O Náutico fez a sua estreia oficial em 2018 no interior sergipano, num jogo de extrema importância para o planejamento do clube na temporada. Afinal, a disputa preliminar contra a Itabaiana vale um adicional de R$ 500 mil na cota para da fase de grupos do Nordestão – uma receita visando já a Série C. Logo, jogo à vera em 8 de janeiro (!), com pouquíssimo tempo de preparação e nove estreias de uma vez. Dificilmente veríamos um bom futebol.
O empate em 0 x 0 foi, sem meias palavras, sofrível. No entanto, o próprio técnico alvirrubro, Roberto Fernandes, tinha consciência disso, esperando apenas que o time, esforçado, conseguisse um resultado administrável para o jogo de volta, na Arena Pernambuco, no sábado (13). Vai precisar de uma vitória simples, mas há o cuidado com o gol qualificado.
Sobre a estreia, diante de 1.094 torcedores no estádio Etelvino Mendonça, o Náutico foi escalado num 4-3-3, com o meio-campo bem retraído, saindo ofensivamente com atacantes abertos, em busca do centroavante Daniel Bueno. No primeiro tempo, nenhuma efetiva chance do visitante, que ainda foi obrigado a mexer com apenas 14 minutos – troca entre zagueiros, Camacho (amarelado e machucado) por Camutanga.
Também limitado física e tecnicamente, o mandante pouco fez, mas melhorou na etapa complementar, forçando a meta de Jefferson, que fez duas boas defesas. Quanto ao Náutico, muitos passes errados, pouca posse de bola e nenhuma criatividade. Que a torcida tenha paciência, pois o time não apresentou muita coisa. E está jogando por muita coisa…
A formação inicial do alvirrubro, em imagem divulgada pelo clube
A pré-temporada do Náutico para a jornada em 2018 começou ainda em 2017, graças à fase preliminar da Copa do Nordeste, num mata-mata já na segunda semana de janeiro. Com pouco tempo para treinar, nenhum amistoso (apenas jogos-treinos) e nomes desconhecidos, amparados na nova realidade do clube (a Série C), o alvirrubro foi montado para enfrentar a Itabaiana.
Jefferson; Thiago Ennes, Camacho, Rafael Ribeiro e Gabriel Araújo; Negretti, Hygor e Wallace Pernambucano; Fernandinho, Daniel Bueno e Clebinho.
Nove caras novas e apenas dois remanescentes, o goleiro Jefferson (grata surpresa, apesar do descenso) e o zagueiro Rafael Ribeiro, além do técnico Roberto Fernandes. Ou seja, na prática, é uma equipe com uma imensa responsabilidade, embora sem culpa alguma sobre o atual cenário.
Através do departamento de comunicação, o timbu divulgou um um triângulo invertido, com um volante e dois meias. Porém, é o contrário, com dois cabeças de área e um apoiador, Wallace. Afinal, esta formação desentrosada depende de um resultado administrável para o jogo de volta, na arena. Ao classificado, um lugar no grupo C (com Bahia, Botafogo-PB e Altos-PI) e uma cota de R$ 750 mil – adicionada aos R$ 250 mil desta fase. Vale demais…
Atualização pós-jogo: Náutico e Itabaiana empataram em 0 x 0
Segundo o balanço mais recente da CBF, de 2017, existem 21.743 jogadores profissionais em atividade, com algum tipo de vínculo firmado com os 766 clubes profissionais do país – em Pernambuco, por exemplo, 22 times disputaram competições oficiais na temporada. Quase todos os contratos, entre clubes e jogadores, contam com ‘intermediários’ a jogada – pessoas ou empresas. Uma atividade por muito tempo sem controle, que movimenta o futebol mercado, para o bem ou para mal – sob diversas óticas, naturalmente. A função pode tanto arrumar um emprego para um atleta – e a maior parte (82%, segundo dados da confederação de 2015) ganha no máximo R$ 1 mil.
Por outro lado, em patamares mais elevados, o trabalho inflaciona bastante as negociações, com leilões, triangulações e até contra-informações. De toda forma, a CBF lançou o Regulamento Nacional de Intermediários 2018, válido desde 1º de janeiro, com 47 artigos detalhando a execução deste trabalho, já com as figuras cadastradas. E, acredite, são muitas. Ainda de acordo com a entidade, foram habilitados 457 nomes, entre pessoas físicas e jurídicas. Ou seja, numa média simples, cada intermediário opera cerca de 47 atletas – embora, na prática, existam empresas que cuidam das carreiras de centenas de jogadores brasileiros. Abaixo, algumas das funções dessas figuras que comandam, nos bastidores, o futebol nacional entre dezembro e janeiro…
Obs. Na caixa de comentários, a lista completa com os 457 intermediários.
Veja a lista com as 92 negociações milionárias do Nordeste clicando aqui.
Artigo 1º – Considera-se Intermediário, para fins deste Regulamento, toda pessoa física ou jurídica que atue como representante de jogadores, técnicos de futebol e/ou de clubes, seja gratuitamente, seja mediante o pagamento de remuneração, com o intuito de negociar ou renegociar a celebração, alteração ou renovação de contratos de trabalho, de formação desportiva e/ou de transferência de jogadores.
Artigo 2º – As disposições deste Regulamento aplicam-se a jogadores, técnicos de futebol e clubes que utilizem os serviços de um Intermediário para negociar ou renegociar a celebração, alteração ou renovação de:
I. um pré-contrato e/ou um contrato especial de trabalho desportivo entre um jogador e um clube; II. um pré-contrato e/ou um contrato de trabalho entre um técnico de futebol e um clube; III. um contrato de formação desportiva, ressalvado o disposto no Art. 24 deste Regulamento; IV. um contrato de transferência, temporária ou definitiva, de um jogador entre 2 (dois) clubes; V. um contrato de cessão de direito de uso de imagem entre um jogador ou técnico de futebol e um clube.
Artigo 3º – São princípios gerais e cogentes da atividade de Intermediário:
I. o direito de jogadores, técnicos de futebol e clubes contratarem os serviços de Intermediários quando forem negociar ou renegociar a celebração, alteração ou renovação de um contrato de trabalho, de formação desportiva, de transferência ou de cessão de direito de uso de imagem; II. a exigência de prévio registro do Intermediário na CBF para que possa participar de uma negociação na forma estabelecida neste Regulamento; III. a adoção, por jogadores, técnicos de futebol e clubes, da necessária diligência no processo de utilização ou contratação de Intermediários, entendendo-se por necessária diligência a verificação da situação de regularidade do registro do Intermediário através da lista oficial de intermediários cadastrados, disponível no site da CBF; IV. a vedação à utilização ou contratação, por jogadores, técnicos de futebol e/ou clubes, de pessoa física e/ou jurídica não registrada como Intermediário para a prestação de quaisquer dos serviços previstos neste Regulamento; V. a vedação à utilização ou contratação, por jogadores, técnicos de futebol e/ou clubes, de dirigente, nos moldes definidos no ponto 13 da seção de Definições do Estatuto da FIFA, para a prestação de quaisquer dos serviços previstos neste Regulamento
Há alguns anos a Liga do Nordeste promove o “tour da taça”, levando a orelhuda às cidades envolvidas na competição regional. Para isso, conta com o simbolismo do troféu dourado do Nordestão, com modelo fixo. Não é o que ocorre em Pernambuco, mas, por outros caminhos, a FPF também resolveu adotar o “tour da taça” na versão local. Alguns pontos colaboram para a ideia no Campeonato Pernambucano de 2018. O primeiro é a definição prévia do troféu, pois há bastante tempo as peças eram apresentadas já na reta final das competições. Desta vez, o design da taça foi revelada durante o conselho arbitral, em 3 de outubro. Passados dois meses, com a finalização da obra, o troféu será levado às sete cidades do interior nesta edição.
Segundo a entidade, o projeto é realizar exposições públicas do troféu de campeão estadual, título jamais conquistado pelo interior – até hoje, quatro vices. A própria federação reconhece o distanciamento causado pela edição de 2017, com vários campos vetados fora do Grande Recife.
“O objetivo do tour da taça do Pernambucano 2018 é aproximar os torcedores dos clubes e da competição Estadual, que este ano sofreu modificações no regulamento e terá jogos do trio de ferro no interior do Estado”
Rota do Estadual 2018 no interior 50 km – Vitória de Santo Antão 130 km – Caruaru 187 km – Belo Jardim 215 km – Pesqueira 256 km – Flamengo 386 km – Afogados da Ingazeira 518 km – Salgueiro
Curiosamente, as primeiras exibições ocorrem paralelamente a outras taças. No primeiro fim de semana do ano, dois amistosos com taças em disputa. No dia 6, Afogados x Salgueiro, inaugurando os refletores do estádio Vianão. Ao vencedor, a Taça Aderval Viana. No dia 7, Flamengo x Íbis no Áureo Bradley, celebrando os 59 anos do rubro-negro sertanejo. Ao vencedor, a Taça Evandro Carvalho. Quem sabe a taça principal também não fica por lá…
Os dez principais campeonatos estaduais de 2018 somam R$ 306 milhões em cotas de transmissão na televisão e premiações oficiais, numa receita distribuída em 119 clubes. Repasses a partir de R$ 103 mil até R$ 17 milhões. Sem surpresa, a verba está concentrada no eixo Rio-SP, com 212 milhões, ou 69%. Os clubes do chamado ‘G12’ recebem pelo menos 12,3 mi, o que acaba sendo um indicativo importante para o contexto mais amplo, do Brasileirão, com receitas ainda maiores. Como exemplo, o hiato entre Botafogo e Sport, que salta de 25 mi (Série A) para 39 milhões de reais (Estaduais + Série A). Ou seja, o mercado real é bem mais apertado. E estenda isso às demais divisões. Na Série C, o Volta Redonda, possível adversário de alvirrubros e tricolores na briga pelo acesso, chega capitalizado pela receita do Carioca.
Naturalmente, a audiência de cada competição justifica, em tese, o investimento da tevê. O alerta serve apenas como base para reflexão, uma vez que a grana depositada nos estaduais vai bem além do dia 8 de abril, a data reservada pela CBF para as decisões. Para este levantamento, com a análise de cada torneio e os dados de todos os times envolvidos, o blog reuniu as informações mais atuais (jornais, rádios e canais de outros estados) sobre as principais competições, três delas no Nordeste (Pernambucano, Baiano e Cearense). Por sinal, essas três apresentam valores bem abaixo, expondo a importância do Nordestão, que distribui R$ 22,4 milhões.
Dos números conhecidos, a diferença máxima entre as torneios é de R$ 118,3 milhões (SP x CE). Em dez casos, os acordos envolvem a Rede Globo e suas afiliadas. De acordo com a atualização do atlas de cobertura da emissora, existem 200.970.636 telespectadores potenciais. Logo, somando o alcance do Paulista e do Carioca (com 16 estados, considerando a transmissão do ano anterior), chega-se a 101.647.809, ou 50,5% do país.
Obs. O blog só considerou as verbas dos clubes, sem os custos operacionais.
Paulista (Paulistão Itaipava) O estado mais rico do país também conta, naturalmente, com o campeonato estadual mais valorizado. Em relação ao Rio, o centro mais próximo, a vantagem na distribuição de receitas é de 29,5 milhões de reais. Além de pagar mais em cotas fixas, com os menos abastados recebendo 3,3 milhões – perto do que se paga ao Pernambucano inteiro -, o Paulistão também tem a melhor distribuição de prêmios, tanto em números absolutos quanto no número de contemplados (14 dos 16 participantes). Em caso de título, um grande termina acumulando R$ 22 milhões. Exibida em três plataformas, a competição ainda tem mais um ano de contrato no atual modelo.
Contrato: Globo SP (2016-2019), inclui SporTV e pay-per-view Alcance da TV aberta: SP (44,2 milhões de telespectadores) 16 clubes (de 12 a 18 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 109,3 milhões Premiação: R$ 11,79 milhões Total: R$ 121,09 milhões
Cota 1 (4 times) – R$ 17 milhões (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) Cota 2 (1 time) – R$ 5 milhões (Ponte Preta) Cota 3 (11 times) – R$ 3,3 milhões (Botafogo, Bragantino, Ferroviária, Ituano, Linense, Mirassol, Novorizontino, Red Bull, Santo André, São Bento e São Caetano)
Carioca O contrato firmado em 2017 elevou bastante o patamar do campeonato do Rio de Janeiro. Os quatro grandes passaram a ganhar valores próximos dos quatro grandes de São Paulo (15 mi x 17 mi), com os demais participantes escalonados em outros quatro níveis, incluindo quatro times que largam numa seletiva. No topo da pirâmide dos times pequenos, surpreende os R$ 4 milhões para equipes sem apelo popular – exceção feita ao Voltaço. Em relação à premiação, o Rio privilegia o seu formato de várias taças (ao todo, três no mesmo campeonato), com bônus nos mata-matas. Um grande clube pode terminar com até 20,5 milhões de reais – caso vença os dois turnos e o título.
Contrato: Globo Rio (2017-2024), inclui SporTV e pay-per-view Alcance da TV aberta: RJ, ES, TO, SE, PB, RN, PI, MA, PA, AM, RO, AC, RR, AP e DF (56,8 milhões de telespectadores) 16 clubes (de 11 a 18 jogos para os grandes)
Cota: R$ 83,6 milhões Premiação: R$ 7,9 milhões Total: R$ 91,5 milhões
Cota 1 (4 times) – R$ 15 milhões (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco) Cota 2 (4 times) – R$ 4 milhões (Boavista, Madureira, Nova Iguaçu e Volta Redonda) Cota 3 (2 times) – R$ 2 milhões (Bangu e Portuguesa) Cota 4 (2 times) – R$ 800 mil (Macaé e Resende) Cota 5 (4 times) – R$ 500 mil (América, Bonsucesso, Cabofriense e Goytacaz)
Gaúcho (Gauchão Ipiranga) Em 2017, os clubes gaúchos acertaram um contrato pontual. Na ocasião, a dupla Gre-Nal recebeu R$ 22 milhões. Com o novo acordo para 2018, colorados e tricolores dividem 25 mi, segundo o colunista Luiz Zini, do Zero Hora. Aos demais, as mesmas cotas, com vantagem para Brasil e Juventude, que participam da Série B. Quanto à premiação, bancada por patrocinadores, o cenário é bem curioso. Há bonificação para o campeão do interior (o melhor time fora da final), mas não há para o campeão estadual. Pois é. No último ano, aliás, o campeão foi o Novo Hamburgo, que não ganhou bônus algum…
Contrato: RBS TV (2018), inclui pay-per-view Alcance da TV aberta: RS (11,2 milhões de telespectadores) 12 clubes (de 11 a 17 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 36 milhões Premiação: R$ 1 milhão Total: R$ 37 milhões
Cota 1 (2 times) – R$ 12,5 milhões (Grêmio e Internacional) Cota 2 (2 times) – R$ 1,5 milhão (Brasil de Pelotas e Juventude) Cota 3 (8 times) – R$ 1 milhão (Avenida, Caxias, Cruzeiro, Novo Hamburgo, São Luiz, São José, São Paulo e Veranópolis)
Premiações: os oito classificados às quartas de final (R$ 100 mil); campeão do interior (R$ 200 mil)
Mineiro (Mineiro Sicoob) – atualizado em 12/01, via Vinícius Dias, do UAI Apesar de ser o segundo estado mais populoso do país, Minas Gerais aparece em 4º lugar na lista, considerando a soma de todas as cotas de transmissão dos Estaduais. O contrato atual, de quatro temporadas, prevê um ajuste anual. No caso dos gigantes mineiros, R$ 300 mil a mais para cada. Dado semelhante aos gaúchos. Já o piso é menor, ficando abaixo de R$ 1 milhão por participante – os clubes ainda negociavam um aumento de 850 mil para 875 mil. Aqui, porém, o patamar intermediário é mais robusto, com o América recebendo mais que o Paraense, o Baiano e o Cearense. Em 2018 o torneio ganhou uma data a mais, com a implantação das quartas de final.
Contrato: Globo Minas (2017-2021), inclui pay-per-view Alcance da TV aberta: MG (20,7 milhões de telespectadores) 12 clubes (de 11 a 16 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 35,15 milhões Premiação: nada Total: R$ 35,15 milhões
Cota 1 (2 times) – R$ 12,3 milhões (Atlético-MG e Cruzeiro) Cota 2 (1 time) – R$ 2,9 milhões (América) Cota 3 (9 times) – R$ 850 mil (Boa Esporte, Caldense, Democrata, Patrocinense, Tombense, Tupi, Uberlândia, URT e Villa Nova)
Catarinense – atualizado em 15/01, via Blog Rodrigo Goulart Em 2015, Santa Catarina emplacou quatro clubes no Brasileirão, à frente do Rio. Em 2018 terá apenas um representante, a Chape. Coincidência ou não, essa queda é paralela à redução do investimentos da Globo no torneio local. Neste ano sai de cena o pay-per-view, restando apenas a tevê aberta, com 19 partidas – uma por rodada e mais a final, em jogo único. O montante foi dividido em duas frentes, com 65% para os clubes mais tradicionais, aqueles que já disputaram Série A nesta década, e 35% para os demais.
Contrato: NSC TV (2018-2021) Alcance da TV aberta: SC (6,8 milhões de telespectadores) 10 clubes (de 18 a 19 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 5 milhões Premiação: nada Total: R$ 5 milhões
Cota 1 (5 times) – R$ 650 mil (Avaí, Chape, Criciúma, Figueirense e Joinville) Cota 2 (5 times) – R$ 350 mil (Brusque, Concórdia, Hercílio Luz, Inter de Lages e Tubarão)
Paranaense – atualizado em 12/01, via jornal Gazeta do Povo Em 2017 a dupla Atletiba comprou a briga com a Globo ao não concordar com a proposta de transmissão do Estadual – acabaram exibindo o clássico no youtube. Na ocasião, a receita de televisão já havia caído de 8 mi para 6 milhões, ficando sem o pay-per-view. Em 2018 apenas o Furacão bateu o pé, com o valor total seguindo abaixo – o Atlético, aliás, é o único time da elite nacional que disputa o Estadual sem ganhar cota alguma. Com a assinatura pontual do Coxa, o Estadual ultrapassou o PE, uma vez que as demais cotas paranaenses também foram recalculadas.
Contrato: RPC (2018-2019) Alcance da TV aberta: PR (10,8 milhões de telespectadores) 12 clubes (de 11 a 17 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 4,7 milhões Premiação: nada Total: R$ 4,7 milhões
Cota 1 (2 times) – R$ 600 mil (Coritiba e Paraná) Cota 2 (1 time1) – R$ 500 mil (Londrina) Cota 3 (8 times) – R$ 375 mil (Cascavel, Cianorte, Foz do Iguaçu, Maringá, Prudentópolis, Rio Branco, Toledo e União) Sem cota (1 time) – em aberto (Atlético-PR )
Pernambucano No cenário local, o contrato de quatro anos com a Globo (a detentora dos direitos desde 2000!) prevê um reajuste anual através do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Assim, por mais que o valor-base, de janeiro de 2015, seja de R$ 950 mil para o Trio de Ferro, na prática cada um ganhará R$ 1.119.690 em 2018. Logo, a 104ª edição do Estadual, com 11 em vez de 12 clubes, conta com um aporte líquido de 4,4 milhões – contudo, por uma questão de padronização do blog, todos os estaduais apresentam os valores originais. Entre os principais campeonatos da região, o PE é o único que terá um novo contrato de tevê em 2019 – espera-se que fique menos defasado.
Contrato: Globo Nordeste (2015-2018), inclui pay-per-view Alcance da TV aberta: PE (9,2 milhões de telespectadores) 11 clubes (de 10 a 14 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 3,730 milhões Premiação: nada Total: R$ 3,73 milhões
Cota 1 (3 times) – R$ 950 mil (Náutico, Santa Cruz e Sport) Cota 2 (8 times) – R$ 110 mil (Afogados, América, Belo Jardim, Central, Flamengo de Arcoverde, Pesqueira, Salgueiro e Vitória)
Paraense (Banparazão) Com Remo e Paysandu, os clubes mais populares do Norte, o campeonato é o único desta lista que não é exibido pela Globo. Pelo 10º ano seguido a transmissão ocorre na TV Cultura, uma emissora estatal. O sinal chega a 110 dos 144 municípios do Pará, o que corresponde a 71% da população, hoje estimada em 8,2 milhões. Há cinco anos a receita é a mesma: R$ 2,9 milhões, segundo dados da Secretaria de Esporte e Lazer do Pará. Com a premiação, a cota dos grandes pode chegar a R$ 1,01 milhão.
Contrato: TV Cultura (2018) Alcance da TV aberta: PA (5,9 milhões de telespectadores) 10 clubes (de 10 a 14 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 2,396 milhões Premiação: R$ 560 mil Total: R$ 2,956 milhões
Cota 1 (2 times) – R$ 786 mil (Paysandu e Remo) Cota 2 (8 times) – R$ 103 mil (Águia, Bragantino, Cametá, Castanhal, Independente, Paragominas, Parauapebas e São Raimundo)
Baiano (Baianão) A temporada 2018 também marca a redução do Campeonato Baiano, mas de 11 para 10 clubes. Em relação à transmissão, as cifras do contrato de cinco temporadas foram reveladas pelo balancete do Bahia. O tricolor recebeu R$ 893.401 em 2016, numa correção monetária sobre o valor-base de R$ 850 mil (nos mesmos moldes do Pernambucano). A cota é a mesma paga ao rival Vitória. No contrato anterior (2011-2015), a dupla Ba-Vi recebeu R$ 750 mil. Portanto, um mísero aumento de 13% para o torneio atual.
Contrato: Rede Bahia (2016-2020), inclui pay-per-view Alcance da TV aberta: BA (14,5 milhões de telespectadores) 10 clubes (de 9 a 13 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 2,604 milhões Premiação: nada Total: R$ 2,604 milhões
Cota 1 (2 times) – R$ 850 mil (Bahia e Vitória) Cota 2 (8 times) – R$ 113 mil (Atlântico, Bahia de Feira, Fluminense de Feira, Jacobina, Jacuipense, Jequié, Juazeirense e Vitória da Conquista)
Cearense O certame alencarino é único, entre os dez, com uma divisão de transmissão – e não compartilhamento, como a Globo costuma fazer com a Band. Isso porque o Esporte Interativo também adquiriu os direitos de uma plataforma (tevê fechada). Após 2015-2016, renovou por outro biênio, encerrando neste ano. Além disso, a Verdes Mares (a Globo cearense) também cede o sinal à TV Diário. As cotas foram aproximadas a partir de informações do jornalista Mário Kempes e do jornal O Povo.
Contrato: Verdes Mares (2016-2019) e Esporte Interativo (2017-2018) Alcance da TV aberta: CE (8,8 milhões de telespectadores) 10 clubes (de 9 a 15 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 2,56 milhões/ano Premiação: nada Total: R$ 2,56 milhões
Cota 1 (2 times) – R$ 800 mil (Ceará e Fortaleza) Cota 2 (8 times) – R$ 120 mil (Ferroviário, Floresta, Guarani de Juazeiro, Horizonte, Iguatu, Maranguape, Tiradentes e Uniclinic)
Com mais uma temporada a caminho, hora de revisitar o passado…
Em 116 anos de bola rolando nos campeonatos estaduais, na base das rivalidades, já foram realizadas 2.454 competições locais, considerando as 27 unidades da federação. Entre os grandes campeões, 72 clubes ganharam ao menos dez títulos, com três pernambucanos presentes: Sport 41 (voltou ao top ten no último ano), Santa 29 (a uma taça de mudar de patamar) e Náutico 21 (estacionado há treze temporadas). O maior vencedor é, de longe, o ABC de Natal, o único com mais de 50 taças em sua galeria. E a marca não para de crescer, no embalo do bicampeonato potiguar. Entre os campeões estaduais de 2017, só o CRB mudou de base, alcançando o 30º título alagoano.
Sobre os cenários mais polarizados, Ceará (Ceará 44 x 41 Fortaleza) e Pará (Paysandu 47 x 44 Remo) seguem imbatíveis. Esse levantamento parte de 1902, quando a Liga Paulista de Foot-Ball organizou a primeira edição do campeonato paulista, com apenas 21 partidas. O São Paulo Athletic, de Charles Miller, foi o campeão. Curiosamente, o introdutor do esporte também foi o primeiro artilheiro, com 10 gols. Desde então, o mapa futebolístico mudou bastante, com o último ajuste em 1988, na criação do estado do Tocantins.
Por sinal, nas várias mudanças estaduais (como o desmembramento do Mato Grosso, por exemplo), o blog contou para este levantamento até o extinto campeonato fluminense, disputado até 1978, antes da fusão com o Estado da Guanabara, formado pela cidade do Rio de Janeiro. Em todos os estados foram somados os períodos amador e profissional. Afinal, na década de 1930 foram realizados torneios paralelos oficiais, nos dois modelos, no Rio e em São Paulo. Se em Pernambuco a transição ocorreu de forma pacífica, em 1937, em Roraima o torneio só foi profissionalizado em 1995, com três participantes, sendo o último segundo a CBF. Porém, a competição já era organizado pela federação roraimense desde 1960, com os mesmos filiados.
Os 72 maiores campeões estaduais* (e o ano do último título): * A partir de 10 conquistas
Entre 2014 e 2017, a fase principal do Campeonato Pernambucano foi reduzida a um hexagonal, priorizando clássicos, com seis em dez rodadas, além de equipes do interior mais qualificadas. Porém, o formato esgotou-se devido à previsibilidade dos classificados à semifinal, além da falta de partidas efetivas no interior, algo que dá sentido à competição. Neste caso, não por uma questão de nível técnico do futebol apresentado, mas pelo mau estado dos gramados, com o Cornélio de Barros sendo o único onipresente – até o Lacerdão, o maior palco fora da região metropolitana, chegou a ser vetado.
Com o novo regulamento em 2018, todos os clubes voltam a se enfrentar, com Náutico, Santa Cruz e Sport pegando a estrada. E para que todos os times tivessem ao menos um jogo contra um dos grandes clubes, foi preciso uma força-tarefa, que não será concluída com perfeição – longe disso. Afinal, o problema principal permanece: a escassez de água, embora as chuvas tenham enchido várias barragens. Outro ponto, para este ano, é a padronização de todos os os campos, utilizando o tamanho internacional adotado pela Fifa: 105m de comprimento e 68m de largura.
A única exceção tende a ser o Vitória, que ainda não confirmou o Carneirão, estudando duas opções, Chã Grande ou mesmo a Arena Pernambuco.
A seguir, detalhes dos palcos nas rotas do Trio de Ferro. Como deve ser.
América – Estádio Ademir Cunha (Paulista, a 17 km do Recife) Dando sequência à duradoura parceria com a prefeitura, o Mequinha segue mandando os seus jogos em Paulista. O estádio, aliás, já tem a cara do clube, alviverde – com uma nova mão de tinta em 2018. O campo, bastante utilizado em competições de base, está passando por uma troca de placas de grama.
21/01 (16h00) – América x Santa Cruz – TV Globo 28/01 (16h00) – América x Afogados – TV FPF (internet) 07/02 (20h00) – América x Central – TV FPF (internet) 25/02 (16h00) – América x Belo Jardim – TV FPF (internet) 07/03 (20h00) – América x Pesqueira – TV FPF (internet)
Central – Estádio Luiz Lacerda (Caruaru, a 130 km do Recife) Na reapresentação da patativa, o gramado estava seco. Após alguns treinos, o time passou a utilizar o Ninho do Gavião, o centro de treinamento do rival, o Porto. Com isso, o estádio passou por adubação e irrigação – e parte da estrutura foi pintada. Lá, o alvinegro receberá dois grandes, o que não aconteceu uma vez sequer em 2017.
21/01 (16h00) – Central x Náutico – TV FPF (internet) 28/01 (16h00) – Central x Flamengo 04/02 (16h00) – Central x Sport – TV Globo 18/02 (16h00) – Central x Belo Jardim – TV FPF (internet) 07/03 (20h00) – Central x Salgueiro
Belo Jardim – Estádio Sesc-Mendonção (Belo Jardim, a 187 km do Recife) Fechado há quase dois anos, o estádio recebeu a visita de agrônomos da Campanelli, empresa paulista contratada pela FPF, para diagnosticar o campo. Após a vistoria, em 25 de outubro, o local, o mais crítico, vem sendo tratado de forma integral, com o Calango treinando num campo sintético da cidade.
21/01 (16h00) – Belo Jardim x Flamengo 28/01 (16h00) – Belo Jardim x Salgueiro 07/02 (20h00) – Belo Jardim x Vitória 21/02 (21h45) – Belo Jardim x Sport – TV Globo 07/03 (20h00) – Belo Jardim x Náutico – TV Premiere
Pesqueira – Estádio Joaquim de Brito (Pesqueira, a 215 km do Recife) O campeão da Série A2 teve o trabalho mais simples para entregar o campo em boas condições, uma vez que a última partida oficial no local, na ida da decisão, foi em 8 de novembro. Embora esteja indo para a 5ª participação na elite em seis anos, até hoje nunca recebeu o Trio de Ferro – só foi mandante uma vez, contra o Náutico, em 2013, atuando em Garanhuns.
17/01 (20h00) – Pesqueira x Belo Jardim – TV FPF (internet) 24/01 (20h00) – Pesqueira x Vitória 03/02 (20h00) – Pesqueira x Náutico – TV Premiere 21/02 (20h00) – Pesqueira x Salgueiro 04/03 (16h00) – Pesqueira x Central – TV FPF (internet)
Flamengo – Estádio Áureo Bradley (Arcoverde, a 256 km do Recife) De volta à elite local, o Flamengo estreia logo contra o atual campeão, em jogo com transmissão na televisão para todo o estado – é a primeira vez que a Globo exibe um jogo do município. Então foi preciso estruturar as cabines, além de uma nova pintura, adotando as cores do clube. Sobre o gramado, além da adição de placas, foi feita uma ampliação das demarcações.
17/01 (21h30) – Flamengo x Sport – TV Globo 04/02 (16h00) – Flamengo x Afogados – TV FPF (internet) 07/02 (20h00) – Flamengo x Pesqueira 21/02 (20h00) – Flamengo x Santa Cruz – TV FPF (internet) 04/03 (16h00) – Flamengo x América
Afogados – Estádio Vianão (Afogados da Ingazeira, a 386 km do Recife) A principal mudança no estádio para a temporada 2018 não foi no gramado, mas, sim, a instalação do sistema de iluminação. Como havia disputado apenas a segunda divisão e a primeira fase do Estadual, sem os grandes, não havia a exigência da FPF. Com a mudança do regulamento, a prefeitura precisou adequar o local, com 108 lâmpadas nas seis torres.
17/01 (20h00) – Afogados x Central 24/01 (20h00) – Afogados x Belo Jardim – TV FPF (internet) 07/02 (21h30) – Afogados x Santa Cruz – TV Globo 18/02 (16h00) – Afogados x Pesqueira 04/03 (16h00) – Afogados x Vitória
Salgueiro – Estádio Cornélio de Barros (Salgueiro, a 518 km do Recife) Em 2017, o estádio recebeu a finalíssima do Campeonato Pernambucano e nove jogos da Série C do Brasileiro, o que já deixa claro o estágio acima dos demais palcos no interior, atendendo tanto ao gramado quanto à capacidade – pelo regulamento, apenas o Cornélio e o Lacerdão podem receber jogos a partir da semifinal do Estadual, com capacidade mínima de 10 mil lugares.
24/01 (20h00) – Salgueiro x América 03/02 (20h00) – Salgueiro x Santa Cruz 18/02 (16h00) – Salgueiro x Flamengo 25/02 (16h00) – Salgueiro x Afogados 04/03 (16h00) – Salgueiro x Sport – TV Globo
O último sorteio da Timemania em 2017 ocorreu em Medianeira, no oeste do Paraná, em 30 de dezembro. No concurso de nº 1.126, que teve o Corinthians como clube sorteado, o prêmio principal de R$ 3,1 milhões, para o acerto de sete números, acumulou. Assim, encerrou-se também a 10ª temporada da loteria federal criada para abater as dívidas dos times brasileiros com o poder público. E neste último sorteio, uma virada decisiva para a divisão de receitas.
Os três clubes pernambucanos cadastrados na Timemania registraram mais de 8,1 milhões de apostas, num aumento de 66% em relação ao acumulado passado (4,9 mi). Destaque para o Santa. Com uma forte campanha de engajamento nos últimos dias, o clube liderou a quantidade de apostas no derradeiro sorteio, com 111 mil, tirando uma considerável diferença de 53 mil apostas sobre o Avaí, que fechava o top 20. Assim, conseguiu, pelo quarto ano seguido, terminar no grupo principal, com direito aos maiores repasses.
Através das 237.915.690 apostas contabilizadas, com cada cartela custando R$ 2, a arrecadação bruta foi de R$ 475.915.680. Foi a maior até hoje, registrando um acréscimo de 72%, ou 199 milhões de reais a mais nas lotéricas. Assim, o repasse para os clubes também foi recorde – pela regra da loteria, 20% do montante é repassado para os clubes 80 clubes inscritos, de acordo com o número de apostas. No gráfico abaixo, o histórico de colocações (nos âmbitos nacional e regional) dos sete maiores times da região.
Divisão da receita repassada aos clubes e as respectivas cotas de 2017: 65% (grupo 1, do 1º ao 20º lugar) – R$ 61,8 milhões (R$ 3,0 milhões cada) 25% (grupo 2, do 21º ao 40º lugar) – R$ 23,7 milhões (R$ 1,1 milhão cada) 8% (grupo 3, do 41º ao 80º lugar) – R$ 7,6 milhões (R$ 190 mil cada) 2% (grupo 4, com os 18 clubes fora da cartela) – R$ 1,9 mi (R$ 105 mil cada)
Ao todo, seis clubes nordestinos ficaram na primeira casta da loteria em 2017, os mesmos do último ano. Assim, vão abater R$ 3.093.451 em dívidas tributárias em 2018, cada um – ou R$ 257 mil mensais. Neste bolo, segue o ABC, que também mantém um trabalho de engajamento. Enquanto isso, Sport e Náutico ficaram mais uma vez no segundo escalão, no top 40.
Arrecadação da Timemania e a receita dos clubes (entre parênteses): 2012 – R$ 256 milhões (R$ 51,2 mi) 2013 – R$ 251 milhões (R$ 50,3 mi) 2014 – R$ 425 milhões (R$ 85,0 mi) 2015 – R$ 338 milhões (R$ 67,6 mi) 2016 – R$ 276 milhões (R$ 55,3 mi) 2017 – R$ 475 milhões (R$ 95,1 mi)
Abaixo, o número de apostas do G7 a cada ano ano. Desde 2009, o Trio de Ferro termina abaixo dos rivais baianos e cearenses – talvez pelo fato de o público ser formado não só por torcedores, mas por apostadores regulares, independentemente do modelo. Não por acaso, as três metrópoles têm populações simulares (4 milhões de habitantes) e dados aproximados numa comparação agregada. Com 8,1 milhões de apostas (soma de tricolores, rubro-negros e alvirrubros), o Recife teve 569 mil a menos que Salvador e 98 mil a mais que Fortaleza. De toda forma, a 14ª colocação nacional do Fortaleza há nove anos seguidos, por exemplo, é um mérito do clube, fato.
Em 2018 o Nordeste terá quatro clubes na Série A, a maior representatividade da região na era dos pontos corridos, já na 16ª edição. Além disso, pela primeira vez, neste formato, a competição tem as maiores metrópoles: Salvador (Bahia e Vitória), Recife (Sport) e Fortaleza (Ceará). Sem surpresa, o quarteto concentra a receita do futebol da região nesta temporada, a partir das cotas de tevê. Dimensionando este quadro, o blog projetou as cotas do ‘G7’, entre verba de transmissão e o repasse por classificação – obviamente, existem outras fontes, como bilheteria, patrocínios, sócios, Timemania etc.
No levantamento estão todos os campeonatos oficiais, com os respectivos valores já divulgados. No caso do Brasileirão foi considerada a premiação do último ano, idem com a cota da Série B, com o montante ainda em negociação. As receitas de cada clube estão divididas em quatro colunas nos quadros abaixo, com o cenário mais pessimista na primeira, considerando o valor-base da televisão e a pior colocação possível na competição. Em seguida, duas colunas com campanhas acessíveis, passando uma fase nos respectivos torneios, ou, no caso do Brasileiro, nas primeiras posições acima da zona de rebaixamento, o mínimo esperado por qualquer participante.
No fim, considerando até o hipotético título da Copa do Brasil, com R$ 50 milhões de premiação apenas na decisão (!), chega-se a uma equação entre mercado e meritocracia esportiva, embora também exista uma enorme disparidade local, ainda mais acentuada após o duplo rebaixamento de Náutico e Santa. Na contramão dos rivais alencarinos, que subiram de divisão, alvirrubros e tricolores largam desta vez sem receita de tevê no nacional.
No mínimo, um apurado de R$ 188,5 milhões, com 78% com os três ‘cotistas’.
Previsão mínima de cotas do Náutico por mês: R$ 141.666 Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: – R$ 5.214.200 (-75,4%) Calendário: de 31 a 66 jogos oficiais Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 7.656.666
Após bater na trave na Série B durante dois anos seguidos, ambos em 5º lugar, o Náutico acabou desabando para a Série C, onde viverá o seu pior momento financeiro em quase duas décadas. Na terceirona, a princípio, tem apenas as despesas pagas (viagens, hospedagens e arbitragens), o máximo possível com o atual aporte da tevê. Pelo calendário, o timbu é o primeiro dos maiores clubes a entrar em campo, já em 8 de janeiro, num jogo vital pela fase preliminar da Lampions – caso elimine a Itabaiana, garante R$ 500 mil. Como na maioria dos casos, tem como maior ‘fonte de captação’ a turbinada Copa do Brasil, com R$ 600 mil caso avance à 2ª fase – o que não conseguiu em 2016 e 2017. A escassez fica clara na folha, com o clube projetando uma folha de R$ 200 mil. Pelas cotas garantidas, tem 70% disso.
Previsão mínima de cotas do Santa Cruz por mês: R$ 204.166 Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: – R$ 5.094.200 (-67,5%) Calendário: de 35 a 64 jogos oficiais Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 9.803.703
O segundo rebaixamento consecutivo tirou o Santa de um faturamento de R$ 36 milhões, aí considerando todas as receitas possíveis, para uma temporada estimada entre 12 e 14 milhões de reais. Para tudo, futebol, administrativo, dívidas e manutenção estrutural. Ainda assim, o tricolor, de volta à Série C após cinco anos, larga numa condição levemente melhor que o rival vermelho e branco devido à presença assegurada na fase de grupos do Nordestão – o que aconteceu após a desistência do Sport, o que também condicionou a própria entrada do Náutico, é verdade. O clube também enxerga na turbinada Copa do Brasil a oportunidade de capitalizar a temporada – e neste contexto há a possibilidade de um Clássico das Emoções na 2ª fase valendo R$ 1,4 milhão ao vencedor.
Previsão mínima de cotas do Sport por mês: R$ 3.662.500 Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: – R$ 831.375 (-1,8%) Calendário: de 49 a 66 jogos oficiais Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 54.030.320
O Sport chega ao 5º ano seguido na elite, recorde na região nos pontos corridos. Com isso, vai sustentando a integralidade da cota de transmissão bancada pela Globo. E além da cota fixa de R$ 35 milhões há um importante acréscimo pelo pay-per-view. Embora haja a previsão de um novo cálculo do PPV para 2018, considerando o cadastro de assinantes no Premiere (algo que já deveria ter sido feito há tempos), o blog manteve a projeção de 2017 (R$ 7 mi) por não existir mais informações a respeito. Sobre o calendário, desta vez será mais enxuto, ainda que por caminhos distintos. Se em 2017 o clube jogou 80 vezes, abaixo apenas do Flamengo, agora pode nem chegar a 60. De cara, o leão tem dois torneios a menos: Nordestão (desistiu) e Sula (não se classificou). Só por participar das duas o clube teria direito a R$ 1,8 mi.
Previsão mínima de cotas do Bahia por mês: R$ 4.725.208 Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: + R$ 3.162.500 (+5,9%) Calendário: de 57 a 83 jogos oficiais Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 57.692.335
O tricolor da Boa Terra terá cinco competições na temporada, num cenário vivido pelo rubro-negro pernambucano no último ano, que chegou a jogar todos os torneios simultaneamente. Como estamos em ano de Copa do Mundo, a agenda do Baêa também deve ser apertada, restando poucas datas no meio de semana. Por outro lado, o clube vai colher as benesses (esportiva e financeira) das boas campanhas em 2017, largando nas oitavas da Copa do Brasil devido ao título do Nordestão e retornando à Sul-Americana após a vaga obtida no Brasileirão. Para completar, tem a maior receita da Globo na região, considerando a última divisão do pay-per-view, numa projeção a partir da pesquisa Ibope/Datafolha. No geral, larga com R$ 8,6 milhões a mais que o Vitória e R$ 12,7 mi a mais que o Sport.
Previsão mínima de cotas do Vitória por mês: R$ 4.006.666 Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: + R$ 840.000 (+1,7%) Calendário: de 54 a 77 jogos oficiais Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 51.374.030
Já são dois anos com o rubro-negro baiano encerrando o Brasileirão em 16º lugar, escapando por triz. Mantido na elite e com quatro competições a disputar, o Vitória é o segundo da região considerando a projeção mínima de cotas, só abaixo do arquirrival. Há oito anos sem levantar a Copa do Nordeste, o clube mira o pentacampeonato como preferência em relação ao Baiano, onde é o atual campeão, num torneio sem premiação – por sinal, isso acontece na BA, PE e CE. E de fato precisa corresponder competitivamente, não só no regional, pois em 2017 acabou tendo menos receita que o Sport justamente por causa dos mata-matas, com o time do Recife disputando nove mata-matas entre Copa do Brasil e Sula – tirando 5 milhões de reais de diferença entre os clubes.
Previsão mínima de cotas do Ceará por mês: R$ 2.556.666 Variação sobre ao mínimo absoluto de 2017: + R$ 23.825.800 (+347,6%) Calendário: de 54 a 82 jogos oficiais Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 6.311.111
Sem dúvida, é a maior transformação (positiva) da temporada entre os principais clubes do Nordeste. A volta à elite já renderia um aporte milionário ao vozão, ainda que seja o ‘piso’ da competição, mas o clube conseguiu negociar junto à Globo um aumento da cota, passando de R$ 23 milhões, o valor recebido pelo Santa em 2016, para R$ 28 milhões – válido só para 2018 e já incluindo o PPV. E o ano marca também a volta à Copa do Nordeste, já como cotista principal, na condição de cabeça de chave – em 2017, quando não se classificou ao regional e disputou a Primeira Liga, como convidado, não recebeu nada na fase de grupos. Mesmo que o alvinegro não avance em nenhum torneio, o mínimo estabelecido já é suficiente para quebrar o recorde de faturamento – neste caso, contando todas as receitas.
Previsão mínima de cotas do Fortaleza por mês: R$ 414.074 Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: + R$ 3.318.888 (+201,1%) Calendário: de 47 a 56 jogos oficiais Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 1.700.000
Foram oito longos anos jogando na Série C, sem cota de televisão e dependendo basicamente da bilheteria proporcionada por sua torcida, que até fez a sua parte, enchendo o Castelão várias vezes na fase decisiva. Após finalmente passar das quartas de final, o tricolor alencarino voltou a ter uma cota de tevê à parte das despesas pagas. Pelo modelo implantado em 2017, o clube fica com a menor cota da Série B, junto aos outros três times que ascenderam. Ainda assim, triplicou a sua receita mensal – o que deixa claro a situação anterior -, além de aumentar o seu calendário, de 24 para 38 jogos no Brasileiro. Mas as boas notícias param aí, com o clube fora tanto do Nordestão quanto da Copa do Brasil, torneios com cotas fortalecidas – pela simples participação, teria embolsado R$ 1,3 milhão.
O Sport disputou o primeiro jogo de futebol da história de Pernambuco, diante de um combinado de trabalhadores ingleses residentes na capital. Um evento social à época. Ao longo de 113 temporadas, o clube tornou-se o mais vitorioso do estado, com números robustos comprovados a partir da pesquisa de Carlos Celso Cordeiro. O blog deu sequência ao levantamento, atualizando o retrospecto geral nas principais competições oficiais, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento leonina atuando na Ilha do Retiro, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa vermelha e preta e os maiores públicos.
Em 2018: Estadual, Copa do Brasil e Série A.
Do 1º ao 5.067º jogo… Primeiro:Sport 2 x 2 English Eleven (22/06/1905), no Derby (amistoso) Último: Sport 1 x 0 Corinthians (03/12/2017), na Ilha do Retiro (Série A)
Ranking Nacional de Clubes da CBF: 15º lugar (8.770 pontos)
Total (competições oficiais e amistosos*) 1905-2017 5.067 jogos (9.418 GP e 5.492 GC, +3.926) 2.625 vitórias (51,8%) 1.192 empates (23,5%) 1.240 derrotas (24,4%) 10 jogos com placar desconhecido Aproveitamento em pontos: 59,6%
Estadual 1915-2017 (ranking: 1º) 2.211 jogos (4.941 GP e 2.050 GC, +2.891) 1.396 vitórias (63,1%) 435 empates (19,7%) 380 derrotas (17,2%) 101 participações (entre 1916 e 2017) Melhor campanha: campeão, 41 vezes (entre 1916 e 2017) Aproveitamento em pontos: 69,6%
Copa do Nordeste 1994-2017 (ranking: 3º) 124 jogos (215 GP e 117 GC, +98) 62 vitórias (50,0%) 33 empates (26,6%) 29 derrotas (23,4%) 12 participações (entre 1994 e 2017) Melhor campanha: campeão em 1994, 2000 e 2014 Aproveitamento em pontos: 58,8%
Brasileirão unificado 1959-2017 913 jogos (1.068 GP e 1.119 GC, -51) 313 vitórias (34,2%) 255 empates (27,9%) 345 derrotas (37,8%) 39 participações (entre 1959 e 2017) Melhor campanha: campeão em 1987 Aproveitamento em pontos: 43,6%
Série A 1971-2017 (ranking: 17º) 896 jogos (1.036 GP e 1.100 GC, -64) 305 vitórias (34,0%) 250 empates (27,9%) 341 derrotas (38,0%) 36 participações (entre 1971 e 2017) Melhor campanha: campeão em 1987 Aproveitamento em pontos: 43,3%
Série B 1971-2017 295 jogos (419 GP e 323 GC, +96) 126 vitórias (42,7%) 84 empates (28,4%) 85 derrotas (28,8%) 11 participações (entre 1980 e 2013) Melhor campanha: campeão em 1990 Aproveitamento em pontos: 52,2%
Copa do Brasil 1989-2017 112 jogos (180 GPC e 117 GC, +63) 53 vitórias (47,3%) 25 empates (22,3%) 34 derrotas (30,3%) 60 confrontos; 38 classificações e 22 eliminações 23 participações (entre 1989 e 2017) Melhor campanha: campeão em 2008 Aproveitamento em pontos: 54,7%
Taça Libertadores da América 1960-2017 (ranking oficial: 108º) 14 jogos (18 GP e 14 GC, +4) 7 vitórias (50,0%) 2 empates (14,2%) 5 derrotas (35,7%) 2 participações (1988 e 2009) Melhor campanha: oitavas de final, em 2009 Aproveitamento em pontos: 54,7%
Copa Sul-Americana 2002-2017 20 jogos (18 GP e 25 GC, -7) 5 vitórias (25,0%) 3 empates (15,0%) 12 derrotas (60,0%)
10 confrontos; 5 classificações e 5 eliminações 5 participações (2013, 2014, 2015, 2016 e 2017) Melhor campanha: quartas de final, em 2017 Aproveitamento em pontos: 30,0%
Histórico em decisões no Estadual Sport 12 x 12 Santa Cruz Sport 11 x 6 Náutico
Sport na Ilha do Retiro* (1937/2017) 2.150 jogos 1.320 vitórias (61,4%) 473 empates (22,0%) 357 derrotas (16,60%) Aproveitamento em pontos: 68,7%
* Competições oficiais e amistosos
Clássico das Multidões (1916-2017) 556 jogos 231 vitórias do Sport (41,5%) 158 empates (28,4%) 167 vitórias do Santa (30,0%)
Último: Santa 0 x 2 Sport (03/05/2017, Nordestão)
Clássico dos Clássicos (1909-2017)* 548 jogos 210 vitórias do Sport (38,3%) 157 empates (28,6%) 180 vitórias do Náutico (32,8%)
Último: Náutico 1 x 1 Sport (23/04/2017, Estadual) *Um jogo disputado em 29 de março de 1931, no Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.
Maiores públicos
Top 5 nos Clássicos 80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998) 78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport, no Arruda (Estadual, 21/02/1999) 75.135 – Santa Cruz 1 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 03/05/1998) 74.280 – Santa Cruz 2 x 0 Sport, no Arruda (Estadual, 18/07/1993) 67.421 – Santa Cruz 0 x 1 Sport, no Arruda (Estadual, 20/05/1990)
Top 5 como mandante contra outros adversários 56.875 – Sport 2 x 0 Porto, na Ilha do Retiro (Estadual, 07/06/1998) 53.033 – Sport 0 x 2 Corinthians, na Ilha do Retiro (Série A, 12/09/1998) 48.564 – Sport 1 x 1 Cruzeiro, na Ilha do Retiro (Série A, 27/09/1998) 48.328 – Sport 5 x 0 Grêmio, na Ilha do Retiro (Série A, 20/09/1998) 46.018 – Sport 1 x 1 Grêmio, na Ilha do Retiro (Série A, 03/12/2000)