2.340 minutos de futebol ao vivo na TV no Campeonato Pernambucano de 2015

Campeonato Pernambucano de 2015 na televisão. Fotos: Paulo Paiva (Lacerdão e Arruda), Ricardo Fernandes (Arena Pernambuco), ambos o DP/D.A Press

A grade de transmissão do Campeonato Pernambucano de 2015 apontou 26 jogos na televisão, totalizando 2.340 minutos de futebol ao vivo. É o menor dado dos últimos anos, num claro indício do crescimento do Nordestão, disputado paralelamente, também com transmissão aberta e fechada. Além, claro, da própria redução do certame local. Como ocorre desde 2011, a exibição deste ano ocorreu mais uma vez através da Rede Globo Nordeste, para todo o estado, e nacionalmente no canal Premiere (PFC), num pacote de pay-per-view para quem adquiriu outros estaduais, como o Paulistão e o Carioca.

Nos últimos quatro jogos da competição local (abaixo), as finais ficaram com a tevê a aberta e a disputa pelo 3º lugar (ida e volta) com o canal por assinatura. Ou seja, nesta edição nenhum jogo teve transmissão simultânea, ao contrário de 2014, quando a decisão entre Náutico e Sport passou nos dois canais.

O número de partidas na telinha corresponde a 20,9% da tabela estadual de 2015. No ranking da tevê, Santa 12, Sport 11, Náutico 6. Foi a primeira vez, desde que o blog iniciou o balanço, que o Leão não liderou a lista absoluta.

Nº de jogos de Náutico, Santa e Sport transmitidos na televisão no Campeonato Pernambucano de 2012 a 2014. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Segundo plano comercial da Globo, os jogos têm uma audiência de 696 mil telespectadores. Confira os números do Ibope nos anos anteriores aqui.

Os direitos de transmissão do Pernambucano foram renovados juntos à emissora até 2018. Saiba mais detalhes clicando aqui.

Transmissão do Campeonato Perambucano 2015, com número de jogos de Náutico, Santa e Sport. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O quadro dos técnicos da Série A antes da estreia e de sua consequente pressão

Técnicos da Série A 2015 reunidos na CBF. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

A CBF realizou o 1º Encontro de Técnicos da Série A, no Rio de Janeiro.

Dos 20 clubes inscritos na competição deste ano, 17 foram representados no evento, incluindo Eduardo Batista, do Sport, e nomes tarimbados como Luis Felipe Scolari (Grêmio), Vanderlei Luxemburgo (Flamengo), Oswaldo de Oliveira (Palmeiras), Marcelo Oliveira (Cruzeiro) e Levir Culpi (Atlético-MG).

O objetivo do encontro era “conversar e debater ideias sobre futebol”, com direito a mesas redondas apenas para os técnicos da elite. Até aí, ok. No entanto, com a rápida rotatividade no comando técnico no país, vale registrar a imagem da reunião e compará-la ao desfecho do Brasileirão, na 38ª rodada.

Neste contexto, entra a implantação das ideias discutidas na confederação brasileira, com resultados práticos na organização tática/estrutural das equipes. Sobre Felipão, que foi convidado pelo presidente Marco Polo Del Nero para sentar na mesa principal, ficou a seguinte frase no seu discurso:

“A derrota para a Alemanha não mudou o futebol brasileiro. Continuamos tendo grandes técnicos, excelentes jogadores. Mas claro, temos que evoluir sempre, e é isso que este encontro nos proporcionará”.

Se o 7 x 1 não mudou, será que o encontro de técnicos mudará?

Técnicos da Série A 2015 reunidos na CBF. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Podcast 45 (124º) – Final inédita entre Santa e Salgueiro e fiasco do Sport

Teremos uma final inédita no Campeonato Pernambucano de 2015. Santa Cruz e Salgueiro, 3º e 4º lugares no hexagonal, conquistaram as suas vagas na decisão jogando fora de casa. No 45 minutos, uma análise sobre a disputa pela taça da 101ª edição do Estadual. Qual é o tamanho do favoritismo do Tricolor por causa de sua tradição? O quanto pesará a favor do Carcará o seu mando de campo? Além disso, um debate sobre o fiasco do Sport, eliminado em mais uma semifinal nesta temporada. Hora de mudanças no elenco?

Neste podcast, com 1h23min, estou ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Marco Aurélio, o ministro (flamenguista) do STF que decidirá o recurso de 1987

Caso de 1987 no Supremo Tribunal Federal. Crédito: reprodução

O ministro Marco Aurélio Mello será o relator do recurso extraordinário sobre o título brasileiro de 1987, que chegou ao Supremo Tribunal Federal.

Caberá a ele decidir se o processo será ou não julgado no STF. Maco Aurélio é um decano em Brasília. A sua nomeação para a mais alta instância da justiça brasileira aconteceu em 1990, através do então presidente Fernando Collor.

A papelada já foi enviada para o seu gabinete, com recebimento confirmado pelo site oficial do tribunal. Ainda não há data para a divulgação de sua análise.

Natural do Rio de Janeiro, Marco Aurélio Mello é torcedor do Flamengo.

Aos olhos da lei, não faz diferença. Segundo o artigo 101 da Constituição Federal, um ministro precisa ter “notável saber jurídico e reputação ilibada”.

A escolha do relator aconteceu em um sorteio entre os ministros da casa.

No recurso extraordinário de número 881864, o Flamengo terá como advogado Rodrigo Fux, enquanto o Sport inscreveu João Humberto Martorelli e Arnaldo Barros, presidente e vice do clube, respectivamente.

A decisão pode encerrar polêmica sobre o título, Sport ou Sport/Fla. Ou não…

Troféu do Campeonato Pernambucano de 2015, uma homenagem da FPF à FPF

O troféu de campeão pernambucano de futebol em 2015. Foto: Hildo Neto/FPF

A Federação Pernambucana de Futebol apresentou o troféu de campeão pernambucano deste ano, chamado de “Campeão do Centenário”. É uma autorreferência, com a homenagem ao centenário da FPF em 2015,  agendado para 16 de junho. A explicação é necessária pois o nome oficial da taça entregue na última edição foi semelhante, também em alusão ao número “100”, por causa da centésima edição do Estadual em 2014. O novo campeão do nosso futebol será conhecido no dia 3 de maio.

Gostou do novo modelo? Abaixo, os últimos dez troféus do Estadual.

Vale lembrar que a FPF criou um modelo fixo em 2013 para todos os anos, como ocorre na Taça Libertadores da América e Champions League. O modelo – com metal dourado e base azul – foi entregue ao Tricolor. Contudo, na temporada seguinte, foi confeccionada uma taça especial para o centenário do campeonato estadual e o modelo fixo acabou sendo esquecido.

Recentemente ainda houve um outro fato pitoresco. Em 2012 foram dois troféus! Na prática, apenas um podia ser chamado assim. O modelo original parecia uma placa comemorativa, produzido pela Rede Globo Nordeste (homenageada pelos seus 40 anos), mas não agradou a cúpula da entidade. No dia da final, na Ilha do Retiro, surgiu um segundo troféu, que também trazia o logotipo da emissora estilizado – o Santa Cruz ficou com as duas versões.

2006 – Troféu Diario de Pernambuco (Sport)
2007 – Troféu 100 Anos do Frevo (Sport)
2008 – Troféu Radialista Luiz Cavalcante (Sport)
2009 – Troféu Governador Eduardo Campos (Sport)
2010 – Troféu Tribunal de Justiça de Pernambuco (Sport)
2011 – Troféu 185 anos da Polícia Militar de Pernambuco (Santa Cruz)
2012 – Troféu Rede Globo Nordeste (Santa Cruz)
2013 – Troféu FPF (Santa Cruz)
2014 – Troféu 100 anos do Campeonato Pernambucano (Sport)
2015 – Troféu Centenário da FPF (Central, Salgueiro, Santa Cruz ou Sport?)

Troféus do Campeonato Pernambucano de 2006 a 2015

Podcast 45 (122º) – Especial com Magrão

A 122ª edição do 45 minutos foi especial. Uma entrevista exclusiva de uma hora com o goleiro Magrão, que celebrou nesta semana dez anos vestindo a camisa do Sport. O ídolo rubro-negro falou sobre a carreira, mas também respondeu perguntas espinhosas enviadas pelos ouvintes (Qual é o maior rival, Náutico ou Santa? Qual gol tricolor incomodou mais?). Entre outros temas, falou sobre os bastidores da Ilha, melhores técnicos e jogadores com quem trabalhou. Respondeu até sobre o “G4 do Nordeste”, uma polêmica no programa.

