Náutico perde em Juazeiro e é eliminado na 1ª fase da Copa do Brasil pela 5ª vez

Copa do Brasil 2017, 1ª fase: Guarani de Juazeiro 1 x 0 Náutico. Imagem: Rede Globo/reprodução

O Náutico entrou numa curva descendente que vem custando caro neste início de temporada. São apenas sete jogos oficiais, ok, mas o time sofreu a 4ª derrota seguida. No revés diante do Guarani de Juazeiro, por 1 x 0, após rebote de Tiago Cardoso, somou também a 4ª partida sem marcar gols. A consequência do futebol inoperante é a primeira eliminação em 2017, ainda em fevereiro. 

O resultado no interior cearense encerrou um dos principais caminhos para a captação de receitas – além do moral junto à torcida. Pela participação na primeira fase da Copa do Brasil, o alvirrubro recebeu R$ 250 mil. A cota da etapa seguinte renderia, como se esperava, mais R$ 315 mil ao clube. Nada feito, como já havia sido em 2016, diante de outro interiorano da região.

Ao todo, em 22 participações na copa, esta foi a 5ª eliminação do Náutico na primeira fase. Somente em 2013 o clube tinha um argumento concreto, pois jogou com os reservas para poder ir à Copa Sul-Americana – que condicionava a vaga à eliminação precoce no torneio nacional. Nas demais, todas contra nordestinos, o time entrou como favorito. Agora, com Dado Cavalcanti por um triz (de fato, a equipe não rende), o clube de Rosa e Silva conseguiu a proeza de ser eliminado nos “128 avos de final”, devido à ampliação do torneio.

Eliminações do Náutico na 1ª fase da Copa do Brasil
1992 – Sergipe (2 x 1 e 0 x 2)
2001 – ABC (2 x 2 e 0 x 2)
2013 – Crac-GO (1 x 3 e 1 x 1)
2016 – Vitória da Conquista (0 x 0 e 1 x 1)
2017 – Guarani de Juazeiro (0 x 1) 

Atualização: Dado Cavalcanti entrou o cargo e não treina mais o timbu…

Copa do Brasil 2017, 1ª fase: Guarani de Juazeiro 1 x 0 Náutico. Imagem: Rede Globo/reprodução

Sport goleia o CSA no Rei Pelé e garante cota de R$ 500 mil na Copa do Brasil

Copa do Brasil 2017, 1ª fase: CSA x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

No papel, a superioridade técnica do Sport era enorme. Para confirmar isso em campo, era preciso uma apresentação melhor que a de Juazeiro, até porque existia risco através do novo regulamento da Copa do Brasil, com jogo único na primeira fase. E seria fora de casa, lá no Rei Pelé, reduto do CSA. Entretanto, o time pernambucano acabou tendo a sua melhor atuação neste início de temporada, goleando por 4 x 1 e se garantindo na próxima fase do torneio.

O time já havia sido melhor no primeiro tempo, empatado em 1 x 1. Abriu o placar num golaço de Rithely, mandando no ângulo, de fora da área, e sofreu o empate pouco antes do intervalo, num lance irregular. Alex José pegou um rebote de Magrão (grande defesa) em posição adiantada. Com a bola no chão, as chances seguiriam aparecendo – foram dez chances claras na noite. Na retomada, a variação ofensiva contou com boas investidas de Everton Felipe, Rogério e Leandro Pereira (que finalmente não se machucou). E o time foi abrindo vantagem. Aos 5, Everton Felipe cortou o zagueiro e bateu cruzado. Aos 17, Rogério invadiu em velocidade e bateu de chapa. Aos 33, o jovem Thalysson pegou um rebote de DS87 e fez de cabeça, completando o chocolate.

O resultado marca a volta “à vera” do Leão na Copa do Brasil, após três anos sendo obrigado a sair de forma precoce do torneio, visando a vaga na Sula. Graças ao novo calendário, pôde disputar as duas copas simultaneamente. Com a classificação, o clube já soma 940 mil reais em cotas, quase o mesmo do Estadual. Na próxima fase, o Sport pega o Sete de Setembro do Mato Grosso do Sul. Novamente em jogo único, mas desta vez na Ilha. Em caso de empate, pênaltis. Jogando neste nível, é bem possível avançar à 3ª fase….

Cotas do Sport na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 440 mil (vs CSA)
2ª fase – R$ 500 mil (vs Sete de Setembro)
3ª fase – R$ 680 mil?

Copa do Brasil 2017, 1ª fase: CSA x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Na Copa do Brasil, Pernambuco soma 88 classificações, 70 eliminações e 1 título

Copa do Brasil. Foto: Lívia Villas Boas / Staff Images (site oficial da CBF)

A Copa do Brasil de 2017 será a maior da história, com 91 clubes, incluindo o novo formato, com as duas fases eliminatórias em jogos únicos e vantagem do empate aos visitantes. O futebol pernambucano será representado por quatro clubes, os mesmos da edição anterior da copa: Santa (que irá estrear já nas oitavas, a nova condição ao campeão nordestino), Sport, Náutico e Salgueiro.

As estreias locais na primeira fase: CSA-AL x Sport (08/02, 21h30), Guarani-CE x Náutico (15/02, 20h30) e Sinop-MT x Salgueiro (16/02, 20h30).

Até hoje, os clubes do estado já disputaram 158 confrontos no torneio, iniciado em 1989, com 88 classificações, o que corresponde a 55% de sucesso. Abaixo, o retrospecto completo dos times locais, tendo como ponto alto o título leonino em 2008, justamente na última das sete campanhas entre os oito melhores (quartas). Já são oito edições parando no máximo nas oitavas (5 vezes).

