Cazá do Sport é inaugurada e encerra longo hiato sem loja oficial na Ilha

Loja "Cazá do Sport". Foto: Williams Aguiar/Sport

A loja oficial do Sport, na Ilha do Retiro, foi reaberta com novo nome, Cazá do Sport. Administrada pelo clube, o estabelecimento de 500 metros quadrados abriu com a linha leonina 2015/2016, produzida pela Adidas, tanto de futebol quanto de basquete, e com os produtos licenciados do rubro-negro. No novo ambiente, completamente vermelho e preto, há um espaço reservado para eventos (como lançamento de uniformes), com telão. Na inauguração, liberada apenas para sócios, filas de 20 minutos para entrar na loja.

A área comercial passou 21 meses fechada, desde o encerramento do contrato com a Filon, parceira da Lotto, a antiga fornecedora de material esportivo do Sport. A empresa já havia assumido o lugar da Roxos e Doentes, a operadora na época da inauguração, em 29 de fevereiro de 2008, ainda como Espaço SportDesde o fechamento, em abril de 2014, já com os uniformes da marca alemã, o hiato comercial foi enorme, com o Rubro-negro contando apenas com a Embaixada da Ilha, uma série de quiosques espalhados nos shoppings

Agora, os três grandes clubes do estado voltam a ter lojas oficiais no Recife.

Loja "Cazá do Sport". Foto: Sport/facebook

Loja "Cazá do Sport". Foto: Sport/facebook

Loja "Cazá do Sport". Foto: Sport/facebook

Loja "Cazá do Sport". Foto: Williams Aguiar/Sport

Ex-Store, Loja do Santa Cruz reabre no Arruda após a troca de administração

A Santa Cruz Store foi inaugurada em 1º de junho de 2009, sendo a primeira loja oficial do clube, em um espaço de 230 metros quadrados dentro da sede, na Avenida Beberibe. Na época, a abertura foi marcada pelo lançamento de edição limitada de uma camisa em homenagem à volta da Seleção Brasileira ao Arruda após 14 anos. O contrato de concessão foi feito com a rede GolStore!, de Florianópolis. Porém, a insatisfação com a operação, com a recorrente falta de produtos, levou o Tricolor a um distrato, já na gestão de Alírio Moraes.

Após um tempo fechada, a loja foi reaberta neste 23 de janeiro de 2016, com as mesmas dimensões, mas agora rebatizada como Loja do Santa Cruz e administrada pela PE Retrô. reinauguração foi prestigiada pelos atacantes Nunes e Grafite, ídolos do passado e presente, e contou novamente com a apresentação de uma camisa especial, desta vez uma homenageando o Cabelo de Fogo, destaque entre 1976 e 1978. Nas demais prateleiras, um mix de 140 produtos licenciados pelo clube, com a linha completa de uniformes (da Penalty), camisas retrô (da própria PE Retrô) e acessórios a partir de 39 reais. 

Atualização: a loja, já com site oficial, passa a ser chamada “Loja Cobra Coral”.

Inauguração da Loja do Santa Cruz, em 23/01/2016. Crédito: TV Coral/Santa Cruz (reprodução)

Inauguração da Loja do Santa Cruz, em 23/01/2016. Crédito: TV Coral/Santa Cruz (reprodução)

Inauguração da Loja do Santa Cruz, em 23/01/2016. Crédito: TV Coral/Santa Cruz (reprodução)

Inauguração da Loja do Santa Cruz, em 23/01/2016. Crédito: TV Coral/Santa Cruz (reprodução)

Futebol ignora crise com uma transação internacional a cada 38 minutos em 2015

O número de jogadores que trocaram de clubes em transações internacionais em 2015, segundo a Fifa/TMS. Arte: Cassio Zirpoli/DP (via Infogram)

Por dia, 37 transferências internacionais são registradas no futebol. Isso corresponde a uma negociação firmada a cada 38 minutos. Ao todo, foram 13.558 contratos em 2015, segundo o balanço anual do Transfer Matching System, divulgado em 21 de janeiroA sigla “TMS” se refere ao sistema eletrônico criado há cinco anos pela Fifa para registrar oficialmente todas as negociações entre clubes de países distintos, numa operação feita na Suíça. O levantamento considera empréstimo, venda, fim de contrato e jogadores livres.

