A cota de TV da Série B 2018, com R$ 169 milhões. Na divisão, 36% para dois clubes

As cotas de TV da Série B de 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Ao todo, a Globo pagará R$ 169,79 milhões pelos direitos de transmissão da Série B de 2018. Entretanto, somente os dois cotistas presentes (Coritiba e Goiás) correspondem a 36% de toda a receita. Os demais times vão dividir um bolo de R$ 108 milhões, negociado para esta edição. Em relação à edição passada, que contou com o Inter, um cotista ainda maior, a queda geral foi e 5,6%. Confira como fica a divisão da televisão para a Segundona.

Grupo 1: Coritiba (R$ 35.000.000)
O clube é um dos 18 do país com o status ‘cotistas da tevê’, garantindo uma cota de Série A mesmo disputando a segunda divisão. Como esta é a sua primeira participação após o rebaixamento, o clube paranaense tem direito à cota integral. E vale lembrar que o Coxa ainda recebe um adicional pelo pay-per-view, à parte desta cota fixa (idem com o Goiás).

Grupo 2: Goiás (R$ 26.250.000)
O Goiás também faz parte dos ‘cotistas’. Porém, o contrato firmado pelos 18 cotistas com a emissora, com cláusulas válidas de 2012 a 2018, prevê a redução de 25% no valor anual a partir da segunda temporada ao descenso – e o Goiás já está indo para a terceira. Portanto, assim como já havia ocorrido em 2017, o alviverde goiano deixa de receber R$ 8,75 milhões.

Grupo 3: demais clubes* (R$ 6.030.000, cada)
Os outros 18 participantes não possuem contratos duradouros com a Globo, tendo que negociar anualmente a situação – o Guarani já fez parte na ‘nata’, mas foi deixado de lado em 2012. Neste ano, o bolo para esses clubes foi de R$ 108.540.000, com aumento de R$ 14,74 milhões em relação à edição anterior. Porém, o formato mudou. Em 2017, no arbitral, foi decidido que os times recém-rebaixados e os dois melhores que não haviam conseguido o acesso receberiam cotas maiores, escalonadas. Enquanto isso, os quatro oriundos da Série C receberiam menos. No arbitral de 2018, por 10 x 8 na votação, os clubes decidiram dividir igualitariamente, como era até 2016.

* Atlético-GO, Avaí, Boa Esporte, Brasil de Pelotas, CRB, Criciúma, CSA, Figueirense, Fortaleza, Guarani, Juventude, Londrina, Oeste, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa, São Bento e Vila Nova

A tabela da Série B de 2018, com 4 clubes do Nordeste. A menor representatividade

O troféu da Série B. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A CBF divulgou a tabela básica da Série B de 2018, agendada entre 13 de abril e 24 de novembro. Esta é a 13ª edição da competição na era dos pontos corridos, sempre com o mesmo formato: 20 clubes, 38 rodadas, 4 acessos e 4 rebaixamentos. Terá a menor representatividade do Nordeste neste período, com apenas quatro clubes (CRB, CSA, Fortaleza e Sampaio Corrêa).

A representatividade nordestina (e de PE) nos pontos corridos da Série B
2006 – 5 clubes (Náutico e Sport), 2 acessos
2007 – 5 clubes (Santa Cruz), 1 acesso e 1 descenso
2008 – 6 clubes (nenhum pernambucano), 1 descenso
2009 – 7 clubes (nenhum pernambucano), 1 acesso e 3 descensos
2010 – 6 clubes (Náutico e Sport), 1 acesso e 1 descenso
2011 – 7 clubes (Náutico, Salgueiro e Sport), 2 acessos e 2 descensos
2012 – 6 clubes (nenhum pernambucano), 1 acesso e 1 descenso
2013 – 6 clubes (Sport), 1 acesso e 1 descenso
2014 – 7 clubes (Náutico e Santa Cruz), 2 descensos
2015 – 8 clubes (Náutico e Santa Cruz), 2 acessos e 1 descenso
2016 – 5 clubes (Náutico), 1 acesso e 1 descenso
2017 – 5 clubes (Náutico e Santa Cruz), 1 acesso e 3 descensos
2018 – 4 clubes (nenhum pernambucano), a conferir

Total: 13 acessos à Série A e 17 rebaixamentos à Série C

Nordestão 2018 na TV Jornal: “O maior campeonato regional do mundo”

Chamada da TV Jornal sobre o Nordestão 2018. Crédito: TV Jornal/facebook (reprodução)

A TV Jornal, a afiliada pernambucana do canal de Silvio Santos, volta a exibir o futebol local após décadas. Na verdade, a presença da emissora sempre foi esporádica, como na decisão do Brasileirão de 1987, entre Sport e Guarani. Em 2018, contudo, o SBT entra como emissora (sub) licenciada da Copa do Nordeste, com exibição assegurada em todas as afiliadas* da região.

