O Sport manteve o péssimo desempenho como visitante diante do São Paulo. Jamais venceu lá, tendo alcançado no máximo um empate, em 2016. Desta vez, o jogo foi até parelho, devido à péssima apresentação do tricolor paulista. Só que o leão não aproveitou. O 45 minutos analisou a derrota, que ampliou o jejum rubro-negro na Série A para 9 jogos, opinando sobre o desempenho coletivo, as escolhas de Luxa e os rendimentos individuais. Ouça!
São Paulo x Sport em SP, pelo Brasileiro (19 jogos) 18 vitórias do Tricolor 1 empate
Era um confronto de dois times desesperados na briga contra o rebaixamento. O São Paulo, que jamais caiu, não consegue se encontrar em campo, engatando jogos ruins, mesmo com a chegada de Hernanes, que voltou bem ao futebol brasileiro. Já o Sport é um time que se perdeu na competição, com um crescente jejum de vitórias e erros de Luxemburgo, cuja grife não esconde escolhas tão controversas no time. No Morumbi, com 43 mil torcedores, mantendo a ótima média de assistência do tricolor paulista, a partida foi bem fraca. Diria até que o mandante foi bem pior. Marcou mal e atacou mal.
No segundo tempo, talvez consciente da má apresentação, deu a bola ao Sport, que chegou a 70% de posse na reta final. Acertou na escolha, pois deu a bola a uma equipe que não consegue produzir nada de forma efetiva. O jogo do Sport é extremamente lento, passando por Wesley, cuja titularidade é injustificável. Na recomposição, deixou buracos. Na armação, viu os companheiros perdendo a paciência, com Rithely subindo e André voltando. Só assim a bola parecia seguir à frente, até a meta de Sidão.
É verdade que o Sport até começou bem, pressionando a saída de bola do São Paulo. E ainda acertou o travessão, com Anselmo batendo de fora da área. Essa imposição não durou muito. Primeiro pela questão física. Segundo porque psicologicamente o time se perde ao tomar um golpe, como foi o gol do domingo, com a zaga batendo cabeça. Aos 35/1T, num cruzamento sem tanto perigo, Henríquez cortou mal de cabeça, acertando Ronaldo Alves. A bola sobrou limpa para Marcos Guilherme marcar, 1 x 0.
Durante o jogo, Luxa fez três mudanças. Sander por Osvaldo, tentativa válida. Anselmo por Thallyson, incompreensível, uma vez que o volante era o melhor do time. Rogério por Thomás, a aposta perdida. Da torcida, pois a última troca manteve Wesley em campo. Desde a sua estreia, já foram cinco partidas. Enquanto esteve em campo, o leão não marcou um gol sequer – contra o Vasco, já havia sido substituído. No abafa, indo até os 50, o visitante ainda teve duas chances, em cabeçadas de Thomás e Henríquez, com o goleiro Sidão defendendo. Mais uma derrota na conta, a sexta no jejum de nove jogos. Dois meses sem vencer? A proximidade do Z4 não é acaso.
O jejum de vitórias do rubro-negro na Série A
02/08 – Sport 2 x 2 Fluminense (Ilha do Retiro) 05/08 – Sport 1 x 3 Corinthians (Arena Corinthians, SP) 13/08 – Sport 0 x 0 Ponte Preta (Ilha do Retiro) 20/08 – Sport 0 x 2 Cruzeiro (Mineirão, MG) 02/09 – Sport 0 x 5 Grêmio (Arena do Grêmio, RS) 10/09 – Sport 0 x 1 Avaí (Ilha do Retiro) 17/09 – Sport 0 x 2 Flamengo (Luso Brasileiro, RJ) 25/09 – Sport 1 x 1 Vasco (Ilha do Retiro) 01/10 – Sport 0 x 1 São Paulo (Morumbi, SP)
9 jogos; 3 empates e 6 derrotas, 4 GP e 17 GC; -13 SG
O meia Hernanes é o jogador pernambucano que mais movimentou dinheiro entre clubes na história do futebol. Com o acerto na Juventus, por três anos, o atleta chegou a três transações milionárias. Ao todo, US$ 57,1 milhões. Superou um mito, Rivaldo, que também teve três transações de peso, somando 42 milhões. Hernanes foi revelado pelo Unibol, clube-empresa hoje licenciado na FPF, indo sem custo ao São Paulo. De lá, seguiu para a Lazio, depois para a Internazionale e agora chega à Velha Senhora, tudo entre 2010 e 2014.
Usando as ferramentas de cálculos monetários à disposição na web, o blog atualizou os números dos dois jogadores, com as cotações de cada época. Por mais que a moeda utilizada nas transferências de Hernanes tenha sido o euro, o levantando utilizou o dólar para fazer a comparação a Rivaldo, uma vez que na época das transferências do melhor do mundo em 1999 sequer existia o euro – que curiosamente entrou em vigor no ano em que ganhou a Bola de Ouro.
Revelado pelo Santa, Rivaldo foi para o Mogi no fim de 1991. Apesar do valor irrisório na época, a Placar publicou em 1999 que a venda teria sido firmada em 250 mil dólares (carecendo de fontes locais). Teoricamente, Rivaldo movimentou mais dinheiro que Hernanes, mas não entre clubes. Após deixar o Milan, ele passou a ser “livre”, dono dos próprios direitos federativos. Assim, recebeu integralmente no Olympiakos, AEK, Bunyodkor e Kaburscorp, entre 2004 e 2012.
Hernanes
08/2010 – US$ 17.613.000 (R$ 31 milhões), São Paulo/Lazio
01/2014 – US$ 27.234.000 (R$ 64 milhões), Lazio/Internazionale
08/2015 – US$ 12.334.000 (R$ 44,7 milhões), Internazionale/Juventus
Valor absoluto em dólares: 57.181.000
Valor absoluto em reais: 139.700.000
Rivaldo
12/1994 – US$ 2.400.000 (R$ 2.016.000), Mogi Mirim/Palmeiras
07/1996 – US$ 9.000.000 (R$ 9.045.000), Palmeiras/La Coruña
07/1997 – US$ 29.600.000 (R$ 31.672.000), La Coruña/Barcelona
Valor absoluto em dólares: 41.000.000
Valor absoluto em reais: 42.733.000
Apesar da comparação dolarizada, de acordo com a economia mundial, também vale fazer uma análise mais aprofundada no mercado nacional, com a correção da inflação, uma vez que foram seis períodos distintos. De acordo com o índice IGP-DI, em 31/08/2015, a correção seria a seguinte:
Hernanes: R$ 157.156.080
Rivaldo: R$ 174.501.309
Os primeiros contratos inscritos na FPF: Hernanes e Rivaldo.
A sede da Federação Pernambucana de Futebol, na Boa Vista, ganhou um novo painel homenageando nomes que já fizeram história no futebol local.
Além dos dez jogadores pernambucanos convocados para a Copa do Mundo, incluindo o primeiro contrato de cada um, registrado na entidade, agora o prédio conta com um mural especial para árbitros e assistentes locais que chegaram ao topo da carreira, entrando para o quadro da Fifa.
Considerando árbitros, árbitras e assistentes, pernambucanos ou não, eis os nomes que integraram o quadro local com o emblema da Fifa.
Hernanes mantém a tradição de Pernambuco na Copa do Mundo.
Pela 7ª vez consecutiva, um jogador nascido no estado defenderá a Seleção Brasileira no Mundial. É assim de forma ininterrupta desde 1990.
O meia recifense de 28 anos é um dos 23 nomes confirmados por Luiz Felipe Scolari para o torneio no país. Fez jus à série de partidas disputadas com a camisa verde e amarela em 2013, nada menos que quinze, sempre com o número 8.
Essas atuações foram paralelas ao desempenho na Internazionale de Milão, contratado junto à Lazio. Sempre de forma versátil, com marcação forte, bom passe e apoio na criação de jogadas.
Ao todo, o “Profeta” já vestiu a camisa do Brasil em 23 oportunidades desde 2008.
Abaixo, em ordem cronológica, a lista completa dos pernambucanos, com a edição disputada e o clube de origem. Nenhum deles foi ao Mundial atuando no estado.
O pernambucano Hernane proporcionou uma cena rara no futebol atual, com os jogadores alçados a superastros, sobretudo atletas brasileiros.
Antes mesmo da oficialização de sua saída da Lazio, na Itália, o jogador revelado no Unibol se despediu informalmente de torcedores do time.
Na saída do clube romano, Hernanes parou o carro para atender aos fãs. Começou a tirar fotos, mas não se conteve. Havia a consciência de uma despedida, do carinho do público, dos bons momentos vividos na Lazio…
Chorou e chegou a dar um par de chuteiras. Foi consolado pela torcida.
Mesmo que o destino seja outra equipe do país, os aficionados entenderam e também se emocionaram diante do Profeta, como ele é conhecido por lá.
No Brasil, demoraria quanto tempo para que o atleta fosse chamado de mercenário? A tal barreira da intransigência existe para os dois lados.
Pois é. Acredite, ainda há espaço para emoções no futebol, mercado à parte.
Nove pernambucanos já defenderam a Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Todos eles iniciaram as respectivas carreiras no futebol local.
Na sede da FPF, um enorme painel faz uma homenagem a esses craques que representaram o estado no Mundial. Além de fotografias de todos eles, há a documentação histórica, com o primeiro contrato de cada um, alguns ainda no infantil. Por sinal, o acervo da entidade é enorme, com todos os contratos desde o primeiro acerto profissional, com o centralino Zago, em 1937.
Entre os registros já amarelados com o tempo, duas lacunas. Ainda não foi encontrado o contrato pioneiro do atacante Vavá, revelado na Ilha do Retiro e bicampeão nas Copas de 1958 e 1962. Já no lugar de Ademir, vice em 1950 e também revelado no Leão – cujo registro original está abaixo -, foi colocado erroneamente o contrato de seu irmão mais novo, Ademis (veja aqui).
Curiosidade: o meia Hernanes, cria do Unibol em 1999, já se faz presente no painel ao lado dos nove mundialistas. De fato, o jogador é a maior aposta pernambucana para 2014. Confira o seu contrato aqui.
Ademir Menezes, atacante – 1950 (Sport)
Zequinha, volante – 1962 (Santa Cruz)
Rildo, lateral-esquerdo – 1966 (Sport)
Manga, goleiro – 1966 (Sport)
Ricardo Rocha, zagueiro – 1990 e 1994 (Santa Cruz)
Havia muito tempo desde o último triunfo sobre uma seleção gabaritada.
Em 2009, o magro 1 x 0 sobre a Inglaterra no Khalifa Stadium, no Catar, seria a última sobre um país campeão do mundo, integrante da nata do futebol.
Ainda sob o comando técnico de Dunga. Veio Dunga e Felipão e a seca de grandes vitórias permaneceu. Só fez aumentar.
Já eram sete partidas contra ex-campeões mundiais e nenhum resultado positivo. Enfim, uma boa vitória da Seleção Brasileira, numa duradoura má fase técnica. Neste domingo, diante de 53 mil pessoas na arena gremista, a Canarinha venceu a França, a sua maior algoz em mundiais.
Sem Zinedine Zidane, é verdade. Mas os bleus ainda merecem respeito.
Sbendo disso, o Brasil de Oscar, Lucas e Neymar não só venceu, como goleou por 3 x 0, exorcizando o fantasma. A França não perdia do Brasil há 21 anos.
Tudo isso com direito a um gol do meia pernambucano Hernanes, que no último amistoso entre os dois países havia sido expulso de forma infantil. Nada como uma volta por cima com aquela ironia que o futebol sempre permite.
Esperamos que o resultado seja o reinício da aura da camisa amarela…
Última vitória sobre uma potência
14/11/2009 – Brasil 1 x 0 Inglaterra (Doha, Catar)
Jejum diante de ex-campeões mundiais
17/11/2010 – Brasil 0 x 1 Argentina (Doha, Catar)
09/02/2011 – Brasil 0 x 1 França (Saint-Denis, França)
10/08/2011 – Brasil 2 x 3 Alemanha (Stuttgart, Alemanha)
09/06/2012 – Brasil 3 x 4 Argentina (Nova Jersey, EUA)
06/02/2013 – Brasil 1 x 2 Inglaterra (Londres, Inglaterra)
21/03/2013 – Brasil 2 x 2 Itália (Genebra, Suíça)
02/06/2013 – Brasil 2 x 2 Inglaterra (Maracanã, Rio de Janeiro)
Fim do jejum
09/06/2013 – Brasil 3 x 0 França (Grêmio Arena, Porto Alegre)
A última vitória da Seleção Brasileira diante de um campeão mundial, com força máxima, foi em 14 de novembro de 2009, no Khalifa Stadium, no Catar. Com um gol de Nilmar, o time então treinado por Dunga venceu a Inglaterra por 1 x 0.
Depois veio a frustrante Copa do Mundo na África, a mudança no comando, com Mano Menezes, e um incômodo jejum. Foram cinco derrotas consecutivas diante de ex-campeões do mundo. A estatística desconsidera os duelos do Superclássico das Américas de 2011 e 2012, quando as convocações de brasileiros e argentinos foram restritas aos atletas que atuavam nos dois países.
Nesta quinta, no clássico dos maiores campeões mundiais, o penta Brasil e a tetra Itália, a Canarinha até abriu dois gols de vantagem, com Fred (matador) e Oscar (esbanjando tranquilidade). Foi um bom 1º tempo, com boas defesas de Júlio César e um Neymar solidário, buscando uma atuação decente na Europa.
Na etapa final o técnico Prandelli surpreendeu Felipão, com duas mudanças no intervalo. Com três atacantes, inverteu o jogo. O brasileiro não soube equilibrar o time. Em doze minutos a Azzurra empatou, com De Rossi após bobeira de Daniel Alves e num golaço do marrento Mario Balotelli, diferenciado.
E a Itália ainda teve duas boas chances para virar, o que repetiria o placar de 1982, na última vitória do país sobre a Seleção. No lado verde e amarelo, um time confuso, com Hulk constrangedor. Sequer ameaçou o goleiro Buffon.
O amistoso ficou mesmo no 2 x 2, mantendo o Brasil longe de triunfos contra a nata do futebol, sem contar que este foi o quarto jogo seguido sem vitória, seja qual for o adversário. Um passo para tentar fazer um bom papel em “sua” Copa é acabar logo com qualquer fantasma. Por enquanto, o fantasma só cresce…
14/11/2009 – Brasil 1 x 0 Inglaterra (Doha, Catar)
17/11/2010 – Brasil 0 x 1 Argentina (Doha, Catar)
09/02/2011 – Brasil 0 x 1 França (Saint-Denis, França)
10/08/2011 – Brasil 2 x 3 Alemanha (Stuttgart, Alemanha)
09/06/2012 – Brasil 3 x 4 Argentina (Nova Jersey, EUA)
06/02/2013 – Brasil 1 x 2 Inglaterra (Londres, Inglaterra)
21/03/2013 – Brasil 2 x 2 Itália (Genebra, Suíça)
Nesta Copa América não há nenhum pernambucao na Seleção Brasileira. Um jogador chegou perto, o meia Hernanes, craque do Brasileirão de 2008, pela São Paulo.
Atuando pela italiana Lazio – onde tem contrato até 2015 -, ele manteve a grande fase na temporada e dobrou o técnico Mano Menezes, cavando a sua convocação para o amistoso contra a França, em 9 de fevereiro deste ano. Porém, a decepção.
Fez uma falta violenta em Benzema e foi expulso de maneira infantil. Depois, o mesmo Benzema fez o gol da vitória dos Bleus.
Nesta segunda, enquanto os brasileiros se apresentavam no Rio de Janeiro para o torneio continental, Hernanes curtia a família no calçadão da praia de Boa Viagem.
Tranquilo, relaxando. O craque recifense de 25 anos concedeu uma entrevista exclusiva ao repórter Lucas Fitipaldi, do Superesportes. Consciente, o profeta, como é conhecido, deixou claro: não se sente injustiçado. Confira algumas declarações do jogador.
Seleção
“Estou tranquilo, não guardo qualquer mágoa por não ter sido convocado para a Copa América. A culpa não é do Mano. Não foi ele que não quis me convocar. Apesar de não terem sido muitas, tive algumas chances. Infelizmente as coisas não aconteceram como eu esperava. Mas não me considero injustiçado.”
Maior sonho
“Vou te falar uma coisa: eu tinha um grande sonho na minha vida que era ganhar a medalha de ouro olímpica. Era o meu maior sonho profissional, até porque é um título que o Brasil ainda não tem. Acabei ficando com o bronze (em Pequim 2008). Aquilo me frustrou um pouco. Mas sem dúvida nenhuma jogar um Mundial é outro grande sonho. Quero muito estar presente em 2014.”
Futebol pernambucano “Fiquei sabendo que o Santa Cruz foi campeão, mas não acompanhei de perto. Na verdade, nunca fui torcedor. Meu negócio era jogar. Por ser pernambucano, minha torcida é sempre para que os times daqui estejam na Série A.”
Por sinal, Hernanes já foi campeão pernambucano. Duas vezes. O meia foi bicampeão infantil pelo Unibol, até 15 anos, em 1999 e 2000.