Confira os destalhes sobre os chaveamentos dos times locais aqui.

Confira as cotas da Copa do Brasil de 2017 clicando aqui.

O atual troféu em disputa, inspirado na Liga dos Campeões da Uefa, foi instituído há cinco anos. Reveja os outros oito modelos de taças de 1989 a 2012.

Sport – 22 participações (168 pontos, 53,8%)
104 jogos (164 GPC e 110 GC, +54)
48 vitórias
24 empates
32 derrotas
34 classificações e 21 eliminações (61,8% de aproveitamento nos confrontos)

Campeão – 2008
Vice – 1989
Semifinal – 1992 e 2003
Quartas de final – 1998
Oitavas de final – 1991, 1993, 2007 e 2010
16 avos de final – 1995, 1997, 1999, 2001, 2002, 2004, 2012 e 2015
32 avos de final – 2000, 2011, 2013 e 2014
64 avos de final – 2016
Eliminações na 1ª fase: 2000, 2011 e 2016

Náutico – 21 participações (140 pts, 52,4%)
89 jogos (135 GP e 111 GC, +24)
40 vitórias
20 empates
29 derrotas
26 classificações e 21 eliminações (55,3% de apt. nos confrontos)

Semifinal – 1990
Quartas de final – 2007
Oitavas de final – 1989, 1993, 2003, 2006, 2008, 2009 e 2011
16 avos de final – 1992, 1995, 2000, 2002, 2005, 2010, 2012 e 2015
32 avos de final – 2001 e 2014
64 avos de final – 2013 e 2016
Eliminações na 1ª fase: 1992, 2001, 2013 e 2016

Santa Cruz – 22 participações (120 pts, 48,1%)
83 jogos (111 GP e 105 GC, +6)
34 vitórias
18 empates
31 derrotas
22 classificações e 22 eliminações (50,0% de apt. nos confrontos)

Oitavas de final – 1990, 1991, 1994, 1997, 2004, 2005 e 2010
16 avos de final – 1996, 2001, 2002, 2006, 2011, 2014 e 2016
32 avos de final – 1999, 2000, 2003, 2007, 2008, 2009, 2012 e 2013
Eliminações na 1ª fase: 1999, 2003, 2007, 2008, 2009 e 2012

Salgueiro – 3 participações (13 pts, 36,1%)
12 jogos (14 GP e 14 GC)
2 vitórias
7 empates
3 derrotas
4 classificações e 3 eliminações (57,1% de apt. nos confrontos)

Oitavas de final – 2013
32 avos de final – 2015
64 avos de final – 2016
Eliminações na 1ª fase: 2016

Central – 2 participações (6 pts, 33,3%)
6 jogos (4 GP e 9 GC, -5)
1 vitória
3 empates
2 derrotas
2 classificações e 2 eliminações (50% de apt. nos confrontos)

16 avos de final – 2008 e 2009

Porto – 1 participação (0 pt, 0%)
2 jogos (0 GP e 3 GC, -3)
2 derrotas
1 eliminação e nenhuma classificação (0% de apt. nos confrontos)

32 avos de final – 1999
Eliminações na 1ª fase: 1999

Pernambuco – 71 participações (447 pts, 50,3%)
296 jogos (428 GP e 352 GC, +76)
125 vitórias
72 empates
99 derrotas
88 classificações e 70 eliminações (55,6% de apt. nos confrontos)

Campeão – 2008
Vice – 1989
Semifinal – 1990, 1992 e 2003
Quartas de final – 1998 e 2007
Oitavas de final – 1989, 1990, 1991 (2), 1993 (2), 1994, 1997, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 (2), 2011 e 2013
16 avos de final – 1992, 1995 (2), 1996, 1997, 1999, 2000, 2001 (2), 2002 (3), 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 (2), 2014, 2015 (2) e 2016
32 avos de final – 1999 (2), 2000 (2), 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013 (2), 2014 (2) e 2015
64 avos de final – 2013 e 2016 (3)
Eliminações na 1ª fase: 1992, 1999 (2), 2000, 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013 e 2016 (3)

Nike, Topper e Penalty, as bolas oficiais dos pernambucanos na temporada 2017

Neste ano, quatro bolas distintas serão usadas em torneios oficiais envolvendo clubes pernambucanos. No caso do Sport, modelos exclusivos no Estadual (S11), no Nordestão (Asa Branca), na Série A/Copa do Brasil (CBF Ordem) e na Sula (Ordem). Santa e Náutico também terão quatro pelotas, somando a versão diferenciada na Série B, a KV Carbon 12, a mesma da Primeira Liga.

Embora com características próprias, como naming rights e cores, as bolas dos torneios da CBF e da Conmebol são da mesma versão produzida pela Nike. Já a Topper desbancou a Umbro como fornecedora oficial da Lampions League, com a produção de 500 bolas para os 74 jogos do torneio em 2017. Enquanto isso, no Pernambucano, uma década de Penalty. A marca é a maior fornecedora dos estaduais desde 2008, variando entre 10 e 16 campeonatos.

Em abril, deverá haver um revezamento entre todas as bolas oficiais, com datas para torneios estaduais, regionais, nacionais (Copa do Brasil) e internacionais. Será que esse revezamento a cada quatro dias atrapalha? Bronca para os goleiros. Só no Clássico das Emoções, por exemplo, serão usados três tipos.

