O 3º padrão da Seleção Brasileira, jamais utilizado, fica R$ 100 mais caro em 3 anos

Novo modelo para o 3º uniforme da Seleção Brasileira (2017). Crédito: CBF/divulgação

A Seleção Brasileira conta com um terceiro uniforme oficial desde 2014. À parte das explicações publicitárias, como brasileiragem e boleiragem, o padrão extra é todo verde. Camisa, calção e meias. Outra característica é o fato de o Brasil jamais ter atuado com o modelo – pelo estatuto, nem pode. Ou seja, é voltado para a torcida, para a monetização. Produzido pela Nike, parceira da CBF desde 1996, o uniforme de 2017 chegou ao mercado por R$ 449, em sua versão principal, aquela utilizada pelos jogadores (?).

Há três anos, a camisa pioneira chegou por R$ 349. Logo, houve um aumento de R$ 100. Pesado. O blog corrigiu aquele valor através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o IPCA. Hoje, a camisa custaria R$ 441,09. Cifra próxima à versão atual, cujo acréscimo foi de 2%. Ainda que isso “justifique” o novo valor, a verdade é que ambos saíram acima da realidade econômica…

O preço do 3º uniforme da Seleção
31/01/2014 – R$ 349,90
28/03/2017 – R$ 449,90

A própria versão mais barata, uma réplica com tecido pior, sai por R$ 250. O mesmo preço dos uniformes de clubes patrocinados pela marca…

Em relação aos modelos, com 2017 (acima) e 2014 (abaixo), qual o melhor?

Modelo para o 3º uniforme da Seleção Brasileira (2014). Crédito: CBF/divulgação

Videocast – Qual é o maior clássico estadual do futebol do Nordeste?

Os três principais centros do futebol nordestino, Bahia, Ceará e Pernambuco, contam com cinco grandes clássicos. Na visão do blog, os maiores da região. Claro, exstem outros tradicionais, como CSA x CRB, Campinense x Treze ou ABC x América. Porém, os duelos entre Bahia e Vitória, Ceará e Fortaleza, e Náutico, Santa e Sport formam a primeira linha. E qual seria o maior?

Mensurando história, rivalidade, nível técnico e torcida, o 45 minutos debateu os pontos altos e baixos de cada num vídeo de 37 minutos. Filtrando tudo, ordenamos do 5º ao 1º lugar. Obviamente, a discussão segue…

Nesta gravação, estou com Celso Ishigami e João de Andrade Neto. Assista!

A visibilidade de Diego Souza na Seleção

Home do site de esportes do UOL em 27/03/2017

Visando o jogo conta o Paraguai, Tite realizou dois treinos no local da partida, a Arena Corinthians. Na última movimentação, Diego Souza acabou entre os titulares do Brasil. Neste momento, o dono da posição no ataque é Firmino, à parte da lesão de Gabriel Jesus, do Manchester City. Contudo, o atacante do Liverpool sofreu uma inflamação na garganta e acabou poupado.

Ainda que a participação de DS87 na segunda-feira não seja necessariamente uma escalação para o jogo na terça, o teste acabou ganhando destaque nos principais sites esportivos do país. O UOL e a ESPN colocaram nas respectivas manchetes. No globo.com foi a segunda chamada geral do portal.

Home do site de esportes da Globo em 27/03/2017

E assim o meia do Sport vai ganhando mais visibilidade nos principais centros, seja em sites ou mesas redondas de canais por assinatura. Reduz a imagem de uma convocação exótica, de um jogador de 31 anos em “fim de carreira”, para, simplesmente, um jogador da Seleção, avaliado e cobrado como tal.

Nas redes sociais, a preocupação de alguns torcedores rubro-negros foi com a “China”, numa brincadeira com um certo sentido. É o mercado imediato. De toda forma, o contrato vai até dezembro de 2018. A saída não seria barata…

Atualização: após o treino, Tite confirmou Firmino, mas DS deve ser utilizado

Home do site de esportes da ESPN Brasil em 27/03/2017

Salgueiro, tetracampeão do interior de PE

Pernambucano 2017, 8ª rodada: Central 0 x 2 Salgueiro. Foto: Medson Magno/Central SC

A campanha do Carcará no campeonato estadual é impecável. No geral, são 11 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota. Foi o melhor time na primeira fase e o líder do hexagonal do título, com duas rodadas de antecipação. No Antonio Inácio, pela 8ª rodada, o Salgueiro venceu o Central por 2 x 0, assegurando o status de melhor time do interior nesta edição. Como o resultado definiu o G4, Central e Belo Jardim acabaram saindo da briga pela classificação. Trata-se de um feito simbólico, mas que alimenta o domínio recente dos sertanejos. Nos últimos dez anos, este foi o sexto “título do interior”, com tetra em sequência. Igualou-se ao Porto, com as melhores campanhas nos anos 90.