Neste podcast, gravado no CT do Sport, estou ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Os maiores clássicos do Nordeste, na visão da imprensa esportiva

Os 6 maiores clássicos nordestinos, segundo votação do site Verminosos por Futebol. 1º) Bahia x Vitória (Felipe Oliveira/EC Bahia), 1º) Sport x Santa Cruz (DP/D.A Press), 3º) Ceará x Fortaleza (Christian Alekson/cearasc.com), Sport x Náutico (DP/D.A Press), Náutico x Santa Cruz (DP/D.A Press) e ABC x América-RN ( Frankie Marcone/Comunicação ABC F.c.)

Quais são os maiores clássicos do Nordeste? Mensurando rivalidade, tradição, nível técnico e torcidas, o site Verminosos por Futebol, editado por Rafael Luis Azevedo, elaborou uma votação com 23 jornalistas, incluindo representantes dos nove estados nordestinos e membros da imprensa de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O blog foi convidado e enviou a sua lista (publicada no primeiro comentário deste post). A regra consistia em escolher os 25 maiores clássico, conferindo 25 pontos para o 1º lugar, 24 para o 2º e assim sucessivamente, até a 25ª colocação, com 1 ponto.

Em tempo: apenas clássicos municipais entraram na conta.

O Ba-Vi venceu com certa facilidade, sendo apontado como o maior da região por 19 dos 23 participantes (incluindo o blog). Os demais votos para o 1º lugar: Sport x Santa (2), Ceará x Fortaleza (1) e Sampaio Corrêa x Moto Club (1!)

Por sinal, segundo a crítica esportiva, os três clássicos centenários do Recife figuram entre os cinco maiores do futebol nordestino, com destaque para o Clássico das Multidões, atrás apenas do confronto soteropolitano.

Top 20
1º) Bahia x Vitória (569 pontos)
2º) Sport x Santa Cruz (545)
3º) Ceará x Fortaleza (522)
4º) Náutico x Sport (498)
5º) Santa Cruz x Náutico (474)
6º) ABC x América (455)
7º) CRB x CSA (416)
8º) Treze x Campinense (402)
9º) Moto Club x Sampaio Corrêa (400)
10º) Confiança x Sergipe (322)
11º) River x Flamengo (299)
12º) Ceará x Ferroviário (279
13º) Central x Porto (265)
14º) Fortaleza x Ferroviário (255)
15º) Potiguar x Baraúnas (176)
16º) Botafogo x Auto Esporte (159)
17º) Icasa x Guarani (153)
18º) Maranhão x Sampaio Corrêa (147)
19º) Moto Club x Maranhão (135)
20º) River x Piauí (97)

Entre os 42 confrontos elencados, com clássicos municipais envolvendo times profissionais em atividade, foram oito pernambucanos: Sport x Santa (2º), Náutico x Sport (4º), Santa x Náutico (5º), Central x Porto (13º), América x Sport (26º), América x Santa (31º) Náutico x América (33º) e Vitória x Vera Cruz (42º).

Confira o ranking completo e os votos de todos os jornalistas aqui.

Podcast 45 (121º) – Santa e Salgueiro em vantagem e análise sobre Diego Souza

Foram seis gols nos jogos de ida das semifinais do Pernambucano. Os tentos escreveram histórias bem distintas, com quatro a favor do Santa sobre o Central e dois do Salgueiro diante do Sport. No 45 minutos, analisamos as partidas e os caminhos para os jogos de volta, no domingo. Em relação ao Leão, em situação complicada, o foco foi Diego Souza, com estatísticas de suas participações no mata-mata. Por fim, um entrevista exclusiva com a tenista pernambucana Teliana Pereira, campeã do WTA de Bogotá.

Neste 121º podcast, com 1h29min, estou ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Magrão e a decepcionante relação com a Torcida Jovem, recorrente entre atletas e organizadas

Magrão com a camisa da Torcida Jovem. Crédito: Torcida Jovem/facebook

Há exatamente dez anos, o goleiro Magrão chegava ao Sport.

À parte da questão técnica, em campo, o ídolo passou quase ileso em polêmicas fora dele. Tanto que tem o respeito até de torcedores adversários.

Mas não é infalível (ninguém é).

E justamente na data marcante, o camisa 1 do Rubro-negro vestiu a camisa da Torcida Jovem, organização proibida pela justiça de frequentar os estádios por causa de episódios violentos nos últimos anos.

A foto foi compartilhada na página da facção no facebook.

A explicação oficial da imagem (uma homenagem da organizada ao jogador) deixa claro que o Leão tentou coibir a foto, cujo registro foi feito dentro das dependências da Ilha. Ou seja, a colaboração partiu realmente do goleiro.

