Sport Club do Recife, 110 anos de história neste 13 de maio de 2015.
A data marcante teve direito a um emblema especial criado clube, relembrando o primeiro escudo do Rubro-negro, juntamente ao novo layout do site oficial.
De 1905 até hoje, já com um leão presente no distintivo, o Sport escreveu a sua história no estado, no Nordeste e no Brasil. Inúmeros e emocionantes capítulos sobre os títulos, craques, Ilha do Retiro e, sobretudo, sobre a sua torcida.
São 110 anos sem parar de crescer….
Aos torcedores rubro-negros, parabéns.
Para festejar o aniversário no twittter, o clube lançou a tag #Sport110 anos.
Afinal, as redes sociais já influenciam bastante no futebol, centenário ou não.
A foto começou a circular nas redes sociais na manhã de segunda-feira. Dentro dos Aflitos, um homem de costas urinando (ou, no mínimo, simulando a ação) em cima do escudo do Náutico.
Constatando a veracidade da foto, trata-se de um desrespeito absoluto à instituição. Do WhatsApp, o arquivo logo se espalhou no Twitter e no Facebook. Circulou entre alvirrubros, rubro-negros e tricolores.
Torcedores rivais tiraram onda, mas basta pensar um pouquinho para perceber que uma cena assim na Ilha do Retiro ou no Arruda também seria ultrajante.
No blog, optei por mascarar o personagem em questão. Não cabe a mim a sua exposição, mas é um tanto óbvio que a esta altura ele já deve ter consciência de que a imagem viralizou (logo cedo, eu recebi em duas frentes).
O que causa espanto é uma atitude assim, usando um espaço aberto pelo clube para influenciar negativamente num momento já tão conturbado no nosso futebol, com a insegurança. Não foi sequer na arquibancada, no calor de um clássico, mas dentro do campo de jogo, como convidado.
Era uma foto para uma “greia” interna, num grupo fechado? Alguém achou que a brincadeira não poderia ficar restrita ao grupo na rede social e encaminhou.
E aí o estrago está feito.
Nas últimas semanas, o Náutico só confirma que cedeu o gramado para uma pelada, com funcionários e convidados da FPF. Ao Timbu, então, mais responsabilidade ao abrir os portões de seu estádio, hoje sem uso profissional. Aos visitantes, algo básico para qualquer um: educação.
A final do Campeonato Pernambucano de 1998 foi presenciada por 56.875 pessoas. Não, o jogo não foi no Arruda. Foi em uma abarrotada Ilha do Retiro, ainda sem a ampliação da “Curva de Dubeux”, no jogo entre Sport e Porto.
De lá para cá o estádio ficou estruturalmente maior, mas a sua capacidade curiosamente foi reduzida. Sobretudo pela questão de segurança, com o tamanho do assento para cada torcedor passando de 30cm para 50cm. Assim, na última medição feita pela FPF, em 2013, a capacidade do Adelmar da Costa Carvalho foi estipulada em 32.923. Público teoricamente sentado.
Era necessário essa breve explicação para contestar o público anunciado no jogo Sport x Fortaleza, com casa cheia no Nordestão. Não que tenha sido a primeira partida com o visual contrastando com o borderô, na Ilha, no Arruda ou nos Aflitos. Longe disso.
Porém, neste caso chamou a atenção as idas e vindas do público oficial, com recontagem, nota oficial da Futebol Card, que gerencia a venda de ingressos do Leão, e um resultado final que não convence ninguém. Anunciar 23.160 pessoas no jogo de volta das quartas de final do regional de 2015, um dia depois, só mantém acesa a polêmica acerca de uma desconfiança antiga sobre evasão.
Uma desconfiança pontuada pela ação na cara dura dos (muitos) cambistas, inclusive dentro do clube. Ao se dar conta de que alguns aparecem com 30 ingressos de sócio nas mãos, é porque algo está muito errado lá dentro…
Já a direção alega que a torcida estava “espalhada” no domingo. Compare.
O passado de um clube de futebol diz muito sobre o seu tamanho real. Títulos, ídolos, grandes vitórias etc. Não por acaso, relembrar esses momentos é um trabalho importante junto às novas gerações de torcedores.
Numa ação de marketing relativamente simples, tanto de pesquisa quanto de execução, o Sport criou um mural com de ídolos na entrada do reformado setor de sociais na Ilha do Retiro. Estão lá fotos de nomes como Durval, Ademir Menezes, Manga, Magrão, Romerito e Marco Antônio, entre outros. Imagens históricas do Leão e da própria Ilha.
Para contextualizar com o presente, o painel conta com hashtags usadas pelo clube rubro-negro em suas redes sociais oficiais. Inaugurado em 2015, o mural dificilmente é ignorado pelos torcedores na entrada do estádio. A cada jogo, velhas lembranças no aquecimento.
Na Europa, corredores temáticos são produzidos até nos túneis de acesso dos jogadores, até porque a entrada no campo costuma ser televisionada…
O som alto da sirene era uma tradição nos três estádios do Recife.
Vitória do Náutico nos Aflitos? A sirene tocava.
Vitória do Sport na Ilha do Retiro? A sirene tocava.
Hoje, apenas o Santa Cruz mantém o costume, com o som um pouco mais baixo no Arruda a cada triunfo coral.
Nos rivais, ações da vizinhança acabaram com a tradição. Na casa leonina, moradores dos edifícios construídos a partir de 1996 conseguiram proibir o som na justiça. O mesmo ocorreu no entorno do Eládio de Barros Carvalho.
Por isso, a nova sirene na Arena Pernambuco foi tão simbólica.
Não era uma sirene de fato, mas o som característico emitido pels caixas do sistema de som do estádio. Durou alguns minutos.
A medida deverá se estender não só aos jogos do Náutico, como às apresentações de Santa Cruz e Sport, caso mandem seus jogos por lá.
A “sirene da vitória” deverá continuar sem aperreio na arena até o dia em que a Cidade da Copa for erguida, uma promessa ainda não cumprida. Aí, haverá a chance de algum vizinho insatisfeito pedir para que ela seja desligada…
O filme uruguaio Maracaná, documentário sobre a conquista celeste no Mundial de 1950, traz imagens restauradas e cenas inéditas da competição.
Alguns filmes foram encontrados em uma cinemateca em Montevidéu.
A partir disso, o vídeo de uma hora mostra todo o Maracanazo, mas no viés dos uruguaios. A lamentação brasileira, com o “estrondoso silêncio” do Maraca, está lá. Porém, há a grande recepção da delegação hermana na capital, após o bi.
No filme, exibido pela primeira vez na tevê brasileira na ESPN, há um registro bem interessante de Pernambuco, com dois segundos de duração.
O Uruguai não atuou aqui em 1950 – jogou em Belo Horizonte, São Paulo e Rio -, mas o Alto da Sé de Olinda acabou passando como lembrança da única partida no Nordeste, disputada na Ilha do Retiro, Chile 5 x 2 Estados Unidos.
Seis décadas depois, o sítio histórico parece idêntico. Bastava colorizar a foto…
Mais imagens do Recife no primeiro Mundial do Brasil?
Eis uma colagem com imagens do vídeo oficial da Fifa.
Se existe uma unanimidade em relação à falta de estrutura dos estádios recifenses, sem dúvida é a questão dos banheiros. Sujos, com vazamentos, portas sem trava nas cabines, vasos sem tampa e até falta de papel higiênico…
É assim no Arruda, na Ilha do Retiro e também nos Aflitos.
A morte ocorrida no José do Rego Maciel, com uma privada arremessada do anel superior, trouxe um velho alerta. Não foi a primeira vez que um vaso foi atirado. Em outras partidas, nos clássicos, marginais já quebraram inúmeros vasos, usados os pedaços como armas em potencial. Depredação sistemática.
As primeiras imagens, comparadas às privadas antigas, só escancaram o péssimo nível oferecido. Repito, é algo generalizado. Se em setores mais caros, como cadeiras e camarotes, os banheiros ainda são transitáveis, nas demais áreas, com a imensa maioria do público, a situação é precária.
Exceção feita à Arena Pernambuco, naturalmente, os grandes palcos do futebol local precisam mesmo de uma reforma. Não só por prevenção, mas principalmente por respeito ao torcedor…
Na semana seguinte ao título regional de 2014, mudanças na Ilha do Retiro.
A conquista do Nordestão deixou marcas no clube.
A fachada do estádio foi pintada a frase em homenagem ao título, abaixo de um imenso escudo. Já a sala de troféus, sob os cuidados do ex-jogador Baixa, enfim recebeu o troféu dourado, já apelidado de “Orelhuda do Nordeste”.
A nova taça está na frente dos outros dois troféus do Leão na Copa do Nordeste, de 1994 e 2000.
Confira as imagens em uma resolução maior aqui e aqui.
A Arena Pernambuco será o primeiro estádio de futebol da região metropolitana do Recife a contar com um programa de visita guiada.
A partir do dia 22 de fevereiro, o moderno palco da Copa do Mundo de 2014 será inserido oficialmente no contexto turístico do estado.
O tour oficial terá um roteiro semelhante ao dos estádios mais famosos da Europa, como Camp Nou do Barcelona e o Santiago Bernabéu do Real Madrid, incluindo visitas aos bastidores e áreas restritas aos jogadores e dirigentes.
Na versão em São Lourenço, um tour pelo vestiário, zona mista, setor de imprensa, camarotes, lounge e campo de jogo. O percurso será realizado em grupos de até 50 pessoas, com duração de aproximadamente 40 minutos.
A visita deverá custar R$ 20, com a vantagem de meia entrada para os sócios-torcedores em dia de Náutico, Santa Cruz e Sport.
Impressiona se dar conta de que Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro, com décadas de uma rica história, ainda não contam com visitas do tipo…
A temporada 2013 de Náutico, Santa Cruz e Sport teve 95 partidas, considerando apenas os jogos oficiais com o mando de campo do trio recifense, em duelos nos Aflitos, Ilha do Retiro, Arena Pernambuco e Arruda. O blog analisou todos os borderôs disponíveis nos sites da federações responsáveis e apresenta com exclusividade o levantamento com a participação do público local e a arrecadação só com a bilheteria.
Em termos absolutos, nada mal, apesar deste ano não ter sido o de maior média dos clubes locais, nem no Estadual nem no Brasileiro. A renda bruta foi de R$ 23,8 milhões, para um público presente nas arquibancadas de 1.522.559 pessoas. Para se ter ideia do que essa torcida significa, basta lembrar que a população da capital, segundo os dados mais recentes do IBGE, é de 1.537.704. Ou seja, a diferença entre habitantes e torcedores foi de apenas 15 mil pessoas.
Ao dividir os números, o Santa Cruz mostrou força. O Tricolor avançou nos campeonatos e ganhou os títulos do Estadual e da Terceirona. Nem por isso deixou de ser o que teve menos jogos oficiais em casa, com 27 partidas, contra 33 do Timbu e 35 do Leão. Mesmo assim, os corais levaram 645 mil pessoas ao Mundão, com uma média geral, considerando as quatro competições disputadas pelo clube, de 23.912. O Rubro-negro atuou em cinco competições – incluiu a Sul-Americana -, com 552 mil torcedores na Ilha e na Arena, onde atuou duas vezes. Na média, 15.783. O Náutico, cujo rendimento em campo foi péssimo, registrou um índice de 9.833.
Em relação à renda, os números seguiram a ordem da torcida presente, com o Santa alcançando R$ 9,4 milhões – certamente, tomará a maior parte do balanço do clube em todo o ano. Já o rival leonino teve um faturamento com ingressos de R$ 7,9 milhões – curiosamente, só 1/3 do que recebe da cota de transmissão da Segundona.
Já o Náutico, apesar da presença mais baixa, arrecadou R$ 6,5 milhões, dos quais 5,2 milhões de reais no Brasileirão. A conta é explicada pelo valor pago pelo governo do estado aos bilhetes promocionais do Todos com a Nota na Arena, com R$ 25 por ingresso, bem acima dos valores pagos aos rivais nos outros estádios.
Foram consideradas somente as competições sob as chancelas da FPF, CBF e Conmebol. Nesta conta, então, não entraram os amistosos. Em um deles, na inauguração da arena, Náutico 1 x 1 Sporting proporcionou uma enorme renda de R$ 1.040.104, com 26.803 pessoas.
Santa Cruz
27 jogos (27 no Arruda)
645.637 torcedores
Público médio de 23.912
39,82% de ocupação
R$ 9.425.366
Renda média de R$ 349.087
Estadual – 8 jogos – 165.761 pessoas (20.720) – R$ 2.412.656 (R$ 301.582)
Nordestão – 4 jogos – 91.758 pessoas (22.939) – R$ 1.134.515 (R$ 283.628)
Copa do Brasil – 2 jogos – 22.159 pessoas (11.079) – R$ 264.575 (R$ 132.287)
Série C – 13 jogos – 365.959 pessoas (28.150) – R$ 5.613.620 (R$ 431.816)
Sport
35 jogos (33 na Ilha e 2 na Arena)
552.427 torcedores
Público médio de 15.783
46,78% de ocupação
R$ 7.931.743
Renda média de R$ 226.621
Estadual – 8 jogos – 103.913 pessoas (12.989) – R$ 1.357.077 (R$ 169.634)
Nordestão – 4 jogos – 71.800 pessoas (17.950) – R$ 791.025 (R$ 197.756)
Copa do Brasil – 2 jogos – 11.038 pessoas (5.519) – R$ 96.460 (R$ 48.230)
Série B – 19 jogos – 331.976 pessoas (17.472) – R$ 4.963.331 (R$ 261.227)
Sul-Americana – 2 jogos – 33.700 pessoas (16.850) – R$ 723.850 (R$ 361.925)
Náutico
33 jogos (18 na Arena 15 nos Aflitos)
324.495 torcedores
Público médio de 9.833
27,62% de ocupação
R$ 6.506.982
Renda média de R$ 197.181
Estadual – 12 jogos – 98.425 pessoas (8.202) – R$ 1.042.945 (R$ 86.912)
Copa do Brasil – 1 jogo – 3.026 pessoas – R$ 27.830
Série A – 19 jogos – 214.724 pessoas (11.301) – R$ 5.219.012 (R$ 274.684)
Sul-Americana – 1 jogo – 8.320 pessoas – R$ 217.195
Total
95 jogos (33 na Ilha, 27 no Arruda, 20 na Arena e 15 nos Aflitos)
1.522.559 torcedores
Público médio de 16.026
38,28% de ocupação
R$ 23.864.091
Renda média de R$ 251.200
Competições: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Séries A, B e C