Na história, 28 clubes do interior já participaram do Pernambucano, a partir do pioneiro Central, em 1937. Após aquela breve passagem, a Patativa voltou em 1961, com a presença fora da região metropolitana se mantendo até hoje. Dominante neste contexto nos anos 60, 70 e 80, o alvinegro caruaruense já foi o melhor do interior em 62% das 58 edições com ao menos um time representando. Incluindo uma série de 17 anos seguidos, de 1961 a 1977.

Ainda que o título não seja tão celebrado no futebol local como em outros centros, gaúcho e paulista por exemplo, o blog detalhou os melhores do interior. O critério é simples: a melhor colocação do interiorano no ano.

Sobre a tabela final, aliás, nenhum título. No máximo, quatro vices.

A campanha do Salgueiro segue aberta em 2017…

Central (36 vezes) – 1937 (5º), 61 (4º), 62 (4º), 63 (4º), 64 (3º), 65 (5º), 66 (4º), 67 (4º), 68 (4º) 69 (4º), 70 (4º), 71 (4º), 72 (4º), 73 (6º), 74 (6º), 75 (4º), 76 (4º), 77 (4º), 79 (4º), 80 (4º), 81 (4º), 82 (4º), 83 (4º) 84 (4º), 85 (4º), 86 (3º), 87 (4º), 88 (5º), 89 (4º), 90 (4º), 93 (4º), 2001 (4º), 02 (4º), 07 (vice), 08 (3º) e 10 (4º)

Porto (6 vezes) – 1994 (4º), 95 (4º), 97 (vice), 98 (vice), 2000 (4º) e 11 (4º)

Salgueiro (6 vezes) – 2009 (4º), 12 (3º), 14 (3º), 15 (vice), 16 (4º) e 17 (a definir)

Vitória (4 vezes) – 1991 (3º), 1992 (4º), 1996 (4º) e 1999 (4º)

Ypiranga (2 vezes) – 2006 (3º) e 2013 (4º)

Serrano (1 vez) – 2005 (4º)

Itacuruba (1 vez) – 2004 (4º)

AGA (1 vez) – 2003 (4º)

Atlético Caruaru ( 1 vez) – 1978 (6º)

Pernambucano 2017, 8ª rodada: Central 0 x 2 Salgueiro. Foto: Medson Magno/Central SC

Ney Franco acerta com o Sport onze anos após a 1ª tentativa. Entre altos e baixos

Trabalhos de Ney Franco: Ipatinga (2005), Flamengo (2006), São Paulo (2012), Vitória (2013) e Coritiba (2015)

Após o péssimo rendimento no ano do centenário, o Sport recomeçou em 2006. Elenco e comissão técnica. À frente do futebol, Homero Lacerda optou por Ney Franco, treinador do Ipatinga, já campeão mineiro. Com 40 anos na época, Ney vivia a sua primeira experiência numa equipe profissional, embora cedido pelo Cruzeiro, onde era auxiliar. Como não chegou a um acordo com o time celeste sobre um novo empréstimo, optou por ficar no interior mesmo. Na Ilha, então, chegou Dorival Júnior. Já Ney, naquele mesmo ano, acabaria contratado pelo Flamengo, na reta final da Copa do Brasil. Ficou com o título.

Em outros bons momentos, a Sula de 2012, pelo São Paulo, o 5º lugar na Série A de 2013 com o Vitória e o título da Série B de 2010 com o Coritiba. Nos piores, problemas de relacionamento no São Paulo e trabalhos ruins entre 2014 e 2015, quando resolver parar, se reciclar. Onze anos após a primeira tentativa, e o Leão tentou mais três vezes no período, Ney enfim acertou com o Sport. Ele substitui Daniel Paulista com a missão de construir um padrão de jogo em um time com mata-matas em quatro torneios simultâneos…

Rubro-negro, o que você achou da contratação de Ney Franco?