Taça Libertadores e Copa Sul-Americana
Bola: Ordem 4, da Nike
Materiais: borracha, poliéster, algodão, couro sintético e polietileno

Preço: indisponível
Clube: Sport (Sula)

Descrição: “A bola foi feita com parte externa em couro sintético soldado para perfeito toque com máxima resposta, otimizada pela tecnologia Aerowtrac e ranhuras diferenciadas no diâmetro que garantem maior precisão e controle”

Bola Nike Ordem 4, para os torneios da Conmebol. Foto: Copa Sul-Americana/facebook

Campeonato Brasileiro (Série A) e Copa do Brasil
Bola: CBF Ordem 4, da Nike
Materiais: borracha, poliéster, algodão, couro sintético e polietileno

Preço: R$ 499
Clubes: Sport (A e Copa); Santa Cruz, Náutico e Salgueiro (Copa)

Descrição: “A bola foi feita com parte externa em couro sintético soldado para perfeito toque com máxima resposta, otimizada pela tecnologia Aerowtrac e ranhuras diferenciadas no diâmetro que garantem maior precisão e controle”

Bola Nike Ordem 4, para os torneios da CBF. Foto: Fernando Torres/CBF

Séries B, C e D 
Bola: KV Carbon 12, da Topper (a confirmar)
Materiais: laminado e composto de borracha siliconada
Preço: R$ 299
Clubes: Santa Cruz e Náutico (B); Salgueiro (C); América, Central e Serra Talhada (D)

Descrição: “A bola oferece maior grip, aderência e precisão. Possui doze gomos costurados e traz textura em formato de cavidades redondas, garantindo aerodinâmica e velocidade perfeitas para o arremate”

A bola da Primeira Liga 2017, possivelmente a mesma da Série B 2017. Crédito: Topper

Copa do Nordeste
Bola: Asa Branca IV, da Topper
Materiais: laminado e composto de borracha siliconada

Preço: indisponível
Clubes: Náutico, Santa Cruz e Sport

Descrição: “A bola possui laminado com textura similar à de uma bola de golf. As cavidades do material reduzem o atrito com o ar e facilitam os chutes de longa distância, o que ajuda na aerodinâmica durante os jogos”

Bola "Asa Branca", da Topper, para o Nordestão. Foto: Esporte Interativo/divulgação

Campeonato Pernambucano (e outros 9 estaduais)
Bola; S11, da Penalty
Material: Laminado em poliuretano

Preço: R$ 459
Clubes: Afogados, América, Atlético, Belo Jardim, Central, Flamengo, Náutico, Salgueiro, Santa Cruz, Serra Talhada, Sport e Vitória

Descrição: “Com 0% de absorção de água, a tecnologia permite o uso da bola em condições de chuva intensa, garantindo a precisão e leveza na hora do chute. É Feita de Neogel, a matéria-prima exclusiva da Penalty”

Bola S11, da Penalty, para o Campeonato Pernambucano. Crédito: Penalty/facebook

O retrospecto histórico do Sport, com 4.986 jogos de 1905 a 2016

Números do Sport. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

De Guilherme de Aquino, na introdução do futebol no Recife, passando por nomes como Ademir Menezes, Raúl Betancor, Dadá, Roberto Coração de Leão, Leonardo, Durval, Magrão e, recentemente, Diego Souza, o Sport escreveu mais de um século de história no futebol. Sobretudo, em sua casa, a Ilha do Retiro, que se torna octogenária em 2017, de uma tradição incomparável para a sua torcida.

Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro e atualizando os dados mais recentes, totalizando 113 temporadas que dão consistência à história do Leão, vamos ao retrospecto geral nas principais competições oficiais disputadas pelo clube, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento do Sport atuando na Ilha do Retiro, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa rubro-negra (Magrão, imbatível) e os maiores públicos.

Primeiro jogo: Sport 2 x 2 Englis Eleven, em 22/06/1905, no Derby.

Confira também as estatísticas de Náutico e Santa Cruz.

Total (competições oficiais e amistosos*) 1905-2016
4.986 jogos (9.306 GP e 5.392 GC, +3.914)
2.593 vitórias (52,00%)
1.171 empates (23,48%)
1.212 derrotas (24,30%)
59,8% de aproveitamento
* 10 jogos com placar desconhecido

Estadual 1915-2016 (ranking: 1º)
2.197 jogos (4.921 GP e 2.038 GC, +2.873)
1.390 vitórias (63,26%)
428 empates (19,48%)
379 derrotas (17,25%)
100 participações (entre 1916 e 2016)
40 títulos (entre 1916 e 2014)
69,7% de aproveitamento

Copa do Nordeste 1994-2016 (ranking: 3º)
112 jogos (195 GP e 104 GC, +91)
56 vitórias (50,00%)
31 empates (27,67%)
25 derrotas (22,32%)
11 participações (entre 1994 e 2016)
Campeão em 1994, 2000 e 2014
59,2% de aproveitamento

Série A 1971-2016 (ranking: 17º)
857 jogos (990 GP e 1.042 GC, -52)
293 vitórias (34,18%)
240 empates (28,00%)
324 derrotas (37,80%)
35 participações (entre 1971 e 2016)
Campeão em 1987
43,5% de aproveitamento

Brasileiro unificado 1959-2016
874 jogos (1.022 GP e 1.061 GC, -39)
301 vitórias (34,43%)
245 empates (28,03%)
328 derrotas (37,52%)
38 participações (entre 1959 e 2016)
Campeão em 1987
43,7% de aproveitamento

Copa do Brasil 1989-2016
104 jogos (164 GPC e 110 GC, +54)
48 vitórias (46,15%)
24 empates (23,07%)
32 derrotas (30,76%)
22 participações (entre 1989 e 2016)
Campeão em 2008
53,8% de aproveitamento

Taça Libertadores da América 1960-2016
14 jogos (18 GP e 14 GC, +4)
7 vitórias (50,00%)
2 empates (14,28%)
5 derrotas (35,71%)
2 participações (1988 e 2009)
Oitavas em 2009
54,7% de aproveitamento

Copa Sul-Americana 2002-2016
12 jogos (9 GP e 16 GC, -7)
2 vitórias (16,66%)
2 empates (16,66%)
8 derrotas (66,66%)
4 participações (entre 2013 e 2016)
Oitavas em 2013 e 2015
22,2% de aproveitamento

Histórico em decisões no Estadual
Sport 12 x 12 Santa Cruz
Sport 11 x 6 Náutico

Sport na Ilha do Retiro* (1937/2016)
2.112 jogos
1.302 vitórias (61,64%)
459 empates (21,73%)
351 derrotas (16,61%)
68,8% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos

Maiores artilheiros
202 gols – Traçaia
161 gols – Djalma Freitas
136 gols – Leonardo
108 gols – Luís Carlos
105 gols – Naninho

Quem mais atuou
Magrão – 611 jogos

Clássico das Multidões (1916-2016)
552 jogos
230 vitórias do Sport (41,66%)
156 empates (28,26%)
166 vitórias do Santa (30,07%)

Clássico dos Clássicos (1909-2016)*
544 jogos
209 vitórias do Sport (38,41%)
155 empates (28,49%)
179 vitórias do Náutico (32,90%)
*Um jogo disputado em 29 de março de 1931, no Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos
Clássico
80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998)

Outros adversários (torcida única)
56.875 – Sport 2 x 0 Porto, na Ilha (Estadual, 07/06/1998)

O retrospecto histórico do Santa Cruz, com 4.990 jogos de 1914 a 2016

Números do Santa Cruz. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

Do pátio da Igreja de Santa Cruz, a diversão de alguns meninos tornou-se o amor de muita gente. Nesses mais de cem anos de futebol, já defenderam a camisa de três cores vários dos melhores jogadores do estado, como Tará, Givanildo, Nunes, Fumanchu, Ricardo Rocha, Zé do Carmo e Tiago Cardoso. Boa parte deles brilhando no Mundão, criado para abrigar o povo.

Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro e atualizando os dados mais recentes, totalizando 104 temporadas que dão consistência à história da Cobra Coral, vamos ao retrospecto geral nas principais competições oficiais disputadas pelo clube, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento do Santa atuando no Arruda, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa tricolor e os maiores públicos.

Primeiro jogo: Santa Cruz 7 x 0 Rio Negro, em 08/03/1914, no Derby.

Confira também as estatísticas de Náutico e Sport.

Total (competições oficiais e amistosos*) 1914-2016
4.990 jogos (9.657 GP e 5.783 GC, +3.874)
2.534 vitórias (50,78%)
1.145 empates (22,94%)
1.299 derrotas (26,03%)
58,4% de aproveitamento
* 12 jogos com placar desconhecido

Estadual 1915-2016 (ranking: 2º)
2.237 jogos (4.871 GP e 2.253 GC, +2.618)
1.323 vitórias (59,14%)
435 empates (19,44%)
479 derrotas (21,41%)
102 participações (entre 1915 e 2016, 100%)
29 títulos (entre 1931 e 2016)
65,6% de aproveitamento

Copa do Nordeste 1994-2016 (ranking: 6º)
102 jogos (150 GP e 124 GC, +26)
49 vitórias (48,03%)
17 empates (16,66%)
36 derrotas (35,29%)
10 participações (entre 1994 e 2016)
Campeão em 2016
53,5% de aproveitamento

Série A 1971-2016 (ranking: 26º)
485 jogos (581 GP e 688 GC, -83)
145 vitórias (29,89%)
151 empates (31,13%)
189 derrotas (38,96%)
21 participações (entre 1971 e 2016)
4º lugar em 1975
40,2% de aproveitamento

Brasileiro unificado 1959-2016
519 jogos (615 GP e 741 GC, -102)
152 vitórias (29,28%)
166 empates (31,98%)
201 derrotas (38,72%)
24 participações (entre 1960 e 2016)
4º lugar em 1960 e 1975
39,9% de aproveitamento

Copa do Brasil 1989-2016
83 jogos (111 GP e 105 GC, +6)
34 vitórias (40,96%)
18 empates (21,68%)
31 derrotas (37,34%)
22 participações (entre 1990 e 2016)
Oitavas em 7 oportunidades
48,1% de aproveitamento

Copa Sul-Americana 2002-2016
4 jogos (4 GP e 3 GC, +1)
2 vitórias (50,00%)
1 empate (25,00%)
1 derrota (25,00%)
1 participação (2016)
Oitavas em 2016
58,3% de aproveitamento

Histórico em decisões no Estadual
Santa Cruz 12 x 12 Sport*
Santa Cruz 7 x 9 Náutico
*O Tricolor leva vantagem em finais na Ilha (9 x 6)

Santa Cruz no Arruda* (1967/2016)
1.467 jogos
880 vitórias (59,98%)
344 empates (23,44%)
243 derrotas (16,56%)
67,8% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos

Maiores artilheiros
207 gols – Tará
174 gols – Luciano Veloso
148 gols – Ramon
143 gols – Betinho
123 gols – Fernando Santana

Quem mais atuou
Givanildo Oliveira – 599 jogos

Clássico das Multidões (1916-2016)
552 jogos
166 vitórias do Santa (30,07%)
156 empates (28,26%)
230 vitórias do Sport (41,66%)

Clássico das Emoções (1917-2016)*
511 jogos
199 vitórias do Santa (38,94%)
147 empates (28,76%)
164 vitórias do Náutico (32,09%)
*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos
Clássico
78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport, no Arruda (Estadual 21/02/1999) 

Outros adversários (torcida única)
65.023 – Santa Cruz 2 x 1 Portuguesa, no Arruda (Série B, 26/11/2005)

O retrospecto histórico do Náutico, com 4.668 jogos de 1909 a 2016

Números do Náutico. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

Do remo aos gramados, oito anos depois de sua fundação e já ganhando um clássico na primeira apresentação, o Náutico se faz presente no futebol há mais de cem anos, com nomes de muita técnica e garra, como os irmãos Carvalheira, Bita, Nado, Ivan Brondi (hoje presidente), Jorge Mendonça, Bizu e Kuki. No bairro dos Aflitos, fincou raízes em 1918, adquirindo o terreno de sua sede, já tombada. Lá, obteve seus maiores resultados, tendo hoje a Arena Pernambuco como segunda casa.

Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro e atualizando os dados mais recentes, totalizando 109 temporadas que dão consistência à história do Timbu, vamos ao retrospecto geral do nas principais competições oficiais disputadas pelo clube, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento timbu atuando nos Aflitos (palco hoje desativado), os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa vermelha e branca e os maiores públicos.

Primeiro jogo: Náutico 3 x 1 Sport, em 25/07/1909, no British Club.

Confira também as estatísticas de Santa Cruz e Sport.

Total (competições oficiais e amistosos*) 1909-2016
4.668 jogos (8.578 GP e 5.591 GC, +2.987)
2.288 vitórias (49,01%)
1.038 empates (22,23%)
1.339 derrotas (28,68%)
56,4% de aproveitamento
* 3 jogos com placar desconhecido

Estadual 1915-2016 (ranking: 3º)
2.220 jogos (4.790 GP e 2.377 GC, +2.413)
1.280 vitórias (57,65%)
432 empates (19,45%)
508 derrotas (22,88%)
101 participações (entre 1916 e 2016)
21 títulos (entre 1934 e 2004)
64,1% de aproveitamento

Copa do Nordeste 1994-2016 (ranking: 11º)
72 jogos (109 GP e 97 GC, +12)
28 vitórias (38,88%)
23 empates (31,94%)
21 derrotas (29,16%)
8 participações (entre 1994 e 2015)
Semifinal em 2001 e 2002
49,5% de aproveitamento

Série A 1971-2016 (ranking: 23º)
612 jogos (703 GP, 859 GC, -156)
192 vitórias (31,37%)
144 empates (23,52%)
276 derrotas (45,09%)
27 participações (entre 1972 e 2013)
6º lugar em 1984
39,2% de aproveitamento

Brasileiro unificado 1959-2016
666 jogos (777 GP e 930 GC, -153)
213 vitórias (31,9%)
154 empates (23,1%)
299 derrotas (44,8%)
34 participações (entre 1961 e 2013)
Vice em 1967
39,6% de aproveitamento

Copa do Brasil 1989-2016
89 jogos (135 GP e 111 GC, +24)
40 vitórias (44,94%)
20 empates (22,47%)
29 derrotas (32,58%)
21 participações (entre 1989 e 2016)
Semifinal em 1990
52,4% de aproveitamento

Taça Libertadores 1960-2016
6 jogos (7 GP e 8 GC, -1)
1 vitória* (16,66%)
2 empates (33,33%)
3 derrotas (50,00%)
1 participação (1968)
Fase de grupos em 1968
27,7% de aproveitamento
* O clube venceu 2 jogos, mas perdeu os pontos de um por substituição irregular

Copa Sul-Americana 2002-2016
2 jogos (2 GP, 2 GC, 0)
1 vitória (50,00%)
0 empate (0%)
1 derrota (50,00%)
1 participação (2013)
16 avos de final em 2013
50,0% de aproveitamento

Histórico em decisões no Estadual
Náutico 9 x 7 Santa Cruz
Náutico 6 x 11 Sport

Náutico nos Aflitos* (1917/2015)
1.768 jogos
1.138 vitórias (64,37%)
336 empates (19,00%)
294 derrotas (16,62%)
70,7% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos

Maiores artilheiros
224 gols – Bita
185 gols – Fernando Carvalheira
181 gols – Baiano
179 gols – Kuki 
118 gols – Ivson

Quem mais atuou
Kuki – 387 jogos

Clássico dos Clássicos (1909-2016)*
544 jogos
179 vitórias do Náutico (32,90%)
155 empates (28,49%)
209 vitórias do Sport (38,41%)
*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Clássico das Emoções (1917-2016)*
511 jogos
164 vitórias do Náutico (32,09%)
147 empates (28,76%)
199 vitórias do Santa (38,94%)
*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos
Clássico
80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998)

Outros adversários (torcida única)
44.424 – Náutico 3 x 0 Palmeiras, no Arruda (Série A, 17/04/1983)

As cotas dos grandes clubes nordestinos nas competições oficiais em 2017

Receitas de Bahia, Vitória, Sport, Santa Cruz, Náutico, Ceará e Fortaleza. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O futebol pernambucano terá quatro clubes com calendário cheio em 2017. Com a definição das divisões, com o Sport na Série A, Santa Cruz e Náutico na B e o Salgueiro na C, é possível projetar as cotas de cada time, entre verba de transmissão na televisão e o repasse por classificação – obviamente, existem outras fontes, como bilheteria, patrocínio, Timemania, sócios etc.

O blog elencou todas as competições oficiais com os valores já divulgados. No caso do Brasileirão e da Copa Sul-Americana, foram considerados os dados último ano. Ampliando a lista, também foram apresentados as cifras de Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza, os principais adversários regionais.

As projeções de cotas de Bahia, Ceará, Fortaleza, Náutico, Santa Cruz, Sport e Vitória. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As receitas de cada clube estão divididas em quatro colunas nos quadros abaixo, com o cenário mais pessimista na primeira, considerando o valor-base da televisão e a pior colocação possível na competição. Em seguida, duas colunas com campanhas acessíveis, passando uma fase nos respectivos torneios, ou, no caso do Brasileiro, nas primeiras posições acima da zona de rebaixamento, o mínimo esperado por qualquer participante.

No fim, chega-se a uma equação entre mercado e meritocracia esportiva, embora também exista uma enorme disparidade local (e regional) nas cotas a partir do modelo de gestão da televisão sobre o campeonato nacional.

Cotas e premiações: PernambucanoNordestãoCopa do Brasil, Série A e Sula.

Projeção de cotas do Sport nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Sport por mês: R$ 3.731.781
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 1.956.725 (+4,56%)
Calendário: de 57 jogos a 90 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 692.355

Com o contrato junto à Rede Globo até 2018 (e já tem um novo, de 2019 a 2024), o Sport tem a garantia de receita independentemente da série – ainda que esteja indo para o 4º ano seguido na elite. Além da cota fixa de R$ 35 milhões, há uma variação considerável (e ascendente) no pay-per-view. Com isso, nesta plataforma, o blog projetou o aumento de R$ 5 mi para R$ 7 mi em 2017. Sobre o aporte mínimo, o clube só não teria verba na Série A, pois a premiação esportiva começa a partir do 16º colocado (ou seja, em caso de permanência). Por outro lado, fazendo o básico, passando uma fase em cada torneio/copa e evitando o rebaixamento, o Leão já teria um aumento de R$ 2,6 milhões – lembrando que o Brasileiro e a Sula estão com valores de 2016, que tendem a ser reajustados.

Projeção de cotas do Santa Cruz nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Santa Cruz por mês: R$ 628.683
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: – R$ 17.330.800 (-69,67%)
Calendário: de 56 jogos a 72 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125

Sem dúvida alguma, o maior baque financeiro no futebol pernambucano em 2017. Por não ser cotista no Brasileiro (até 2018, a Globo só firmou 18 contratos do tipo), o tricolor perdeu a cota de R$ 23 milhões (somando tevês aberta e fechada, ppv, sinal internacional e internet). Além disso, a canetada da Conmebol, que o tirou da Copa Sul-Americana (onde tinha vaga como campeão nordestino) custou mais R$ 791 mil, considerando a cotação atual sobre a cota da primeira fase do torneio, de US$ 250 mil. Para completar, a CBF tentou consolar o clube com uma pré-classificação às oitavas de final da Copa do Brasil. Porém, ainda que já largue ganhando R$ 880 mil (e possa ganhar R$ 1 mi caso avance no primeiro mata-mata), o Santa não tem direito às premiações das quatro fases anteriores, que somariam R$ 1,995 milhão.

Projeção de cotas do Náutico nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Náutico por mês: R$ 576.183
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 610.000 (+9,67%)
Calendário: de 55 jogos a 78 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 692.355

A derrota para o Oeste custou caro ao Náutico. Sem o acesso, perdeu a cota de R$ 23 milhões e ainda foi relegado ao grupo 3 da Copa do Brasil, com premiações inferiores nas primeiras fases. Na elite, receberia 420 mil reais na estreia. Como está na Série B, ganhará 250 mil (queda de 40,4%). Comparando com o valor mínimo estipulado no ano passado, a vantagem é a participação na Copa do Nordeste. Por sinal, passar da fase preliminar nas duas copas (regional e nacional) significaria mais R$ 765 mil, receita importante, dado já superior à média mensal que o alvirrubro deverá ter ao longo de 2017. Assim como o Santa, a premiação da Segundona será integral, independentemente da colocação (rebaixado ou campeão), pois os clube optaram por dividir o montante previsto para o G4. Assim, sobrou R$ 88,2 mil para cada um.

Projeção de cotas do Salgueiro nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Salgueiro por mês: R$ 30 mil
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: – R$ 495.000 (-57,89%)
Calendário: de 35 jogos a 58 jogos oficiais

Fora do Nordestão, onde chegou às quartas de final na última edição, o Carcará aposta as suas fichas na Copa do Brasil, onde estreia com a vantagem do empate (assim como Sport e Náutico, nos jogos únicos da remodelada primeira fase). Passando de fase, o clube já ganharia mais uma cota, de R$ 315 mil. Caso não consiga, a pindaíba tende a ser grande no Cornélio de Barros. Isso porque a Série C segue sem cotas aos 20 participantes, tanto de transmissão quanto de premiação. Hoje, o dinheiro pago pelas emissoras detentoras dos direitos cobre apenas as despesas da competição (viagens e hospedagens dos clubes e arbitragens), segundo a CBF.

Projeção de cotas do Bahia nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Bahia por mês: R$ 4.461.666
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + 295.000 (+0,55%)
Calendário: de 55 jogos a 78 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125 

Apesar do retorno à Série A, o Bahia manteve o patamar financeiro da Série B, pois, como cotista da tevê (um dos 18 clubes até 2018), teve o valor integral na última temporada. A receita bruta, via Globo, é a maior do Nordeste por causa do pay-per-view, numa projeção a partir da pesquisa Ibope/Datafolha, a base da distribuição até então. O tricolor da Boa Terra teria 3,7% dos assinantes, contra 2,3% do Vitória e 1,5% do Sport, em dados de 2015 – hoje, na prática, a verba pode até ser maior. Uma diferença efetiva em 2017 (ainda que de pouco impacto geral) está na Copa do Brasil, com o clube no “grupo 2” dos repasses nas duas primeiras fases. Mudança ocasionada pela presença na elite.

Projeção de cotas do Vitória nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Vitória por mês: R$ 3.936.666
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: – R$ 834.650 (-1,73%)
Calendário: de 55 jogos a 78 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125

O Vitória se manteve na primeira divisão nacional, mas a projeção mínima prevê uma leve queda, devido à ausência na Copa Sul-Americana. O leão de Salvador ficou a dois pontos da zona de classificação à copa internacional, que em 2016, mesmo caindo logo no primeiro mata-mata, rendeu R$ 949 mil. O clube tem, rigorosamente, o mesmo calendário do arquirrival, com a variação de jogos a partir do rendimento de cada um, claro. Com quase 4 milhões de reais por mês, o clube terá a segunda receita da região, a partir dos critérios deste publicação.

Projeção de cotas do Ceará nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Ceará por mês: R$ 571.183
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 195.000 (+2,92%)
Calendário: de 51 jogos a 73 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125 

A projeção do Ceará é baseada nas poucas informações acerca da premiação da Primeira Liga, que terá o alvinegro como primeiro representante nordestino. Segundo a Rádio Verdes Mares, da capital cearense, o clube receberia R$ 230 mil por jogo. Porém, o torneio é mais curto que o Nordestão (sem o Ceará), com apenas três jogos na fase de grupos e quartas de final e semifinal em jogos únicos. Em relação ao título, a premiação de 2016 foi de R$ 500 mil. Com o aumento da receita do torneio, que pagará 4,6 vezes mais, o blog tomou a liberdade de estimar o valor da taça (R$ 2,3 mi).

Projeção de cotas do Fortaleza nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O terceiro Castelazo consecutivo tirou R$ 5 milhões do cofre do tricolor alencarino (que seria a cota da Série B). Indo para o 8º ano na terceira divisão, o clube segue bem à margem dos grandes clubes da região em termos de cotas de televisionamento. Receberá apenas passagens aéreas e hospedagens no Brasileiro. Tem na Copa do Brasil o melhor caminho para obter dinheiro a curto prazo – além, claro, de uma nova tentativa de acesso em outubro.

Previsão mínima de cotas do Fortaleza por mês: R$ 137.500
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 105.000 (+6,79%)
Calendário: de 34 jogos a 65 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125

As cotas da Copa do Brasil de 2017, com até R$ 11,685 milhões para o campeão

Evolução das cotas da Copa do Brasil, de 2012 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Em 2017, no último ano do atual contrato entre CBF e Rede Globo, a premiação ao campeão da Copa do Brasil subiu para R$ 11,685 milhões. Em relação à edição anterior, um aumento de 8,7% – em 2018, num novo acordo comercial, a premiação será de R$ 68 milhões (!). O montante corresponde à soma das cotas de participação nas oito fases do mata-mata, da fase preliminar ao título – acima, os valores absolutos em campanhas finais a partir das oitavas. Nesta temporada, no embalo da ampliação da Libertadores, o torneio nacional foi reformulado, ganhando mais quatro participantes (chegando a 91 clubes) e mais uma fase preliminar. Ou seja, para alcançar as oitavas de final, agora será preciso passar por quatro fases, sendo as duas primeiras em jogos únicos.

Campanha máxima para o título:
2012 – R$ 4,20 milhões (6 fases)
2013 – R$ 6,00 milhões (7 fases)
2014 – R$ 6,19 milhões (7 fases)
2015 – R$ 7,95 milhões (7 fases)
2016 – R$ 10,74 milhões (7 fases)
2017 – R$ 11,68 milhões (7 fases)
2018 – R$ 68,70 milhões (8 fases)

A reformulação na 29ª edição modificou, consequentemente, a distribuição da premiação do torneio, que terá novamente quatro clubes pernambucanos. Sport (08/02), Náutico (15/02) e Salgueiro (15/02) largam normalmente, na primeira fase. Já o Santa Cruz, como benesse do título nordestino, após a perda da vaga na Sul-Americana numa canetada, irá estrear somente nas oitavas de final.

Abaixo, o quadro com todas as cotas da Copa do Brasil, fase por fase, de 2012 a 2017 – os dados deste ano foram apurados por Wellington Campos, da Rádio Itatiaia. O período foi marcado pela subdivisão de cotas nas duas primeiras fases, com três grupos, variando de acordo com a evolução da copa, com 16 e 32 avos de final em 2012, 32 e 64 avos de 2013 a 2016 e, agora, 64 e 128 avos. Nesta temporada os grupos foram divididos da seguinte forma, tendo como base o Ranking de Clubes da CBF, atualizado em 12 de dezembro de 2016:

Grupo 1 – Os 15 primeiros no Ranking da CBF (Corinthians 4º, Cruzeiro 6º, Inter 7º, São Paulo 8º, Fluminense 10º, Vasco 13º, Coritiba 14º e Ponte Preta 15º) 

Grupo 2 – Os demais clubes presentes na Série A de 2017 (Sport 17º, Vitoria 20º, Bahia 21º e Avaí 25º)

Grupo 3 – Os 68 clubes inscritos na 1ª fase que estão fora da elite em 2017

Pré-classificados às oitavas – Santa, Paysandu, Atléticos MG, Atlético-PR, Atlético-GO, Chapecoense, Palmeiras, Santos, Flamengo, Botafogo e Grêmio

Sobre a rentabilidade da participação local, o quarteto ganhará R$ 1,82 milhão só com o primeiro mata-mata de cada rum. Largando das oitavas, o Santa tem a garantia de R$ 880 mil. Porém, não tem direito às cotas das quatro fases anteriores (que corresponderiam R$ 1,995 mi). Em caso de título, o Sport ganharia R$ 10,5 milhões, o maior valor absoluto no estado. Náutico e Salgueiro chegariam a R$ 10,125 milhões, com o Santa recebendo até R$ 9,13 mi.

As cotas da Copa do Brasil de 2012 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Trio de Ferro com 1 milhão de torcedores no borderô e R$ 16 milhões de bilheteria em 2016. Números decrescentes…

As médias de público por temporada (2013-2016) de Náutico, Santa Cruz e Sport. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A impressão de estádios vazios em jogos do Trio de Ferro, em 2016, se confirma com números (dos borderôs oficiais) em escala anual, com pouco mais de 1/4 de ocupação nas arquibancadas. Esta temporada foi a pior em público e renda, em dados absolutos e média, desde que o blog começou a fazer esse levantamento, em 2013. Nenhuma assistência acima de 40 mil foi registrada, chegando no máximo “39.999”, na semifinal estadual entre Santa e Náutico.

Considerando todos os mandos de alvirrubros, tricolores e rubro-negros, chega-se a 96 jogos, incluindo um em Cuiabá, no primeiro mando negociado por um grande clube pernambucano. Em 12 de outubro, os corais “receberam” o Corinthians na Arena Pantanal, com torcedores (do clube paulista) pagando ingressos de até R$ 200. A média geral foi 11.180, turbinada pelas promoções na reta final do Brasileiro, como a do Sport, que liberou o acesso aos sócios adimplentes nas últimas quatro partidas na Ilha – reunindo 100 mil pessoas.

O público total, por temporada, de Náutico, Santa Cruz e Sport. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Com o check-in dos associados, o Leão voltou a ter o melhor índice anual de público na capital, mas nem por isso também deixou de ter a melhor arrecadação, com R$ 1 milhão a mais que o rival do Arruda. Falando no Santa, a média na elite nacional não chegou a 10 mil, mesmo após uma década ausente. Pesou a campanha, claro. Já o Náutico teve dois de seus maiores públicos dos últimos tempos. Após um início às moscas na Série B, jogando três vezes com menos de dois mil espectadores, conseguiu atrair 25 mil alvirrubros em duas oportunidades, incluindo a rodada final, quando deixou o acesso escapar.

Vale destacar ainda a ausência de bilheterias milionárias, o que não ocorria desde 2012. A maior renda foi de Sport 1 x 0 Flamengo, na arena, com R$ 802 mil. Número bem decepcionante, acarretando num baque nas receitas locais.

A renda bruta obtida por Náutico, Santa e Sport de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Abaixo, o total em cada competição em 2016 e também a taxa de ocupação, a partir da capacidade oficial de cada estádio utilizado. No fim, o quadro agregado.

Sport
33 jogos (30 na Ilha e 3 na Arena)
460.898 torcedores (média de 13.966)
47,97% de ocupação
R$ 7.112.818 de renda bruta (média de R$ 215.539)
Estadual – 7 jogos – 83.690 pessoas (11.955) – R$ 1.572.833 (R$ 224.690)
Nordestão – 5 jogos – 64.955 pessoas (12.991) – R$ 1.148.265 (R$ 229.653)
Série A – 19 jogos – 304.084 pessoas (16.004) – R$ 4.272.715 (R$ 224.879)
Copa do Brasil – 1 jogo – 1.599 pessoas – R$ 16.165
Sul-Americana – 1 jogo – 6.570 pessoas – R$ 102.840

Números de público e renda do Sport de 2013 a 2016. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Santa Cruz
36 jogos (33 no Arruda, 2 na Arena e 1 na Arena Pantanal)
413.626 torcedores (média de 11.489)
22,95% de ocupação
R$ 6.058.465 de renda bruta (média de R$ 168.290)
Estadual – 7 jogos – 119.290 pessoas (17.041) – R$ 1.564.455 (R$ 223.493)
Nordestão – 6 jogos – 79.146 pessoas (13.191) – R$ 1.204.575 (R$ 200.762)
Série A – 19 jogos – 187.245 pessoas (9.855) – R$ 2.992.570 (R$ 157.503)
Copa do Brasil – 2 jogos – 16.954 pessoas (8.477) – R$ 158.445 (R$ 79.222)
Sul-Americana – 2 jogos – 10.991 pessoas (5.495) – R$ 138.420 (R$ 69.210)

Números de público e renda do Santa Cruz de 2013 a 2016. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Náutico
27 jogos (25 na Arena e 2 na Arruda)
198.761 torcedores (média de 7.361)
15,93% de ocupação
R$ 3.574.304 de renda bruta (média de R$ 132.381)
Estadual – 7 jogos – 43.497 pessoas (6.213) – R$ 907.395 (R$ 129.627)
Série B – 19 jogos – 152.758 pessoas (8.039) – R$ 2.621.179 (R$ 137.956)
Copa do Brasil – 1 jogo – 2.506 pessoas – R$ 45.730

Números de público e renda do Náutico de 2013 a 2016. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Trio de Ferro
96 jogos (35 no Arruda, 30 na Arena, 30 na Ilha e 1 na Arena Pantanal)
1.073.285 torcedores (média de 11.180)
26,76% de ocupação
R$ 16.745.587 de renda bruta (média de R$ 174.433)
Torneios: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Séries A e B

Números de público e renda do Trio de Ferro de 2013 a 2016. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Relembre os levantamentos anteriores: 20132014 e 2015.