Sport aplica a maior goleada do Brasileiro sobre a Chapecoense e volta a sair do Z4

Série A 2016, 11ª rodada: Sport 5x1 Chapecoense. Foto: Paulo Paiva/DP

Coletivamente, o Sport fez a sua melhor atuação no Brasileiro de 2016 até o momento. A goleada por 5 x 1 falaria por si só, mas o domínio sobre um adversário duro, com apenas uma derrota em dez apresentações até então, evidencia o comportamento de um time que há poucas semanas não demonstrava sinais de competitividade. Quem se arriscou à Ilha do Retiro no fim do feriadão viu um jogo de apenas uma equipe.

Ainda que a Chapecoense tenha empatado no primeiro lance do segundo tempo, com o ex-rubro-negro Ananias, o jogo seguia aberto, com as jogadas leoninas fluindo, enfim com Everton Felipe. Se a sombra de Rogério fez diferença, talvez seja apenas coincidência, mas o meia (ponta direita no esquema de Oswaldo de Oliveira) foi agudo, teve um bom índice de passes e, acima de tudo, foi inteligente nas jogadas, enxergando o jogo. Viu oportunidades claras em contragolpes bem armados – e bem definidos. Do outro lado, Rodney Wallace, mantido na lateral-esquerda no lugar de Renê, após a suspensão, justificou a oportunidade recebida. E como! Marcou dois gols e foi seguro na cobertura.

Para completar, o maestro do time, Diego Souza, segue implacável na estatística do Sport, colaborando diretamente com todos os (12) pontos conquistados pelo time. Desta vez, meteu um voleio engatando a goleada, a maior da competição. Um resultado que fez a equipe pernambucana, de roupa nova, voltar a respirar, fora da zona de rebaixamento. Sim, o saldo de gols foi determinante. E sem margem para queixas desta vez.

Série A 2016, 11ª rodada: Sport 5x1 Chapecoense. Foto: Paulo Paiva/DP

Após 17 tentativas, o Sport enfim pontua diante do São Paulo na capital paulista

Série A 2016, 10ª rodada: São Paulo 0x0 Sport. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

O São Paulo segue sem sofrer derrotas para times pernambucanos atuando em casa no Brasileiro. É assim desde o primeiro confronto, em 1974, com 34 jogos do Trio de Ferro. O caso do Sport é ainda mais gritante, até então com 17 derrotas em 17 jogos, no cenário mais adversário do clube. A viagem “zerada” ao Morumbi era praxe, com a sensação de que ficar treinando no Recife seria mais produtivo. Mas não é que finalmente o rubro-negro conseguiu pontuar lá?

O empate em 0 x 0 foi importante psicologicamente, acabando a sina, além de deixar o time em condições de sair o Z4 em caso de vitória na próxima rodada, quando receberá a Chape. Pelo primeiro tempo, a expectativa foi até maior, com uma boa atuação, mesmo com míseros 31% de posse, segundo o Footstats. Apesar do pouco tempo com a bola nos pés, o time foi objetivo, com Diego Souza puxando dois ataques, entortando Maicon em ambos. Faltou caprichar nas finalizações. Em busca do G4, Bauza mudou o tricolor na etapa final. Durante 30 minutos, o leão ficou totalmente acuado.

O Sport ainda saiu no lucro, com o árbitro deixando passar um pênalti cometido por Matheus Ferraz, num carrinho incompreensível – com Ronaldo Alves regularizado, a sua titularidade parece fadada. Parte do sufoco se deve ao esgotamento físico, com Diego, Edmílson e Everton caindo de rendimento. Apenas o camisa 87 terminou o jogo, até pela liderança, conduzindo o time, reposicionando os companheiros (Mancha e Luis Antônio), com a autorização de Oswaldo de Oliveira. O susto final, numa bola raspando a meta de Magrão (com boa atuação) só lembrou a dificuldade da missão na capital paulista.

Série A 2016, 10ª rodada: São Paulo 0x0 Sport. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Diego Souza emplaca o primeiro golaço da rodada do Sport no Brasileiro

A arrancada do meio-campo, ganhando de dois marcadores e passando por Cavalieri, rendeu ao meia Diego Souza o “gol da rodada” da Série A. Através do Facegol, a CBF elegeu o lance, que definiu a vitória do Sport sobre o Fluminense, como o mais bonito da 9ª rodada.

