Sem amistoso na pré-temporada, Náutico testa 29 jogadores em jogo-treino no CT

Jogo-treino na pré-temporada de 2017: Náutico 3 x 0 Ipojuca. Foto: Léo Lemos/Náutico

A pré-temporada foi esticada no calendário oficial da CBF em 2015. Desde então, o Náutico conseguiu organizar amistosos no Recife contra Decisão (2015) e Botafogo de João Pessoa (2016). Neste ano, com a remontagem do grupo e problemas de agenda, o alvirrubro acabou sem testes oficiais, ficando restrito a jogos-treinos. No primeiro, contra o Ipojuca, o técnico Dado Cavalcanti conseguiu colocar em campo os 29 atletas do elenco à disposição – ficando de fora apenas Sérgio (goleiro), Feliphe Gabriel (zagueiro), Gerônimo (atacante) e Erick (atacante), oriundos da Copinha e que ainda não se apresentaram.

No 3 x 0, construído sem dificuldades e acompanhado por alguns torcedores no Centro de Treinamento Wilson Campos, na manhã de domingo, o Náutico atuou com três formações distintas, com mudanças a cada 30 minutos. Foram dois times totalmente diferentes nas duas primeiras partes e mais sete trocas no último terço, sempre com a formação 4-1-4-1. Da lista abaixo, qual seria a formação ideal para a estreia oficial, em 24 de janeiro, contra o Uniclinic?

Do 1º ao 30º minuto (0 x 0)
Tiago Cardoso; Joazi, Tiago Alves, Éwerton Páscoa e João Paulo; João Ananias, Rodrigo Souza, Marco Antônio, Dudu e Jefferson Nem; Anselmo

Do 31º ao 60º minuto (1 x 0, Alison)
Jeferson; David, Nirley, Adalberto e Igor Neves; João Ananias (Negretti), Cal Rodrigues, Maylson e Juninho e Giva; Alison

Do 61º ao 90º minuto (3 x 0, Cal e Negretti)
Bruno; Raphael, Rafael Ribeiro, Adalberto e Manoel; Negretti (David voltou), Cal Rodrigues, Maylson, Jefferson Renan e Willian Silva; Odilávio

Abaixo, um vídeo com os gols do jogo-treino, produzido por Rafael Brasileiro.

Em amistoso, Santa goleia o Timbaúba usando 26 atletas, sob silêncio no Grito

Amistoso, 2017: Santa Cruz x Timbaúba. Foto: Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Após o bom público no jogo-treino contra a Agap, o Santa Cruz esperava uma presença ainda maior em Olinda, no primeiro amistoso efetivo do ano, contra o Timbaúba, da segunda divisão pernambucana. A entrada custaria um quilo de alimento não perecível ou duas apostas na Timemania. Na noite de sexta-feira, contudo, houve uma determinação do corpo de bombeiros, proibindo a ocupação das arquibancadas no sábado. Segurança é um motivo pra lá de justo, pois o Grito da República segue inacabado. Sem torcida, o time goleou por 3 x 0, gols de Éverton Santos, Williams Luz e Anderson Sales, todos no segundo tempo.

No Campeonato Pernambucano, por exemplo, a FPF exige laudos técnicos de engenharia, segurança, bombeiros e vigilância sanitária. Hoje, nenhum deles seria verificado pela federação – logo, cabe à prefeitura finalizar e regularizar o empreendimento, com capacidade estipulada para até 10.700 pessoas. 

Comparando com o jogo-treino, quando Vinícius Eutrópio mudou dez jogadores no intervalo, mantendo apenas o goleiro, desta vez, com o time já vestindo o uniforme oficial, foram quatro. À frente, Elicarlos por Wellington, Marcílio/David, Léo Costa/Barbio e Zé Carlos/André. No decorrer da etapa complementar, porém, trocou outros onze atletas, dando chance a contratados e garotos da base. Ao todo, 26 jogadores! No fim, uma pena o silêncio forçado no Grito.

