Ranking de pontos da Série A de 1971 a 2015, com 35 clubes nordestinos

Ranking de pontos do Campeonato Brasileiro (Série A) de 1971 a 2015

Série A, Brasileirão, Nacional… O Campeonato Brasileiro já teve inúmeras alcunhas desde a sua criação em 1971, através da CBD, a precursora da CBF, sucedendo o Torneio Roberto Gomes Pedrosa e a Taça Brasil, hoje unificados. Na pioneira edição, vencida pelo Atlético Mineiro, o nome oficial foi “Campeonato Nacional de Clubes”, popularmente chamado de “Copão” por torcedores e imprensa na ocasião. Desde então, foram 45 edições, com a participação de 129 clubes na primeira divisão, sendo 35 representantes do Nordeste (lista abaixo). No ranking de pontos, o hexacampeão São Paulo lidera com 1.868 pontos, com 69 à frente do Inter, na seca de 1979, quando chegou ao tri.

Até hoje, quatro times pernambucanos jogaram a elite, com o seguinte número de participações: Sport 34, Náutico 27, Santa 20 e Central 2. O Leão finalmente ultrapassou o Bahia no retrospecto justamente na última rodada de 2015, quando venceu a Ponte em Campinas, com um gol de Diego Souza (952 x 951). Porém, no âmbito regional, segue atrás do Vitória, de volta à elite e com a confortável vantagem de 37 pontos. Também garantido em 2016, o Santa Cruz irá estrear na década, em busca do tempo perdido. Para subir na lista geral, precisa tirar 72 pontos de diferença em relação ao Paraná – na prática, basta ficar dois anos na Série A, com o adversário seguindo na B. Mesmo na Segundona, o Náutico não sofre ameaça sobre o 4º lugar regional. 

O levantamento do site Bola na Área, somando todas as campanhas, considera a pontuação de cada edição, com 2 pontos por vitória até 1994, tendo como exceção 1975 (três pontos com triunfos superiores a dois gols de vantagem) e 1988 (3 pontos por vitória e 2 pontos por empate seguido de vitória nos pênaltis).

Ranking do Nordeste (colocação geral)
1º) Vitória – 989 pontos (16º)
2º) Sport – 952 pontos (17º)
3º) Bahia – 951 pontos (18º)
4º) Náutico – 593 pontos (23º)
5º) Santa Cruz – 461 pontos (26º)
6º) Ceará – 357 pontos (29º)
7º) Fortaleza – 313 pontos (32º)
8º) América-RN – 204 pontos (38º)
9º) CSA – 162 pontos (44º)

10º) CRB – 108 pontos (47º) 
11º) Botafogo-PB – 107 pontos (49º)
12º) ABC – 94 pontos (54º)
13º) Tiradentes-PI – 88 pontos (55º)
14º) Sergipe – 81 pontos (59º)
15º) Sampaio Corrêa – 73 pontos (64º)
16º) Treze – 70 pontos (67º)
17º) Moto Club – 57 pontos (72º)
18º) Flamengo-PI – 47 pontos (77º)
19º) Confiança – 44 pontos (79º)
20º) Campinense – 42 pontos (80º)
21º) Ferroviário – 39 pontos (86º)
22º) River – 35 pontos (88º)
23º) Itabaiana – 33 pontos (91º)
24º) Leônico-BA – 32 pontos (92º)
25º) Central – 25 pontos (98º)
26º) Maranhão – 23 pontos (102º)
27º) Fluminense-BA – 23 pontos (103º)
28º) Itabuna – 19 pontos (107º)
29º) ASA – 15 pontos (110º)
30º) Galícia – 14 pontos (112º)
31º) Piauí – 9 pontos (117º)
32º) Potiguar – 7 pontos (120º)
33º) Auto Esporte-PI – 6 pontos (121º)
34º) Alecrim – 5 pontos (125º)
35º) Catuense – 2 pontos (127º)

Confira o ranking na era dos pontos corridos (2003-2015) clicando aqui.