O gol de DS87 teve 51% dos votos, segundo a enque promovida na página oficial da confederação no facebook, numa disputa com Marquinhos Gabriel (35%), do Corinthians, e Vitinho (14%), do Internacional. 

Essa é a terceira vez, em 2016, que um clube pernambucano emplaca o golaço da rodada. Grafite já havia sido eleito duas vezes (veja aqui).

Diego Souza decide de novo e Sport supera o Flu, na primeira vitória na Ilha

Série A 2016, 9ª rodada: Sport 2 x 1 Fluminense, com o gol decisivo de Diego Souza. Foto: Rafael Martins/DP

O cenário do Sport era dramático aos 45 minutos do segundo tempo. Afundado na lanterna, sem conseguir vencer em casa, com protestos contra a direção e, sobretudo, contra o lateral-esquerdo Renê, que, além de já viver péssimo momento, ainda recuou de forma inexplicável gerando o gol carioca, aos 39, mostrando pela enésima vez que a Série A não dá espaço para vacilo. E quem vacila sempre, não reage mesmo. Então, espere alguns segundos e veja o meia Diego Souza dando o sprint final, ganhando da marcação.

No domingo, com direito a um toró daqueles no intervalo, o camisa 87 já havia perdido um gol cara a cara, além de ter cabeceado uma bola no travessão, na chance para matar o jogo. Acabou definindo mesmo, mas com emoção além da conta. No último gás, com o time já abatido, voltou a fazer chover, passando por Cavalieri e tocando mansinho, levantando a Ilha, 2 x 1. Reverteu o ambiente à frente, em colapso, para uma festa de quem ainda pode fazer algo no campeonato. E Diego, que trocou justamente o Flu pelo Sport, vem fazendo.

Participou diretamente dos oitos pontos conquistados pelo Leão – nada muito diferente de suas duas primeiras temporadas no Recife. É pouco? É, tanto que o time segue lá na zona de rebaixamento. Agora, imagine sem DS… Gol contra o Fogo (1), assistência contra o Santa (3), gol e duas assistências diante do Galo (1) e gol contra o Fluminense (3). Mais protagonista que em 2015? Talvez porque ainda não tem ninguém tão qualificado tecnicamente para dividir as responsabilidades, como era o caso de André. Que Diego siga fazendo a sua parte. Que a direção também faça a sua, contratando, e que a torcida tente ter o mínimo de paciência. Com todo mundo jogando contra, nem sempre terá jeito.

Série A 2016, 9ª rodada: Sport 2 x 1 Fluminense, com o gol decisivo de Diego Souza. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Ronaldo Alves, a primeira negociação milionária entre clubes pernambucanos

Pernambucano 2016, hexagonal: Náutico 1x1 Sport, com Ronaldo Alves cabeceando. Foto: Paulo Paiva/DP

Post atualizado em 17/06/2016 

O zagueiro Ronaldo Alves estabeleceu duas marcas históricas no futebol pernambucano em 2016. Primeiro, tornou-se o primeiro defensor a terminar o Estadual como artilheiro. Marcou seis gols pelo Náutico – um deles num Clássico dos Clássicos -, ficando à frente de todos os atacantes presentes no hexagonal principal. Agora, entra no acervo como o primeiro jogador envolvido numa transação milionária entre dois clubes do estado.

Até hoje, 28 atletas haviam sido negociados por clubes locais (o trio da capital e o Porto de Caruaru) por ao menos R$ 1 milhão. Sempre para fora da “fronteira”. Desta vez, o acerto ocorreu entre Náutico e Sport. Como o contrato do zagueiro de 26 anos estava na reta final (iria até dezembro), a direção alvirrubra aceitou a proposta leonina, esta pressionada pela péssima campanha na Série A, com lacunas defensivas. Ronaldo firmou até 2019. Com Rogério também contratado, o Sport chegou a cinco compras milionárias neste ano. Cofre aberto…

As compras milionárias do futebol pernambucano:
R$ 3.160.000 (2016) – Lenis, Sport (Argentinos Juniors), 50% dos direitos
R$ 2.500.000 (2016) – Rogério, Sport (São Paulo), 25%
R$ 2.500.000 (2014) – Régis, Sport (Chapecoense), 50%

R$ 2.500.000 (2016) – Diego Souza, Sport (Fluminense), 100%*
R$ 1.100.000 (2016) – Ronaldo Alves, Sport (Náutico), 100%
R$ 1.000.000 (2012) – Kieza, Náutico (grupo de investidores), 30%
R$ 1.000.000 (2016) – Agenor, Sport (Joinville), 50% 

*Pelo acordo com o Flu, os leoninos pagaram 50% na transação, tendo que pagar o restante ao fim do vínculo do meia. 

Considerando o plano real, a negociação de Ronaldo Alves foi a 5ª maior compra de um time local e a 22ª venda no mesmo contexto. Em relação à compra recorde, o colombiano Lenis só não foi destronado porque André não topou a volta ao Leão, cuja oferta ao Corinthians foi de R$ 4 milhões.

Nº de jogadores comprados: Sport 6, Náutico 1
Nº de jogadores vendidos: Sport 15, Náutico 9, Santa Cruz 4, Porto 1

As maiores vendas do futebol pernambucano até 16/06/2016

Com Gabigol e Lucas Lima, o Santos impõe ao Sport a 5ª derrota em 8 jogos

Série A 2016, 8ª rodada: Santos 2x0 Sport, com Gabigol finalizando. Foto: Ivan Storti/Santos FC

A derrota do Sport na Vila Belmiro começou a ser desenhada no domingo. Na manhã, com o revés leonino em Curitiba, incluindo a expulsão do zagueiro Matheus Ferraz, e à noite, com a eliminação precoce da Seleção na Copa América. Isso mesmo. Três dias depois, emendando outro jogo como visitante, o time pernambucano precisou escalar o jovem Oswaldo ao lado de Durval, num claro indício sobre a falta de reposição (efetiva). Do outro lado, o Santos estaria reforçado, antes da hora, pelo atacante Gabigol e pelo meia Lucas Lima.

Com essa soma de fatores e o melhor momento paulista, deu o óbvio. Curiosamente, o Peixe foi bem melhor no primeiro tempo, em branco, diante de um Sport acuado. Segundo o Footstats, teve 63% de posse, finalizando muito mais, 11 x 3. Na segunda etapa, tentando sair do sufoco, o time de Oswaldo Oliveira (1 vitória em 10 jogos no comando) adiantou a marcação e melhorou. Teve chances, mas pecou no problema que vem afundando o time, qualidade.

Do outro lado, Gabigol, que iniciara como titular, foi municiado pelo ex-leonino Lucas Lima, acionado no intervalo. O gol desafogou o jogo, aos 20. No fim, já com três mudanças no visitante, o alvinegro só precisou esperar uma brecha, natural. Aí, foi a vez de Gabriel dar a assistência, com Vitor Bueno fechando a conta, 2 x 0. Além do tabu de nunca ter vencido na casa santista, o Sport chegou a 5 derrotas em 8 jogos no BrasileiroO reforço técnico do Santos durante o jogo contrasta frontalmente com o que (não) vem sendo feito na Ilha .

Série A 2016, 8ª rodada: Santos 2x0 Sport, Lucas Lima no 2º tempo. Foto: Ivan Storti/Santos FC

Com muitas falhas defensivas, Sport perde do Coritiba e volta ao Z4

Série A 2016, 7ª rodada: Coritiba 3x2 Sport. Foto: Coritiba/site oficial

Uma semana de descanso, aclimatação, ambiente mais favorável após a saída do Z4 e um adversário em crise. A manhã de domingo no Couto Pereira indicava uma partida mais segura do Sport, em busca de regularidade, mas o time deixa a gelada capital paranaense (6 graus) com uma derrota repleta de falhas. Sai evidenciando mais uma vez a carência técnica do elenco, enxuto demais em relação às peças efetivas. Lá na frente, os leoninos até corresponderam, com dois gols de Diego Souza, concluindo cruzamentos de Edmílson (quando teve que chutar três vezes para marcar) e de Everton Felipe (pegando o rebote após a cabeçada de Gabriel Xavier). Lá atrás, o calo.

Após os quatro gols do Atlético Mineiro, na Ilha, agora sofreu mais três. Sete gols em dois jogos? Não tem ataque que resolva – e olhe que foram seis tentos nesses mesmos confrontos. Desta vez, três falhas. Por mais que tenha criado algumas oportunidades, o Coritiba se beneficiou de três vacilos dos pernambucanos para balançar as redes. Começou com um gol após cobrança de lateral, inadmissível. Logo no comecinho do segundo tempo, a virada partiu numa bobeada de Matheus Ferraz, que entrega ao menos uma vez por jogo. O zagueiro completaria a atuação lamentável aos 11, expulso. Com um a menos, o empate – àquela altura, DS87 já havia marcado o segundo – já era lucro.

Infelizmente, o Sport sairia mesmo no prejuízo, com Lucas Claro completando um escanteio no qual a defesa quase não se mexeu – Durval até pulou, mas errou o tempo da bola. Com a expulsão de Juan aos 39 e com o longo acréscimo do árbitro, o Leão ainda teve doze minutos em condições de igualdade para buscar um novo empate, mas esbarrou no time já desmontado. Oswaldo tinha sido acionado para zaga, no lugar de Everton Felipe. Lenis entrou sem produzir nada e o volante Ronaldo, improvisado no lugar do suspenso lateral Samuel Xavier, errou demais. Nos descontos, em dois lances seguidos tentou-se uma triangulação entre Serginho, Ronaldo e Lenis. Difícil imaginar algo produtivo aí, Coxa 3 x 2. E o Sport chegou a sete partidas com apenas uma vitória e no Z4. Sem reforços, numa letargia injustificável da direção.

Série A 2016, 7ª rodada: Coritiba 3x2 Sport. Foto: Coritiba/site oficial

Sport e Santa Cruz já articulados para o game Fifa 2017. Juntos após nove edições

Meme: a "capa" do Fifa 2017, com Diego Souza (Sport) e Grafite (Santa Cruz). Arte: Paulo Lima /divulgaçãoi (‏@cravo19)

Os clubes brasileiros começaram a ser licenciados no game Fifa Football em 2001, ainda para Playstation 1 e 2. Até então, versões genéricas. E o processo cresceu, na exigência da documentação e na riqueza de detalhes de cada equipe, com alguns estádios do país já digitalizados, no embalo do avanço tecnológico. Apenas quatro versões contaram com representantes pernambucanos, sendo uma nos últimos sete anos, com o Náutico. Para o 2017, os dois times mais populares do estado devem estar presentes.

O jogo, com lançamento agendado para 29 de setembro, para PS4, PS3, Xbox One e Xbox 360, mira o futebol do país após uma turbulência burocrática. Sport e Santa já entraram em contato com a EA Sports, a produtora, para oficializar a presença. Ato importante, pois a demora tirou o clube do lançamento anterior – apenas 16 times assinaram. Já o tricolor entrou no “mercado” ao retornar à elite, prerrogativa básica – só em casos excepcionais um time da segunda divisão é contratado. Rubro-negros e tricolores não aparecem com nome, escudo, uniforme e elenco oficiais desde 2009 e 2008, respectivamente.

Em relação aos jogadores – leoninos e corais já estão recebendo os contratos para uso de imagem -, astros como Lionel Messi e Cristiano Ronaldo ganham trabalhos minuciosos de digitalização, mas não se surpreenda se Diego Souza e Grafite também chegarem com versões digitais num Clássico das Multidões com a devida chancela. Quanto à capa no post, trata-se de uma versão fictícia. Contudo, em um mercado hiperlocalizado dá para imaginar a vendagem…

Clubes brasileiros no Fifa
2001 – 13 times
2002 – 13 times
2003 – 15 times
2004 – 16 times
2005 – 16 times
2006 – 16 times
2007 – 22 times (Santa Cruz)
2008 – 24 times (Náutico, Santa Cruz e Sport)
2009 – 26 times (Náutico e Sport)
2010 – 20 times (N. Recife e S. Recife, os genéricos de Náutico e Sport)
2011 – 20 times
2012 – 20 times
2013 – 20 times (N. Recife e S. Recife)
2014 – 21 times (Náutico)
2015 – sem times brasileiros
2016 – 16 times
2017 – quantidade indefinida (Santa Cruz e Sport)

Assista ao primeiro trailer do Fifa 2017.

Em empate com oito gols, Sport reage diante do Atlético-MG e sai do Z4

Série A 2016, 6ª rodada: Sport 4 x 4 Atlético-MG. Foto: Paulo Paiva/DP

O sol ainda nem havia ido embora e o placar eletrônico da Ilha do Retiro já havia sido mudado seis vezes. Àquela altura, o jogo já era atípico, com a alternativa formação do Galo (tendo como contraponto a presença de Robinho) construindo um 4 x 2 e freando a reação do mandante em dois momentos. Ao converter um pênalti contestável no último lance antes do intervalo, o atacante parecia ter definido o destino do Sport. Como imaginar a saída do Z4 no domingo? Sairia.

Além da pressão pela zona de rebaixamento, os leoninos ainda não haviam conseguido reagir ao tomar um gol nas três derrotas na competição. Desta vez, quando reagiu, tomou outro em seguida. Mas fazendo valer a partida atípica, o Sport foi buscar, com muita raça e uma boa dose de ousadia tática, se expondo bastante também. Com um gol de Edmílson – quem diria, útil – e outro de Diego Souza, em cobrança de falta, o Sport empatou em 4 x 4, no embalo da torcida, empurrando o time atleticano contra a sua meta por dez minutos.

Uma vitória teria sido demais, mas o pontinho, neste contexto, foi digno. Até pelo susto no fim, com uma bola na trave. O Rubro-negro mereceu os aplausos dos 14 mil torcedores – um número com potencial maior -, que se esforçam para apoiar, mas ainda gritam por mais qualidade, como um escape para Rithely, um lateral-esquerdo, um ponta e mais um centroavante, só pra começar. Em uma semana, a partir da derrota para o Corinthians, caindo para a lanterna, tendo como ponte o Clássico das Multidões, houve evolução coletiva. O que não houve foi um reforço técnico. Sem isso, nem sempre será possível reagir…

Série A 2016, 6ª rodada: Sport 4 x 4 Atlético-MG. Foto: Paulo Paiva/DP

Sport tira a invencibilidade do Santa Cruz e vence pela primeira vez no Brasileiro

Série A 2016, 5ª rodada: Santa Cruz 0x1 Sport. Rafael Martins/Esp. DP

O favoritismo era todo do Santa Cruz, invicto há 18 jogos, com o melhor ataque da competição e diante de um rival combalido, sem poder ofensivo, imerso numa duradoura crise técnica. Mas no futebol o clássico equilibra as ações, e o próprio tricolor, nos primeiros anos de sua retomada, é prova viva disso. Com autoridade, o Sport venceu no Arruda, por 1 x 0, e conquistou a sua primeira vitória na Série A, deixando a última colocação e mostrando um ímpeto que dá alguma esperança para o torcedor nas próximas apresentações.

Mesmo em casa, esperava-se um Tricolor com menos posse de bola, armado para os contragolpes. Vem sendo assim desde a chegada de Milton Mendes. Só não foi outra vez por causa do gol marcado por Edmílson logo aos oito minutos. De bico, Diego Souza deixou o atacante cara a cara com Tiago Cardoso. Ganhou na dividida e mandou para as redes, chegando ao seu primeiro gol no clube em sua terceira finalização – havia chutado duas vezes contra o Corinthians. O antecessor, Vinícius Araújo, passou 213 minutos sem finalizar.

Série A 2016, 5ª rodada: Santa Cruz 0x1 Sport. Rafael Martins/Esp. DP

Em vantagem, o Leão ganhou o mínimo de calma necessária para jogar em um campeonato tão disputado. Sem afobação, esperando o rival, que fatalmente sairia de sua característica. Dito e feito, com o tricolor tendo 51,7% de posse na primeira etapa – até então, sempre tinha menos. Se já não parecia ser a noite do Santa, a expulsão do estreante Roberto – o lateral-esquerdo tomou dois amarelos -, aos 26 do segundo tempo, só tornou a situação inglória.

Em todo o jogo, os corais só acertaram a meta de Magrão uma vez. Grafite, de contrato renovado até o fim de 2017, esteve bem cercado por Durval. Do outro lado, um massacre, com dez bolas contra o goleiro coral, que hora salvou, hora apenas torceu, como nas bolas na trave de Gabriel Xavier e Everton Felipe. Lances já na reta final, com o esquema de contra-ataques (do Sport) encaixado e com DS87 ditando ritmo. O placar magro saiu barato para o mandante. No primeiro Clássico das Multidões na elite em quinze anos, o Sport impôs outra marca. Voltou a ficar em vantagem no número de vitórias no Arruda: 51 x 50.

Série A 2016, 5ª rodada: Santa Cruz 0x1 Sport. Rafael Martins/Esp. DP