Análise do podcast 45 minutos sobre o novo treinador leonino

Após 85% dos jogos, enfim a arrecadação do Estadual de 2017 passa de R$ 1 milhão

Pernambucano 2017, 8ª rodada: Sport 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Rede Globo/reprodução

Após 81 jogos realizados, de um total de 95, finalmente a arrecadação do Campeonato Pernambucano ultrapassou a barreira de R$ 1 milhão. Hoje, esta cifra é até comum em partidas únicas nos principais centros do futebol nacional. E também há exemplos no próprio histórico local, onde onze jogos envolvendo o Trio de Ferro já tiveram bilheterias milionárias. No Estadual de 2017, isso representa uma média de R$ 15 mil. Descontando as taxas de arbitragem, segurança, aluguel de campo, entre outros, sobra pouco. A própria FPF vem sendo sentindo no bolso. Como a federação tem direito a 8% da renda bruta de todas as partidas, a entidade só arrecadou R$ 88.879.

Arrecadação do Estadual na era do hexagonal*
2014 – R$ 9.391.936 (média de R$ 67.085, em 140 jogos)
2015 – R$ 7.656,893 (média de R$ 63.280, em 121 jogos)
2016 – R$ 4.737.772 (média de R$ 52.063, em 91 jogos)
2017 – R$ 1.110.998 (média de R$ 15.219, em 73 jogos)
* Excluindo os jogos de portões fechados

Em relação ao público, o índice melhorou um pouquinho, de 1,2 mil para 1,3 mil, por causa do segundo Clássico das Multidões. Mesmo esvaziados, no Arruda e na Ilha do Retiro, foram os únicos jogos acima de dez mil pessoas. Em ambos, a presença foi turbinada pelas torcidas organizadas, mesmo sem as camisas, suspensas (!). Basta ver a ocupação nas duas gerais

Hoje, a média seria a pior da história, desde que a FPF passou a contabilizar esses dados em 1990. Para não ficar atrás da edição de 1997, com 2.080, é preciso somar ao menos 83.203 pessoas nos 14 jogos restantes, sendo oito em mata-matas – com isso, terminaria com 2.081. Possível.

Os 5 maiores públicos no Pernambucano 2017
12.408 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Arruda, 18/02)
10.221 – Sport 1 x 1 Santa Cruz (Ilha, 26/03)
6.419 – Náutico 2 x 1 Sport (Arena, 05/03)
5.015 – Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro (Arruda, 02/03)
4.622 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz (Arena, 29/01)

Dados até a 8ª rodada do hexagonal do título e a 10ª rodada da permanência:

1º) Santa Cruz (4 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 22.801 torcedores
Média de 5.700
Renda: R$ 225.130
Média de R$ 56.282 

2º) Sport (4 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 19.687 torcedores
Média de 4.921 
Renda: R$ 308.240
Média de R$ 77.060 

3º) Náutico (4 jogos como mandante, na Arena Pernambuco)
Público: 13.917 torcedores
Média de 3.479 
Renda: R$ 220.085
Média de R$ 55.021 

4º) Salgueiro (7 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 15.840 torcedores
Média de 2.262 
Renda: R$ 76.671 
Média de R$ 10.953  

5º) Central (7 jogos como mandante; 3 no Antônio Inácio, 2 no Lacerdão, 1 na Arena e 1 no Carneirão)
Público: 7.957 torcedores
Média de 1.136 
Renda: R$ 114.460 
Média de R$ 16.351 

6º) Belo Jardim (7 jogos como mandante; 5 no Antônio Inácio e 2 no Arruda)
Público: 2.202 torcedores
Média de 314 
Renda: R$ 20.597 
Média de R$ 2.942 

Geral – 73* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 97.844 
Média: 1.340 pessoas
Arrecadação: R$ 1.110.998 
Média: R$ 15.219 
* Mais 8 jogos ocorreram de portões fechados 

Fase principal – 24 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 71.509 
Média: 2.979 pessoas
Arrecadação total: R$ 881.842 
Média: R$ 36.743 

Pernambucano 2017, 8ª rodada: Sport 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Rede Globo/reprodução

Daniel Paulista deixa o comando do Sport com as 4 metas alcançadas, sem futebol

Pernambucano 2017, 8ª rodada: Sport 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

A decisão de escalar o time titular no clássico contra o Santa, com as quartas do Nordestão a seguir, foi de encontro ao discurso sobre o planejamento traçado no Sport. Tanto do presidente Arnaldo Barros quanto de Daniel Paulista. O técnico foi para o all in, numa aposta desnecessária. Com o time reserva, a análise seria outra. Com o time titular, que seguiu jogando mal, o treinador acabou fomentando a sua própria saída. Três horas após o empate.

