Os menores e maiores públicos dos clássicos do Recife, de 1 mil a 80 mil

Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda

O primeiro clássico pernambucano foi disputado em 25 de julho de 1909, no antigo campo do British Club, com o Náutico vencendo o Sport por 3 x 1. Desde então, com o Santa entrando na disputa pouco tempo depois, a história do futebol local foi escrita em 1,6 mil clássicos. Frise-se que esses jogos só ganharam esta alcunha após a popularidade e o nível técnico ascendentes sobre os demais times da cidade – os tradicionais apelidos dos clássicos surgiram entre 1943 e 1953. Essa popularidade se refletiu ao longo dos anos em arquibancadas repletas, em lembranças de milhões de torcedores. Aflitos entupido, Ilha apinhada, Arruda lotado. Várias e várias vezes. Nostalgia à parte, nem sempre foi assim. Os clássicos também já foram disputados às moscas, em amistosos ou até mesmo em torneios oficiais – inclusive na era profissional. A partir da pesquisa de Carlos Celso Cordeiro, eis um balanço sobre os menores e maiores públicos dos três duelos pernambucanos.

Desde já, algumas ressalvas. Cerca de 1/3 dos clássicos não tiveram públicos divulgados (ou contabilizados), prática comum até os anos 1950. Sobre os critérios distintos ao longo dos anos, em relação à divulgação do borderô, o blog considerou o ‘público total’, com a soma entre pagantes e não pagantes – ocorre que nos anos 80, por exemplo, os jornais tinham como hábito informar apenas os pagantes. De toda forma, é possível relembrar as multidões.

Dados atualizados até 23 de janeiro de 2018

Clássico dos Clássicos
Menor: 1.697 – Sport 0 x 1 Náutico (07/09/1969), Ilha do Retiro (amistoso)
Maior: 80.203 – Náutico 0 x 2 Sport (15/03/1998), Arruda (Estadual)

No século XXI
Menor: 3.430 – Sport 1 x 1 Náutico (01/03/2017), Ilha do Retiro (Estadual)
Maior: 32.826 – Sport 1 x 0 Náutico (05/05/2010), Ilha do Retiro (Estadual)

Clássico das Multidões
Menor: 1.712 – Santa Cruz 2 x 2 Sport (07/12/1997), Arruda (amistoso)
Maior: 78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (21/02/1999), Arruda (Estadual)

No século XXI
Menor: 5.517 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (24/08/2016), Arena PE (Sula)
maior: 62.243 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (15/05/2011), Arruda (Estadual)

Clássico das Emoções
Menor: 1.160 – Náutico 4 x 2 Santa Cruz (16/12/1962), Aflitos (amistoso)
Maior: 76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (18/12/1983, Arruda (Estadual)

No século XXI
Menor: 2.238 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz (10/07/2010), Aflitos (Nordestão)
Maior: 70.003 – Santa Cruz 0 x 2 Náutico (11/07/2001), Arruda (Estadual)

Os 5 menores públicos nos clássicos (geral)
1.160 – Náutico 4 x 2 Santa Cruz (16/12/1962), Aflitos (amistoso)
1.697 – Sport 0 x 1 Náutico (07/09/1969), Ilha do Retiro (amistoso)
1.712 – Santa Cruz 2 x 2 Sport (07/12/1997), Arruda (amistoso)
1.747 – Náutico 0 x 1 Sport (06/06/1976), Aflitos (Estadual)
1.905 – Náutico 1 x 1 Sport (16/06/2000), Aflitos (Estadual)

Os 5 maiores públicos nos clássicos (geral)
80.203 – Náutico 0 x 2 Sport (15/03/1998), Arruda (Estadual)
78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (21/02/1999), Arruda (Estadual)
76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (18/12/1983), Arruda (Estadual)
75.135 – Santa Cruz 1 x 2 Sport (03/05/1998), Arruda (Estadual)
74.280 – Santa Cruz 2 x 0 Sport (18/07/1993), Arruda (Estadual)