Formação do Santa (4-3-3) 

Júlio César (Miller); Vítor (Nininho), Jaime (Otávio e Thawan), Bruno Silva (Anderson Salles) e Eduardo (Vallés); Wellington Cézar (Elicarlos e Lucas Gomes), David (Marcílio e Gabriel Leite) e Thiago Primão (Léo Cotia e William Luz); Barbio (Léo Costa), Thomás (Éverton Sanos) e André (Zé Carlos)

Ouça uma entrevista com Vinícius Eutrópio sobre a preparação coral aqui.

Amistoso, 2017: Santa Cruz x Timbaúba. Foto: Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Os 14 jogadores da Copinha integrados aos elencos profissionais de Sport, Náutico e Santa para a temporada 2017

A participação pernambucana na Copa São Paulo de Juniores de 2017 acabou na terceira fase (de um total de sete), com Náutico e Sport eliminados por Mirassol e Batatais. A campanha, entretanto, não ficou nisso, com parte dos elencos sendo aproveitada nos times principais. Ao todo, o Trio de Ferro integrou 14 nomes, que após anos na base (infantil, juvenil e júnior) passam a trabalhar com nomes mais tarimbados, com outra carga de cobrança, buscando uns minutinhos nos jogos. Ou seja, o rumo natural para promessas de até 19 anos.

Torcedor, dos nomes abaixo, qual seria a sua maior aposta para revelação?

Sport
Sete jogadores que atuam no time campeão estadual na categoria Sub 20 passam a trabalhar com o grupo principal no CT de Paratibe, sob comando técnico de Daniel Paulista. Cinco deles (Lucas, Adryelson, Caio, Pardal e Juninho) foram convocados para a Seleção Brasileira Sub 18/20 em 2016. Já o centroavante Wallace chegou a entrar em campo no Mineirão, pelo Brasileirão 2015, chamado às pressas na ocasião. Lembrando que a direção leonina prometeu, durante a campanha eleitoral, a utilização de boa parte do time júnior durante o Campeonato Pernambucano de 2017, ao menos no hexagonal.

Rubro-negro na Copinha: 3 vitórias e 2 derrotas, 7 GP, 6 GC
Integrados: Lucas (goleiro), Adryelson (zagueiro), Caio (lateral-esquerdo), Fabrício (volante), Pardal (meia), Juninho (atacante) e Wallace (atacante)

Torneios do time profissional: Estadual, Copas do NE e do Brasil, Série A e Sula

Time do Sport na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Sport/divulgação

Náutico
O técnico Dado Cavalcanti autorizou a transição de quatro nomes para o time principal. Nos Aflitos, o destaque vai para os atacantes Erick e Gerônimo, com 4 e 3 gols marcados na Copinha, respectivamente. Atuando no interior paulista, o time fez a melhor campanha do clube em 11 participações. Com o reforço nos trabalhos no CT Wilson Campos, a base alvirrubra representa agora quase 50% do elenco profissional no início de 2017, segundo levantamento do próprio timbu.

Alvirrubro na Copinha: 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota, 11 GP, 6 GC
Integrados: Sérgio (goleiro), Feliphe Gabriel (zagueiro), Gerônimo (atacante) e Erick (atacante)

Torneios do time profissional: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série B

Time do Náutico na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Náutico/instagram (@nauticope)

Santa Cruz
No Arruda, os tricolores voltaram a passar da fase de grupos da Copa SP após quatro anos, mesmo sem ter uma infraestrutura equiparada a dos rivais – segue sem CT. Os três nomes convocados por Vinícius Eutrópio já tiveram uma primeira experiência no grupo principal, sobretudo o goleiro Lucas, que chegou a compor o banco no último ano. Em 2017, com quatro competições na agenda e um plantel em profunda reformulação, oportunidades podem aparecer para o trio.

Tricolor na Copinha: 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas, 4 GP, 4 GC
Integrados: Lucas (goleiro, 19), Thawan (zagueiro, 19) e Otávio (volante, 18)

Torneios do time profissional: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série B

Time do Santa Cruz na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Santa Cruz/instagram (@santacruzfc)

De R$ 900 a R$ 4.210, as taxas de árbitros no Pernambucano 2017. O mandante paga

A taxa de arbitragem na fase final do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: FPF/reprodução

Além da taxa de 8% sobre a renda bruta dos jogos, a FPF ainda cobra outros encargos aos clubes no Campeonato Pernambucano. Em 2017, os mandantes precisam pagar por inúmeros serviços administrativos para a realização da peleja, ampliados a cada fase. Se na etapa preliminar basta a arbitragem e um delegado de jogo, no mata-mata são dez funções! Árbitro, dois assistentes, 4º árbitro, delegado especial de arbitragem, assessor de arbitragem, delegado do jogo, supervisor de protocolo, assessor de protocolo e fiscal da FPF.

Além disso, cada partida é precificada de uma forma. Logo, os valores da final são bem maiores que os da primeira fase. Somando essas taxas de funções, o gasto vai de R$ 2.725 a R$ 14.957 – no caso dos assistentes, a cota equivale a 75% do valor pago ao árbitro, com o 4º árbitro tendo 35% no mesmo modelo. Em comparação com o ano passado, um aumento de 8,4%. No caso do Árbitro Fifa, R$ 322 a mais. Não para aí. Também há a despesa com diárias para os árbitros. Em vez de estipular metas de distância, como e 2016, desta vez a federação já determinou o valor de cada cidade, com Salgueiro sendo a mais cara, R$ 210.

A responsabilidade de pagamento do mandante não é regra. Num viés local, basta dizer que na Copa do Nordeste as taxas de arbitragem são pagas pela CBF. No estado, os valores foram estipulados pela diretoria de competições da federação e pela comissão de arbitragem. No documento de 4 de janeiro, as assinaturas dos respectivos diretores, Murilo Falcão e Salmo Valentim.

Os “clássicos” envolvem, claro, os jogos entre Náutico, Santa e Sport, com até cinco categorias de árbitro – com os níveis CBF e Fifa sendo mais requisitados.

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O quadro seguinte é válido no hexagonal do título, nos jogos do Trio de Ferro no Recife diante dos três classificados da fase preliminar. No Arruda, Arena Pernambuco e Ilha do Retiro os jogos já contam com dez funções.

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Os jogos entre clubes intermediários (nove clubes ao todo) têm um preço diferente, necessitando de apenas uma função administrativa. Cenário válido na fase preliminar e hexagonais do título e da permanência. Ou seja, a tabela só mudaria num confronto do tipo a partir da semifinal (o que nunca ocorreu).

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Brasil x Colômbia, no Engenhão, com o maior público da história no borderô? Pela solidariedade, pela Chapecoense

Jogo da Amizade, Brasil x Colômbia. Crédito: CBF

O amistoso entre Brasil e Colômbia, agendado para 25 de janeiro, poderá ter o maior público pagante da história do futebol brasileiro. Ao menos indiretamente. Além dos 41.506 ingressos à disposição da torcida no estádio Engenhão, de R$ 70 a R$ 150, a CBF criou o “ingresso solidário”, a R$ 50. O bilhete não dará acesso ao jogo no Rio de Janeiro, mas ajudará a Chapecoense, que terá direito à toda renda líquida, revertida às famílias das vítimas do acidente aéreo.

Acessível aos torcedores de outros estados, o ingresso especial (segundo o site de venda, são 4 milhões!) será computado no borderô oficial do Jogo da Amizade como “público total”. Quem colaborar com a causa receberá um certificado de participação e agradecimento. Em relação aos ingressos tradicionais, estima-se uma arrecadação acima de R$ 3 milhões.

Até hoje, o recorde de público foi na decisão da Copa do Mundo de 1950, com 173.850 pagantes no duelo entre brasileiros e uruguaios. Naquele dia, ao todo, o Maracanã abrigou quase 200 mil espectadores. A casa do Botafogo não receberá tanta gente assim, mas a tendência é de recorde… Possível?

Links para a compra de ingressos: bilhete tradicional e ingresso solidário.

Os maiores públicos do futebol brasileiro (todos no Maracanã):
199.854 – Brasil 1 x 2 Uruguai (16/07/1950)
195.513 – Brasil 4 x 1 Paraguai (21/03/1954)
194.603 – Fluminense 0 x 0 Flamengo (15/12/1963)
183.341 – Brasil 1 x 0 Paraguai (31/08/1969)
174.770 – Flamengo 3 x 1 Vasco (04/04/1976)

As cotas dos grandes clubes nordestinos nas competições oficiais em 2017

Receitas de Bahia, Vitória, Sport, Santa Cruz, Náutico, Ceará e Fortaleza. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O futebol pernambucano terá quatro clubes com calendário cheio em 2017. Com a definição das divisões, com o Sport na Série A, Santa Cruz e Náutico na B e o Salgueiro na C, é possível projetar as cotas de cada time, entre verba de transmissão na televisão e o repasse por classificação – obviamente, existem outras fontes, como bilheteria, patrocínio, Timemania, sócios etc.

O blog elencou todas as competições oficiais com os valores já divulgados. No caso do Brasileirão e da Copa Sul-Americana, foram considerados os dados último ano. Ampliando a lista, também foram apresentados as cifras de Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza, os principais adversários regionais.

As projeções de cotas de Bahia, Ceará, Fortaleza, Náutico, Santa Cruz, Sport e Vitória. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As receitas de cada clube estão divididas em quatro colunas nos quadros abaixo, com o cenário mais pessimista na primeira, considerando o valor-base da televisão e a pior colocação possível na competição. Em seguida, duas colunas com campanhas acessíveis, passando uma fase nos respectivos torneios, ou, no caso do Brasileiro, nas primeiras posições acima da zona de rebaixamento, o mínimo esperado por qualquer participante.

No fim, chega-se a uma equação entre mercado e meritocracia esportiva, embora também exista uma enorme disparidade local (e regional) nas cotas a partir do modelo de gestão da televisão sobre o campeonato nacional.

Cotas e premiações: PernambucanoNordestãoCopa do Brasil, Série A e Sula.

Projeção de cotas do Sport nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Sport por mês: R$ 3.731.781
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 1.956.725 (+4,56%)
Calendário: de 57 jogos a 90 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 692.355

Com o contrato junto à Rede Globo até 2018 (e já tem um novo, de 2019 a 2024), o Sport tem a garantia de receita independentemente da série – ainda que esteja indo para o 4º ano seguido na elite. Além da cota fixa de R$ 35 milhões, há uma variação considerável (e ascendente) no pay-per-view. Com isso, nesta plataforma, o blog projetou o aumento de R$ 5 mi para R$ 7 mi em 2017. Sobre o aporte mínimo, o clube só não teria verba na Série A, pois a premiação esportiva começa a partir do 16º colocado (ou seja, em caso de permanência). Por outro lado, fazendo o básico, passando uma fase em cada torneio/copa e evitando o rebaixamento, o Leão já teria um aumento de R$ 2,6 milhões – lembrando que o Brasileiro e a Sula estão com valores de 2016, que tendem a ser reajustados.

Projeção de cotas do Santa Cruz nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Santa Cruz por mês: R$ 628.683
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: – R$ 17.330.800 (-69,67%)
Calendário: de 56 jogos a 72 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125

Sem dúvida alguma, o maior baque financeiro no futebol pernambucano em 2017. Por não ser cotista no Brasileiro (até 2018, a Globo só firmou 18 contratos do tipo), o tricolor perdeu a cota de R$ 23 milhões (somando tevês aberta e fechada, ppv, sinal internacional e internet). Além disso, a canetada da Conmebol, que o tirou da Copa Sul-Americana (onde tinha vaga como campeão nordestino) custou mais R$ 791 mil, considerando a cotação atual sobre a cota da primeira fase do torneio, de US$ 250 mil. Para completar, a CBF tentou consolar o clube com uma pré-classificação às oitavas de final da Copa do Brasil. Porém, ainda que já largue ganhando R$ 880 mil (e possa ganhar R$ 1 mi caso avance no primeiro mata-mata), o Santa não tem direito às premiações das quatro fases anteriores, que somariam R$ 1,995 milhão.

Projeção de cotas do Náutico nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Náutico por mês: R$ 576.183
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 610.000 (+9,67%)
Calendário: de 55 jogos a 78 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 692.355

A derrota para o Oeste custou caro ao Náutico. Sem o acesso, perdeu a cota de R$ 23 milhões e ainda foi relegado ao grupo 3 da Copa do Brasil, com premiações inferiores nas primeiras fases. Na elite, receberia 420 mil reais na estreia. Como está na Série B, ganhará 250 mil (queda de 40,4%). Comparando com o valor mínimo estipulado no ano passado, a vantagem é a participação na Copa do Nordeste. Por sinal, passar da fase preliminar nas duas copas (regional e nacional) significaria mais R$ 765 mil, receita importante, dado já superior à média mensal que o alvirrubro deverá ter ao longo de 2017. Assim como o Santa, a premiação da Segundona será integral, independentemente da colocação (rebaixado ou campeão), pois os clube optaram por dividir o montante previsto para o G4. Assim, sobrou R$ 88,2 mil para cada um.

Projeção de cotas do Salgueiro nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Salgueiro por mês: R$ 30 mil
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: – R$ 495.000 (-57,89%)
Calendário: de 35 jogos a 58 jogos oficiais

Fora do Nordestão, onde chegou às quartas de final na última edição, o Carcará aposta as suas fichas na Copa do Brasil, onde estreia com a vantagem do empate (assim como Sport e Náutico, nos jogos únicos da remodelada primeira fase). Passando de fase, o clube já ganharia mais uma cota, de R$ 315 mil. Caso não consiga, a pindaíba tende a ser grande no Cornélio de Barros. Isso porque a Série C segue sem cotas aos 20 participantes, tanto de transmissão quanto de premiação. Hoje, o dinheiro pago pelas emissoras detentoras dos direitos cobre apenas as despesas da competição (viagens e hospedagens dos clubes e arbitragens), segundo a CBF.

Projeção de cotas do Bahia nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Bahia por mês: R$ 4.461.666
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + 295.000 (+0,55%)
Calendário: de 55 jogos a 78 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125 

Apesar do retorno à Série A, o Bahia manteve o patamar financeiro da Série B, pois, como cotista da tevê (um dos 18 clubes até 2018), teve o valor integral na última temporada. A receita bruta, via Globo, é a maior do Nordeste por causa do pay-per-view, numa projeção a partir da pesquisa Ibope/Datafolha, a base da distribuição até então. O tricolor da Boa Terra teria 3,7% dos assinantes, contra 2,3% do Vitória e 1,5% do Sport, em dados de 2015 – hoje, na prática, a verba pode até ser maior. Uma diferença efetiva em 2017 (ainda que de pouco impacto geral) está na Copa do Brasil, com o clube no “grupo 2” dos repasses nas duas primeiras fases. Mudança ocasionada pela presença na elite.

Projeção de cotas do Vitória nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Vitória por mês: R$ 3.936.666
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: – R$ 834.650 (-1,73%)
Calendário: de 55 jogos a 78 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125

O Vitória se manteve na primeira divisão nacional, mas a projeção mínima prevê uma leve queda, devido à ausência na Copa Sul-Americana. O leão de Salvador ficou a dois pontos da zona de classificação à copa internacional, que em 2016, mesmo caindo logo no primeiro mata-mata, rendeu R$ 949 mil. O clube tem, rigorosamente, o mesmo calendário do arquirrival, com a variação de jogos a partir do rendimento de cada um, claro. Com quase 4 milhões de reais por mês, o clube terá a segunda receita da região, a partir dos critérios deste publicação.