Ainda que o mundo esteja tentando driblar a crise, no futebol as cifras só aumentam. No último ano, as transferências globais envolveram US$ 4,18 bilhões (R$ 17,1 bi), com média de 308 mil dólares por jogador. De acordo com o relatório, o destaque anual é a óbvia expansão chinesa, com reflexo direto no Brasil, com 16 jogadores (entre os melhores da Série A) negociados para o país asiático. Segundo a avaliação, aliás, o mercado brasileiro estaria em declínio.

O TMS engloba 6,5 mil clubes, incluindo o Trio de Ferro. Entre os principais exemplos locais, a venda de Joelinton, do Sport para o Hoffenheim por 2,4 milhões de dólares, a contratação de Grafite, do Al-Sadd do Catar para o Santa, e a saída de Josimar, liberado pelo Náutico para o Al Fateh, da Arábia Saudita.

Em 2016, as duas janelas brasileiras serão de 23/01 a 16/04 e de 22/06 a 21/07.

O gasto dos clubes nas transações internacionais em 2015, segundo a Fifa/TMS. Arte: Cassio Zirpoli/DP (via Infogram)

Nunes, a midiática e milionária venda do Santa Cruz, disputado por Real e Flu

Revista Placar de setembro de 1978, com a venda de Nunes, do Santa Cruz para o Fluminense

Em setembro de 1978, o Fluminense pagou 9 milhões de cruzeiros pelo passe do atacante Nunes, astro do Santa Cruz. Foi a maior transação do futebol brasileiro naquele ano, estampando a capa da edição 437 da revista Placar.

“Super-Flu faz um gol de 9 milhões”

Manchete justa, pois o Cabelo de Fogo era um dos principais atacantes do país, havia sido convocado para a Copa do Mundo em junho – foi cortado por causa de uma lesão – e estava na mira do Real Madrid. Com 86 gols em 152 jogos no Arruda, o Tricolor até tentou segurá-lo. Primeiro, recusou Cr$ 5 milhões do time espanhol, um valor já recorde no estado, conforme o Diario de Pernambuco em 11 de julho. Em seguida, o Flu ofereceu 7 milhões. Balançou, mas rechaçou. 

Uma semana depois, a investida final dos cariocas: Cr$ 9 milhões. Quase um “clube chinês”. Na época, a cotação do dólar era 19,25 cruzeiros. Ou seja, Nunes saiu por 467 mil dólares – inferior só a Palhinha, do Cruzeiro para o Corinthians em 1977 por US$ 1 milhão. Pela inflação, um dólar em 1978 equivaleria a quatro hoje. Em dados atuais o passe teria custado US$ 1,87 mi. Convertendo para a atual moeda do país, em janeiro de 2016, R$ 7,7 milhões.

Confira as maiores negociações de Pernambuco no Plano Real clicando aqui

No Rio, Nunes brilharia mesmo no Flamengo, decidindo o Mundial de 1981. Não por acaso, foi homenageado no Troféu Chico Science 2016, entre Santa e Fla.

Cazá do Sport, a nova loja oficial do Leão

A nova loja oficial do Sport, em 2016. Foto: João de Andrade Neto/DP

O Sport inaugurou a Espaço Sport, a sua primeira loja oficial, em 29 de fevereiro de 2008. A área de 500 metros quadrados anexa à sede foi inicialmente administrada pela Roxos e Doentes, seguindo para a Filon, parceira da Lotto, antiga fornecedora de material esportivo do clube. A loja ficou aberta até abril de 2014. Desde então, já com os uniformes da Adidas, o lugar ficou vago, com o Rubro-negro contando apenas com a Embaixada da Ilha, uma série de quiosques espalhados nos shoppings da cidade. Entretanto, o uso do espaço na Abdias de Carvalho está perto de ser retomado, em 27 de janeiro de 2016.

Rebatizada de Cazá do Sport, a loja agora será operada pelo próprio clube, com toda a linha da Adidas e a liberdade para comercializar qualquer produto licenciado do Leão, de escova de dentes e jogos de videogame. As imagens internas, feitas pelo torcedor Fred Duarte, expõem o amplo ambiente para a apresentação de uniformes – e o Sport tem lançado inúmeras coleções. A antiga rede chegou a ter uma franquia em Boa Viagem, aberta em 2012. Por enquanto, o plano é viabilizar a loja na Ilha, para só depois expandir.

A nova loja oficial do Sport, em 2016. Foto: Fred Duarte/twitter (@FredinhoDuarte)

A nova loja oficial do Sport, em 2016. Foto: Fred Duarte/twitter (@FredinhoDuarte)

A nova loja oficial do Sport, em 2016. Foto: Fred Duarte/twitter (@FredinhoDuarte)

A nova loja oficial do Sport, em 2016. Foto: Fred Duarte/twitter (@FredinhoDuarte)

As 69 taxas no cartório da Federação Pernambucana de Futebol em 2016

A última resolução oficial da FPF em 2015, em 29 de dezembro, decidiu os valores das taxas administrativas da entidade para a temporada 2016. Além da conhecida cobrança de 8% sobre todas as rendas brutas do Campeonato Pernambucano, a federação dispõe de uma planilha de emolumentos para qualquer movimentação do futebol local, para clubes profissionais e amadores. Uma espécie de “cartório do futebol”, com 69 opções, de R$ 30 a R$ 750 mil.

Os encargos (abaixo) estão divididos em 13 tópicos, como filiação profissional (o maior valor), mudança de sede, licenças e anuidades, transferências de jogadores calculadas pelos salários (de 2 a mais de 50 salários mínimos) e rescisões de contrato. Segundo o ato 32/2015, publicado no site da federação, só há isenção na primeira via da certidão para efeitos de aposentadorias (até 5 anos), na primeira solicitação para mudança na tabela, dentro do prazo, e nas licenças para amistosos, caso sejam agendados na pré-temporada.

Em relação às taxas dos jogos, vale citar os dados as três últimas edições do Estadual, de 2013 a 2015, quando a cobrança subiu de 6% para 8% – a maioria das federações cobra 5%. Foram 399 partidas, com R$ 24.514.143 de bilheteria. A FPF abocanhou R$ 1.961.131. Somando tudo isso, entende-se o patrimônio líquido de R$ 11,5 milhões. Só em 2014 o lucro foi de R$ 1,3 milhão.

Valores das taxas de emolumentos administrativos da FPF em 2016. Crédito: reprodução

Valores das taxas de emolumentos administrativos da FPF em 2016. Crédito: reprodução

Valores das taxas de emolumentos administrativos da FPF em 2016. Crédito: reprodução

Os primeiros nordestinos patrocinados pela Caixa em 2016, Sport, Vitória e CRB

Sport, Vitória e CRB, patrocinados pela Caixa desde 2014

A Caixa Econômica Federal confirmou, através do Diário Oficial da União, os dez primeiros clubes patrocinados em 2016. Entre os times de contrato assinado, tendo como novidade Cruzeiro e Galo, segundo a curta nota na página 78 da edição desta terça, seguem presentes três nordestinos. Sport e Vitória, com R$ 6 milhões cada, e o CRB, o único da Série B até o momento, com R$ 1 milhão. O trio, representando parte do mercado de Recife, Salvador e Maceió, expõe a marca como “master” no uniforme desde 2014 – a empresa pública havia despontado como a maior investidora do futebol brasileiro dois anos antes.

Apesar da renovação, a estagnação. O patamar financeiro dos dois rubro-negros, o mesmo da dupla Atletiba, por exemplo, está congelado desde o início da parceria. Em relação aos dez contratos divulgados, a nota publicado no DOU justifica o fato de não haver necessidade para fazer uma licitação no processo devido ao artigo 25 da Lei 8.666. Neste formato de patrocínio, além do óbvio acordo com o banco, o clube precisa ter em mãos as certidões negativas de débito, uma exigência no processo com a Caixa – os documentos de órgãos públicos declaram que não existem pendências.

Nordestinos em negociação: Bahia, Santa Cruz, Náutico, Ceará e Fortaleza.

Clubes patrocinados pela Caixa em 2016*
Flamengo R$ 25 milhões
Cruzeiro – R$ 12,5 milhões
Atlético-MG – R$ 12,5 milhões
Sport – R$ 6 milhões
Vitória – R$ 6 milhões
Atlético-PR – R$ 6 milhões
Coritiba – R$ 6 milhões
Chapecoense – R$ 4 milhões
Figueirense – R$ 4 milhões
CRB – R$ 1 milhão

Nordestinos na Caixa (valores por temporada)
2016*
Série A – Sport e Vitória (ambos R$ 6 milhões)
Série B – CRB (R$ 1 mi)
* Até o momento.

2015
Série A – Sport (R$ 6 mi)
Série B – Vitória (R$ 6 mi), ABC (R$ 2 mi) e CRB (R$ 1 mi)

2014
Série A – Sport e Vitória (ambos R$ 6 mil)
Série B – ABC e América-RN (ambos R$ 2 mi)
Série C – CRB e ASA (ambos R$ 500 mil)

Confira a projeção de patrocínio da Caixa para outros clubes na temporada aqui.

Os patrocínios da Caixa no futebol em 2016, incluindo Sport e Santa Cruz

Valores das cotas de patrocínio da Caixa Econômica Federal em 2016, segundo reportagem da globo.com

Em 2014, quando entrou no futebol, a Caixa Econômica Federal patrocinou nada menos que 15 times das Séries A, B e C, sendo seis do Nordeste, incluindo o Sport. Um investimento de R$ 111,9 milhões. Em 2015, o momento econômico instável do país parecia indicar um freio neste gasto da Caixa, mas o noticiário em janeiro de 2016 aponta uma injeção R$ 188 milhões em 16 clubes. Uma ampla reportagem do globo.com projetou os valores de cada clube.

Após dois anos recebendo R$ 6 milhões, o Leão negocia um aumento para R$ 7,5 milhões no ano. A novidade é a inclusão do Santa, que enfim conseguiu as certidões negativas de débito, uma exigência no processo com o banco estatal – os documentos de órgãos públicos declaram que não existem pendências. Os corais receberiam R$ 3,5 milhões, o menor valor entre os integrantes da Série A, junto ao América. Porém, as duas receitas podem ser maiores.

O blog apurou que a cota do Rubro-negro pode chegar a R$ 8 mi, com o Tricolor recebendo até R$  6 mi – ambos, até janeiro, sem assinatura. Pelo quadro, o valor faria mais sentido, ficando no patamar entre Coxa, Furacão, Vitória e Chape. Talvez o fato de ser o primeiro contrato puxe para baixo. Dos times listados, só um está na B, o Vasco. Entretanto, as negociações para mais times na Segundona não estão descartadas. Desde fevereiro de 2014 se articula a entrada do Trio de Ferro, inclusive politicamente. O Náutico também pode pintar em 2016 – receberia no máximo R$ 2 milhões. Ainda na região, o Bahia divulgou que conseguiu todas as certidões, num claro indício para este negócio.

Sobre o quadro divulgado, causa surpresa, sem dúvida, os R$ 17 milhões ao Botafogo, bem acima de Cruzeiro e Atlético-MG, que ganharam tudo nos últimos anos (Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil) e contam com públicos bem maiores, em projeção de torcida, consumo de pay-per-view e número de sócios, por exemplo. O endereço carioca certamente deve ter influenciado nisso.

Os centros de treinamento de Náutico, Sport e Porto no Google Maps em 2016

A partir do Google Maps, via satélite, vamos a um passeio nos três principais centros de treinamento do futebol pernambucano. No Grande Recife, os CTs Wilson Campos, do Náutico, e José de Andrade Médicis, do Sport, ambos selecionados para a Copa do Mundo de 2014, e em Caruaru no Ninho do Gavião, com o status de melhor centro preparatório do interior da região.

Confira também um post com os estádios no mesmo ângulo aqui.

entro de Treinamento Wilson Campos, do Náutico na Guabiraba. Imagem: Google Maps/janeiro de 2016

CT Wilson Campos (Náutico), desde 1999
Área: 49 hectares
Local: Guabiraba (Recife)
Campos oficiais: 4
Minicampos: 1

Após o acordo com a Odebrecht, assinando com a Arena Pernambuco por 30 anos, o Alvirrubro recebeu um investimento milionário para concluir a infraestrutura do CT, com direito a um dormitório com 50 lugares. Antes da Copa, recebeu da Prefeitura do Recife um sistema de iluminação para o gramado principal. O projeto original ainda prevê a construção de mais dois campos. Hoje, carece de um aparelhamento melhor. Espanha (Copa das Confederações) e Costa Rica (Copa do Mundo) treinaram lá.

Centro de Treinamento José de Andrade Médicis, do Sport, em Paratibe. Imagem: Google Maps/janeiro de 2016

CT José de Andrade Médicis (Sport), desde 2008
Área: 8,4 hectares
Local: Paratibe (Recife)
Campos oficiais: 5
Minicampos: 0

Mais de R$ 15 milhões foram investidos no empreendimento comprado junto ao Intercontinental, recebendo o mesmo investimento da Prefeitura feito ao rival, com os refletores do campo principal. O acesso também foi asfaltado visando o Mundial de 2014. O centro já recebeu a preparação das seleções do Uruguai e do Brasil Olímpico. Entre as lacunas no projeto original, um dormitório para a base e uma sala de imprensa.

entro de Treinamento Ninho do Gavião, do Porto, em Caruaru. Imagem: Google Maps/janeiro de 2016

CT Ninho do Gavião (Porto), desde a década de 1990
Área: 20 hectares
Local: Caruaru
Campos oficiais: 3
Minicampos: 2

Inicialmente com dois campos, o primeiro CT do estado foi ampliado após as primeiras negociações com revelações da casa, como Josué, Araújo e Nildo, ganhando mais um campo oficial e outro minicampo. O local, abastecido por três açudes, já recebeu três times ao mesmo tempo. Em janeiro de 2010, Porto, Central e Santa Cruz treinaram no local na mesma tarde visando o Estadual.

Obs. Idealizado em 2012, o Centro de Treinamento Rodolfo Aguiar, do Santa Cruz, ainda não saiu do papel. O projeto original prevê três campos oficiais.

A simples dúvida entre Arena e Arruda para Brasil x Uruguai já expõe os problemas do empreendimento

Seleção Brasileira entre Arena Pernambuco e Arruda. Arte: Cassio Zirpoli, com fotos de Ana Araújo-Faquini/ Portal da Copa (Arena) e mapio.net (Arruda)

As seleções de Brasil e Uruguai vão se enfrentar no Recife em 24 de março, pela quinta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. O palco natural da disputa entre Neymar e Luis Suárez seria a Arena Pernambuco, a parceria público-privada idealizada para abrigar a Copa das Confederações e o Mundial, atendendo inteiramente à versão mais recente do caderno de encargos da Fifa. Um empreendimento moderno, mas cercado de problemas. Na licitação, na construção e na operação. Até hoje não se sabe o valor oficial da obra, que pode chegar a R$ 743 milhões, num número ainda em discussão na justiça.

Erguido em São Lourenço, o estádio foi apontado já em sua concepção como a nova casa da Seleção. Não por acaso, o amistoso Brasil 8 x 0 China, em 2012, foi celebrado como a despedida do Arruda. Com a confirmação do jogo em 2015, o nome no ingresso seria praxe. Seria. A dois meses do clássico, a CBF ainda não chegou a um acordo com a administração da arena. No Rio de Janeiro, o repórter Wellington Campos, que cobre o dia a dia da confederação, informou que se a pedida for muito alta, o jogo será transferido para o Arruda.

O Mundão já abrigou dois jogos pelas Eliminatórias, contra Bolívia (1993) e Paraguai (2009), com o recorde de público (96.990) no histórico 6 x 0 na arrancada do Tetra. A casa do Santa segue com capacidade ampla – apesar da redução para 60 mil – e estrutura adequada aos atletas. Porém, a não realização de um jogo deste porte na Arena seria uma desmoralização do projeto, tão criticado pelo recorrente déficit e pela mobilidade complicada. O presidente da FPF, Evandro Carvalho, considera mínima a possibilidade de mudança (eu também). Mas só a dúvida já coloca o governo do estado em xeque…

Esta será a terceira partida seguida da Canarinha no Nordeste. Nas duas apresentações anteriores, duas arenas foram utilizadas.

Castelão
13/10/2015 – Brasil 3 x 1 Venezuela (38.970 pessoas, R$ 2.722.220)

Fonte Nova
17/11/2015 – Brasil 3 x 0 Peru (45.558 pessoas, R$ 4.186.790)