Os clássicos mais antigos do país, com Náutico, Sport e Santa Cruz desde 1917

Os primeiros registros fotográficos do Náutico (1910), Sport (1905) e Santa Cruz (1917)

Os três clássicos pernambucanos estão entre os quinze mais antigos do país, iniciados ainda nos primórdios da era amadora. Considerando a lista com os confrontos estaduais mais tradicionais, Náutico x Sport só não figurou em segundo lugar por causa de uma semana, perdendo o posto para o Grenal. Fundado como alvinegro, o Santa Cruz mudou para o padrão “cobra-coral” dois meses antes do primeiro embate contra o Sport, no antigo campo do British Club, que já havia sido o palco do pioneiro Clássico dos Clássicos. Já o primeiro capítulo do Clássico das Emoções, válido por um torneio beneficente em 1917, aconteceu nos Aflitos, na época ainda pertencente à Liga Sportiva Pernambucana – somente no ano seguinte passaria para o clube alvirrubro.

Relembre os primeiros times de Náutico, Sport e Santa Cruz clicando aqui.

O primeiro jogo
1º) Fluminense 6 x 0 Botafogo (Clássico Vovô), 22/10/1905
2º) Grêmio 10 x 0 Internacional (Gre-Nal), 18/07/1909
3º) Náutico 3 x 1 Sport (Clássico dos Clássicos), 25/07/1909
4º) Ponte Preta x Guarani* (Dérbi Campineiro), 24/03/1912
5º) Fluminense 3 x 2 Flamengo (Fla-Flu), 07/07/1912
6º) Botafogo 1 x 0 Flamengo (Clássico da Rivalidade), 13/03/1913
7º) Santos 6 x 3 Corinthians (Clássico Alvinegro), 22/06/1913
8º) Atlético-MG 1 x 1 América-MG (Galo x Coelho), 15/11/1913
9º) Remo 2 x 1 Paysandu (Re-Pa), 10/06/1914
10º) ABC 4 x 0 América-RN (Clássico Rei), 26/09/1915

11º) Santos 7 x 0 Palmeiras (Clássico da Saudade), 03/10/1915
12º) Sport 2 x 0 Santa Cruz (Clássico das Multidões), 06/05/1916
13º) CSA 1 x 0 CRB (Clássico das Multidões), 07/09/1916

14º) Palmeiras 3 x 0 Corinthians (Derby Paulista), 06/05/1917
15º) Santa Cruz 3 x 0 Náutico (Clássico das Emoções), 29/06/1917
16º) Ceará 2 x 0 Fortaleza (Clássico Rei), 17/12/1918
17º) Cruzeiro 3 x 0 Atlético-MG (Raposa x Galo), 17/04/1921
18º) América-MG 2 x 0 Cruzeiro (Coelho x Raposa), 10/07/1921

19º) Vasco 3 x 2 Fluminense (Clássico dos Gigantes), 11/03/1923
20º) Vasco 3 x 1 Botafogo (Clássico da Amizade), 22/04/1923
21º) Vasco 3 x 1 Flamengo (Clássico dos Milhões), 29/04/1923
22º) Figueirense 4 x 3 Avaí (Clássico da Capital), 13/04/1924
23º) Coritiba 6 x 3 Atlético-PR (Atletiba), 08/06/1924
24º) São Paulo 2 x 2 Palmeiras (Choque-Rei), 30/03/1930
25º) Santos 2 x 2 São Paulo (San-São), 11/05/1930
26º) Corinthians 2 x 1 São Paulo (Majestoso), 25/05/1930
27º) Bahia 3 x 0 Vitória (Ba-Vi), 18/09/1932
* Resultado desconhecido.

O recorde de público
A partir da lista dos clássicos mais antigos, confira os maiores públicos de cada um, com o blog atualizando os dados do site RSSSF, focado em história do futebol. Todos os seis clássicos cariocas ocorreram no Maracanã, enquanto o seis confrontos paulistas foram realizados no Morumbi. No Recife, o mesmo cenário, com o Arruda. Dos três recordes, o mais recente é justamente o Clássico da Multidões, no histórico embate entre Leonardo e Mancuso.

1º) Flamengo 0 x 0 Fluminense, 194.603 (15/12/1963)
2º) Vasco 1 x 1 Flamengo, 174.770 (04/04/1976)
3º) Botafogo 3 x 0 Flamengo, 158.994 (15/12/1962)
4º) Vasco 2 x 0 Botafogo, 149.005 (28/04/1968)
5º) Fluminense 1 x 0 Botafogo, 142.339 (27/06/1971)
6º) Cruzeiro 1 x 0 Atlético-MG, 129.296 (04/05/1969)
7º) Fluminense 0 x 0 Vasco, 128.781 (27/05/1984)
8º) Palmeiras 2 x 0 Santos, 127.723 (15/08/1978)
9º) São Paulo 1 x 0 Santos, 122.535 (16/11/1980)
10º) Palmeiras 1 x 0 Corinthians, 120.902 (22/12/1974)
11º) Corinthians 1 x 1 Santos, 120.782 (20/03/1977)
12º) São Paulo 3 x 2 Corinthians, 119.858 (05/12/1982)
13º) São Paulo 0 x 0 Palmeiras, 119.113 (17/06/1979)
14º) Bahia 1 x 1 Vitória, 97.240 (07/08/1994)
15º) Inter 1 x 1 Grêmio, 85.072 (30/05/1971)
16º) Atlético-MG 2 x 0 América-MG, 82.960 (16/03/1969)

17º) Náutico 0 x 2 Sport, 80.203 (15/03/1998)
18º) Santa Cruz 1 x 1 Sport, 78.391 (21/02/1999)
19º) Santa Cruz 1 x 1 Náutico, 76.636 (18/12/1983)
20º) Remo 1 x 0 Paysandu, 65.000 (11/07/1999)
21º) Cruzeiro 2 x 0 América, 62.589 (20/12/1992)

22º) Ceará 0 x 0 Fortaleza, 60.363 (06/10/1991)
23º) Coritiba 0 x 0 Atlético-PR, 55.164 (17/12/1978)
24º) América-RN 2 x 1 ABC, 50.486 (04/07/1976)

25º) Guarani 2 x 0 Ponte Preta, 38.948 (03/06/1979)
26º) CSA 1 x 1 CRB, 26.435 (02/09/1981)

27º) Figueirense 2 x 1 Avaí, 23.375 (25/07/1999) 

Os campeões nacionais de 1959 a 2015

A partir do ranking levantado pelo blog, confira a divisão entre as cinco competições nacionais no Brasil de 1959 a 2015, com a divisão em cada torneio. Ao todo, 22 clubes já levantaram uma taça de elite no país.

O gráfico enumera as seguintes competições oficiais: Taça Brasil (1959/1968), Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970), Série A (1971/2005), Copa do Brasil (1989/2015) e Copa dos Campeões (2000/2002).

O ranking de títulos nacionais de elite, com 89 estrelas douradas no Brasil

Ranking de títulos nacionais de elite no Brasil de 1959 a 2015. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Em sua 27ª edição, a Copa do Brasil finalmente foi decidida nos pênaltis. E o Palmeiras superou o Santos com o goleiro Fernando Prass acertando a cobrança decisiva, no primeiro título alviverde em sua nova e moderna casa, o Allianz Parque. A conquista consolidou o alviverde como o maior campeão nacional. São nada menos que 12 troféus em todas as competições de elite na história do futebol brasileiro. A galeria tem três taças a mais que os concorrentes mais próximos, Santos, Flamengo e Corinthians.

Assim, encerrando 2015 com os títulos do Timão no Brasileirão e do Verdão na copa nacional, é a hora de atualizar a lista de campeões nacionais, levantada há um bom tempo pelo blog. O ranking soma três torneios extintos, a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970) e a Copa dos Campeões (2000/2002), e as vigentes Série A (1971/2015) e Copa do Brasil (1989/2015). Além da chancela, a relevância das cinco competições está na indicação dos campeões à Libertadores (observações na lista de comentários).

Ao todo existem, 22 campeões nas 89 disputas organizadas pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Campeonato Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista do blog aponta os vencedores reconhecidos pela entidade responsável e pela Justiça (até o momento), independentemente da visão de outros jornais com critérios paralelos ao objeto oficial.

Naturalmente, cada torneio tem um peso distinto no cenário nacional, em história, dificuldade etc. Entretanto, em vez de definir um valor específico (o que seria subjetivo), o blog optou por diferenciar os clubes com o mesmo número de títulos de acordo com último troféu, com vantagem para o mais antigo.

12 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998, 2012 e 2015; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
9 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005, 2011 e 2015; CB: 1995, 2002 e 2009)
8 – Cruzeiro (A: 2003, 2013 e 2014; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
2 – Atlético-MG (A: 1971; CB: 2014)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)

Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).

Podcast 45 (185º) – Análise das vitórias de Sport, Santa e Náutico no Brasileiro

Pela primeira vez nesta temporada, os três grandes clubes pernambucanos ganharam no mesmo fim de semana pelo Campeonato Brasileiro. O 45 minutos fez um balanço completo (tática e campanhas) de Sport 1 x 0 Grêmio, Bahia 1 x 2 Santa Cruz e Náutico 2 x 0 Paraná, nesta ordem, com pitacos sobre a próxima rodada (a Série B terá rodada cheia já nesta terça-feira). Não por acaso, o podcast durou quase 2 horas. Enfim, uma sequência bem positiva do futebol local, com o G4 se aproximando.

Confira um infográfico com as principais atrações do programa aqui.

Nesta 185ª edição, estive ao lado de Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2015 – 34ª rodada

A classificação da Série A 2015 após 34 rodadas. Crédito: Superesportes

A vitória do Sport sobre o Grêmio, na Ilha do Retiro, encerrou a 34ª rodada da Série A. Além do bom (e suado) resultado, o fim de semana foi proveitoso para os leoninos por causa dos tropeços de Santos (empate), São Paulo (derrota), Ponte Preta (derrota) e Palmeiras (derrotas). Todos na briga pela última vaga à Liberta. Só o Inter, que bateu justamente a Ponte, passou “ileso”. Ainda assim, o time pernambucano subiu para o 7º lugar e viu a diferença para o G4 cair para dois pontos, tendo ainda a possibilidade de um “G5”, em caso de título do Santos na Copa do Brasil – e se o Peixe confirmar a atual 4ª colocação.

Na briga pelo título, quase sacramentada, a taça só não foi para o Corinthians no domingo porque o Galo venceu o Figueirense, em Floripa, aos 45 do segundo tempo. Só adiou o inevitável.

A 35ª rodada do representante pernambucano
15/11 (16h00) – Cruzeiro x Sport (Mineirão)

Histórico em BH pela elite: 1 vitória leonina, 1 empate e 10 derrotas.

Com muita garra, o Sport vence o Grêmio na Ilha e sonha com a Libertadores

Série A 2015, 34ª rodada: Sport 1x0 Grêmio. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Cinco vitórias nos últimos sete jogos no Brasileirão. Sob o comando de Falcão, o Sport voltou a jogar bem, organizado ofensivamente, e deixou de lado a sina de empates. Inclusive diante de adversários duríssimos. Foi assim contra Atlético-MG, Palmeiras e agora o Grêmio. Num confronto diante de um histórico algoz, o time rubro-negro se impôs. Foi uma boa partida para se assistir, com poucas faltas e incessante busca pelo ataque dos dois lados, deixando o duelo bem franco. E a vitória por 1 x 0 teve vários personagens.

No gol, em um segundo tempo já nervoso, Diego Souza e André mostraram outra vez a qualidade diferenciada. No lançamento, o camisa 87 foi inteligente, dando uma assistência de cabeça para André. O matador se antecipou e chegou a 12 gols. Para segurar a vantagem, uma dupla de volantes em 220 voltz. Rithely, o mais técnico, jogou sem displicência. Ao seu lado, Ronaldo, que também entrara contra Galo e Verdão. No lugar de Wendel, vetado pelo DM, ele foi afobado em alguns lances (natural), mas preciso nos desarmes. Para completar, embaixo da trave, Danilo Fernandes, que faz um baita campeonato. Neste domingo foram dois milagres. Por sinal, são mais de dez defesas nais quais você poderia contar o “gol” do adversário.

Vivo em busca de uma terceira participação na Libertadores, com 52 pontos, o Sport terá agora outro senhor adversário, o Cruzeiro. O jogo pela 35ª rodada foi antecipado para o próximo domingo, com certeza de casa cheia no Mineirão. Os pernambucanos jogaram com a possibilidade de entrar no G4, em caso de vitória. Isso forçaria Santos (54), São Paulo (53) e Inter (53), que jogarão somente no dia 19. Portanto, cabe à torcida acreditar no objetivo tanto quanto o time. Contra o tricolor gaúcho foram apenas 11.091 torcedores, que apoiaram bastante. Mas a Ilha pode ferver bem mais até o fim do ano.

Série A 2015, 34ª rodada: Sport 1x0 Grêmio. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A premiação oficial do Campeonato Brasileiro, do campeão ao 16º lugar

Troféu do Campeonato Brasileiro de 2015. Foto: CBF/divulgação

A permanência na primeira divisão garante, naturalmente, a manutenção da cota de transmissão àqueles clubes sem contratos duradouros no Brasileirão. Entretanto, ainda há um bônus às campanhas anuais, ao alcance de todos os participantes. Através da verba repassada pela Rede Globo, a detentora dos direitos de transmissão do campeonato (até 2018), a premiação oficial contempla do campeão ao 16º lugar, o primeiro time acima da zona de rebaixamento. O valor passou três anos congelado em R$ 30 milhões, subindo nesta temporada para R$ 35,8 mi, num acréscimo de 19%.

Agora, os quatro primeiros clubes (os classificados à Libertadores, claro) recebem 66% de toda a premiação, com o restante distribuído da mesma forma, com a meritocracia através das colocações. Confira então a premiação de 2015, já confirmada pela CBF, e os valores das edições anteriores, com destaque para o desempenho pernambucano.

2015 (R$ 35,8 milhões)
Campeão: R$ 10 milhões
Vice: R$ 6,3 milhões
3º: R$ 4,3 milhões
4º: R$ 3,2 milhões
5º: R$ 2,2 milhões
6º: R$ 1,4 milhão
7º: R$ 1,3 milhão
8º: R$ 1,2 milhão
9º: R$ 1,1 milhão
10º: R$ 1,0 milhão
11º: R$ 900 mil
12º: R$ 800 mil
13º: R$ 700 mil
14º: R$ 600 mil
15º: R$ 450 mil
16º: R$ 350 mil
17º ao 20º: sem premiação

2014 (R$ 30 milhões)
Campeão: R$ 9,0 milhões (Cruzeiro)
Vice: R$ 6,0 milhões (São Paulo)
3º: R$ 4,0 milhões (Inter)
4º: R$ 3,0 milhões (Corinthians)
5º: R$ 1,4 milhão (Atlético-MG)
6º: R$ 1,1 milhão (Fluminense)
7º: R$ 1,0 milhão (Grêmio)
8º: R$ 900 mil (Atlético-PR)
9º: R$ 800 mil (Santos)
10º: R$ 700 mil (Flamengo)
11º: R$ 600 mil (Sport)
12º: R$ 500 mil (Goiás)
13º: R$ 400 mil (Figueirense)
14º: R$ 300 mil (Coritiba)
15º: R$ 200 mil (Chapecoense)
16º: R$ 100 mil (Palmeiras)
17º ao 20º: sem premiação (Vitória, Bahia, Botafogo e Criciúma)

2013 (R$ 30 milhões)
Campeão: R$ 9,0 milhões (Cruzeiro)
Vice: R$ 6,0 milhões (Grêmio)
3º: R$ 4,0 milhões (Atlético-PR
4º: R$ 3,0 milhões (Botafogo)
5º: R$ 1,4 milhão (Vitória)
6º: R$ 1,1 milhão (Goiás)
7º: R$ 1,0 milhão (Santos)
8º: R$ 900 mil (Atlético-MG)
9º: R$ 800 mil (São Paulo)
10º: R$ 700 mil (Coritinthians)
11º: R$ 600 mil (Coritiba)
12º: R$ 500 mil (Bahia)
13º: R$ 400 mil (Inter)
14º: R$ 300 mil (Criciúma)
15º: R$ 200 mil (Fluminense)
16º: R$ 100 mil (Flamengo)
17º ao 20º: sem premiação (Portuguesa, Vasco Ponte Preta e Náutico)

2012 (R$ 30 milhões)
Campeão: R$ 9,0 milhões (Fluminense)
Vice: R$ 6,0 milhões (Atlético-MG)
3º: R$ 4,0 milhões (Grêmio)
4º: R$ 3,0 milhões (São Paulo)
5º: R$ 1,4 milhão (Vasco)
6º: R$ 1,1 milhão (Corinthians)
7º: R$ 1,0 milhão (Botafogo)
8º: R$ 900 mil (Santos)
9º: R$ 800 mil (Cruzeiro)
10º: R$ 700 mil (Inter)
11º: R$ 600 mil (Flamengo)
12º: R$ 500 mil (Náutico)
13º: R$ 400 mil (Coritiba)
14º: R$ 300 mil (Ponte Preta)
15º: R$ 200 mil (Bahia)
16º: R$ 100 mil (Portuguesa)
17º ao 20º: sem premiação (Sport, Palmeiras, Atlético-GO e Figueirense)

2011 (R$ 28 milhões)
Campeão: R$ 8,0 milhões (Corinthians)
Vice: R$ 4,0 milhões (Vasco)
3º: R$ 3,0 milhões (Fluminense)
4º: R$ 2,0 milhões (Flamengo)
5º: R$ 1 milhão (Inter)
6º: R$ 1 milhão (São Paulo)
7º: R$ 1 milhão (Figueirense)
8º: R$ 1 milhão (Coritiba)
9º: R$ 1 milhão (Botafogo)
10º: R$ 1 milhão (Santos)
11º: R$ 1 milhão (Palmeiras)
12º: R$ 1 milhão (Grêmio)
13º: R$ 1 milhão (Atlético-GO)
14º: R$ 1 milhão (Bahia)
15º: R$ 500 mil (Atlético-MG)
16º: R$ 500 mil (Cruzeiro)
17º ao 20º: sem premiação (Atlético-PR, Ceará, América-MG e Avaí)

2010 (R$ 28 milhões)
Campeão: R$ 8,0 milhões (Fluminense)
Vice: R$ 4,0 milhões (Cruzeiro)
3º: R$ 3,0 milhões (Corinthians)
4º: R$ 2,0 milhões (Grêmio)
5º: R$ 1 milhão (Atlético-PR)
6º: R$ 1 milhão (Botafogo)
7º: R$ 1 milhão (Inter)
8º: R$ 1 milhão (Santos)
9º: R$ 1 milhão (São Paulo)
10º: R$ 1 milhão (Palmeiras)
11º: R$ 1 milhão (Vasco)
12º: R$ 1 milhão (Ceará)
13º: R$ 1 milhão (Atlético-MG)
14º: R$ 1 milhão (Flamengo)
15º: R$ 500 mil (Avaí)
16º: R$ 500 mil (Atlético-GO)
17º ao 20º: sem premiação (Vitória, Guarani, Goiás e Prudente)

2009, campeão: R$ 5,0 milhões (Flamengo)*
2008, campeão: R$ 1,5 milhão (São Paulo)*
2007, campeão: R$ 1,5 milhão (São Paulo)*

*O blog segue a pesquisa sobre as premiações mais antigas.

Classificação da Série A 2015 – 28ª rodada

A classificação da Série A 2015 após 28 rodadas. Crédito: Superesportes

Na briga pelo título brasileiro de 2015, o Corinthians abriu sete pontos de vantagem sobre o vice-líder, pavimentando o caminho para o hexa. Na parte de cima, parece haver briga apenas pela 4ª vaga à Libertadores, com Galo e Grêmio fincados no G4. Enquanto isso,São Paulo, Palmeiras e Flamengo vão se revezando no ligar da última vaga ao torneio continental.

Tão embolada  quanto no fundo da tabela, com o Vasco numa recuperação impressionante (13 pontos nos últimos 15 disputados). Pressiona ainda mais a turma logo acima do Z4. Na marola, a 5 pontos do G4 e a 9 do Z4, o Sport, em 10º lugar após a vitória sobre a Chape. Com a possibilidade de ter um fim de ano tranquilo na competição, o time da Ilha do Retiro pode mirar a Copa Sul-Americana. Lá, um brasileiro campeão faria o G4 da Série A virar G3.

A 29ª rodada do representante pernambucano
03/10 (18h30) – Internacional x Sport (Beira-Rio)

Histórico em Porto Alegre pela elite: 2 vitórias rubro-negras, 6 empates e 7 derrotas

Boicote à Copa Sul-Minas serve de lição para o futuro do Nordestão, em 2023

Reunião para a elaboração da Copa Sul-Minas em 2016. Foto: Coritiba/divulgação

A Liga Sul-Minas-Rio foi criada com a assinatura de treze clubes, em 10 de setembro de 2015. Na ocasião, o secretário da organização, Maurício Andrade, diretor-executivo do Coritiba, expôs ao jornal Zero Hora as seguintes condições a para a reedição do torneio. “Antes, precisamos definir questões como patrocinador e direitos de tevê. Outro aspecto fundamental: a participação das federações e o apoio da CBF. Isso é indispensável. Do contrário, não vinga.” 

Sete dias depois, sob o silêncio da confederação, o repórter Wellington Campos, que há anos cobre a CBF, foi sucinto na apuração: “CBF descarta Copa Sul-Minas-Rio. Federações reprovam torneio e televisão não tem interesse.”  Ou seja, todas as exigências necessárias. Boicote? A volta do regional, realizado de 2000 a 2002, teria o apoio da dupla Fla-Flu, rompida com a federação carioca. O esboço de 2016 tinha só oito datas, mas nem isso parece ter adiantado.

Agora, o viés local, com a Copa do Nordeste, que cresceu em nível técnico e faturamento em 2001, na criação da Liga do Nordeste, negociando diretamente os direitos de transmissão e marketing. Durou dois anos, até a CBF, pressionada pelas federações (surpreende agora?) retirar a copa do calendário, sem pena. Em 2003, na base da liminar, o torneio ocorreu sem Bahia, Sport, Santa e Náutico, paralelamente à ação na justiça. Após a longa batalha entre a liga e a CBF, com a indenização em R$ 25 milhões, foi selado um acordo.

Inicialmente, a liga e o detentor dos direitos na tevê por assinatura, o Esporte Interativo, garantiram a realização do Nordestão por dez edições, de 2013 a 2022. Volta com sucesso imediato e até um derivado, a Copa Verde, contemplando o Norte e o Centro-Oeste, com muitos times sem divisão nacional – o que não inviabiliza o “calendário”. No Nordestão, os organizadores projetam o auge em 2018, com faturamento de R$ 50 milhões. Portanto, é bom ficar de olho na atitude da CBF em relação aos movimentos por novas ligas (regionais e nacionais) em centros econômicos de peso. Mesmo em evidência, a Copa do Nordeste não teria, em tese, a garantia após o fim do lastro jurídico. Vide 2003.