Daniel, lembrando, assumiu o comando do Leão na 31ª rodada da Série A, após a saída de Oswaldo de Oliveira, que foi para o Corinthians. Com 4 vitórias, 1 empate e 3 derrotas, manteve o clube na elite, com direito à vaga na Sula. Porém, pela proposta de campanha do então candidato Arnaldo, ele seria o técnico do time B, o reserva, atuando integralmente no Estadual. Mas o tempo passou e um novo nome não chegou. Daniel, aos 34 anos, assumiu os dois times, A e B. Com o principal, alcançou todas as metas: quartas na Lampions, semifinal no Estadual e 4ª fase na Copa do Brasil. Só não fez o time jogar bola, não mesmo. E isso pesou na decisão sobre a sua saída.

Trecho da nota do Sport
“Ele (Daniel) marcou a trajetória do Leão como jogador e, na Praça da Bandeira, deu seus primeiros passos na carreira de treinador, que o Clube deseja que seja longa e vencedora. Por questões de planejamento, porém, Daniel Pollo Barion não ocupa mais o cargo de técnico do Sport. Jovem e talentoso, Paulista tem as ferramentas necessárias para seguir fazendo história no futebol. O Sport convidou Daniel a continuar trabalhando no Clube, exercendo outra função.”

Sport em 2017, com Daniel Paulista
Nordestão: 6 jogos, 4 vitórias, 1 empate, 1 derrota
Estadual: 8 jogos, 3 vitórias, 4 empates, 1 derrota
Copa do Brasil: 4 jogos, 4 vitórias

Total em 2016: 18 jogos; 11 vitórias, 5 empates e 2 derrotas

Ao todo, um aproveitamento de 70,3%. Número excelente, mas que não pode ser analisado tão friamente. Não houve confrontos de Série A.

A mudança no comando, em busca de uma melhor extração da capacidade técnica do grupo, era necessária. Não havia evolução. Será que a saída foi tarde demais? Veremos a partir de agora, com a maratona de mata-matas…

Podcast – Análise do segundo Clássico das Multidões no Pernambucano 2017

Pernambucano 2017, 8ª rodada: Sport 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O segundo confronto entre Sport e Santa nesta temporada, desta vez na Ilha, contou com os titulares rubro-negros e os reservas tricolores. Pela utilização de nove jogadores do time principal, a pressão foi toda no Leão, que mais uma vez cedeu o empate ao rival. O 45 minutos analisou a partida, válida pela 9ª rodada do hexagonal do campeonato estadual, com os destaques dos dois times e a atuação da árbitra Deborah Cecília, uma novidade no duelo. Foi a primeira mulher a apitar o Clássico das Multidões em 24 anos. Estou neste podcast com Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça!

26/03 – Sport 1 x 1 Santa Cruz (35 minutos)

Resumo da 8ª rodada do Pernambucano

Jogos da 8ª rodada do Pernambucano 2017: Sport 1 x 1 Santa (Ricardo Fernandes/DP), Náutico 1 x 1 Belo Jardim (Rafael Martins/DP) e Central 0 x 2 Salgueiro Medson Magno/Central

Faltando duas rodadas para o encerramento do hexagonal, o G4 de 2017 já está definido, com os mesmos clubes desde a primeira rodada. Impossível na competição, com 83% de aproveitamento, considerando todas as fases, o Salgueiro já assegurou a liderança geral e irá decidir a semifinal no Cornélio de Barros. Tetracampeão do interior, o clube tem seis pontos à frente do vice-líder do Pernambucano e já conta com uma boa margem jogar até uma possível decisão no Sertão – neste caso, mando soma os resultados da semi. As outras três vagas ficaram, sem surpresa alguma, com o Trio de Ferro. Os grandes terão duas rodadas para embaralhar o chaveamento. Melhor encarar o Carcará, mesmo na atual fase? Melhor um clássico com mando no segundo jogo? Qual rival? São as únicas dúvidas restantes após a 8ª rodada.

Nos 24 jogos realizados esta fase do #PE2017 saíram 55 gols, com média de 2,29. Em relação à artilharia, com a FPF considerando os dados do hexagonal e do mata-mata, o tricolor Éverton Santos é o novo líder, com 4 gols.

Hoje, as semifinais seriam Salgueiro x Náutico e Santa Cruz x Sport.