“A diretoria do nosso clube, talvez por não pensar em nenhuma homenagem ao nosso ídolo, está coibindo a presença do mesmo na sede da nossa entidade para completar toda a programação prevista. Pensando nisso, nos deslocamos para Ilha do Retiro e prestamos nossa homenagem no local ao nosso ídolo, infelizmente não poderemos contar com a sua presença em nossa sede.” 

O Sport proíbe o uso da imagem dos seus jogadores pelas organizadas.

Outros jogadores consagrados já fizeram o mesmo no futebol recifense? Várias vezes, nos três grandes clubes. Para citar os casos mais recentes, Neto Baiano, Marcelinho Paraíba, Kieza, Eduardo Ramos, Dênis Marques etc. Até técnicos, como Lisca, e presidentes. Sem contar os gestos característicos.

Qual é a diferença, então? Em relação aos atletas, talvez, o tempo de casa de Magrão. Desconsiderando a tese de coação, havia tempo (e conhecimento) suficiente para saber exatamente a relação uniformizada/clube/violência.

Na atual relação com torcidas organizadas, parece um contrassenso à imagem.

Qual é a sua opinião sobre o episódio? Comente.

Atualização, com a nota oficial do Sport e a posição de Magrão:
“Hoje à tarde, fui surpreendido, dentro do clube, por um grupo uniformizado pedindo para tirar uma foto comigo. Não me senti confortável em recusar. Mas não autorizei explorar a minha imagem, pois, inclusive, tenho contrato de cessão de imagem com o Sport, até porque sei que o clube não compactua com torcidas organizadas”.

Neto Baiano com a Torcida Jovem. Foto: Diario de Pernambuco

Marcelinho Paraíba com a Torcida Jovem. Foto: Diario de Pernambuco

Kieza e Eduardo Ramos com a camisa da Fanáutico. Foto: Fanáutico/Fotolog

Lisca com a camisa da Fanáutico. Foto: Celso Ishigami/DP/D.A Press

Dênis Marques com a camisa da Inferno Coral. Foto: CoralNet

Camisa da Inferno Coral no Santa Cruz de 2011. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Com dois gols de pênalti, Salgueiro vence o Sport e fica pertinho da final inédita

Pernambucano 2015, semifinal: Salgueiro x Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

O zagueiro Rogério Paraíba cobrou duas penalidades com perfeição, uma em cada lado de Magrão, e o Salgueiro venceu o Sport por 2 x 0, abrindo uma ótima vantagem para avançar à final estadual. Os sertanejos vêm martelando um lugar na decisão. Em 2014, caíram nos pênaltis na Arena Pernambuco. No mesmo local, em uma semana, poderão até perder por um gol de diferença para ficar com a vaga. Seria histórico. E em caso de dois gols? Ainda haveria chance nos pênaltis. E o jogo de ida mostrou que o time está bem neste fundamento.

O mais incrível na vitória salgueirense, no solzão deste domingo, foi que a equipe quase não teve a posse de bola. No primeiro tempo, apenas 28%. No segundo, 33%. Pois é. Os comandados de Sérgio China deram o campo ao adversário, cuja mobilidade irritou. Excessivamente lento, o Leão pouco agrediu. Mesmo sem arrancar, Diego Souza deixou três companheiros (Felipe Azevedo, Régis e Rithely) livres, mas ninguém finalizou bem. Ao todo, os leoninos só tiveram cinco chances reais. No abafa, ainda acertou o travessão.

Pernambucano 2015, semifinal: Salgueiro x Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Àquela altura, o mandante já vencia após o polêmico pênalti marcado por Emerson Sobral, que viu mão na bola de Durval (na opinião do blog, bola na mão). Nos descontos, aí não cabe qualquer discussão. De uma infantilidade tremenda, Rithely segurou o atacante Kanu, em mais infração na grande área. Se Magrão vem construindo uma boa estatística pessoal nos pênaltis, Rogério não quis fazer parte disso, chutando com força, convicto.

Com apito final no estádio Cornélio de Barros logo na sequência, o Salgueiro – que na quarta-feira ainda terá o aguardado jogo contra o Flamengo, pela Copa do Brasil – comemorou bastante o placar. Até porque a presença na final permitira novas campanhas no Nordestão e na própria Copa do Brasil – com receita extra, mínima, de R$ 565 mil. Enquanto isso, o Sport volta para a capital consciente da pressão da torcida, carente de resultados e futebol.

Pernambucano 2015, semifinal: Salgueiro x Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press