Com três clubes locais na disputa (Santa Cruz, Náutico e Salgueiro) e duas redes no estado, no Recife e em Caruaru, a TV Jornal entra na parada com dois horários na grade, terça-feira à noite e sábado à tarde, e narração de Aroldo Costa, há anos locutor da Rádio Jornal. Estreia já na primeira rodada, com Confiança x Santa, em 16/01. Se a Globo Nordeste lançou um comercial valorizando o início do Campeonato Pernambucano, a TV Jornal naturalmente enalteceu o seu produto – que, esportivamente, realmente vale mais.

“Se ligue na TV Jornal e não perca nenhum lance do maior campeonato regional do mundo. Transmissão exclusiva” 

Vale lembrar que a Lampions passou na Globo durante cinco anos seguidos, desde a volta ao calendário oficial, em 2013. Na ocasião, a emissora adquiriu o sinal aberto junto ao Esporte Interativo, detentor de todas as plataformas até 2022. No entanto, as duas empresas, que vão concorrer no Brasileirão a partir de 2019, não chegaram num acordo sobre um novo sublicenciamento visando a edição regional de 2018, cuja cota absoluta alcança R$ 22 milhões.

Abaixo, um dos comerciais de divulgação, focando no ‘gigantismo regional’.

* Afiliadas: TV Jornal (PE), TV Aratu (BA), TV Jangadeiro (CE), TV Ponta Verde (AL), TV Difusora (MA), TV Tambaú (PB, João Pessoa), TV Borborema (PB, Campina Grande), TV Cidade Verde (PI) e TV Ponta Negra (RN)

A tabela definitiva da Copa do Nordeste de 2018, com 16 times na fase de grupos

Os grupos da Copa do Nordeste de 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A fase preliminar da Copa do Nordeste de 2018 começou ainda no ano passado, em 15 de agosto, acabando apenas em 13 de janeiro, a três dias do início da fase principal do torneio, que distribui R$ 22,4 milhões em cotas. Esta edição marca a reforma promovida pela Liga do Nordeste junto à CBF, após três temporadas com o mesmo formato. Logo, a fase de grupos foi reduzida de 20 para 16 times, com o número de jogos caindo de 60 para 48, visando uma maior competitividade – daí a necessidade de criar uma seletiva.

Com a definição de todos os participantes, confira a tabela definitiva da etapa, que classificará os dois melhores colocados de cada chave às quartas de final, além das observações iniciais do blog sobre a 15ª edição da Lampions.

Grupo A
Santa Cruz (3º lugar no Pernambucano 2017) – R$ 1 milhão de cota
CRB (1º em AL) – R$ 850 mil
Confiança (1º em SE) – R$ 775 mil
Treze (2º na PB) – R$ 750 mil (somando a seletiva)

Sem dúvida, este é o grupo mais equilibrado desta edição, embora aparente ser tecnicamente nivelado por baixo, sendo o CRB o time de divisão nacional mais elevada – está na Série B. Mesmo na condição de cabeça de chave, o tricolor pernambucano, campeão em 2016, entra com um elenco reformulado e uma folha na casa de R$ 250 mil, patamar semelhante ao dos adversários. A chave também conta com as menores distâncias entre as sedes.

Pitaco do blog sobre os classificados: CRB (1º) e Santa Cruz (2º)

Tabela do grupo A

16/01 (19h00) – Treze x CRB (Amigão)
16/01 (21h45) – Confiança x Santa Cruz (Batistão)
01/02 (19h00) – CRB x Confiança (Rei Pelé)
06/02 (21h45) – Santa Cruz x Treze (a definir)
15/02 (19h00) – Confiança x Treze (Batistão)
20/02 (20h45) – Santa Cruz x CRB (Arruda)
10/03 (16h00) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé)
12/03 (19h15) – Treze x Confiança (PV)
20/03 (19h00) – Confiança x CRB (Batistão)
22/03 (19h00) – Treze x Santa Cruz (PV)
29/03 (21h15) – CRB x Treze (Rei Pelé)
29/03 (21h15) – Santa Cruz x Confiança (Arruda)

Grupo B
Vitória (1º lugar no Baiano 2017) – R$ 1 milhão de cota
ABC (1º no RN) – R$ 850 mil
Ferroviário-CE (2º no CE) – R$ 775 mil
Globo-RN (2º no RN) – R$ 750 mil (somando a seletiva)

Tentando aumentar o seu recorde, de quatro conquistas, o Vitória entra com mudanças em relação ao que disputou o Brasileiro, dispensando alguns medalhões e vendendo David (R$ 8 milhões). Como terminou em 16º na Série A nos últimos dois anos, a medida é compreensível. Na briga pela segunda vaga, o ABC tem mais lastro (técnico e financeiro), apesar do descenso à terceirona – Ferrim (de volta após 19 anos) e Globo correm bem por fora.