Náutico 1 x 1 Belo Jardim – Em jogo fraquíssimo, a falta de ousadia do timbu acabou penalizada mesmo diante de um adversário que quase não atacou.

Sport 1 x 1 Santa Cruz – O Sport mandou o time titular, mas foi insuficiente para vencer uma formação totalmente reserva do rival. O 2º empate no ano. 

Central 0 x 2 Salgueiro – Com gols de Valdeir e Daniel, o Carcará ganhou no Antônio Inácio, eliminado o último resquício de chance da combalida patativa..

Destaque: Pereira. Estreia discreta do meia tricolor, com apenas 37 minutos. Porém, marcou o gol de falta que garantiu o empate no clássico na Ilha.

Carcaça: Daniel Paulista. A escalação dos principais jogadores foi de encontro ao planejamento traçado. Só buscou lastro particular. E não venceu.

Próxima rodada
03/04 (20h00) – Sport x Salgueiro, Ilha do Retiro (Premiere)
05/04 (19h30) – Náutico x Central, Arena* (Premiere)
05/04 (21h45) – Belo Jardim x Santa Cruz, Arena* (Globo) 

* Rodada dupla na Arena Pernambuco

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2017 após 8 rodadas: Crédito: Superesportes

Pressionado, Sport escala titulares na Ilha e empata com time reserva do Santa Cruz

Pernambucano 2017, 8ª rodada: Sport x  Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Com as quartas de final do Nordestão pela frente, a decisão de poupar o time no Pernambucano era natural, necessário até. Para evitar mais desgaste e lesões num calendário apertado ou até mesmo para manter o foco da equipe. No cenário local, o clássico pouco definiria. Virtualmente classificado, teria como objetivo apenas a luta pelo mando de campo. Então, uma formação 100% reserva. Pois a descrição não cabe ao Sport, cujo discurso do então candidato Arnaldo Barros apontava até a utilização do Sub 20 no Estadual. Foi o Santa Cruz, que não havia dado um pio sobre o assunto, que mandou o time suplente à Ilha, consciente de que o resultado, neste domingo, era indiferente ao planejamento. O rival escalou os principais jogadores à disposição, excluindo Diego Souza e Mena, nas Eliminatórias, e Rithely, machucado.

No Sport, com atuações ruins em sequência, Daniel Paulista esclareceu que o revezamento, formulado há semanas, apontava três jogos com o titular e um com o reserva. A conta não bate, uma vez que após o Campinense o Leão terá o Danubio, pela Sula. Tentando justificar o injustificável, anulando qualquer reclamação posterior sobre cansaço, a verdade é que, creio, o técnico rubro-negro tentou se preservar na função. Visão baseada em resultados (contra times tecnicamente bem inferiores), não em futebol jogado.

Pernambucano 2017, 8ª rodada: Sport x  Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Tentando vencer o primeiro clássico em 2017, Daniel foi para tentar atropelar o Santa e fazer as pazes com a torcida. Assim como no Arruda, o Sport foi melhor. E assim como no Arruda, o Santa se superou, mesmo inoperante ofensivamente, com o atacante Julio Sheik perdido como meia. Após as vaias dos 10.221 torcedores no primeiro tempo, num jogo desnecessariamente pilhado, mas controlado pela árbitra Deborah Cecília, o Leão seguiu criando oportunidades, mas longe da meta de Jacksson, o estreante goleiro de 22 anos. Rogério foi durante todo o jogo o escape, ganhando em velocidade e finalizando. Quase sempre mal. Até deu uma bela bicicleta, mas só na 8ª tentativa, aos 23 minutos da etapa final, acertou. Recebeu de Juninho, que acabara de entrar, e anotou o seu 7º gol no ano. É o artilheiro do time.

A vantagem, pelo desempenho dos dois times, era bem justa (quase tardia). Porém, a falta de articulação no meio do Sport acabou penalizada. Limitando-se a marcar, o Santa se arriscou um pouco mais, chamando faltas próximas à área. Num duelo de disparidade técnica (e hoje havia bastante), a bola parada poderia ser salvadora. Mas sem Anderson Salles, um dos poupados. Com a bola à disposição para um novo cobrador, o também estreante Pereira empatou. O meia mandou no canto direito de Magrão, aos 37. A partir dali, a partida não andou mais, com o 1 x 1 definitivo. Ao time reserva do Santa, os méritos pelo esforço. A Daniel, o todo o ônus do tropeço.

Pernambucano 2017, 8ª rodada: Sport x  Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP