionamento da equipe, para uma atuação melhor faltou um detalhe: um gramado regular. Chamou demais a atenção o estado do piso do Mundão, esburacado e desnivelado. Apesar do trabalho emergencial, com o time treinando em Aldeia na véspera, enquanto o campo recebia perfurações para o escoamento da água, durante o jogo a situação não foi boa.

A bola parava nas poças o tempo todo, quebrando passes, com jogadores escorregando na lama – acionado no lugar de LL, Augusto, por exemplo, teve um desempenho irrelevante, sem conseguir carregar a bola. Frise-se que o campo foi ruim para os dois times. No lado do Inter, sem D’Alessandro, muitas bolas esticadas para Nico Lopez (mal, acabou substituído) e Cirino. Buscando um encaixe melhor, Guto Ferreira teve que se contentar com a lenta caminhada, com o 4º empate em 8 jogos. No fim da peleja, aplausos do povão. Pelo G4 e pela entrega em um cenário adverso para o bom futebol.

Série B 2017, 8ª rodada: Santa Cruz x Internacional. Foto: Ricardo Duarte/Internacional