Projeção de cotas do Ceará nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Ceará por mês: R$ 571.183
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 195.000 (+2,92%)
Calendário: de 51 jogos a 73 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125 

A projeção do Ceará é baseada nas poucas informações acerca da premiação da Primeira Liga, que terá o alvinegro como primeiro representante nordestino. Segundo a Rádio Verdes Mares, da capital cearense, o clube receberia R$ 230 mil por jogo. Porém, o torneio é mais curto que o Nordestão (sem o Ceará), com apenas três jogos na fase de grupos e quartas de final e semifinal em jogos únicos. Em relação ao título, a premiação de 2016 foi de R$ 500 mil. Com o aumento da receita do torneio, que pagará 4,6 vezes mais, o blog tomou a liberdade de estimar o valor da taça (R$ 2,3 mi).

Projeção de cotas do Fortaleza nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O terceiro Castelazo consecutivo tirou R$ 5 milhões do cofre do tricolor alencarino (que seria a cota da Série B). Indo para o 8º ano na terceira divisão, o clube segue bem à margem dos grandes clubes da região em termos de cotas de televisionamento. Receberá apenas passagens aéreas e hospedagens no Brasileiro. Tem na Copa do Brasil o melhor caminho para obter dinheiro a curto prazo – além, claro, de uma nova tentativa de acesso em outubro.

Previsão mínima de cotas do Fortaleza por mês: R$ 137.500
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 105.000 (+6,79%)
Calendário: de 34 jogos a 65 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125

Podcast – Especial Treinadores com Vinícius Eutrópio, do Santa Cruz

Vinícius Eutrópio em entrevista ao podcast 45 minutos. Foto: Cassio Zirpoli/DP

Vinícius Eutrópio encerrou a carreira como volante em 1999, quando sequer usava o sobrenome no futebol. Estava no Náutico, onde fez uma rápida transição na função, virando auxiliar técnico no segundo semestre. Após 18 anos, volta a trabalhar no Recife, agora no Santa Cruz. Como técnico efetivo. Em entrevista ao 45 minutos, em Paulista, onde os corais estão hospedados na pré-temporada, o treinador comentou sobre o início da carreira, a experiência de seis anos no Atlético-PR (vivenciando a estruturação do clube), suas preferências táticas e, sobretudo, a montagem do Tricolor. Já começou atuando diretamente sobre 11 contratações. Durante uma hora, falou de planejamento, estrutura (espera um campo no CT até maio) e a volta à Série A, a meta. Ouça!

Neste podcast, estou com Cabral Neto, Celso Ishigami e Fred Figueiroa.

Confira o outro especial, com Dado Cavalcanti, do Náutico, clicando aqui.

As cotas da Copa do Brasil de 2017, com até R$ 11,685 milhões para o campeão

Evolução das cotas da Copa do Brasil, de 2012 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Em 2017, no último ano do atual contrato entre CBF e Rede Globo, a premiação ao campeão da Copa do Brasil subiu para R$ 11,685 milhões. Em relação à edição anterior, um aumento de 8,7% – em 2018, num novo acordo comercial, a premiação será de R$ 68 milhões (!). O montante corresponde à soma das cotas de participação nas oito fases do mata-mata, da fase preliminar ao título – acima, os valores absolutos em campanhas finais a partir das oitavas. Nesta temporada, no embalo da ampliação da Libertadores, o torneio nacional foi reformulado, ganhando mais quatro participantes (chegando a 91 clubes) e mais uma fase preliminar. Ou seja, para alcançar as oitavas de final, agora será preciso passar por quatro fases, sendo as duas primeiras em jogos únicos.

Campanha máxima para o título:
2012 – R$ 4,20 milhões (6 fases)
2013 – R$ 6,00 milhões (7 fases)
2014 – R$ 6,19 milhões (7 fases)
2015 – R$ 7,95 milhões (7 fases)
2016 – R$ 10,74 milhões (7 fases)
2017 – R$ 11,68 milhões (7 fases)
2018 – R$ 68,70 milhões (8 fases)

A reformulação na 29ª edição modificou, consequentemente, a distribuição da premiação do torneio, que terá novamente quatro clubes pernambucanos. Sport (08/02), Náutico (15/02) e Salgueiro (15/02) largam normalmente, na primeira fase. Já o Santa Cruz, como benesse do título nordestino, após a perda da vaga na Sul-Americana numa canetada, irá estrear somente nas oitavas de final.

Abaixo, o quadro com todas as cotas da Copa do Brasil, fase por fase, de 2012 a 2017 – os dados deste ano foram apurados por Wellington Campos, da Rádio Itatiaia. O período foi marcado pela subdivisão de cotas nas duas primeiras fases, com três grupos, variando de acordo com a evolução da copa, com 16 e 32 avos de final em 2012, 32 e 64 avos de 2013 a 2016 e, agora, 64 e 128 avos. Nesta temporada os grupos foram divididos da seguinte forma, tendo como base o Ranking de Clubes da CBF, atualizado em 12 de dezembro de 2016:

Grupo 1 – Os 15 primeiros no Ranking da CBF (Corinthians 4º, Cruzeiro 6º, Inter 7º, São Paulo 8º, Fluminense 10º, Vasco 13º, Coritiba 14º e Ponte Preta 15º) 

Grupo 2 – Os demais clubes presentes na Série A de 2017 (Sport 17º, Vitoria 20º, Bahia 21º e Avaí 25º)

Grupo 3 – Os 68 clubes inscritos na 1ª fase que estão fora da elite em 2017

Pré-classificados às oitavas – Santa, Paysandu, Atléticos MG, Atlético-PR, Atlético-GO, Chapecoense, Palmeiras, Santos, Flamengo, Botafogo e Grêmio

Sobre a rentabilidade da participação local, o quarteto ganhará R$ 1,82 milhão só com o primeiro mata-mata de cada rum. Largando das oitavas, o Santa tem a garantia de R$ 880 mil. Porém, não tem direito às cotas das quatro fases anteriores (que corresponderiam R$ 1,995 mi). Em caso de título, o Sport ganharia R$ 10,5 milhões, o maior valor absoluto no estado. Náutico e Salgueiro chegariam a R$ 10,125 milhões, com o Santa recebendo até R$ 9,13 mi.

As cotas da Copa do Brasil de 2012 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Em jogo-treino, na primeira apresentação em 2017, Santa vence a onipresente Agap

Jogo-treino na pré-temporada de 2017: Santa Cruz 3 x 0 Agap. Foto: Yuri de Lira/DP

A torcida coral em Rio Doce se fez presente no recém-inaugurado (mas ainda inacabado) estádio Grito da República. No primeiro jogo-treino do Santa Cruz em 2017, vitória sobre a Agap por 3 x 0, gols de Thomás, Vallés e Nininho. Foi a primeira movimentação efetiva do técnico Vinícius Eutrópio, que até então vinha sendo um “executivo”, colaborando nas 11 contratações anunciadas pelo clube.

Santa no 1º tempo (4-3-3)

Júlio César; Vítor, Bruno Silva, Jaime e Eduardo; Wellington Cézar, David e Thiago Primão; Thomás, William Barbio e André

Santa no 2º tempo (4-4-2)

Júlio César; Nininho, Lucas, Walter e Vallés; Lucas Gomes, Marcílio, Léo Costa e Williams Luz; Everton Santos e Adriano

O adversário alviazulino no jogo-treino já tornou-se tradicional na pré-temporada dos grandes clubes da capital, embora nunca tenha nem empatado uma peleja. Lembrando que a Agap não é um clube profissional, mas uma entidade sem fins lucrativos que movimenta atletas desempregados. Foi o quarto confronto nos últimos três anos, com 16 gols corais e apenas um da Agap. No geral, contra os grandes, já foram 17 derrotas, sendo onze goleadas. Hoje, mais uma.

Jogos-treinos do Santa Cruz na pré-temporada:
19/01/2015 – Santa Cruz 4 x 0 Agap (Chã Grande)

14/02/2015 – Santa Cruz 3 x 1 Agap (Arruda)
17/01/2016 – Santa Cruz 6 x 0 Agap (Chã Grande)
10/01/2017 – Santa Cruz 3 x 0 Agap (Grito da República) 

Sobre o estádio municipal de Olinda, com capacidade para 10.700 pessoas, o jogo precisou ser marcado para 15h30 devido à falta de refletores (o projeto original, claro, previa torres de iluminação). Com a obra finalizada, o local poderia ser uma boa alternativa para jogos oficiais de menor apelo do Trio de Ferro.

Jogo-treino na pré-temporada de 2017: Santa Cruz 3 x 0 Agap. Foto: Yuri de Lira/DP

Governo inicia lobby na CBF por outro jogo da Seleção na Arena Pernambuco

Eliminatórias da Copa 2018, em 25/03/2016: Brasil 2x2 Uruguai. Foto: João de Andrade Neto/DP

Em 2016, o clássico entre Brasil e Uruguai, realizado na Arena Pernambuco, proporcionou um recorde duplo. O maior público do empreendimento, com 45.010 espectadores, e a maior bilheteria do futebol local, com R$ 4.961.890 –  levando em conta os dados conhecidos, pois a Fifa não revelou a arrecadação no Mundial e na Copa das Confederações. Números que deixaram o governo do estado atento a uma nova oportunidade o quanto antes. Sim, já em 2017.

Em uma reunião na FPF, o secretário de Turismo e Esportes de Pernambuco, Felipe Carreras, ligou para o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, para deixar o “estádio à disposição”. A chamada ainda teve a presença do presidente da FPF, Evandro Carvalho. O secretário, claro, tenta monetizar a arena, que na última temporada teve apenas 30 jogos envolvendo Náutico, Santa e Sport, com uma arrecadação bruta de R$ 4.726.054, inferior à registrada na apresentação da Canarinha. Naquela ocasião, o percentual local da renda coube ao consórcio, agora extinto – hoje, seria todo para o estado. Além disso, houve o incremento do turismo, com 16% do público pagante oriundo de estados vizinhos.

O lobby mira a agenda ainda aberta da Seleção em 2017, período confirmado pelo blog. Neste ano, apenas um jogo no país tem local definido, o amistoso beneficente contra a Colômbia, no Engenhão. Em relação às Eliminatórias da Copa 2018, restam três jogos. Nos seis jogos como mandante nesta disputa foram seis palcos distintos: Castelão, Fonte Nova, Arena PE, Arena Amazônia, Arena das Dunas e Mineirão. Ou seja, o time verde e amarelo ainda não passou nem no Rio de Janeiro nem em São Paulo. Concorrentes de peso.

Jogos confirmados no Brasil em 2017:
25/01 – Brasil x Colômbia (Engenhão, Rio)
28/03 – Brasil x Paraguai (local a definir)
31/08 – Brasil x Equador (local a definir)
10/10 – Brasil x Chile (local a definir)

Data Fifa:
09/11 – jogo a definir (adversário e local)
14/11 – jogo a definir (adversário e local)

Até hoje, considerando as partidas oficiais da Canarinha (país x país), foram dez em Pernambuco, sendo nove no Arruda e uma na Arena Pernambuco. Apenas duas não tiveram casa cheia, os amistosos contra Polônia e China. Entretanto, o índice geral é excelente, com 592.037 torcedores no borderô. Média de 59 mil.

Maiores rendas no Recife:
R$ 4.961.890 – Brasil 2 x 2 Uruguai (Arena PE, 2016)
R$ 4.322.555 – Brasil 2 x 1 Paraguai (Arruda, 2009)

Eis os dez jogos oficiais da Seleção Brasileira no Recife… Lobby para 2017?

Jogos oficiais da Seleção Brasileira no Recife. Arte: Cassio Zirpoli/DP