Os 27 nomes para a formação da seleção Pernambuco Legends, via votação aberta

Os nomes do Pernambuco Legends 2018

As opções, pela ordem: Adriano, César, Josué, Marlon e Sandro; Ailton (atacante), Chiquinho, Juninho Pernambucano, Albérico e Bosco; Ailton (meia), Givaldo, Nildo e Rodolpho; Araújo, Dênis Marques, Kuki, Osmar e Zé do Gol; Carlinhos Bala, Dutra, Lúcio, Russo e Zé do Carmo; Nereu Pinheiro, Dário, Givanildo Oliveira, Lúcio Surubim e Juninho Petrolina

Em 14 de abril, na Arena PE, o Barcelona Legends enfrentará o Pernambuco Legends. Um duelo entre o master do catalão e uma equipe com veteranos de destaque nos clubes locais. Todos aposentados ou quase isso, casos do meia Ailton e do atacante Dênis Marques, até pouco tempo erguendo taças no Sport (NE 2014) e no Santa Cruz (PE 2012 e 2013), respectivamente. À parte da formação espanhola, que cabe ao Barça, o escrete pernambucano tem votação aberta no site do evento – o ex-jogador não precisa ter nascido no estado, mas, no mínimo, se destacado aqui. Para votar, clique aqui.

Ao todo são 27 jogadores, entre 33 anos e 56 anos, sendo Zé do Carmo o mais velho, embora preencha todos os requisitos para fazer parte do ‘Pernanbuco Legends’. Por sinal, eis o resumo oficial sobre a pré-seleção:

“Das lendas e personagens do futebol brasileiro, aqueles que marcaram história em times do estado, nordestinos, do Brasil e no exterior. Sempre com títulos, gols, defesas, raça e muitas memórias. E você que escalará as estrelas da casa. A Seleção de Pernambuco, a Cacareco, mais uma vez representará o Brasil”

Abaixo, as opções de cada setor, com idade e passagens locais. Embora a votação só permita um clique por opção, parece óbvia a escalação de dois zagueiros. Logo, fica a dúvida entre dois meias (4-4-2) ou dois pontas (4-3-3).

Goleiro – Bosco (43 anos; Sport), Albérico (46; Náutico e Sport) ou Rodolpho (36; Náutico) 

Lateral-direito – Russo (41; Central, Santa e Sport), Givaldo (47; Náutico e Sport) ou Osmar (35; Santa e Sport) 

Zagueiros – César (37; Santa e Sport), Adriano (44; Santa e Sport), Sandro Barbosa (44; Santa e Sport) ou Lúcio Surubim (48; Náutico) 

Lateral-esquerdo – Dutra (44; Santa e Sport) ou Lúcio (38; Náutico, Salgueiro e Santa) 

Primeiro volante – Josué (38; Porto), Dário (45; Santa e Sport), Zé do Carmo (56; Santa) 

Segundo volante – Aílton (33; Central, Náutico e Sport) ou Nildo (42; Náutico, Santa e Sport) 

Meio-campo – Juninho Pernambucano (42; Sport), Chiquinho (42; Sport) ou Juninho Petrolina (43; Náutico, Santa e Sport) 

Centroavante – Kuki (46; Náutico e Santa), Aílton (44; Santa), Marlon (55; Santa) ou Zé do Gol (42; Santa – observação na caixa de comentários) 

Ponta – Araújo (40; Porto, Central e Náutico), Dênis Marques (37; Santa) ou Carlinhos Bala (38; América, Náutico, Santa e Sport) 

Treinador – Nereu Pinheiro (68) ou Givanildo Oliveira (69)

Time do blog (4-3-3, mensurando representatividade e destaque local): Bosco; Russo, César, Sandro e Lúcio; Zé do Carmo, Nildo e Juninho Pernambucano; Carlinhos Bala, Dênis Marques e Kuki. Técnico: Givanildo Oliveira

Atualização (27/02): Rivaldo, eleito o melhor do mundo em 1999, confirmou presença e jogará um tempo em cada time. Reforço e adversário de peso…

Qual seria a sua escalação a partir dos ‘convocados’? Comente

Como seria a Cacareco dos Sonhos? Um time repleto de jogadores da Seleção

Cacareco dos Sonhos, "titular" e "reserva". Arte: Joelson Né da Silva/divulgação

Cacareco foi o apelido dado pela imprensa do Sudeste à seleção pernambucana formada em 1959 para representar o país na Copa América, então chamada de “Campeonato Sul-Americano Extra”. Com o bom desempenho no torneio, terminando em 3º lugar, os pernambucanos adotaram o outrora pejorativo apelido. A partir disso, qual seria a escalação da “Cacareco dos Sonhos”?

Se antes a regra era escalar um time com jogadores presentes nos elencos de Náutico, Santa e Sport, a pergunta agora é baseada na origem de cada atleta. O designer Joelson Né da Silva criou (escalou e desenho) duas seleções (a titular, de azul, e a reserva, de branco, as cores da FPF) com este critério. Ideia iniciada a partir de um debate em São Paulo, onde mora, tratando o atacante Terto como o “melhor jogador produzido pelo futebol pernambucano”. Numa terra com Rivaldo, Ademir e Vavá, obviamente não foi, mas está na lista.

Confira os times, na formação 4-3-3, tendo Gentil Cardoso como técnico. São 22 escolhas possíveis a partir de 1940, o período da pesquisa sobre o futebol local. Apenas cinco não defenderam o Brasil, apesar do sucesso entre clubes.

Titular
Manga; Gena, Ricardo Rocha, Zequinha e Rildo; Givanildo Oliveira, Juninho Pernambucano e Rivaldo; Almir Pernambuquinho, Vavá e Ademir Menezes.

Reserva
Bosco; Carlos Alberto Barbosa, Lula Pereira, Zé do Carmo e Lúcio; Hernanes, Josué e Lula; Terto, Nado e Bita

Confira as equipes em uma resolução melhor aqui.

O blog discorda de algumas escolhas. Com fartura no meio campo, acabou havendo improvisações em outros setores. Zequinha, campeão mundial em 1962, era volante, mas acabou escalado como zagueiro. Idem com Zé do Carmo no segundo quadro. Entre os nomes que não poderiam ter sido esquecidos, o do recifense Tará, o maior artilheiro coral, com 207 gols. Jogou de 1931 a 1942 e depois em 1948. Logo, estaria no contexto.

Aprova a formação? Quais mudanças seriam necessárias?

Para apresentar a Cacareco, Joelson fez um vídeo na Arena Pernambuco.

Joelinton, a 25ª negociação milionária em Pernambuco

As 25 vendas milionárias, no Plano Real, do futebol pernambucano, até 6 de junho de 2015. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A PressAs 25 vendas milionárias, no Plano Real, do futebol pernambucano, até 6 de junho de 2015. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O Sport negociou os direitos econômicos do atacante Joelinton por R$ 7,79 milhões junto a um grupo de empresários alemães. Fazendo justiça ao apelido de Jogador de Europa, dado pelo técnico Eduardo Batista, a revelação segue para o Hoffenheim, 8º lugar na Bundesliga 2014/2015. Na transação, o Leão ficou com 70%, ou R$ 5,4 milhões, com o restante sendo repassado ao banco BMG, que investiu na modernização do centro de treinamento em Paratibe, tendo como contrapartida um percentual de alguns atletas revelados por lá.

Joelinton tornou-se o 25º atleta negociado por um clube pernambucano por pelo menos R$ 1 milhão. Para comparar a rentabilidade de cada negociação, entretanto, o critério adotado pelo blog foi “dolarizar” toda a lista, utilizando a moeda universal do mercado. Ainda assim, o valor extraoficial da venda, divulgado pelo jornal alemão Bild, foi em euros (2,2 milhões). Convertendo, fica uma ressalva. Com a alta do dólar em relação ao real (avaliado neste 5 de junho de 2015 em R$ 3,14), o montante recebido pelo Rubro-negro ficou na casa de US$ 1,73 milhão, deixando o centroavante de 18 anos em 5º lugar entre os jogadores mais rentáveis. Jackson, o recordista em dólar, saiu por R$ 3,5 mi.

Entre os 25 “jogadores milionários”, a divisão é a seguinte:
14 do Sport (US$ 17.240.401)
6 do Náutico (US$ 6.287.626)
4 do Santa Cruz (US$ 3.471.000)
1 do Porto (US$ 2.477.639)

Para a elaboração do ranking, o blog considera o valor recebido pelo clube, descontando percentuais de terceiros (grupos de investimentos, outros clubes etc). Abaixo, os casos nos quais o valor total foi maior do que o citado na lista.

* Rômulo custou US$ 9,95 milhões (R$ 20,6 mi). Porto ficou com 25%
* Douglas Santos custou US$ 3,36 milhões (R$ 7,4 mi). Náutico teve 60%

*Joelinton custou US$ 2,48 milhões (R$ 7,79 mi). Sport ficou com 70%
* Wellington custou US$ 6,59 milhões (R$ 15,6 mi). Náutico teve 6,4%

Hernanes, o 10º pernambucano na Copa do Mundo

Hernanes em ação pela Seleção Brasileira em 2013, contra México (2x0), Itália (2x2), Zâmbia (2x0) e Suíça (0x1). Fotos: Jefferson Bernardes/Vipcom (México), Wander Roberto/Vipcom (Itália), Rafael Ribeiro/CBF (Zâmbia e Suíça)

Hernanes mantém a tradição de Pernambuco na Copa do Mundo.

Pela 7ª vez consecutiva, um jogador nascido no estado defenderá a Seleção Brasileira no Mundial. É assim de forma ininterrupta desde 1990.

O meia recifense de 28 anos é um dos 23 nomes confirmados por Luiz Felipe Scolari para o torneio no país. Fez jus à série de partidas disputadas com a camisa verde e amarela em 2013, nada menos que quinze, sempre com o número 8.

Essas atuações foram paralelas ao desempenho na Internazionale de Milão, contratado junto à Lazio. Sempre de forma versátil, com marcação forte, bom passe e apoio na criação de jogadas.

Ao todo, o “Profeta” já vestiu a camisa do Brasil em 23 oportunidades desde 2008.

Abaixo, em ordem cronológica, a lista completa dos pernambucanos, com a edição disputada e o clube de origem. Nenhum deles foi ao Mundial atuando no estado.

1 – Ademir Menezes, 1950 (atacante, Sport)
2 – Vavá, 1958/1962 (atacante, Sport)
3 – Zequinha, 1962 (volante, Santa Cruz)
4 – Rildo, 1966 (lateral-esquerdo, Sport)
5 – Manga, 1966 (goleiro, Sport)
6 – Ricardo Rocha, 1990/1994 (zagueiro, Santa Cruz)
7 – Rivaldo, 1998/2002 (meia, Santa Cruz)
8 – Juninho Pernambucano, 2006 (meia, Sport)
9 – Josué, 2010 (volante, Porto)
10 – Hernanes, 2014 (meia, Unibol)

Campeões mundiais: Vavá, Zequinha, Ricardo Rocha e Rivaldo. Boa sorte, Hernanes!

Relembre os primeiros contratos de todos os mundialistas do estado aqui.

As duas décadas de carreira profissional de Juninho Pernambucano

Figurinhas da carreira de Juninho Pernambucano, de 1994 a 2013. Crédito: http://www.oldschoolpanini.com

Ao completar 39 anos, Juninho Pernambucano anunciou a aposentadoria no futebol. O meia, um dos nove jogadores nascidos no estado que já disputaram a Copa do Mundo, atuou nos gramados de forma profissional durante vinte anos.

Surgiu na Ilha do Retiro e encerrou a carreira em São Januário.

No embalo da data – aniversário e aposentadoria -, o site Old School Panini reuniu várias figurinhas de Juninho. O canal francês encontrou raridades espalhadas nos álbuns lá lançados no mercado, antes mesmo do apelido.

Na busca, um dos primeiros cromos, no Campeonato Brasileiro de 1994, pelo Sport, até a Série A de 2013, pelo Vasco. Espaço também para a participação no Mundial de 2006 e os vários anos conquistando títulos no Lyon.

Só faltou um registro, da passagem no Al Gharrafa, do Catar.

Os primeiros contratos de todos os pernambucanos presentes no Mundial

Painel da FPF com os jogadores pernambucanos que já participaram da Copa do Mundo. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Nove pernambucanos já defenderam a Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Todos eles iniciaram as respectivas carreiras no futebol local.

Na sede da FPF, um enorme painel faz uma homenagem a esses craques que representaram o estado no Mundial. Além de fotografias de todos eles, há a documentação histórica, com o primeiro contrato de cada um, alguns ainda no infantil. Por sinal, o acervo da entidade é enorme, com todos os contratos desde o primeiro acerto profissional, com o centralino Zago, em 1937.

Entre os registros já amarelados com o tempo, duas lacunas. Ainda não foi encontrado o contrato pioneiro do atacante Vavá, revelado na Ilha do Retiro e bicampeão nas Copas de 1958 e 1962. Já no lugar de Ademir, vice em 1950 e também revelado no Leão – cujo registro original está abaixo -, foi colocado erroneamente o contrato de seu irmão mais novo, Ademis (veja aqui).

Curiosidade: o meia Hernanes, cria do Unibol em 1999, já se faz presente no painel ao lado dos nove mundialistas. De fato, o jogador é a maior aposta pernambucana para 2014. Confira o seu contrato aqui.

Ademir Menezes, atacante – 1950 (Sport)

Primeiro registro como atleta na FPF: Ademir Menezes (Sport). Crédito: documentário Um artilheiro no meu coração/reprodução

Zequinha, volante – 1962 (Santa Cruz)

Primeiro registro como atleta na FPF: Zequinha (Santa Cruz). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Rildo, lateral-esquerdo – 1966 (Sport)

Primeiro registro como atleta na FPF: Rildo (Sport). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Manga, goleiro – 1966 (Sport)

Primeiro registro como atleta na FPF: Manga (Sport). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Ricardo Rocha, zagueiro – 1990 e 1994 (Santa Cruz)

Primeiro registro como atleta na FPF: Ricardo Rocha (Santa Cruz). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Rivaldo, meia-atacante – 1998 e 2002 (Santa Cruz)

Primeiro registro como atleta na FPF: Rivaldo (Santa Cruz). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Juninho Pernambucano, meia – 2006 (Sport)

Primeiro registro como atleta na FPF: Juninho Pernambucano (Sport). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Josué, volante – 2010 (Porto)

Primeiro registro como atleta na FPF: Josué (Porto). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A terceira derrota timbu na arena em seis dias deve ativar plano B do próximo ano

Série A 2013: Náutico x Vasco. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Frustração sem freio. Sábado, Atlético-PR. Terça, São Paulo. Quinta, Vasco. Três jogos seguidos na Arena Pernambuco em apenas seis dias. Três derrotas.

O desempenho pífio do Náutico em seu reduto elevou o calvário a um patamar indigesto. O time se mantém com míseros 8 pontos em 17 jogos. Nos pontos corridos na elite, desde 2003, nenhuma equipe tinha feito uma pontuação tão baixa com essa quantidade de partidas. É a pior campanha da história.

O descenso, a esta altura, deve ser questão de tempo. Um desfecho diferente entraria na cota dos milagres do futebol. Pelo rendimento (pífio) em campo, deve ser irrisória a quantidade de torcedores alvirrubros que ainda acreditem nisso.

Nesses três jogos na arena, o time comandado por Jorginho se viu envolvido facilmente pelos adversários. Contra tricolores e vascaínos, ainda deu um calor no primeiro tempo, perdendo algumas raras oportunidades. Depois, sucumbiu.

Nesta noite, Olivera voltou a acertar a trave, após cruzamento de Derley, no lugar de Martinez, vetado com dores musculares. O goleiro Ricardo Berna também foi um desfalque. Na prática, não fizeram falta. Não estavam rendendo e os substitutos mantiveram as respectivas “médias”.

Os dois primeiros tentos do Vasco na etapa final, aos 2 e aos 6 minutos, transformaram a tristeza em revolta. No fim, um revés por 3 x 0, o 13º em todo o campeonato, que deve dar início a uma profunda reformulação no clube.

Ainda estamos em setembro. Ainda faltam 21 jogos. Contudo, o enorme colegiado timbu deve começar a planejar um recomeço em outro patamar. Para isso, é preciso conter gastos desnecessáriosem em tentativas tresloucadas.

Série A 2013: Náutico x Vasco. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Aflitos como locação para campanha de sócios… do Vasco

Campanha de sócios do Vasco em 2013. Crédito: www.vasco.com.br

O Vasco está lançando uma nova campanha de sócios.

Estrelada pelo experiente meia Juninho Pernambucano, ídolo vascaíno, o clube visa alavancar a quantidade de sócios-torcedores.

Atualmente, o time carioca conta com 15.998 associados adimplentes, marca modesta em relação aos outros grandes clubes brasileiros. O Vasco está na 12ª colocação no ranking nacional de sócios.

Até aí, tudo bem. Todos as agremiações do país devem investir no setor, na fidelização de seus torcedores, proporcionando uma boa fonte de renda.

Contudo, o departamento de marketing do Vasco escorregou feio…

Escolheu o estádio dos Aflitos como locação. No vídeo, o cenário ao fundo até foi escurecido. Porém, na imagem de divulgação do craque, na capa do próprio site oficial, o Eládio de Barros Carvalho se faz bem presente. Somente dentro da página aparece o tradicional São Januário, no mesmo ângulo.

Possivelmente, o vídeo foi produzido em alguma folga de Juninho na capital, pois ele também tem residência no Recife.

Campanha de sócios do Vasco em 2013. Crédito: www.vasco.com.br

Sport supera trauma do 2º tempo e domina São Januário

Série A 2012: Vasco x Sport. Foto: Marcelo Sadio/vasco.com.br

Mais uma vez o Sport teria o segundo tempo à prova. Um verdadeiro calo leonino em suas apresentações como visitante na Série A desta temporada.

Contra Grêmio, Internacional e Atlético-MG, também fora de casa, o Leão foi para o intervalo à frente no placar. Mas viveu tempos distintos.

Somou apenas um ponto e sofreu sete gols nos 45 minutos finais dessas partidas. Em São Januário, neste domingo, o Rubro-negro pernambucano vencia por 1 x 0, após um contragolpe bem finalizado por Felipe Azevedo, aos 39 minutos.

Àquela altura, havia sido o sexto contra-ataque do Sport, pecando no último passe. Mas o gol parecia próximo, devido à ousada postura das duas equipes, com três atacantes.

Na vantagem, mas com o temor do torcedor. Mais uma reviravolta contrária?

Na etapa final, com o Vasco pressionado por sua torcida, que via o time ser derrotado pela sexta vez consecutiva, o Sport precisava forçar ainda mais nos contragolpes. Logo aos 7 minutos, um gol que pode ser apontado como o mais bonito do Leão no Brasileirão.

Começou numa descida rápida pelo lado direito com Felipe Azevedo.  Ele serviu Gilberto, na marca de pênalti. O centroavante dominou de costas para o gol e, inteligente, rolou a bola para Hugo, que encheu o pé, marcando pela 8ª vez na competiçao.

A partir dali, um esforço absoluto para manter a boa vantagem no placar, pois a zaga continuava sem passar tanta confiança, mas sem titubear. Chutão sem pudor algum.

No finzinho, sem abdicar do ataque, o Sport decretou a goleada, num cruzamento de Reinaldo para Henrique, 3 x 0. Na superação, num resulto maiúsculo e com direito a olé,  o Sport venceu de novo fora de casa, acabando com um tabu. A última vitória sobre um grande clube carioca no Rio de Janeiro havia sido em 2003!

Contra a lógica da matemática, o time da Ilha do Retiro segue forte na briga para continuar na elite. Para isso, será preciso vencer os seus traumas.

Nesta tarde, venceu um dos maiores, o “fantasma do segundo tempo”…

Série A 2012: Vasco x Sport. Foto: Marcelo Sadio/vasco.com.br

Juninho Pernambucano voltou à Ilha e deu a vitória ao Vasco

Série A 2012: Sport 0x2 Vasco. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Não havia dúvida de que seria um confronto dificílimo para o Sport.

Em 14 rodadas na Série A, o Vasco havia perdido apenas uma partida. Chegou na Ilha do Retiro, nesta quarta, com o status de vice-líder da competição.

Para completar a adversidade, o campo encharcado após um dia inteiro de chuva dificultou demais o jogo à noite. A bola não rolava, sendo traiçoeira com os dois times.

O Leão até começou com mais vontade, mas parecia não enxergar o estado do gramado, com várias enfiadas de bola. Falta de orientação de Vágner Mancini?

Experiente e tranquilo, devido à situação na tabela, a equipe cruz-maltina esperou o quanto pôde para buscar o ataque de forma mais clara.

Fez o óbvio, criando as suas chances através da bola parada, molhada.

Enquanto a torcida rubro-negra se preocupava mais em vaiar Juninho Pernambucano, em represália ao fato de ele ter retornado ao clube, em um recalque descabido, o meia foi praticando o seu futebol. Na cobrança de falta, tentou algumas vezes.

O Leão até chegou a acertar o travessão com Moacir, aos 12 do segundo tempo, mas não passou disso. Aos 24, após falta infantil do zagueiro Diego Ivo rente à área, o ex-reizinho da Ilha cobrou com perfeição, no ângulo esquerdo de Magrão.

Saiu dando beijos para a sua família, presente nas cadeiras da Ilha. Respondeu jogando bola.  Nos quatro jogos anteriores contra o Sport, o meia nunca havia vencido.

Dessa vez conseguiu, marcando o primeiro gol da vitória carioca por 2 x 0, na qual Tenório fechou o placar com um golaço, deixando a defesa no chão.

Juninho deixou o ex-clube em uma situação complicadíssima no Brasileiro. A torcida leonina terá mais com que se preocupar a partir de agora. Com o seu time, sobretudo.

Seis rodadas sem uma vitória sequer. Recalque é o menor dos problemas na Ilha.

Série A 2012: Sport 0x2 Vasco. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco