A Conmebol lançou a fase final da enquete sobre o clube mais popular da América, através do facebook. Nas redes sociais, com ações em massa das torcidas, a disputa deve ser acirrada, envolvendo 28 times dos dez países membros da entidade.
Do Brasil, os campeões de audiência Flamengo e Corinthians. Além deles, duas forças nordestinas, Sport e Bahia, que saíram da primeira fase da votação, com os nove clubes presentes na Copa Sul-americana de 2013.
O Leão ficou em primeiro nessa “fase nacional”, com mais de dois mil votos.
Agora, a votação inclui distintivos tradicionais como Boca Juniors, River Plate, Peñarol, Nacional, Colo Colo, Universidad de Chile, Olimpia…
A Conmebol lançou nesta temporada uma seção especial em seu site oficial dedicada aos clubes centenários do continente, com tradição nacional e participações internacionais, o El Club de los 100. Na ocasião, em 8 de abril, nenhum time pernambucano foi destacado.
Com a dupla participação local na Copa Sul-americana, a lista acaba de ser atualizada, com Náutico e Sport ampliando a tabela. Passou de 55 para 60 times centenários, de oito países. Apenas dois filiados ainda não contam com representantes, Equador e Venezuela.
Descrição da página:
“A construção de um clube esportivo é uma sublime crônica de sacrifícios e esperanças. Muito além de ideias políticas, dogmas religiosos ou posição econômica. Um clube de futebol é a frágua das tradições, onde o ser humano alimenta suas ilusões, expõe a tolerância e dimensiona sua liberdade expressando-se como tal. Os clubes sul-americanos são o tecido social mais valioso que esta atividade se depara em todos os seus aspectos.”
Confira a lista completa dos clubes centenários aqui.
A mais nova ideia da pouco ortodoxa Conmebol, que certa vez colocou o Japão para disputar a Copa América, é realizar a final da Libertadores em apenas uma partida, em campo neutro. O modelo é semelhante ao da Liga dos Campeões da Uefa, cuja fórmula vem desde a sua primeira edição, em 1956.
Lá, os estádios são escolhidos antes. Ou seja, um time do país da arena, ou mesmo o mandante do tal estádio, pode disputar a final. Na América do Sul, no entanto, sempre houve a disputa de ida e volta. E aqui a proposta é que o local decisivo seja realmente em um país neutro.
Provavelmente, pesou o fato de que ultimamente todas as finalíssimas ocorreram no Brasil. Desde 2005 o segundo jogo é realizado aqui, num reflexo direto das melhores campanhas dos clubes brasileiros. Nota-se que a proposta apresentada neste sábado, no 63º Congresso Extraordinário da Conmebol, no Paraguai, deverá fazer com que boa parte das finais não ocorram no Brasil daqui por diante. Além disso, é uma espécie de volta ao passado.
De 1960 a 1987, a final da Libertadores foi decidida por pontos. O título só vinha em caso de duas vitórias ou uma vitória e um empate. Uma vitória para cada lado, independentemente do saldo, ou dois empates, levava a decisão a um jogo extra em campo neutro. E isso aconteceu em 14 das 28 edições no período.
1962 – Buenos Aires (Monumental, 60 mil) – Santos 3 x 0 Peñarol
1965 – Santiago (Nacional, 40 mil) – Independiente 4 x 1 Peñarol
1966 – Santiago (Nacional, 39 mil) – Peñarol 4 x 2 River Plate
1967 – Santiago (Naciona, 50 mil) – Racing 2 x 1 Nacional
1968 – Montevidéu (Centenário) – Estudiantes 2 x 0 Palmeiras
1971 – Lima (Nacional, 41 mil) – Nacional 2 x 0 Estudiantes
1973 – Montevidéu (Centenário, 50 mil) – Independiente 2 x 1 Colo Colo
1974 – Santiago (Nacional) – Independiente 1 x 0 São Paulo
1975 – Assunção (Defensores, 55 mil) – Independiente 2 x 0 Unión Española
1976 – Santiago (Nacional, 40 mil) – Cruzeiro 3 x 2 River Plate
1977 – Montevidéu (Centenário, 60 mil) – Boca Juniors (5) 0 x 0 (4) Cruzeiro
1981 – Montevidéu (Centenário, 30,2 mil) – Flamengo 2 x 0 Cobreloa
1985 – Assunção (Defensores) – Argentinos Juniors (5) 1 x 1 (4) América de Cali
1987 – Santiago (Nacional, 25 mil) – Peñarol 1 x 0 América de Cali
A Copa Sul-americana foi criada em 2002. Na sua segunda edição, a Conmebo fechou um contrato de naming rights com a Nissan, montadora de automóveis do Japão, associando a empresa ao nome oficial do torneio.
O acordo durou até 2010, quando a Bridgestone entrou na parada. A fabricante de pneus, também japonesa, fechou por apenas duas edições.
Agora, mais um contrato bienal, com a Total, companhia francesa de petróleo. A marca será utilizada nos jogos dos times pernambucanos.
2002 – Copa Sul-americana
2003/2010 – Copa Nissan Sul-americana
2011/2012 – Copa Bridgestone Sul-americana
2013/2014 – Copa Total Sul-americana
A Conmebol também aplica este modelo de patrocínio na Libertadores, que conta com uma empresa associada há quinze anos. Já passaram Toyota (1998/2007), Santander (2008/2012) e Bridgestone (2013/2017).
Será que algum torcedor costuma chamar o torneio desta forma?
Saiba mais sobre o naming rights de outras competições aqui.
A Taça Libertadores da América desta temporada registrou a maior média de público dos últimos tempos na competição. Em 2013 o índice ficou próximo dos 25 mil espectadores a cada partida. Eliminado na semifinal, o Newell’s Old Boys teve uma média de 41 mil pessoas num estádio com 42 mil lugares!
Por outro lado, seis equipes não chegaram sequer a dez mil torcedores, com a lanterna para o Anzoátegui. No post, as médias dos 38 clubes que participaram da Libertadores conquistada de forma brilhante pelo Atlético Mineiro.
Com a limitação de público no Independência em 20 mil pessoas, o Galo acabou apenas em 14º lugar. Só a decisão aconteceu no Mineirão, com o triplo de gente.
Vale destacar da lista os dados de Barcelona do Equador e Libertad do Paraguai, os favoritos à vaga contra o vencedor do clássico entre Náutico e Sport, num duelo agendado para a terceira fase da Copa Sul-americana.
Das sete edições abaixo, apenas uma não teve 138 partidas. Em 2009 foram 134 jogos. Confira os públicos absolutos e as médias, entre parênteses.
Ainda com registros em preto e branco na televisão. Presos na velha geração.
Suplantado por um sem número de taças dos grandes rivais.
Faltava mesmo um brilho intenso ao Atlético Mineiro, ávido para reafirmar o status de grande, de gigante do futebol nacional.
Veio, com todo o drama de um clube conhecido como Galo Doido.
Sobretudo, veio numa esfera maior, internacional, no sonho de consumo de todos os clubes do país, com a Taça Libertadores da América, inédita.
Um desempenho beirando a perfeição na primeira fase, com futebol de encher os olhos e a melhor campanha do torneio.
Também passou sem sustos pelo São Paulo. A partir daí, uma guinada, com a raça tomando conta da arrancada, suada, sofrida.
Foi assim contra Tijuana, Newell´s Old Boys e Olimpia que o Atlético transformou a campanha em uma das mais vibrantes na história do futebol brasileiro, que viu surgir o seu décimo campeão continental.
Na final, no velho palco, no novíssimo Mineirão. Triunfo nos pênaltis contra o copeiro time paraguaio, dono de uma senhora vantagem.
Eram dois gols, fato só revertido uma vez. Agora, duas. O Galo devolveu o 2 x 0 e viu como nos mata-matas anteriores Victor salvar nos pênaltis.
Mérito da azeitada máquina com Ronaldinho, Bernard e companhia.
Todos sob o comando do supersticioso Cuca, o azarado, o quase, o isso, o aquilo.. Agora, o campeão. E eterno para os atleticanos… Glorificado.
A finalíssima da Taça Libertadores da América desta temporada será no estádio Mineirão, que abrigará o último jogo do torneio pela terceira vez. Já havia sido o palco da decisão em 1997 e 2009, ambas com o Cruzeiro. Desta vez, com o local plenamente reformado, será com o Atlético-MG, que tentará reverter uma desvantagem de dois gols a favor do Olimpia.
Caso vença o time paraguaio por dois gols de diferença, independentemente do placar, o jogo irá para a prorrogação. Apenas uma goleada garante o título ao Galo no tempo normal. Apesar do cenário complicado, torcedores de Náutico, Santa Cruz e Sport demonstram confiança no inédito título para o clube mineiro.
Ao todo, a enquete realizada pelo blog teve 1.207 votos, com ampla maioria favorável ao Atlético, alcançando 68,10% das participações (822). Já o torcedores locais mais confiantes no Olimpia somaram 385 votos (31,90%)
Quem será o campeão da Taça Libertadores da América de 2013?
Em um estádio infernal, o aguerrido Olimpia abriu uma grande vantagem na final da Taça Libertadores da América de 2013. A vitória paraguaia sobre o técnico Atlético Mineiro por 2 x 0 repetiu o cenário de outras cinco finais decididas em dois jogos desde a primeira edição do torneio, em 1960.
E é quase uma especialidade da casa no Denfensores del Chaco…
Nas cinco finais anteriores com 2 x 0 para o mandante, em três o autor do placar foi o Olimpia. Em apenas um ano o resultado foi revertido, no já distante 1989, pelo Atlético Nacional da Colômbia. O time de Medellín devolveu o 2 x 0 sofrido em Assunção e levou a copa nos pênaltis.
Por outro lado, o Rey de Copas do Paraguai já confirmou um título continental desta forma em duas temporadas. A primeira sobre o poderoso Boca Juniors. Ganhou no Defensores com 50 mil espectadores (nesta quarta, contra o Galo, foram 36 mil) e segurou o empate sem gols na Bombonera.
Em 1990, também segurou o empate fora, contra o Barcelona do Equador. O Olimpia conhece bem os dois caminhos. Cabe ao Galo escolher um…
1979 – Confirmou o título
Olimpia 2 x 0 Boca Juniors
Boca Juniors 0 x 0 Olimpia
1989 – Reverteu
Olimpia 2 x 0 Atlético Nacional
Atlético Nacional 2 x 0 Olimpia (pênaltis: Nacional 5 x 4)
1990 – Confirmou o título
Olimpia 2 x 0 Barcelona
Barcelona 1 x 1 Olimpia
1998 – Confirmou o título
Vasco 2 x 0 Barcelona
Barcelona 1 x 2 Vasco
2003 – Confirmou o título
Boca Juniors 2 x 0 Santos
Santos 1 x 3 Boca Juniors
Tenho 33 anos. Isto significa que acompanho futebol com alguma consciência desde o fim dos anos 80. Ali, já sabia o nome dos jogadores, queria ir ao estádio, sofria ouvindo rádio, dava volta no quarteirão quando meu time era campeão, chorava nas piores derrotas. É natural que a visão sobre o esporte e a interpretação dos acontecimentos vá se moldando com o tempo. Mudando. Infância, adolescência, paixão, maturidade, profissionalismo. Em cada uma dessas etapas, o futebol se revela por ângulos diferentes. Mesmo tendo “estudado” a história do nosso esporte, pertenço a uma geração (e quem não pertence?) e a minha percepção do futebol é influenciada diretamente por ela.
Esta (não tão) pequena introdução foi para falar do Atlético/MG. Há uns 7 ou 8 anos virava madrugadas debatendo futebol em fóruns de discussão e comunidades no finado Orkut – fascinado com a nova possibilidade de trocar ideias e visões com torcedores de todos os clubes do país. E não existia polêmica maior (o Brasileiro de 1987 não conta) do que a real existência do conhecido G12. O grupo dos 12 maiores clubes do futebol nacional. Aqueles que todos conhecem. Ou que fomos quase adestrados a conhecer e respeitar. Eram os times que estavam todos os dias na TV, nos brinquedos, por todos os lados. Nos anos 1980, era um verdadeiro milagre encontrar um time de botão com escudos do Sport, Náutico ou Santa. Um caderno, uma toalha, um boneco, um boné… Nada. Eram apenas os quatro do Rio, os quatro de São Paulo, os dois de Minas e os dois do Rio Grande do Sul.
Porém, os tempos mudam. Os costumes, os valores, as pessoas. As fronteiras foram desaparecendo, o foco naturalmente foi sendo ampliado. E nos últimos 13 anos pelo menos sempre defendi a tese de que o tal G12 não existe na prática. Estamos condicionados a aceitá-lo, mas sobram fundamentos para renegá-lo. A distância do São Paulo ou Corinthians – em qualquer aspecto (títulos, torcida, estrutura, dinheiro) – para o Botafogo é incomparavelmente maior do que a do alvinegro carioca para clubes como Coritiba, Atlético/PR, Bahia e Sport – equipes grandes em suas regiões, com títulos nacionais e consideradas (corretamente) intermediárias no futebol brasileiro. O Botafogo – sem estádio, com torcida reduzida e ausente, e dois títulos nacionais bem esporádicos – é tão intermediário quanto os clubes que citei. O que o diferencia? Apenas a geografia e a massificação da mídia, herança dos anos 80. A decadência é visível. Nas pesquisas recentes de torcidas e números de sócios, tornou-se comum aparecer atrás dos principais times fora do eixo RJ/SP/MG/RS.
Não considero que a localização geográfica seja suficiente e determinante para fazer do G12 algo eternamente imutável. Se absolutamente tudo muda ao nosso redor, os velhos conceitos e – neste caso – preconceitos também devem mudar. Gestões, investimento, renovação da torcida, patrimônio e – sobretudo – títulos são fundamentais. Todos somados formam um grande time, assim como a tradição e a história. Costumo colocar o Atlético/MG no mesmo “bolo” de Botafogo, Coritiba e etc. O título da Libertadores pode mudar a minha visão? Claro. As circunstância também. Investimento milionário, jogadores de Seleção…É o que sempre defendi. Não vejo o futebol como uma “sociedade de castas”. Os degraus estão aí para subir e descer. E fundamentalmente: os degraus estão aí para todos.
* Fred Figueiroa é o colunista de esportes do Diario de Pernambuco
Atlético Mineiro e Olimpia vão decidir o título da Taça Libertadores de 2013.
As datas já foram marcadas pela Conmebol.
17/07 – Olimpia x Atlético Mineiro (Defensores del Chaco)
24/07 – Atlético Mineiro x Olimpia (Mineirão)
A final da maior competição sul-americana terá uma fórmula diferente. O gol qualificado, fora de casa, não terá mais peso de desempate. Agora vale apenas o saldo de gols. Em caso de igualdade, prorrogação de trinta minutos em Belo Horizonte… Permanecendo a igualdade, pênaltis.
Galo e Decano, os alvinegros a caminho do Mundial de Clubes no Marrocos.
A torcida pernambucana tem um time preferido nesta decisão? A conferir.