Pitaco do blog sobre os classificados: Vitória (1º) e ABC (2º)

Tabela do grupo B

16/01 (21h45) – Globo x Vitória (Manoel Barretto)
17/01 (19h00) – Ferroviário x ABC (Presidente Vargas)
31/01 (19h00) – ABC x Globo (Frasqueirão)
01/02 (21h15) – Vitória x Ferroviário (Barradão)
10/02 (16h00) – ABC x Vitória (Frasqueirao)
21/02 (18h00) – Ferroviário x Globo (Presidente Vargas)
10/03 (18h15) – Globo x Ferroviário (Manoel Barretto)
11/03 (19h00) – Vitória x ABC (Barradão)
20/03 (22h00) – Globo x ABC (Manoel Barretto)
21/03 (19h00) – Ferroviário x Vitória (Presidente Vargas)
27/03 (22h00) – Vitória x Globo (Barradão)
27/03 (22h00) – ABC x Ferroviário (Frasqueirão)

Grupo C
Bahia (2º lugar no Baiano 2017) – R$ 1 milhão de cota
Botafogo (1º na PB) – R$ 850 mil
Altos (1º no PI) – R$ 775 mil
Náutico-PE (4º em PE) – R$ 750 mil (somando a seletiva)

Com o maior orçamento da região em 2018, R$ 119 milhões, o Bahia entra como franco favorito ao título regional – com o tetra, se igualaria ao rival. O tricolor vendeu algumas de suas principais peças (Jean e Juninho Capixaba) e juntou a mais dinheiro, com a formação em andamento. Na briga pela segunda vaga, uma possível disputa polarizada entre Botafogo e Náutico, futuros adversários na Série C. O time paraibano trouxe algumas peças de maior experiência e técnica, como o meia Marcos Aurélio.

Pitaco do blog sobre os classificados: Bahia (1º) e Botafogo (2º)

Tabela do grupo C

17/01 (19h00) – Náutico x Altos (Arena PE)
18/01 (21h15) – Bahia x Botafogo (Fonte Nova)
30/01 (21h45) – Altos x Bahia (a definir)
08/02 (19h00) – Botafogo x Náutico (Almeidão)
22/02 (18h00) – Botafogo x Altos (Almeidão)
22/02 (20h15) – Bahia x Náutico (Fonte Nova)
10/03 (16h00) – Náutico x Bahia (Arena PE)
12/03 (21h30) – Altos x Botafogo (a definir)
20/03 (22h00) – Bahia x Altos (Fonte Nova)
22/03 (21h15) – Náutico x Botafogo (Arena PE)
27/03 (22h00) – Altos x Náutico (a definir)
27/03 (22h00) – Botafogo x Bahia (Almeidão)

Grupo D
Ceará (1º lugar no Cearense 2017) – R$ 1 milhão de cota
Sampaio Corrêa (1º no MA) – R$ 850 mil
Salgueiro (2º em PE) – R$ 775 mil
CSA-AL (2º em AL) – R$ 750 mil (somando a seletiva)

De volta ao Brasileirão, o Vozão só deve investir pesado neste ano a partir de abril, no início do nacional. Ainda assim deve ter, no mínimo, a terceira maior folha desta Lampions, com o reforço de nomes como Felipe Azevedo (atacante) e Juninho (volante). Ao carcará, com boa sequência de participações, a missão é difícil após a drástica mudança do elenco – manteve a base por anos. Com dois acessos seguidos, o CSA aparece bem cotado.

Pitaco do blog sobre os classificados: Ceará (1º) e CSA (2º)

Tabela do grupo D

16/01 (21h45) – Salgueiro x Ceará (Cornélio de Barros)
18/01 (21h15) – CSA x Sampaio Corrêa (Rei Pelé)
30/01 (21h45) – Ceará x CSA (Castelão-CE)
07/02 (19h00) – Sampaio Corrêa x Salgueiro (Castelão-MA)
15/02 (21h15) – CSA x Salgueiro (Rei Pelé)
20/02 (21h00) – Sampaio Corrêa x Ceará (Castelão-MA)
10/03 (16h00) – Ceará x Sampaio Corrêa (Castelão-CE)
10/03 (20h30) – Salgueiro x CSA (Cornélio de Barros)
20/03 (22h00) – CSA x Ceará (Rei Pelé)
22/03 (19h00) – Salgueiro x Sampaio Corrêa (Cornélio de Barros)
29/03 (19h00) – Ceará x Salgueiro (Castelão-CE)
29/03 (19h00) – Sampaio Corrêa x CSA (Castelão-MA)

Asa Branca 5 e a evolução das bolas e fornecedoras oficiais do Nordestão

A bola do Nordestão 2018. Foto: Esporte Interativo/divulgação

“Made in Nordeste”
“O Nordeste merece”
“Sangue tipo NE” 

A cada ano a Copa do Nordeste ganha um novo slogan, estampado na bola oficial da competição. Em 2018, na 5ª versão da bola Asa Branca, a Topper utilizou a base do design anterior, nas cores branco e azul, mas com a nova identidade visual dos textos presentes, com o destaque sanguíneo.

Em 2013, quando a Lampions voltou ao calendário nacional, a bola oficial foi produzida pela Nike, com a mesma versão utilizada nas demais competições organizadas pela CBF. A partir do ano seguinte, a Liga do Nordeste passou a negociar com as fabricantes, visando um modelo exclusivo. Daí o nome Asa Branca, eleito numa votação popular que ainda teve Maria Bonita e Arretada como opções. Do contrato firmado com a Penalty saíram três versões, fabricadas em Itabuna, no interior baiano. Em 2016, entretanto, a Asa Branca 3 acabou saindo de cena, mesmo após a apresentação oficial. Com um “contrato mais vantajoso”, como limitou-se a dizer a liga na ocasião, a Umbro ocupou o lugar. Porém, com uma bola genérica, sem traços regionais. Em 2017, a situação foi amarrada de uma forma melhor, com a Topper.

A produção é estimada em cerca de 420 bolas, visando 62 partidas, a partir da fase de grupos, em 16/01 – na seletiva foi um modelo da Nike. Na decisão, em 10/07, será feita uma versão especial, com os escudos dos finalistas.

Representantes pernambucanos: Salgueiro, Santa Cruz e Náutico.

Abaixo, relembre todas as bolas oficiais do Nordestão. Qual a mais bonita?

2013 – Strike (Nike)

2014 – Asa Branca I (Penalty)

2015 – Asa Branca II (Penalty)

2016 – Asa Branca III (Penalty, cancelada)

2016 – Neo (Umbro)

2017 – Asa Branca IV (Topper)

2018 – Asa Branca V (Topper)

Ranking da CBF confirma 11 clubes no Nordestão 2019, incluindo Sport e Santa

O regulamento sobre as vagas da Copa do Nordeste de 2019. Crédito: CBF/reprodução

Com a atualização do Ranking da CBF em dezembro de 2017, onze clubes já estão confirmados na Copa do Nordeste de 2019. Continuando a reformulação do torneio, após a criação de uma fase preliminar, com a etapa principal voltando a ter 16 times, a entidade incorporou o ranking nacional como critério de classificação. E o peso é enorme, com 55% das vagas através da lista.

A partir de agora, os Estaduais só classificam, de forma direta, os campeões. Ou seja, nove. Os demais participantes vêm do ranking, com Pernambuco e Bahia tendo duas vagas devido à classificação das federações. Os outros sete estados têm direito a uma, cada. Caso um clube já garantido no ranking obtenha o título no campeonato estadual, ele será classificado à Lampions como ‘campeão estadual’, com o ranking local beneficiando o time seguinte.

Portanto, confira abaixo os times já classificados, as respectivas fases de cada um e as equipes que podem herdar as vagas em cada federação. Melhor rankeado no Nordeste, o Sport já está assegurado em 2019 – e, na prática, até 2020. Contudo, vale lembrar que o leão pernambucano desistiu do Nordestão 2018, em decisão tomada pelo presidente Arnaldo Barros. Caso o clube rubro-negro queira seguir fora, terá que protocolar um novo ofício à CBF.

Clubes já assegurados via Ranking da CBF
PE (1º) – Sport* (15º lugar) e Santa Cruz** (25º)
BA (2º) – Vitória* (18º) e Bahia** (21º)
CE (3º) – Ceará* (27º)
AL (4º) – CRB** (36º)
RN (5º) – ABC** (31º)
MA (6º) – Sampaio Corrêa** (39º)
PB (7º) – Botafogo** (45º)
SE (8º) – Confiança** (54º)
PI (9º) – River** (60º)
* Fase de grupos do Nordestão 2019
** Fase preliminar do Nordestão 2019

Na fila de espera***
PE (1º) – Náutico (32º lugar)
BA (2º) – Juazeirense (82º)
CE (3º) – Fortaleza (42º)
AL (4º) – ASA (47º)
RN (5º) – América de Natal (43º)
MA (6º) – Moto Club (66º)
PB (7º) – Campinense (70º)
SE (8º) – Sergipe (99º)
PI (9º) – Parnahyba (92º)
*** Entra caso um clube à frente no ranking local conquiste o Estadual 2018

Participação no Nordestão 2019 (20 clubes)
Fase de grupos: os 9 campeões estaduais, os melhores rankeados de PE, BA e CE (3 times) e os 4 classificados na fase preliminar 

Fase preliminar: os melhores rankeados de AL, RN, MA, PB, SE e PI (6 times) e os segundos melhores rankeados de PE e BA (2 times)

Obs. No regional de 2020 valerá o ranking a ser divulgado em 12/2018.

As melhores campanhas do Nordeste no Campeonato Brasileiro, de 1959 a 2017

De 1959 a 2017 foram realizadas 61 edições do Campeonato Brasileiro, considerando a unificação da CBF. Na conta, a Série A (1971-2017), a Taça Brasil (1959-1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970), com formatos bem distintos. Em termos de competitividade, a participação nordestina variou bastante, com números consistentes na primeira década. Ao todo, 15 clubes da região já terminaram ao menos uma vez entre os 10 primeiros colocados – apenas o Rio Grande Norte não emplacou uma classificação do tipo. Foram 68 campanhas neste contexto, sendo que em 19 delas os times chegaram à semifinal. No auge, três títulos e seis vices.

Abaixo, uma compilação do blog com s 20 melhores nordestinos (quando possível) em cada recorte do Brasileirão, tanto em campanhas finais quanto em pontos acumulados. Neste caso, para uniformizar o ranking, a vitória valeu três pontos em todos os jogos – oficialmente, no país, começou em 1995.

Nordestinos na elite em 2018: Bahia, Ceará, Sport e Vitória.

Os clubes do Nordeste com as melhores pontuações no Campeonato Brasileiro na era unificada (1959-2017). Arte: Cassio Zirpoli/D

A unificação ocorreu em 2010, com o Bahia tornando-se, de fato e de direito, bicampeão brasileiro. O tricolor soteropolitano ainda foi vice outras duas vezes (diante do Santos), com os melhores resultados da região. Entretanto, somando todas as campanhas Top Ten, segue com uma campanha a menos que o Sport, que emplacou a 14ª em 2015, ao terminar a Série A em 6º lugar. Dominando o cenário pernambucano na década de 1960, o Náutico somou mais seis campanhas (incluindo cinco no G4!), ocupando o 4º lugar geral. Justamente por ter disputar apenas uma vez a Taça Brasil, o Santa figura em 6º, mesmo tendo resultados melhores que os cearenses na Série A.

As 68 campanhas entre os 10 primeiros colocados (era unidicada):
1º) Sport (14) – 1º (87), 4º (62), 5º (59/63/85/00), 6º (15), 7º (88/98), 8º (78/83), 9º (82) e 10º (81/96)
2º) Bahia (13) – 1º (59/88), 2º (61/63), 4º (90), 5º (60/68/86), 7º (78/94), 8º (76/01) e 10º (62)
3º) Vitória (11) – 2º (93), 3º (99), 5º (13) 7º (66), 8º (65/74/79), 9º (97) e 10º (73/02/08)
4º) Náutico (7) – 2º (67), 3º (65/66), 4º (61/68), 6º (84) e 7º (64)
5º) Ceará (5) – 3º (64), 7º (59/62/85) e 8º (63)
6º) Fortaleza (4) – 2º (60/68), 6º (61/65)
6º) Santa Cruz (4) – 4º (60/75), 5º (78) e 10º (77)
8º) Campinense (2) – 5º (62), 10º (61)
8º) Moto Club (2) – 8º (68), 9º (60)
10º) Fluminense de Feira (1) – 6º (64)
10º) América-CE (1) – 7º (67)
10º) Treze (1) – 8º (67)
10º) Confiança (1) – 9º (64)
10º) Capelense (1) – 10º (60)
10º) Piauí (1) – 10º (68)

Os clubes do Nordeste com as melhores pontuações no Campeonato Brasileiro (1971-2017). Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Campeonato Brasileiro, com esta alcunha, foi iniciado em 1971, com 20 clubes, sendo quatro da região: Bahia, Ceará, Santa e Sport. A partir dali, foram 32 regulamentos diferentes até 2002. No ano seguinte seria implantado o sistema de pontos corridos. Em termos de resultados, há de se destacar o fim dos anos 80, quando Recife e Salvador levaram a “taça das bolinhas”, o troféu mais conhecido, com o Sport em 1987 e o Bahia em 1988. Vitória, vice em 1993, e Santa, semifinalista em 1975, também conseguiram grandes resultados. Desde 1988 há acesso e descenso, período no qual apenas oito times conseguiram disputar a elite (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará, Fortaleza e América de Natal).

As 32 campanhas entre os 10 primeiros colocados (Série A):
1º) Sport (11) – 1º (87), 5º (85/00), 6º (15), 7º (88/98), 8º (78/83), 9º (82) e 10º (81/96)
2º) Vitória (9) – 2º (93), 3º (99), 5º (13) 8º (74/79), 9º (97) e 10º (73/02/08)
3º) Bahia (7) – 1º (88), 4º (90), 5º (86), 7º (78/94) e 8º (76/01)
4º) Santa Cruz (3) – 4º (75), 5º (78) e 10º (77)
5º) Náutico (1) – 6º (84)
5º) Ceará (1) – 7º (85)

Os clubes do Nordeste com as melhores pontuações na Taça Brasil(1959-1968). Arte: Cassio Zirpoli/DP

A Taça Brasil foi a competição criada em 1959 pela CBD, a precursora da CBF, para designar o campeão nacional e o representante do país na recém-criada Libertadores. O mata-mata, bem semelhante à Copa do Brasil,  contava com os campeões estaduais. A particularidade era a pré-classificação de estaduais bem conceituados. O campeão pernambucano, por exemplo, estreou na semifinal algumas vezes, a primeira delas em 1960, com o Santa. Por sinal, mesmo tendo apenas um ponto no ranking geral, o tricolor tem uma 4ª colocação no torneio. O melhor desempenho, em pontos e campanhas, foi do Bahia, o primeiro campeão. Fortaleza (2x) e Náutico (1x) também chegaram à final, com o vice. A Taça Brasil foi extinta em 1968, quando já era realizada paralelamente ao Robertão.

As 36 campanhas entre os 10 primeiros colocados (Taça Brasil):
1º) Bahia (6) – 1º (59), 2º (61/63), 5º (60/68), 10º (62)
1º) Náutico (6) – 2º (67), 3º (65/66), 4º (61/68), 7º (64)
3º) Fortaleza (4) – 2º (60/68), 6º (61/65)
3º) Ceará (4) – 3º (64), 7º (59/62), 8º (63)
5º) Sport (3) – 4º (62), 5º (59/63)
6º) Campinense (2) – 5º (62), 10º (61)
6º) Vitória (2) – 7º (66), 8º (65)
6º) Moto Club (2) – 8º (68), 9º (60)
9º) Santa Cruz (1) – 4º (60)
9º) Fluminense de Feira (1) – 6º (64)
9º) América-CE (1) – 7º (67)
9º) Treze (1) – 8º (67)
9º) Confiança (1) – 9º (64)
9º) Capelense (1) – 10º (60)
9º) Piauí (1) – 10º (68)

Os clubes do Nordeste com as melhores pontuações no Robertão (1967-1970). Arte: Cassio Zirpoli/DP

Apelidado de Robertão, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi uma ampliação do Rio-São Paulo. Inicialmente, em 1967, foram convidados clubes do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. Pernambucanos e baianos foram chamados na 2ª edição. O Bahia representou o seu estado três vezes, com o Náutico presente em 1968, no ano do hexa, e o Santa em 1969 e 1970, no início de sua fase áurea. Foi o único Nacional sem campanhas de destaque do Nordeste.

A melhor colocação nordestina (Robertão):
Bahia (2) – 11º (69/70)

Os clubes do Nordeste com as melhores pontuações na era dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro (2003-2017). Arte: Cassio Zirpoli/D

A era dos pontos corridos no Brasileiro foi iniciada em 2003. Não se trata de um campeonato à parte, mas de um formato mais duradouro na Série A, justamente com os piores desempenhos da região, com apenas oito representantes no período – todos com rebaixamentos. Em 15 edições, até 2017, a melhor campanha foi do Vitória, 5º lugar. Nenhuma vaga na Libertadores foi alcançada.

As 3 campanhas entre os 10 primeiros colocados (pontos corridos):
1º) Vitória (2) – 5º (13) e 10º (08)
2º) Sport (1) – 6º (15)

A regionalização das séries A, B, C e D do Brasileiro de 2018, com 128 clubes

Considerando as suas quatro divisões, o Campeonato Brasileiro de 2018 terá 128 clubes, repetindo a quantidade de participantes de 2017. A nova divisão absoluta é a seguinte: 38 times do Nordeste, 35 do Sudeste, 24 do Sul, 17 do Norte e 14 do Centro-Oeste. Deste total, 60 estão nas três principais divisões, que têm “calendário cheio”, com atividade regular a partir de abril. Com a definição de todos os acessos e descensos, confira abaixo a relação completa nas séries A, B, C e D. Na elite, o futebol nordestino terá a sua maior representatividade na era dos pontos corridos, com quatro clubes. E Recife, Salvador e Fortaleza estão presentes simultaneamente pela primeira vez. Ainda é pouco, mas é um avanço. Não por acaso, em relação às divisões, a participação do Sul-Sudeste varia de 80% na Série A para 33% na Série D. Já o Norte-Nordeste vai de 20% na Série A para 52% na Série D. Sintomático?

Lembrando que Pernambuco terá sete times, sendo 1 na A, 3 na C e 3 na D. A última Segundona sem representantes locais ocorreu em 2012, então com Náutico e Sport na primeira e Santa e Salgueiro na terceirona.

Confira a divisão de regiões na última temporada aqui.

Série A (20 times)
América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Chapecoense, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Paraná, Santos, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória

Nordeste – 4 times (2 baianos, 1 pernambucano e 1 cearense)
Sudeste – 11 times (4 paulistas, 4 cariocas e 3 mineiros)
Sul – 5 times (2 gaúchos, 2 paranaenses e 1 catarinense)
Centro-Oeste – 0
Norte – 0

Série B (20 times)
Atlético-GO, Avaí, Boa Esporte, Brasil-RS, Coritiba, CRB, Criciúma, CSA, Fortaleza, Figueirense, Goiás, Guarani, Juventude, Londrina, Oeste, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa, São Bento-SP e Vila Nova

Nordeste – 4 times (2 alagoanos, 1 cearense, 1 maranhense)
Sudeste – 5 times (4 paulistas e 1 mineiro)
Sul – 7 times (3 catarinenses, 2 gaúchos e 2 paranaenses)
Centro-Oeste – 3 times (3 goianos)
Norte – 1 time (1 paraense)

Série C (20 times)
ABC, Atlético-AC, Botafogo-PB, Botafogo-SP, Bragantino, Confiança, Cuiabá, Globo-RN, Joinville, Juazeirense, Luverdense, Náutico, Operário-PR, Remo, Salgueiro, Santa Cruz, Tombense-MG, Tupi, Volta Redonda e Ypiranga-RS

Nordeste – 8 times (3 pernambucanos, 2 potiguares, 1 baiano, 1 paraibano e 1 sergipano)
Sudeste – 5 times (2 paulistas, 2 mineiros e 1 carioca)
Sul – 3 times (1 gaúcho, 1 paranaense e 1 catarinense)
Centro-Oeste – 2 time (2 mato-grossenses)
Norte – 2 times (1 paraense e 1 acreano)

Série D (68 times)
4 de Julho-PI, Altos-PI, América-RN, Americano-RJ, Aparecidense-GO, ASA-AL, Assu-RN, Atlético-ES, Atlético-SC, Barcelona-RO, Baré-RR, Belo Jardim-PE, Brasiliense-DF, Brusque-SC, Caldense-MG, Campinense-PB, Caxias-RS, Ceilândia-DF, Central-PE, Cianorte-PR, Cordino-MA, Corumbaense-MS, Dom Bosco-MT, Espírito Santos-ES, Ferroviária-SP, Ferroviário-CE, Flamengo-PE, Fluminense de Feira-BA, Guarani-CE, Imperatriz-MA, Independente-PA, Inter de Lages-SC, Interporto-TO, Iporá-GO, Itabaiana-SE, Itumbiara-GO, Jacuipense-BA, Linense-SP, Macaé-RJ, Macapá-AP, Madureira-RJ, Manaus-AM, Maringá-PR, Mirassol-SP, Mogi Mirim-SP, Moto Club-MA, Murici-AL, Nacional-AM, Nova Iguaçu-RJ, Novo Hamburgo-RJ, Novoperário-MS, Novorizontino-SP, Plácido de Castro-AC, Prudentópolis-PR, Real Ariquemos-RO, Rio Branco-AC, Santa Rita-AL, Santos-AP, São José-RS, São Raimundo-PA, São Raimundo-RR, Sergipe-SE, Sinop-MT, Sparta-TO, Treze-PB, Uberlândia-MG, URT-MG e Vitória da Conquista-BA

Nordeste – 22 times (3 pernambucanos, 3 baianos, 3 alagoanos, 3 maranhenses, 2 piauienses, 2 potiguares, 2 cearenses, 2 paraibanos e 2 sergipanos)
Sudeste – 14 times (5 paulistas, 4 cariocas, 3 mineiros e 2 capixabas)
Sul – 9 times (3 gaúchos, 3 paranaenses 3 catarinenses)
Centro-Oeste – 9 times (3 goianos, 2 brasilienses, 2 mato-grossenses e 2 sul-mato-grossenses)
Norte – 14 times (2 paraenses, 2 amazonenses, 2 acreanos, 2 tocantinenses, 2 amapaenses, 2 rondonienses e 2 roraimenses)

Classificação da Série B 2017 – 32ª rodada

A classificação da 32ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesporte2

Empates em 0 x 0 e agonia ampliada. A rodada para os pernambucanos começou com o insosso empate sem gols do alvirrubro, lá em Caxias do Sul. Um resultado que manteve bem distante o sonho de permanência na segundona. Com o ABC vencendo três das últimas quatro partidas, agora ambos têm a mesma pontuação, com a lanterna sendo algo mais próximo do Náutico do que a 16ª posição – hoje a dez pontos de distância. No sábado, os tricolores empataram mais um jogo em casa, desta vez num confronto direto contra a queda. O Santa segue em 18º lugar, mas a diferença para o primeiro time fora do Z4 da Série B do Brasileiro aumentou de cinco para seis pontos.

Na briga pela liderança, o Ceará venceu o Internacional em Porto Alegre e ficou a três pontos de distância. O alvinegro cearense ainda não confirmou o acesso, mas vem em ótima fase e tem seis pontos de vantagem sobre o 5º lugar. Na prática, é, hoje, o time nordestino mais próximo da Série A de 2018.

Resultados da 32ª rodada
Juventude 0 x 0 Náutico
Paraná 1 x 0 Vila Nova
Figueirense 3 x 1 CRB
Oeste 1 x 0 Brasil de Pelotas
Paysandu 1 x 0 Criciúma
Boa Esporte 2 x 2 América-MG
Internacional 0 x 1 Ceará
ABC 3 x 0 Londrina
Santa Cruz 0 x 0 Luverdense
Goiás 1 x 1 Guarani 

Balanço da 32ª rodada
5V dos mandantes (12 GP), 4E e 1V dos visitantes (5 GP)

Agenda da 33ª rodada (horários do Recife)
31/10 (18h30) – Goiás x Criciúma (Serra Dourada), SporTV*
31/10 (20h30) – Paraná x Oeste (Durival Britto)
03/11 (18h15) – Internacional x CRB (Beira-Rio), SporTV*
03/11 (18h15) – Juventude x Ceará (Alfredo Jaconi)
03/11 (20h30) – ABC x Luverdense (Frasqueirão), SporTV*
03/11 (20h30) – Paysandu x Vila Nova (Mangueirão), SporTV*
04/11 (15h30) – Figueirense x Brasil (Orlando Scarpelli), SporTV*
04/11 (16h30) – Guarani x América-MG (Brinco de Ouro)
04/11 (16h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda), Globo*
04/11 (16h30) – Boa Esporte x Londrina (Dilzon Melo)
* Considerando as transmissões para o Recife, fora o Premiere (PPV)

Podcast – Análise dos empates do Santa Cruz no Arruda e do Náutico no Rei Pelé

Série B 2017, 30ª rodada: Santa Cruz 2 x 2 Oeste (Ricardo Fernandes/DP) e CRB 2 x 2 Náutico (Léo Lemos/Náutico)

Tricolores e alvirrubros empataram na 30ª rodada da Série B, cada um com sua característica, trilhando caminhos complicados para a permanência na competição em 2018. O 45 minutos comentou as duas partidas em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais. Terminando, claro, com as respectivas situações na tabela, num debate à parte, mais longo, se estendendo a todos os times na briga contra o rebaixamento. Ao todo, 148 minutos de podcast. Estou nessa. Ouça!

17/10 – Santa Cruz 2 x 2 Oeste (31 min)

17/10 – Náutico 2 x 2 CRB (25 min)

Debate sobre a briga contra o rebaixamento na Segundona (1h32 min)