Sem empolgar, Sport vence o Afogados com gols dos jogadores acionados no 2T

Pernambucano 2018, 2ª rodada: Sport x Afogados. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O Sport conquistou a sua primeira vitória no Estadual de 2018, mas ainda num ritmo bem abaixo, jogando para o gasto. Diante de apenas 3.389 torcedores na Ilha, o time venceu o Afogados por 2 x 0, após as mudanças efetuadas por Nelsinho Baptista, no intervalo. No primeiro tempo, lento e desinteressante, o leão chegou com perigo apenas duas vezes, em tramas pelo lado direito. Na primeira, André chutou, com o defensor tirando de cabeça, em cima da linha. Na segunda, uma bola no travessão de Rogério. E só, com vaias no intervalo, expondo a impaciência do público sobre uma equipe sem imposição, num campeonato no qual, pelo investimento, deveria conseguir desde a estreia

Ao menos a insatisfação se estendeu ao treinador , que fez duas trocas no intervalo. Tirou André (dores no joelho – fará exame) e Lenis (opção), entrando Gabriel (estreante) e Thomás (opção recorrente no 2T). E logo na retomada os acionados participaram do primeiro gol oficial do leão no ano, após 145 minutos de bola rolando. Na ponta direita, Gabriel acertou o passe vertical para Rogério, que cruzou rasteiro para Thomás, na pequena área.

Pernambucano 2018, 2ª rodada: Sport x Afogados. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Mesmo em desvantagem, o time sertanejo, atuando pela primeira vez em sua história no Recife, pouco fez, com Magrão como mero espectador na barra. Já o Sport desperdiçou algumas boas chances, sobretudo com Rogério, o ‘falso 9’ na etapa complementar, conseguindo ampliar somente aos 38. Avançando pelo meio, Marlone encontrou Gabriel livre de marcação. O atacante contratado junto ao Flamengo puxou pra perna esquerda e marcou. De positivo, portanto, a reação do banco. Que mexa com o restante do time…

O jogos oficiais do rubro-negro em 2018 (1V, 1E e 0D)
17/01 – Flamengo 0 x 0 Sport (PE)
20/01 – Sport 2 x 0 Afogados (PE)

Pernambucano 2018, 2ª rodada: Sport x Afogados. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A volta dos bailes de carnaval aos salões dos times do Recife, com frevos próprios

Os bailes de carnaval nos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro. Fotos: Arquivo/DP

As antigas festas pré-carnavalescas nas sedes dos Aflitos, Arruda e Ilha

Até meados dos anos 1990, nas semanas que antecediam ao carnaval pernambucano, as sedes sociais de Náutico, Santa Cruz e Sport eram tomadas por torcedores nos bailes oficiais dos clubes. ‘Vermelho e Branco’ nos Aflitos, ‘Preto, Branco e Vermelho’ no Arruda e ‘Vermelho e Preto’ na Ilha do Retiro. Eram festas com estilo próprio, com dezenas de frevos inspirados em cada clube rasgando a madrugada inteira. Outra particularidade naturalmente era a escolha das camisas a cada edição, com o cuidado de não ‘representar’ alguma cor mais popular nos bailes vizinhos (rivais).

Com o crescimento do carnaval de rua – já existem blocos dos três times -, a concorrência das festas privadas pelo Recife, em shows cada vez maiores, além das seguidas mudanças no calendário do próprio futebol, as festas dentro nos clubes caíram no ostracismo, restando versões esporádicas aqui e acolá. Em 2018, uma retomada dupla, a partir dos trabalhos das diretorias sociais do alvirrubro e do rubro-negro. No tricolor, a ideia pode voltar em 2019.

No carnaval, qual é o bloco que você mais se identifica com o seu time?

Baile Vermelho e Branco (19/01)
“Em Pernambuco, o ritmo já é de carnaval. O coração começa a bater mais forte, as pernas involuntariamente estão frevando. Para os alvirrubros a emoção é ainda maior: o Baile Vermelho e Branco está de volta.”

Orquestra Universal + Nonô Germano
Ingressos: R$ 30 pista e mesa a R$ 200 (sócio não paga pista)

Confira mais detalhes do baile timbu clicando aqui

Baile Vermelho e Preto (26/01)
“O Baile Vermelho e Preto, que embalou o Carnaval no Clube e faz parte da memória afetiva de todo rubro-negro, está de volta”

Orquestra Treme-Terra + Almir Rouche
Ingressos: R$20 para sócios, R$30 para não-sócios e mesa a R$ 100

Confira mais detalhes do baile leonino clicando aqui

A ampliação da capacidade de público no Arruda e Ilha em 2018. Redução na Arena

Arruda, Arena Pernambuco e Ilha do Retiro. Crédito: Google Maps

A capacidade oficial de público dos três maiores estádios de Pernambuco sofreram alterações para a temporada de 2018. Embora nenhum lance de arquibancada tenha sido construído (ou demolido), a variação ocorreu devido às análises de engenharia, vigilância sanitária, segurança e bombeiros, com laudos anuais. Segundo os documentos, à  disposição no site da FPF, o Arruda e a Ilha foram ‘ampliados’, enquanto a Arena Pernambuco teve uma redução mínima, mesmo atendendo a todas as exigências possíveis.

No caso da Ilha, é o segundo seguido com aumento, após a drástica redução por medida de segurança. De 27.435 em 2016, passou para 29 mil em 2017 e agora 30 mil em 2018, com o aumento registrado nos setores de arquibancada frontal (+500) e geral da torcida mandante (+500). Ainda assim, o dado segue abaixo da capacidade máxima segundo o cadastro da CBF, de quase 33 mil espectadores. Já no Arruda, uma mudança dupla. Primeiro na capacidade liberada para a temporada, com mais 5 mil lugares no anel superior, chegando a 55 mil no total. A segunda é na própria capacidade oficial, segundo a engenharia, voltando aos 60.044 lugares – a medição da Fifa desde 2012

Por que há diferença entre a capacidade liberada e a capacidade oficial na Ilha e no Mundão? Isso começou em 25 de setembro de 2015, quando os bombeiros emitiram atestados sobre o José do Rego Maciel e o Adelmar da Costa Carvalho, reduzindo ambos. No ano seguinte, Santa Cruz e Sport se reuniram com o Ministério Público para formular um plano escalonado de reformas. Mediado pela Promotoria de Justiça Especializada do Torcedor, o prazo vai até o fim deste ano. Já a Arena Pernambuco mantém os 45.845 assentos vermelhos, mas há uma restrição no “projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico”, reduzindo em 345 lugares, sem especificar.

A seguir, as capacidades setorizadas dos principais palcos…

No fim, a capacidade dos estádios autorizados para o Estadual de 2018, com Náutico e Acadêmica Vitória mandando as suas partidas na arena.

Arruda (55.582 lugares autorizados em 2018)
Anel inferior – 21.400
Anel superior – 20.000
Sociais – 6.100
Sociais ampliação – 1.200
Cadeiras – 5.950
Camarotes/conselho/tribuna – 932
Capacidade em 2017: 50.582 lugares (ampliação de 5.000)
Capacidade oficial: 60.044 lugares (redução de 4.462)

Arena Pernambuco (45.500 lugares autorizados em 2018*)
Anel inferior (nível 1)  – 18.831
Camarote (nível 2) – 1.726
Camarote (nível 3) – 1.995
Anel superior (nível 4)  – 23.293
Capacidade oficial (idem em 2017): 45.845 lugares (redução de 345)
* Não há a informação sobre qual setor seria reduzido

Ilha do Retiro (30.000 lugares autorizados em 2018)
Arquibancada frontal (frontal e curva do placar) – 8.029
Arquibancada sede (tobogã e curva da sede) – 5.452
Arquibancada do placar (visitante) – 2.900
Sociais – 3.500
Cadeira central – 5.311
Cadeira ampliação – 2.050
Assento especial – 2.076
Camarotes/conselho – 682
Capacidade em 2017: 29.000 lugares (ampliação de 1.000)
Capacidade oficial: 32.983 lugares (redução de 2.983)

A capacidade dos estádios liberados para o Pernambucano 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Na volta de Nelsinho, Sport vence Atlético Tucumán e fatura o tetra na Taça Ariano

Taça Ariano Suassuna 2018: Sport 2 x 0 Atlético Tucumán. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Após quase dez anos, Nelsinho Baptista voltou a comandar o Sport. O retorno foi com o pé direito, vencendo o Atlético Tucumán pela Taça Ariano Suassuna. Apesar da festa pelo tetra na disputa amistosa promovida pelo clube, esta 4ª versão registrou o menor público, cerca de 5 mil torcedores – no geral, média de 11.038. Na visão do blog, reflexo do agendamento tardio, além do cartaz modesto do adversário argentino, que ao menos na bola aparentava ser o mais difícil – mesmo classificado à Libertadores, o ‘decano’ pouco fez na Ilha.

À parte evento, apresentando o elenco do Sport, sem tantas caras novas, o rubro-negro teve uma atuação segura. Naturalmente com o freio de mão puxado, devido à questão física. Tecnicamente, tentou assimilar a saída de Diego Souza, com o meio formado por Anselmo (muito bem), Pedro Castro (discreto) e Marlone (voluntarioso) sendo superior ao dos hermanos. Na vitória por 2 x 0, gols de Sander e Thomás, o leão teve um perfil distinto em relação à Ariano 2017, quando mudou o time inteiro no segundo tempo. Desta vez, a equipe foi mantida por 60 minutos, com apenas quatro mudanças. Sinal claro do estilo do treinador, que prioriza o conjunto. Neste caso, o amistoso serviu de teste visando a estreia no Estadual, contra o Flamengo de Arcoverde. E começou com a primeira vitória na temporada, mantendo a taça no Recife.

Taça Ariano Suassuna 2018: Sport 2 x 0 Atlético Tucumán. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Sobre o Tucumán, vale uma ressalva. Na noite de sexta, o time estava em Salta, a 3.739 km da capital pernambucana. Lá, pelo ‘torneo de verano’ da Argentina, venceu o Talleres nos pênaltis. Depois, encarou uma viagem com duas escalas em aeroportos, mirando o leão na tarde de domingo. O desgaste seria natural, assim como as mudanças durante a partida – só no intervalo foram cinco. Com a bola rolando, o time encontrou dificuldades no passe, como já havia ocorrido na apresentação anterior. Teve apenas duas chances.

As edições da Taça Ariano Suassuna
1ª) 24/01/2015 – Sport 2 x 1 Nacional (URU), 22.356 pessoas
2ª) 24/01/2016 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors (ARG), 8.909 pessoas
3ª) 22/01/2017 – Sport (4) 1 x 1 (2) The Strongest (BOL), 7.956 pessoas
4ª) 14/01/2018 – Sport 2 x 0 Atlético Tucumán (ARG), 4.933 pessoas

Sport vs clubes argentinos (9 jogos; 3V, 1E e 5D; 12 GP e 17 GC)
31/01/1937 – Sport 2 x 7 Atlanta (amistoso)
25/12/1951 – Sport 2 x 3 Vélez Sarsfield (amistoso)
06/01/1953 – Sport 0 x 1 Chacarita Juniors (amistoso)
23/09/2015 – Sport 1 x 1 Huracán (Sul-Americana)
30/09/2015 – Huracán 3 x 0 Sport (Sul-Americana, Buenos Aires)
24/01/2016 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors (Taça Ariano Suassuna, amistoso)
06/07/2017 – Sport 2 x 0 Arsenal de Sarandí (Sul-Americana)
27/07/2017 – Arsenal de Sarandí 2 x 1 Sport (Sul-Americana, Buenos Aires)
14/01/2018 – Sport 2 x 0 Atlético Tucumán (Taça Ariano Suassuna, amistoso)

Taça Ariano Suassuna 2018: Sport 2 x 0 Atlético Tucumán. Foto: Roberto Ramos/DP

Os 5.067 jogos do Sport de 1905 a 2017

Números do Sport. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

O Sport disputou o primeiro jogo de futebol da história de Pernambuco, diante de um combinado de trabalhadores ingleses residentes na capital. Um evento social à época. Ao longo de 113 temporadas, o clube tornou-se o mais vitorioso do estado, com números robustos comprovados a partir da pesquisa de Carlos Celso Cordeiro. O blog deu sequência ao levantamento, atualizando o retrospecto geral nas principais competições oficiais, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento leonina atuando na Ilha do Retiro, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa vermelha e preta e os maiores públicos.

Em 2018: Estadual, Copa do Brasil e Série A.

Do 1º ao 5.067º jogo…
Primeiro:Sport 2 x 2 English Eleven (22/06/1905), no Derby (amistoso)
Último: Sport 1 x 0 Corinthians (03/12/2017), na Ilha do Retiro (Série A)

Ranking Nacional de Clubes da CBF: 15º lugar (8.770 pontos)

Total (competições oficiais e amistosos*) 1905-2017
5.067 jogos (9.418 GP e 5.492 GC, +3.926)
2.625 vitórias (51,8%)
1.192 empates (23,5%)
1.240 derrotas (24,4%)
10 jogos com placar desconhecido
Aproveitamento em pontos: 59,6%

Estadual 1915-2017 (ranking: 1º)
2.211 jogos (4.941 GP e 2.050 GC, +2.891)
1.396 vitórias (63,1%)
435 empates (19,7%)
380 derrotas (17,2%)
101 participações (entre 1916 e 2017)
Melhor campanha: campeão, 41 vezes (entre 1916 e 2017)
Aproveitamento em pontos: 69,6%

Copa do Nordeste 1994-2017 (ranking: 3º)
124 jogos (215 GP e 117 GC, +98)
62 vitórias (50,0%)
33 empates (26,6%)
29 derrotas (23,4%)
12 participações (entre 1994 e 2017)
Melhor campanha: campeão em 1994, 2000 e 2014
Aproveitamento em pontos: 58,8%

Brasileirão unificado 1959-2017
913 jogos (1.068 GP e 1.119 GC, -51)
313 vitórias (34,2%)
255 empates (27,9%)
345 derrotas (37,8%)
39 participações (entre 1959 e 2017)
Melhor campanha: campeão em 1987
Aproveitamento em pontos: 43,6%

Série A 1971-2017 (ranking: 17º)
896 jogos (1.036 GP e 1.100 GC, -64)
305 vitórias (34,0%)
250 empates (27,9%)
341 derrotas (38,0%)
36 participações (entre 1971 e 2017)
Melhor campanha: campeão em 1987
Aproveitamento em pontos: 43,3%

Série B 1971-2017
295 jogos (419 GP e 323 GC, +96)
126 vitórias (42,7%)
84 empates (28,4%)
85 derrotas (28,8%)
11 participações (entre 1980 e 2013)
Melhor campanha: campeão em 1990
Aproveitamento em pontos: 52,2%

Copa do Brasil 1989-2017
112 jogos (180 GPC e 117 GC, +63)
53 vitórias (47,3%)
25 empates (22,3%)
34 derrotas (30,3%)
60 confrontos; 38 classificações e 22 eliminações
23 participações (entre 1989 e 2017)
Melhor campanha: campeão em 2008
Aproveitamento em pontos: 54,7%

Taça Libertadores da América 1960-2017 (ranking oficial: 108º)
14 jogos (18 GP e 14 GC, +4)
7 vitórias (50,0%)
2 empates (14,2%)
5 derrotas (35,7%)
2 participações (1988 e 2009)
Melhor campanha: oitavas de final, em 2009
Aproveitamento em pontos: 54,7%

Copa Sul-Americana 2002-2017
20 jogos (18 GP e 25 GC, -7)
5 vitórias (25,0%)
3 empates (15,0%)
12 derrotas (60,0%)
10 confrontos; 5 classificações e 5 eliminações

5 participações (2013, 2014, 2015, 2016 e 2017)
Melhor campanha: quartas de final, em 2017
Aproveitamento em pontos: 30,0%

Histórico em decisões no Estadual
Sport 12 x 12 Santa Cruz
Sport 11 x 6 Náutico

Sport na Ilha do Retiro* (1937/2017)
2.150 jogos
1.320 vitórias (61,4%)
473 empates (22,0%)
357 derrotas (16,60%)
Aproveitamento em pontos: 68,7%
* Competições oficiais e amistosos

Maiores artilheiros
202 gols – Traçaia
161 gols – Djalma Freitas
136 gols – Leonardo
108 gols – Luís Carlos
105 gols – Naninho

Quem mais atuou
Magrão – 673 jogos

Clássico das Multidões (1916-2017)
556 jogos
231 vitórias do Sport (41,5%)
158 empates (28,4%)
167 vitórias do Santa (30,0%)
Último: Santa 0 x 2 Sport (03/05/2017, Nordestão)

Clássico dos Clássicos (1909-2017)*
548 jogos
210 vitórias do Sport (38,3%)
157 empates (28,6%)
180 vitórias do Náutico (32,8%)
Último: Náutico 1 x 1 Sport (23/04/2017, Estadual)
*Um jogo disputado em 29 de março de 1931, no Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos

Top 5 nos Clássicos
80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998)
78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport, no Arruda (Estadual, 21/02/1999)
75.135 – Santa Cruz 1 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 03/05/1998)
74.280 – Santa Cruz 2 x 0 Sport, no Arruda (Estadual, 18/07/1993)
67.421 – Santa Cruz 0 x 1 Sport, no Arruda (Estadual, 20/05/1990)

Top 5 como mandante contra outros adversários
56.875 – Sport 2 x 0 Porto, na Ilha do Retiro (Estadual, 07/06/1998)
53.033 – Sport 0 x 2 Corinthians, na Ilha do Retiro (Série A, 12/09/1998)
48.564 – Sport 1 x 1 Cruzeiro, na Ilha do Retiro (Série A, 27/09/1998)
48.328 – Sport 5 x 0 Grêmio, na Ilha do Retiro (Série A, 20/09/1998)
46.018 – Sport 1 x 1 Grêmio, na Ilha do Retiro (Série A, 03/12/2000)

Arena PE registra 14% de ocupação em 30 partidas oficiais do Trio de Ferro em 2017

Visão interna da Arena Pernambuco, a partir do anel superior. Foto: Arena Pernambuco/twitter (@arenapernambuco)

A quinta temporada da Arena Pernambuco foi a mais esvaziada em termos de público e renda no futebol, considerando os jogos oficiais dos grandes clubes da capital. Embora tenha recebido o mesmo número de partidas que o ano anterior neste contexto, 30, o borderô contabilizou uma queda de 44 mil torcedores, ou 18% a menos. A taxa de ocupação dos assentos vermelhos expõe de forma clara o cenário, com apenas 14%, reflexo da média de 6.690 – e olhe que o recorde de público, entre clubes, foi batido.

Pela primeira vez o empreendimento foi administrado do começo ao fim do ano pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, que buscou soluções alternativas no entorno para o movimentá-lo (Domingo na Arena, Som na Arena e Arena games), além de eventos religiosos (um deles com 50 mil pessoas). No futebol propriamente dito, no entanto, a conta ficou difícil de fechar. Basta dizer que em 2014, com o Todos com a Nota ainda em execução, o faturamento do estádio foi de 14 milhões de reais, contando apenas o Trio de Ferro, enquanto em 2017 não chegou sequer a 3 milhões,

Nos quatro primeiros anos de operação do estádio em São Lourenço, nas gestões da Odebrecht e do governo, o resultado financeiro foi sempre negativo, com déficit de R$ 29,7 milhões em 2013, de R$ 24,4 milhões em 2014, de R$ 19,0 milhões em 2015 e de R$ 7,0 milhões em 2016. Improvável um quadro diferente no próximo balanço, a ser divulgado em junho.

Neste ano, a Arena Pernambuco registrou o pior público total, a pior média de público, a pior taxa de ocupação, a pior arrecadação, a pior média de renda e o pior tíquete médio. Apenas um dado escapou: número de jogos.

Balanço de público e renda do Trio de Ferro mandando seus jogos na Arena Pernambuco de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

A conturbada relação entre Náutico e Arena, mesmo com a gestão pública, resultou no menor calendário anual – desconsiderando 2013, com a operação iniciando em junho. Tanto que o alvirrubro chegou a jogar quadro vezes no Lacerdão, em Caruaru. Se em 2016 o time brigou pelo acesso, com jogos acima de 20 mil pessoas, desta vez a lanterna na Série B derrubou a presença da torcida, pela primeira vez abaixo de 10% de ocupação.

O balanço de público e renda do Náutico mandando seus jogos na Arena PE de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Em junho, o governo do estado anunciou um pacote de 5 jogos com o Santa Cruz, numa sequência disputada na Série B. Foi o maior número de apresentações do clube desde 2014, mas a média de 6.374 torcedores ficou abaixo do dado até então registrado no Arruda – com 10.331 pessoas nos quatro jogos anteriores da competição. O tricolor não quis estender a parceria.

O balanço de público e renda do Santa Cruz mandando seus jogos na Arena PE de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Assim como o rival coral, o Sport também teria firmado um acordo de cinco jogos na arena, mas acabou jogando apenas duas vezes – desconsiderando a Taça Ariano Suassuna, amistosa. Num desses jogos, no revés diante do Palmeiras, em 23 de julho, foi estabelecido o maior público entre clubes: 42.025. Embora a arrecadação tenha sido boa (maior que a soma dos 23 jogos do Náutico), o leão optou por voltar à Ilha por questão técnica.

O balanço de público e renda do Sport mandando seus jogos na Arena PE de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

A abaixo, a quantidade de jogos no Recife com mando do Trio de Ferro – os jogos de América, na Ilha (2x) e no Arruda (1x), e Belo Jardim, na Arena (1x), não estão computados. Vale destacar que em 2013 houve o clássico carioca entre Botafogo e Fluminense, com 9.669 pessoas e R$ 368 mil de renda. Por fim, a observação de que em 2015 e 2016 ocorreram jogos de portões fechados na Ilha (1x) e na Arena (1x), também desconsiderados.

Número de jogos oficiais do Trio de Ferro no Recife. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Não é só futebol… Recepção a Abel Braga rende placa da CBF à torcida do Sport

Série A 2017, 18ª rodada: Sport 2 x 2 Fluminense. Imagem: Sportv/reprodução

A torcida do Sport foi lembrada no Prêmio Brasileirão 2017. Durante o evento com os destaques da competição, na sede da CBF, no Rio de janeiro, a torcida do rubro-negro pernambucano ganhou a placa “Não é só futebol” pela fraternidade na recepção a Abel Braga, no jogo Sport 2 x 2 Fluminense, em 2 de agosto. Aquela partida na Ilha do Retiro, presenciada por quase 17 mil espectadores, foi a primeira da Série A após a morte do filho do treinador.

Mesmo abalado pela morte de João Pedro, Abel veio ao Recife. E quando surgiu no gramado foi aplaudido durante toda a caminhada até o banco de reservas, num ato que levou o experiente comandante às lágrimas.

Após o jogo, o técnico do tricolor carioca disse o seguinte:

“Já fui inimigo do Sport, já trabalhei no Santa Cruz e sempre joguei contra eles, e quero agradecer a todos, ao país inteiro. Não podia imaginar nem em sonho esse carinho. Me sinto feliz porque não é por gostar do Abel, é pelo caminho que o Abel traçou, que meus filhos traçaram, de honradez, de caráter, de dignidade, de honestidade e de amizade para com todos, hoje é um dia que vai ficar marcado.”

No sufoco, Sport vence o Corinthians e se garante na Série A pela 5ª edição seguida

Série A 2017, 38ª rodada: Sport 1 x 0 Corinthians. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O Sport chegou mais uma vez pressionado à ultima rodada da Série A. E o cenário em 2017 foi ainda pior que o de 2016. Em vez um rival rebaixado, o campeão brasileiro. Em vez de uma vitória simples, a necessidade de triunfo somada ao tropeço de um concorrente. Dando tudo certo, com o time revertendo uma situação na qual chegou a ter apenas 3% de chance, segundo os matemáticos, o leão se manteve na elite. Pouco para quem virou o turno em 6º lugar, numa zona de classificação à Libertadores que se estenderia à 8ª posição. Contudo, uma enorme derrocada quase resultou em descenso, só brecada pelas três vitórias nas últimas três rodadas, com o Sport assegurando a 5ª participação seguida. É o recorde na região na era dos pontos corridos.

O cenário foi facilitado, em parte, devido ao nível técnico apresentado pelo Corinthians. O técnico Fábio Carille trouxe apenas três titulares, o goleiro Cássio, o zagueiro Balbuena e o volante Gabriel. Nem mesmo Jô, almejando a artilharia, veio ao Recife. apesar disso, ao fim do domingo o centroavante terminaria na ponta, junto ao Ceifador, com 18 gols. Mesmo esfacelado, time paulista mostrou muita organização, mas sem a mesma eficiência do titular, naturalmente. Com jogadores mais experientes, e em máxima rotação, o Sport se aproveitou, num jogo mais complicado do que se desenhava.

Série A 2017, 38ª rodada: Sport 1 x 0 Corinthians. Foto: FPF/instagram

No primeiro tempo, os leoninos abusaram do jogo aéreo (de praxe) e desperdiçaram duas boa chances, indo para o intervalo pressionados – embora um dos resultados paralelos já fosse suficiente. Diante de quase 30 mil torcedores, o Sport chegou à vitória aos 11 minutos da segunda etapa. Diego Souza recebeu na área, atraindo a marcação de Cássio, e tocou voltando para Mena, que cruzou alto para André. O camisa 90 foi ao terceiro andar para cabecear para as redes, 1 x 0. Foi o 16º gol do atacante na competição, recorde do clube, fazendo explodir a Ilha como nos bons tempos. Sem querer se expor a partir dali, o mandante se contentou com a vantagem magra, trabalhando o placar com muita ocupação de espaço e marcação segura – Anselmo fez grande partida. Com as derrotas de Vitória e Coxa, nos descontos, a partida terminou em festa, num claro sinônimo de alívio…

A sequência leonina na Série A (colocação + campanha + premiação)
2014 – 11º lugar (14v, 10e e 14d) e R$ 600.000
2015 – 6º lugar (15v, 14e e 9d) e R$ 1.400.000
2016 – 14º lugar (13v, 8e e 17d) e R$ 900.000
2017 – 15º lugar (12v, 9e e 17d) e R$ 850.320
2018 – a disputar

Série A 2017, 38ª rodada: Sport 1 x 0 Corinthians. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Na Ilha do Retiro, Sport vence o Bahia e finalmente chega a 10 vitórias na Série A

Série A 2017, 36ª rodada: Sport 1 x 0 Bahia. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Após oito jogos de jejum, o Sport voltou a vencer no Brasileirão. No clássico regional contra o Bahia, o leão fez 1 x 0, na Ilha, e finalmente chegou a 10 vitórias na competição – curiosamente, o tricolor soteropolitano foi o único a perder lá e lô. Para isso, o rubro-negro precisou de 36 rodadas! E olhe que havia virado o turno com oito triunfos, o que dimensiona o caos no returno.

Em sua 8ª participação na Série A nos pontos corridos, o Sport deste ano igualou o número de rodadas de 2012, justamente na última edição em que caiu. Abaixo das duas, apenas a campanha de 2009, outra com rebaixamento.

Não por acaso, o fantasma do rebaixamento é bem real em 2017…

Quando o Sport chegou a 10 vitórias nos pontos corridos
2007 – 26ª rodada (10V, 6E e 10D; 46,1% de apto; 9º lugar)
2008 – 24ª rodada (10V, 5E e 9D; 48,6% de apto; 9º lugar)
2009 – não conseguiu (venceu apenas 7)
2012 – 36ª rodada (10V, 10E e 16D; 37,0% de apto; 17º lugar)
2014 – 23ª rodada (10V, 5E e 8D; 50,7% de apto; 8º lugar)
2015 – 30ª rodada (10V, 13E e 7D; 47,7% de apto; 10º lugar)
2016 – 31ª rodada (10V, 7E e 14D; 39,7% de apto; 14º lugar)
2017 – 36ª rodada (10V, 9E e 17D; 36,1% de apto; 18º lugar)

Série A 2017, 36ª rodada: Sport 1 x 0 Bahia. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife