Aquino perde pênalti aos 42 do segundo tempo e Santa empata com o ABC

Série B 2015, 23ª rodada: ABC 1x1 Santa Cruz. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Artilheiro da Série B, Anderson Aquino é o cobrador oficial de pênaltis do Santa. Mesmo com a chegada de Grafite, manteve o status, visto contra o Mogi Mirim. Assim, quando o camisa 23 caiu na área aos 42 minutos do segundo tempo (justamente o único dos três lances polêmicos da noite que não foi falta), não havia a dúvida sobre quem bateria, para definir a disputa partida contra o ABC.

Aquino havia entrado pouco antes e melhorado o rendimento. Estava confiante, tinha convertido contra Paysandu, Ceará, Náutico e Mogi, mas telegrafou em Natal, com Gilvan espalmando e evitando a vitória coral diante de um adversário que em doze jogos como mandante ainda não venceu uma vez sequer (recorde na competição). Se o Grafa se tornará agora o cobrador, é uma decisão exclusiva de Martelotte (e longe de ser o maior problema), mas o treinador tem mesmo é que administrar o momento da equipe, que não consegue deslanchar longe do Arruda. Uma condição vital para sonhar com o acesso.

Enquanto vencia no primeiro tempo, num rebote de Moradei, o Tricolor chegou a ultrapassar o Náutico e encostar no G4. Daí, a frustração no 1 x 1. Ainda assim, analisando o jogo inteiro, ficou até de bom tamanho, pois Tiago Cardoso cansou de fazer boas defesas, e num chute de Fábio Bahia só pôde rezar. Agora, o time terá uma sequência em casa, contra Paysandu e Luverdense. Se fora de casa os pontos não vêm em profusão, no Mundão basta manter a série de vitórias (são oito seguidas) para bater na porta do G4 novamente…

Série B 2015, 23ª rodada: ABC 1x1 Santa Cruz. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz/Facebook

Santa Cruz vence o Mogi Mirim com Grafite decidindo outra vez no Arruda

Série B 2015, 18ª rodada: Santa Cruz x Mogi Mirim. Foto: Rafael Martins/DP/D.A Press

Antes dos trinta minutos o Santa já havia virado o placar. O Mogi Mirim, bem diferente do outrora “rebaixado” nas primeiras rodadas da Série B, marcou aos 13, após uma falha de posicionamento dos corais, com Geovane aproveitando o rebote de Tiago Cardoso. Entretanto, não houve afobação e não houve pressa em jogar, até mesmo pelo campo pesado com a chuva que teima em cair nos jogos do Tricolor. Mas, curiosamente, a situação melhorou rapidamente.

Os gols saíram com Grafite (dois gols de cabeça em três finalizações até aqui, num rendimento excelente) e Anderson Aquino chegando a dez gols na competição. Cobrou um pênalti após a bisonha falta cometida pelo time paulista. O placar de 2 x 1 seria mantido até o final, uma vez que o segundo tempo foi fraco tecnicamente. Com o time de Martelotte satisfeito com o resultado, o visitante, sem Rivaldo e ainda na zona de rebaixamento, precisava se expor. E nem isso aconteceu, com uma timidez ofensiva.

Na noite em que os veteranos laterais Lúcio (esquerdo) e Vitor (direito) jogaram, não haveria (em tese) força para um contragolpe. Na reta final, coube a Grafite dar um belo passe, deixando Luisinho livre, mas bateu por cima. Ao menos o lance deixou claro que que o investimento no ídolo se pagará rapidamente através do nível técnico. A terceira vitória em quatro rodadas, deixou o Santa na entrada do G4. Está na briga, mas em breve precisará aumentar o ritmo.

Série B 2015, 18ª rodada: Santa Cruz x Mogi Mirim. Foto: Rafael Martins/DP/D.A Press

Grafite comanda a própria festa no Arruda e o Santa Cruz vence o Botafogo

Série B 2015, 17ª rodada: Santa Cruz x Botafogo. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

A tarde era de Grafite, numa expectativa bem além da tabela do campeonato, de uma simples rodada. O sábado valia pelo reencontro. Após duas semanas de mobilização do povão, com a maciça venda de ingressos e a captação de novos sócios, o Arruda encheu para ver a reestreia do atacante. Em um jogo, com 44.485 torcedores presentes, no maior público da Série B, a média do clube subiu de 7.711 para 12.307, agora com oito jogos no Mundão.

Foi o ponto alto de um projeto de um marketing ousado e caro, de R$ 2 milhões, mas com a esperança de também dar certo nos gramados. Tecnicamente, o jogador de 36 anos é bem acima da Segundona. Um bom condicionamento físico e a ajuda ao Tricolor tende a ser enorme. Para a primeira partida, contudo, havia a pressa para jogar, com pouco tempo de treino. E o adversário era o líder no início da rodada, o Botafogo, time de maior receita na competição.

Série B 2015, 17ª rodada: Santa Cruz x Botafogo. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Mas se tem algo que o futebol nos mostra bastante é que jogador com estrela aparece de todo jeito. O primeiro tempo foi bem tímido, é verdade, com as duas equipes equilibradas em campo e apenas uma chance efetiva, num chute de Bileu bem defendido por Jefferson, o goleiro da Seleção. Havia até a dúvida se o camisa 23 voltaria para a etapa complementar, para não forçar a musculatura. Voltou. E com cinco minutos, num bom cruzamento de João Paulo, pelo lado direito, Grafite levantou o estádio.

Com 1,89m, o centroavante quase não precisou nem sair do chão para ganhar a disputa e cabecear para as redes, 1 x 0. Marcou o seu 18º gol em 38 partidas somando as três passagens no Santa Cruz, em 2001, 2002 e 2015. O ídolo coral foi substituído aos 26 minutos, para a entrada de Luisinho. Após 73 minutos de dedicação em campo, Grafite saiu ovacionado, apresentando uma finalização no scout. Mais do que suficiente para comandar a própria festa.

Série B 2015, 17ª rodada: Santa Cruz x Botafogo. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Atuando bem só no primeiro tempo, Santa empata sem gols em Criciúma

Série B 2015, 14ª rodada: Criciúma 0x0 Santa Cruz. Foto: FERNANDO RIBEIRO/FUTURA PRESS

Os tricolores fizeram um primeiro tempo equilibrando as ações do Criciúma no estádio Heriberto Hülse. Para ser mais justo, o time pernambucano criou as melhores oportunidades nos primeiros 45 minutos, ficando a alguns centímetros de abrir o placar. Foram três lances de impedimento, com o time mostrando afobação. Em um lance, Bileu cruzou e Anderson Aquino até cabeceou para as redes, mas estava um tiquinho de nada adiantado. Martelotte reconheceu a dificuldade da partida, num campo pesado, com frio.

Coincidência ou não, o rendimento caiu no segundo tempo, com o mandante pressionando mais, exigindo Tiago Cardoso – o que não ocorreu muito em sua volta. Aos sete minutos, Natan, ex-Santa, invadiu a área e se chocou com o goleiro. O árbitro alegou simulação. Ficou o alerta, porque a bola catarinense pingaria na área outras vezes. Em uma delas, no bololô, Lúcio salvou. No fim, o empate já estava de bom tamanho, apesar de o Tricolor ainda ter tido uma cabeçada aos 49, com o goleiro salvando, 0 x 0. Ficou o ponto precioso em uma cancha complicada para qualquer participante da Série B.

Se ambos começaram a peleja em condições idênticas (5v, 3e, 5d), terminaram da mesma forma. Melhor para o Santa Cruz, que segue pontuando até a estreia de Grafite (em 8 de agosto). O foco agora é no clássico nordestino contra o Bahia, terça-feira. A movimentação de sócios nos últimos dias, pulando de 4 mil para 7 mil adimplentes, precisa ser revertida para a presença nas arquibancadas do Arruda. Num campo favorável, com clima bom.

Série B 2015, 14ª rodada: Criciúma 0x0 Santa Cruz. Foto: GUILHERME HAHN/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Rufino atrapalhou, mas Gil Mineiro deu a vitória ao Náutico no clássico na Arena

Série B 2015, 12ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Anderson Stevens/Santa Cruz/Facebook

O árbitro Sebastião Rufino Filho, do quadro pernambucano, se esforçou bastante para ser o protagonista do Clássico das Emoções na Arena Pernambuco. Apitou errado para os dois lados e expulsou Lisca num excesso de preciosismo, mas no fim perdeu o status, ganhando assim o futebol. O nome do jogo foi Gil Mineiro, autor do gol da vitória alvirrubra por 2 x 1, na reta final, quando o Náutico já atuava com um a menos, mas ainda assim se mostrava superior ao Santa, que viu a sua série sem derrotas acabar após seis rodadas.

Durante os primeiros 45 minutos, Rufininho até passou em branco, numa atuação esperada para qualquer juiz. Na volta do intervalo, tornou-se “decisivo” da pior forma possível. Em quinze minutos, enxergou duas faltas inexistentes. Em ambos os lances, saíram gols. Primeiro com Anderson Aquino roubando a bola de João Ananias. Assinalou falta no alvirrubro. O lateral Guilherme bateu colocado, a 26 metros de distância, e marcou. A bola, porém, era defensável para o goleiro Fred. Não demorou muito e uma disputa ombro a ombro, dentro da área timbu, resultou em um pênalti a favor dos corais. Anderson Aquino cobrou e empatou para o Santa, marcando o seu 8º gol na Série B.

Série B 2015, 12ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Anderson Stevens/Santa Cruz/Facebook

O nervosismo em campo, proporcionado pela atuação de Rufino àquela altura, ficou evidente. Aproveitando o momento, o seu único lampejo favorável no sábado, o Tricolor passou a trocar passes no meio-campo e numa dessas bolas, Aquino arrancou livre, sendo derrubado por Ronaldo Alves. Enfim, um acerto do árbitro, expulsando o zagueiro – último homem no lance e numa chance clara de gol, apesar de nem todos os árbitros agirem da mesma forma.

Curiosamente, com garra, o Náutico melhorou com dez em campo, arriscando mais, jogando no campo adversário. Na terceira investida, desempatou. Gil Mineiro pegou de primeira um cruzamento da esquerda e mandou para as redes, para a festa da timbuzada. Na comemoração, sobrou para Lisca. O árbitro precisava voltar a ter cartaz, pelo visto. Nos minutos finais, o Náutico se postou bem, forçando o rival a alçar bolas na área, com Júlio César passando longe de qualquer ameaça. A vitória no Clássico das Emoções, a primeira em cinco confrontos na Arena, recolocou o Náutico no G4. Na conta de Gil.

Série B 2015, 12ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Anderson Stevens/Santa Cruz/Facebook

Com um a menos, Santa Cruz supera o CRB e vence a terceira seguida

Série B 2015, 11ª rodada: Santa Cruz 2x1 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Santa Cruz chegou à terceira vitória consecutiva na Série B. Antes desta arrancada, sob o comando de Marcelo Martelotte, o campeão pernambucano aparecia em 18º lugar, a dez pontos do G4, numa visível crise técnica. Com novas peças e uma injeção de ânimo, antes mesmo da estreia de Grafite, foram nove pontos somados em sequência, fazendo o Tricolor saltar para a 10ª colocação, a seis pontos da almejada zona de classificação à elite.

É verdade que o novo resultado positivo (2 x 1) esteve ameaçadíssimo nesta terça, com 9.708 tricolores apoiando no anel inferior, próximos ao campo, de olho na renovada equipe. Por pouco a defesa coral não comprometeu o triunfo. Aos 2 minutos, Danny Moraes falhou na marcação de Zé Carlos, que subiu livre para cabecear e abrir o placar para o CRB. O time da casa colocou a bola no chão e passou a dominar o jogo, criando oportunidades, mas caberia mesmo ao setor ofensivo se superar, sobretudo após a expulsão do zagueiro Sacoman. O curioso é que apesar da desvantagem numérica o Santa sufocou o CRB, atuando o segundo tempo quase inteiro dentro do campo alagoano.

Logo na largada da etapa final, o meia João Paulo empatou num belo chute de fora da área, em sua terceira tentativa na noite. O espaço estava aparecendo. Lelê e e Nininho quase viraram o placar, mas o gol saiu com Anderson Aquino, a dez minutos do fim. Um gol para aproximar de vez a Cobra Coral da disputa mais importante. Por acaso, o próximo compromisso é no sábado, no clássico contra o Náutico na Arena Pernambuco. O Timbu deverá ceder 30% dos ingressos. Há alguma dúvida que os corais irão esgotar os 11 mil bilhetes?

Série B 2015, 11ª rodada: Santa Cruz 2x1 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Santa Cruz vence em Bragança Paulista e sai do Z4

Série B 2015, 10ª rodada: Bragantino 1x2 Santa Cruz. Foto: FÁBIO MORAES/FUTURA PRESS

Na primeira partida após a badalada contratação de Grafite, ainda sem o ídolo em campo, o Santa Cruz foi à Bragança Paulista para conseguir um objetivo imediato, sair do Z4 da Série B. Encontrou um campo pesado e pouca gente no estádio, num cenário típico do interior paulista. Marcelo Martelotte, com um histórico como goleiro do Bragantino, sabia bem onde estava. Num jogo de muita disposição física e oportunismo, o Tricolor saiu vencedor, 2 x 1. Um sábado para ganhar fôlego no campeonato brasileiro.

Levemente melhor no primeiro tempo, o campeão pernambucano voltou a sentir a falta de um melhor aproveitamento nas finalizações. Num jogo encardido, passava a impressão de que bastaria um chute certeiro para definir o resultado. No começo da etapa complementar, Aquino teve essa chance, bem na frente da torcida coral presente no estádio. Mostrou oportunismo. Em vantagem, os corais passaram um momento de nervosismo, errando vários passes. Ter calma era essencial, como exigia o técnico. E aí entra a figura de Renatinho.

Contestado na lateral esquerda, inclusive pelo blog, o jogador vem sendo aproveitado por Martelotte em outros setores, em busca de um encaixe para a sua qualidade técnica. A liberdade pode ser uma delas. Lançado antes do meio-campo aos 36 minutos, o baixinho de 1,57m correu demais. Quando a marcação chegou, mostrou personalidade, mandando por cobertura, num golaço para definir a primeira vitória coral longe do Arruda. O Braga diminuiu aos 49 minutos, insuficiente. De volta para casa, o Santa terá três jogos no Recife, incluindo um clássico contra o Náutico. Ainda sem Grafite, mas já empolgado.

Série B 2015, 10ª rodada: Bragantino 1x2 Santa Cruz. Foto: FÁBIO MORAES/FUTURA PRESS

Partida eletrizante no Castelão termina com empate amargo para o Santa Cruz

Série B 2015, 8ª rodada: Ceará 3x3 Santa Cruz. Foto: Christian Alekson/Cearasc.com

Em três momentos distintos, na movimentadíssima partida no Castelão, a vitória esteve com o Santa Cruz. Os corais chegaram a estabelecer 1 x 0, 2 x 1 e 3 x 2, mas cederam o empate ao campeão nordestino em todas as ocasiões. A última delas aos 48 minutos do segundo tempo, evitando uma estreia vitoriosa do técnico Marcelo Martelotte, de volta pela imagem de campeão estadual em 2013.

O gosto fica mais amargo ao considerar que o terceiro gol pernambucano, com Waldison pegando um rebote, havia saído já nos descontos. No contexto geral também pesa o fato de ter atuado com um a mais durante uma hora e, sobretudo, o inacreditável pênalti “cometido” por Nininho. O atacante do Ceará deu um voleio à queima roupa, com a bola batendo no braço do jogador, colado na cintura. Sinceramente, só amputando. Não havia outra alternativa. Mão na bola? Nem na estapafúrdia norma da CBF, à parte da arbitragem mundo afora.

O 3 x 3 no duelo “crise x crise”, entre dois dos clubes mais populares da região, não tirou o Santa do Z4. A vitória no ensolarado sábado teria. Por isso, o resultado irá tirar o sono do povão por uma semana, até o próximo jogo, em casa, contra o Sampaio. Empate à parte, Martelotte deve ter visto o óbvio em relação ao futebol em campo, com o rombo no lado esquerdo, com Lúcio e Renatinho falhando demais na cobertura – Marinho infernizou ali. Não é o único problema, longe disso, mas numa escala de prioridade é coisa pra ontem.

Série B 2015, 8ª rodada: Ceará 3x3 Santa Cruz. Foto: Christian Alekson/Cearasc.com

Santa Cruz goleia o Paraná e se recupera rápido no Brasileiro, com autoridade

Série B 2015, 2ª rodada: Santa Cruz x Paraná. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Santa Cruz voltou ao palco do título estadual para se recuperar no Brasileiro. Na Série B, com equipes niveladas, o perde/ganha é bem comum. Porém, é preciso sempre fazer a sua parte em casa, podendo, assim, aproveitar as brechas como visitante. Derrotado no Rio de Janeiro, na estreia, os corais precisavam vencer no Arruda para manter o time nos eixos na competição.

E o resultado foi construído com autoridade, goleando o Paraná por 4 x 1, com destaques individuais (fato preponderante na Segundona), de João Paulo e Anderson Aquino. O time paranaense expôs a sua fragilidade logo cedo, num gol contra de Rodrigo, aos dois minutos. Acaso, claro, mas emblemático em um time com muita dificuldade para sair jogando. Na bola parada, assustou empatando ainda no primeiro tempo, na redenção de Rodrigo.

As vaias no intervalo, justas, acordaram o time – assim como as broncas de Ricardinho, vazadas durante a transmissão na tevê. Com um gol de Nathan (que entrou no lugar do ainda apagado Bruno Mineiro) e dois de Aquino, os corais somaram seus primeiros pontos. Ainda houve tempo para uma substituição “moral”, com João Paulo saindo só para ser aplaudido, fazendo jus ao status de jogador mais técnico da equipe. Nesta sexta, misturou raça e categoria.

Os 8.172 torcedores – na sequência dos públicos reduzidos na capital este ano, finais à parte – deixaram o Mundão satisfeitos. A expectativa agora é quebrar o paradigma do perde/ganha e pontuar fora, contra o América em BH.

Série B 2015, 2ª rodada: Santa Cruz x Paraná. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O recomeço do atacante de R$ 20 milhões, agora no Arruda

Amistoso, 2015: Santa Cruz 3x0 Campinense. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press Anderson Aquino tinha apenas 20 anos quando se apresentou no Sport. Emprestado pelo Atlético-PR, o jogador disputaria a Série B de 2006 para ganhar experiência. O atacante era grande aposta de mercado do Furacão, que avaliou os seus direitos econômicos em nada menos que R$ 20 milhões.

Na Ilha, nunca se firmou, apesar da velocidade. O faro de gol nunca foi dos melhores, mas o seu grande problema foi a rotina de lesões. Marca em sua carreira, Anderson Aquino acabou não explodindo no futebol. Nenhum clube jamais se prontificou a oferecer o valor da enorme pedida original. Nem 1/10.

Depois do Leão, o atleta foi emprestado a outros clubes. Passou por Goiás, Ituano, futebol da Geórgia e Paraná. Fechou o ciclo na capital paranaense ao firmar um acordo com o Coritiba, onde atuou de 2011 a 2014.

Novamente emprestado, agora para o Santa Cruz, Aquino tem mais uma chance. Historicamente, as coisas acontecem rapidamente em sua carreira, para o bem e para o mal. Aos 28 anos, foi apresentado no Arruda, vestiu a camisa e entrou no segundo tempo do amistoso contra o Campinense (3 x 0), precisando de apenas dois minutos para fazer um golaço, de fora da área.

Talento, tem. Não para provar que é um jogador de R$ 20 milhões, mas que é, sim, uma das principais revelações de uma das bases mais fortes do país. Anderson Aquino no Sport em 2007. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press