A tabela da 1ª fase do Pernambucano de 2017, com três vagas para o hexagonal

Tabela da 1ª fase do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: FPF/site oficial

A primeira fase do Campeonato Pernambucano de 2017, composta pelos clubes intermediários, será disputada em apenas três semanas, com 27 jogos. Para 2017, o conselho arbitral modificou a etapa preliminar, que volta a ter nove participantes após três anos. Fora do Nordestão, o Salgueiro perdeu o privilégio de estrear já no hexagonal, reservado às equipes presentes nas Séries A e B e/ou classificadas ao regional. Só o Trio de Ferro atende à exigência.

Assim, a fase preliminar foi dividida em três grupos com três times cada, com os integrantes de uma chave enfrentando apenas os das outras duas chaves – semelhante ao formato já utilizado no Paulistão. Cada clubes jogará seis vezes, sendo três em casa, com os líderes dos grupos avançando. Algum favorito?

Grupo A – Salgueiro, Belo Jardim e Atlético
Grupo B – América, Serra Talhada e o campeão da A2*
Grupo C – Central, Vitória e o vice-campeão da A2*
* A segunda divisão estadual acaba em dezembro

Obs 1. Os três classificados ao hexagonal vão à Série D. Caso o Salgueiro, hoje na Série C, seja um deles, a vaga será repassada ao 4º lugar da fase inicial

Segundo a tabela divulgada pela FPF, a primeira fase vai de 4 a 25 de janeiro. Neste período, Náutico, Santa e Sport fazem a pré-temporada. E os demais não têm direito? Têm, sim. Mas em dezembro. Nos últimos anos, a determinação do calendário oficial da CBF, com férias em dezembro e pré-temporada em janeiro, vinha sendo um empecilho na elaboração da competição local, com a federação ignorando a orientação. Porém, numa consulta ao departamento jurídico da confederação brasileira, argumentando que os participantes (da primeira fase) não atuam até novembro, a FPF obteve uma autorização específica.

Obs 2. A conclusão da Série A2 foi adiada por causa de problemas jurídicos acerca da classificação da primeira fase e, posteriormente, pelo luto à Chape.

No Náutico, sai Givanildo Oliveira (68 anos) e entra Dado Cavalcanti (35 anos)

Givanildo Oliveira deixa o Náutico após a Série B 2016 e Dado Cavalcanti assume no Estadual 2017. Fotos: DP e Náutico/site oficial

No mesmo dia, a direção do Náutico confirmou a saída de Givanildo Oliveira e volta de Dado Cavalcanti. Dois treinadores pernambucanos de perfis bem distintos. Ambos com histórico no clube, sobretudo na Série B. Em 2014, Dado comandou o time durante boa parte da competição, sem brigar efetivamente pelo G4. Em 2016, Giva chegou na reta final, com o time quase fora, e só perdeu o acesso após uma inesperada derrota para o Oeste, na Arena.

O novo técnico, 33 anos mais novo que o antecessor, tem com característica principal, para este momento do Náutico, a remontagem do grupo. Após o revés na 38ª rodada, a direção perdeu a paciência com alguns atletas, que teriam “amarelado”. Compor um time em pouco tempo (e fazê-lo funcionar, claro) é questão de urgência, uma vez que o título de campeão é prioridade em Rosa e Silva (seja estadual ou regional). Por isso, a pressão começa já no primeiro semestre, numa possível inversão de objetivos na temporada timbu.

Quanto a Giva, que trabalhou no alvirrubro pela 5ª vez, a imagem deixada foi positiva, ainda que sua limitação (mudanças táticas mais efetivas durante os jogos) siga como entrave para trabalhos mais duradouros em grandes clubes – exceção feita ao América-MG, onde tem um histórico extremamente vencedor.

Alvirrubro, o que você achou da troca de comando do Náutico?

Dado Cavalcanti na Série B 2014
23 jogos
9 vitórias
5 empates
9 derrotas
46,3%

Givanildo Oliveia na Série B 2016
15 jogos
9 vitórias
2 empates
4 derrotas
64,4%

O (novo) calendário da CBF para 2017, com Sul-Americana paralela ao Estadual

O calendário da CBF para 2017 revisado após as mudanças da Conmebol

Quatro meses após a divulgação do calendário oficial do futebol brasileiro em 2017, a CBF teve que lançar um novo cronograma, forçado pelas mudanças efetuadas pela Conmebol, aumentando a Libertadores e a Sul-Americana, em participantes e período de disputa. A confederação brasileira ressalta que ajustes ainda podem ser feitos, mas hoje a única lacuna é a ausência das datas da Copa do Nordeste, ainda numa negociação entre a Liga do Nordeste e as federações estaduais. Reflexo do poder descabido (e alertado pelo blog) dado às federações na versão anterior do calendário, reduzindo a Lampions de 12 para 8 datas, justamente para ampliar os estaduais de 14 para 18 datas.

Enquanto isso, uma certeza: a Copa Sul-Americana começará no primeiro semestre, paralelamente aos Estaduais. No cenário local, com participações recorrentes (6 vezes no período 2013-2016), trata-se de um ponto importante. Ainda mais no quesito “prioridade”, que costumeiramente inibe a campanha internacional durante o Brasileiro (na visão do blog, um erro dos recifenses).

Com a Sula partindo em 5 de abril, na reta final do hexagonal local, fica difícil imaginar um time reserva no torneio em detrimento do Campeonato Pernambucano – ainda mais com a facilidade que o trio tem em relação à classificação à semifinal. Pelo novo calendário da CBF, a fase final dos estaduais ocorreria nos dias 16, 23 e 30 de abril e 7 de maio. Já a primeira fase da Sul-Americana aconteceria nos dias 05/04 e 10/05, com a segunda fase apenas em 28 de julho, com o Brasileirão já na 10ª rodada.

Última rodada do hexagonal do título do Pernambucano
2014 – 30/03
2015 – 05/04
2016 – 10/04
2017 – a definir

Obs 1. Como campeão nordestino de 2016, o Santa Cruz tem direito à vaga na Sul-Americana de 2017. Já o Sport precisa ficar entre onze primeiros da Série A para participar pela 5ª vez. Caso termine em 12º ou 13º, poderia haver uma disputa judicial, uma vez que a Conmebol reduziu de 8 para 6 vagas, com o campeonato nacional em andamento (saiba mais aqui).

Obs 2. Finalmente acabaram, de forma oficial, o regulamento esdrúxulo de condicionar a participação na Sula à eliminação precoce na Copa do Brasil. A partir de agora, o clube poderá disputar os dois torneios simultaneamente.

Abaixo, a agenda até a final dos estaduais. Veja o documento completo aqui.

Calendário do futebol brasileiro em 2017. Crédito: CBF/divulgação

A cabine móvel para testes de árbitro de vídeo em todos os clássicos do Estadual

Arbitragem de vídeo. Foto: CBF/site oficial

“É porque a gente não podia divulgar, mas já fizemos testes secretos…”

Sem dar maiores detalhes sobre onde ocorreram esses testes, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, revelou que a estrutura para a utilização de “árbitros de vídeo” no Campeonato Pernambucano já está quase pronta. O significa a aquisição de uma unidade móvel, que ficará fora do estádio do jogo em análise, num investimento de R$ 1 milhão, com R$ 300 mil saindo dos cofres da federação. A ideia é usar as imagens produzidas na transmissão oficial (cuja central também fica numa unidade móvel fora do estádio), com pelo menos sete câmeras. Nem todas as partidas contariam com o tira-teima, pois a cada rodada só dois jogos são exibidos na televisão, um na Globo e outro no Premiere.

Trata-se de um cenário semelhante ao dos principais torneios do tênis. As quadras centrais contam com o hawk-eye, o recurso tecnológico para a ver se a bola tocou na linha, ao contrário das quadras de apoio. E ainda que ocorram jogos paralelos não há problema. No Estadual, todos os clássicos teriam a consulta do “árbitro de vídeo”, assim como a fase final. O teste desta tecnologia está autorizada pela Fifa até 2017 – a aprovação, ou não, sai em 2019. A consulta de vídeo (um apelo antigo) foi aprovada pela International Football Association Board, em que organiza as regras do futebol, em 5 de março. Antes disso, a direção da FPF, através da CBF, tentou utilizar, em caráter experimental, na final da edição deste ano, mas acabou tendo o pedido negado.

Agora, com a CBF mediando e interessada em adotar o sistema no Brasileirão de 2017 (e já realizando testes na Suíça, foto), a FPF voltou ao assunto. Com o aval “verbal” da Fifa, aguarda a chancela oficial. Ah, ao contrário do tênis, não haveria pedidos de consulta por parte dos times. A decisão teria que partir do árbitro no campo ou da equipe a postos na unidade móvel, com a informação via ponto eletrônico. Pelo visto, deve haver um resquício de polêmica…

Para essa experiência, as dúvida seriam as seguintes:

a) Dúvida se a bola entrou ou não no gol.
b) Saídas da bola pela linha de fundo, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti.
c) Definição do local das faltas nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti.
d) Gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas equivocadamente.
e) Impedimentos por interferência no jogo, caso na jogada haja gol ou pênalti.
f) Jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem.

Estudo de viabilidade de R$ 2,2 milhões e nova parceria privada na Arena em 2017

Arena Pernambuco. Foto: Odebrecht/divulgação

Foi dada a largada para compor uma nova operação privada na Arena Pernambuco. O governo do estado lançou o o edital (abaixo) para um estudo de viabilidade do estádio em São Lourenço, considerando, entre outras coisas, momento econômico, potencial de ocupação e clubes engajados, com possíveis cenários entre Náutico, Santa e Sport – hoje, nenhum tem acordo oficial para mandar jogos. O curioso é que em 5 de março deste ano foi entregue o relatório da Fundação Getúlio Vargas, com o mesmo tema. Porém, na ocasião foi voltado para o “aprimoramento do programa estadual de parcerias público-privadas, a partir do estudo de caso de concessão administrativa para a exploração da arena multiuso da Copa 2014”. Considerava, claro, o contrato de 30 anos com a Odebrecht, já desfeito. Com dispensa de licitação, aquele estudo, de 225 páginas, custou R$ 1,3 milhão aos cofres do Palácio do Campo das Princesas.

Desta vez será ainda mais caro, R$ 2,2 milhões. Segundo o edital, entretanto, não deve haver ônus para o estado, pois o valor será ressarcido justamente pela empresa que, posteriormente, vencer a licitação de operação da arena multiuso. Sim, são dois processos. Cronologia a seguir.

08/11/2016 – Públicação do edital para o estudo de viabilidade da Arena
30/11/2016 – Fim do prazo para a retirada do edital por parte dos interessados
30/12/2016 – Anúncio da empresa que ficará responsável pelo estudo
30/04/2017 – Limite para a produção do relatório (120 dias)

Concluída a etapa, será aberta uma licitação internacional, com expectativa para o segundo semestre de 2017. O novo operador pode ser anunciado no fim do ano. Na primeira vez em que estádio passou por um processo do tipo, em 22 de março de 2010, três grupos apareceram: as construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS. Antes da operação, teriam que construir o estádio. Do edital à contratação oficial foram seis meses. Agora, há apenas a operação em disputa, num formato de concessão a ser definido de acordo com o futuro estudo de viabilidade, com projeções de receita mais modestas.

Em nota, a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer (atual operadora) justifica:

“a finalidade (do estudo) é identificar o tipo de operação menos dispendiosa para a administração pública na exploração, manutenção e operação futura do empreendimento” 

“(o estudo) estará atualizado com a nova realidade da Arena de Pernambuco, com nova administração, custos bem mais baixos do que antes de o Governo do Estado assumir e uma realidade econômica nacional diferente da apresentada na época do material da FGV”.

Espera-se uma modelagem bem distinta e justa. Ou seja, nada de contratos longínquos ou garantia de receita mesmo com prejuízo operacional…

Licitação para estudo de viabilidade da Arena Pernambuco em novembro de 2016. Reprodução: Diário Oficial de Pernambuco

Fórmula do Estadual de 2017 prevê nove times na 1ª fase e dez vagas em torneios

Regulamento na FPF. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Campeonato Pernambucano de 2017 será recordista em vagas para outros torneios, passando de oito para dez classificações. Além das três vagas na Copa do Nordeste, o estado foi contemplado com uma vaga a mais na Copa do Brasil (agora, 4) e outra na Série D (agora, 3). Um mesmo clube pode ganhar até três vagas. Em relação à fórmula, a 103ª edição mantém o formato da fase principal, com seis clássicos em dez rodadas no hexagonal do título.

Entretanto, o Estadual, que tem o Tricolor como atual bicampeão, volta a ter nove times na primeira fase após três temporadas. Fora do Nordestão de 2017, o Salgueiro perdeu o privilégio de estrear já no hexagonal, reservado às equipes presentes nas Séries A e B e/ou classificadas ao regional. Ou seja, apenas o Trio de Ferro (classificado à Lampions, Brasileiro à parte) atende à exigência. Para a fase preliminar, que deve ser disputada toda no mês de janeiro, existem duas propostas da federação, que serão apresentadas aos clubes no conselho arbitral, em 7 de novembro, na sede da Boa Vista.

Nos últimos anos, a determinação do calendário oficial da CBF, com férias em dezembro e pré-temporada em janeiro, vinha sendo um empecilho na elaboração no torneio, com a entidade local ignorando a orientação. Porém, numa consulta ao departamento jurídico da CBF, argumentando que os participantes (da primeira fase) não atuam até novembro, a FPF obteve uma autorização específica. Portanto, vamos aos primeiros detalhes, apurados pelo blog …

Regulamento

Primeira fase
1ª proposta – Turno único entre os nove times, com cada participante jogando oito partidas (quatro em casa), com os três melhores colocando avançando

2ª proposta – Três grupos com três times cada, com os integrantes de uma chave enfrentando apenas os das outras duas chaves. Cada clubes jogaria seis vezes (três em casa), com os líderes dos grupos avançando

Hexagonal do título
Os seis clubes (os três melhores da primeira fase, além Náutico, Santa e Sport, que estreiam nesta etapa), se enfrentam em jogos de ida e volta, com dez jogos para cada um. Os quatro melhores colocados avançam.

Mata-mata
Tanto na semifinal quanto na final, o critério de desempate após os dois jogos (ida e volta) é o seguinte: pontos e saldo de gols. Mantendo a igualdade, pênaltis. A melhor campanha no hexagonal define o mando no jogo de volta. Assim como ocorre desde 2014, segue a disputa de 3º lugar.

Hexagonal do rebaixamento
Os seis times eliminados na primeira fase disputam, paralelamente ao hexagonal principal, uma fase para definir que se mantém na elite em 2018. Os dois últimos colocados nesta fase serão relegados à Série A2.

Tabela
A primeira fase do Estadual deve começar em 4 de janeiro, caso a primeira proposta seja escolhida, ou 11 de janeiro, caso optem pela segunda. A fase principal deve iniciar em 28 de janeiro, um sábado, possivelmente com o Sport em ação. No domingo, 29, Náutico x Santa Cruz, dando sequência aos clássicos na primeira rodada – foi assim em 2015, Santa 0 x 3 Sport, e 2016, Náutico 2 x 0 Santa. A competição tende a ser encerrada em 30 de abril – depende do ajuste no calendário brasileiro, após as mudanças da Conmebol.

Distribuição de vagas (10 ao todo)

Copa do Brasil 2018 (4 vagas)
O campeão, o vice e o 3º lugar estão garantidos. A quarta vaga deve ser dada ao melhor time da primeira fase. Caso este posteriormente termine entre os três primeiros lugares, a vaga seria repassada ao 4º colocado geral.

Copa do Nordeste 2018 (3 vagas)
O campeão, o vice-campeão e o 3º lugar serão os representantes do estado.

Série D 2018 (3 vagas)
Os três melhores colocados na primeira fase. Caso o Salgueiro, que está na Série C, seja um desses times, a vaga seria repassada ao 4º lugar da fase inicial

Artilharia
Apesar das inúmeras fases, a lista de artilheiros só leva em conta os gols no hexagonal do título e no mata-mata. Ou seja, até 14 jogos para o goleador.

Participantes
Santa Cruz, Sport, Náutico, Salgueiro, América, Central, Atlético, Serra Talhada, Belo Jardim e Vitória. O campeão e o vice da A2 de 2016 completam a lista

Exigências do MPPE para liberar o Arruda com 60 mil e Ilha com 32 mil. Até 2018

Arruda e Ilha do Retiro. Fotos: DP

Até 2018, Santa Cruz e Sport podem voltar a ter a autorização para a capacidade máxima de seus estádios, Arruda e Ilha. Isso caso consigam atender às exigências definidas numa reunião envolvendo representantes dos clubes com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através da Promotoria de Justiça Especializada do Torcedor, e com Corpo de Bombeiros. São quatro tópicos na casa coral e cinco no reduto leonino, com prazos distintos. Desde 25 de setembro de 2015, quando os bombeiros emitiram atestados sobre o José do Rego Maciel e o Adelmar da Costa Carvalho, as respectivas capacidades foram reduzidas. Não por questão de espaço físico para o público, mas pela estrutura oferecida para a evacuação da torcida, apontando escadas, portas e corredores afunilados. Então, vamos aos tópicos para o laudo definitivo.

Lembrando que os dois clubes já tinham começado a agir – veja aqui e aqui.

Arruda
Termos de Ajustamento de Conduta, em 27/09/2016

1) Limpeza de banheiros, troca de tubulações e plano de manejo de lixo (6 meses)
2) Mais rampas e assentos para cadeirantes, mapa tátil para cegos e vagas de estacionamento para idosos e deficientes (18 meses)
3) Construção de uma sala para a central de comando da PM (20 meses)
4) Impermeabilização da armação em concreto, conserto das juntas de dilatação e das armaduras expostas (24 meses)

Cronologia da capacidade
1972 – 64.000 lugares *inauguração
1982 – 110.000 (+53.000) *construção do anel superior
1993 – 85.000 (-25.000)
2001 – 75.000 (-10.000)
2005 – 65.000 (-10.000)
2012 – 60.044 (-4.956)
2015 – 50.582 (-9.462)
2018 – 60.044 (+9.462)?

Recorde: 96.990 (Brasil 6 x 0 Bolívia, em 29/08/1993)

Ilha do Retiro
Termos de Ajustamento de Conduta, em 27/09/2016

1) Compra de lixeiras (para os boxes de venda) e sanitários (15 dias)
2) Impermeabilização de lajes, retirada de infiltrações, manutenção da infraestrutura elétrica e de armaduras aparentes (7 meses).
3) Vagas de estacionamento para idosos e deficientes (15 dias)
4) Mais espaço na arquibancada a deficientes, nova sinalização e melhora nas rampas de acesso para cadeirantes (14 meses)
5) Melhorar o sistema de combate a incêndio e pânico (24 meses)

Cronologia da capacidade
1950 – 20.000 lugares *reforma para a Copa do Mundo
1960 – 36.000 (+16.000) *ampliação da cadeira central e da arquibancada
1984 – 45.000 (+9.000) *construção das gerais e ampliação da cadeira central
1998 – 50.000 (+5.000) *construção da ‘curva especial’
2001 – 45.000 (-5.000)
2005 – 32.500 (-12.500)
2006 – 30.520 (-1.980)
2007 – 34.500 (+3.980) *construção da ‘curva da ampliação’
2012 – 34.200 (-300)
2013 – 32.983 (-1.217)
2015 – 27.435 (-5.548)
2018 – 32.983 (+5.548)?

Recorde: 56.875 (Sport 2 x 0 Porto, em 07/06/1998)

Troféu Gena, a disputa no centenário do Clássico das Emoções em 2017, via FPF

Gena, no Náutico e no Santa Cruz

O lateral-direito Gena brilhou no hexa do Náutico e no penta do Santa Cruz. Ao todo, conquistou dez títulos entre 1963 a 1973. Só não levantou a taça em 1969, no início da arrancada tricolor, pois ainda estava vinculado ao alvirrubro. O ex-jogador, hoje com 73 anos, foi  escolhido pela FPF para dar nome ao troféu em homenagem ao centenário do Clássico das Emoções. Curiosamente, Gena foi sugerido por Givanildo Oliveira, seu companheiro no time tricolor na década de 1970 e homenageado no troféu do Clássico das Multidões.

O formato de disputa será o mesmo adotado para Sport x Santa, somando a pontuação de todos os clássicos oficiais na temporada. Quem somar mais pontos, leva. Em caso de empate, uma taça para cada. Hoje, a projeção dessa simbólica disputa vai de 2 a 12 jogos (possibilidades abaixo).

O clássico entre alvirrubros e tricolores será o 15º do país a completar um século de história no futebol. O primeiro duelo aconteceu em 29 de junho de 1917, no campo dos Aflitos, na época ainda pertencente à Liga Sportiva Pernambucana (atual federação) – somente no ano seguinte passaria para a posse timbu. O Santa fez 3 x 0, em jogo válido por um torneio beneficente.

Confira a lista dos 27 clássicos mais antigos do Brasil clicando aqui.

Os títulos pernambucanos de Gena:

Pelo Alvirrubro – 1963, 1964, 1965, 1966, 1967 e 1968
Pelo Tricolor – 1970, 1971, 1972 e 1973

A lista do Clássico das Emoções em 2017:

Estadual (de 2 a 4 jogos)
Além das duas partidas no hexagonal, os rivais podem se enfrentar no mata-mata. De 2010 a 2016, no formato atual, foram três confrontos decisivos, todos nas semifinais, com dois triunfos corais e um dos alvirrubros.

Copa do Nordeste (até 4 jogos)
Há 20% de o confronto sair já na fase de grupos, pois o Náutico está no pote 1 e o Santa no pote 2 – o sorteio será em 4 de outubro. À parte disso, o clássico também pode ocorrer no mata-mata. Logo, até quatro partidas.

Série A ou B (2 jogos)
Há a possibilidade de mais dois jogos no Brasileiro, em caso de reencontro na mesma divisão, tendo como possibilidade mais provável a Segundona.

Copa do Brasil (2 jogos)
Em 2016, o duelo só não aconteceu na segunda fase porque o Náutico foi eliminado pelo Vitória da Conquista. Ou seja, há chance, ainda que pequena.

Os 9 clubes na briga por duas vagas na primeira divisão pernambucana de 2017

Estádios da Série A2 de 2016: Vianão, Luiz de Brito, Gileno de Carli e José Vareda; Áureo Bradley, Paulo Petribu, Ferreira Lima e Carneirão

A segunda divisão do Campeonato Pernambucano de 2016 terá apenas 49 jogos, entre setembro e novembro. Valendo duas vagas para a elite local, o torneio terá a presença de nove clubes – seriam dez, mas o Ypiranga, sem a documentação necessária, desistiu. Entre os inscritos, apenas dois da Região Metropolitana do Recife, ambos do Cabo, com o restante espalhado no interior, incluindo o andarilho Íbis, outra vez em ação em Carpina. Quatro nunca jogaram na primeirona (Afogados, Barreiros, Ferrim e Timbaúba), enquanto o Vera Cruz (o maior campeão da segundona, tri) foi o último presente, em 2015.

Confira a tabela da segundona, a partir de 3 de setembro, clicando aqui.

A fórmula de disputa é simples, com turno único, avançando os oito melhores – ou seja, só o lanterna cai fora. Depois, quartas e semifinal com o critério da Copa do Brasil, qualificando o gol fora de casa. Já a decisão, com os dois times já assegurados, será em apenas uma partida. As melhores campanhas definem os mandos decisivos. Sobre a composição dos elencos, vale o estilo “olímpico”. Assim, a cada apresentação os times podem relacionar 22 atletas, com no máximo quatro acima de 23 anos. Entre os Sub 23, cinco podem ser amadores.

Em relação aos palcos, o regulamento determina uma capacidade mínima de 1.000 espectadores sentados. Entre os estádios liberados pela federação, dois não chegam a três mil lugares, a exigência mínima na elite. Portanto, em caso de acesso, os campos de Afogados e Barreiros precisariam de ampliações.

Clubes na Série A de 2016: Afogados, Barreiros, Cabense, Centro, Ferroviário, Flamengo, Íbis, Timbaúba e Vera Cruz

Algum favorito? Alguma preferência em relação ao acesso? Comente.

Lista de participantes, estádios e capacidade
Afogados Futebol Clube (Afogados) – Vianão, 1.735
Barreiros Futebol Clube (Barreiros) –  Luiz de Brito, 2.000
Associação Desportiva Cabense (Cabo) – Gileno de Carli, 5.459
Centro Limoeirense de Futebol (Limoeiro) – José Vareda, 5.000
Ferroviário Esporte Clube do Cabo (Cabo) – Gileno de Carli, 5.459
Flamengo Sport Club de Arcoverde (Arcoverde) –  Áureo Bradley, 3.000
Íbis Sport Club (Carpina) – Paulo Petribú, 3.600
Timbaúba Futebol Clube (Timbaúba) – Ferreira Lima, 3.750
Vera Cruz Futebol Clube (Vitória) – Carneirão, 10.911

Distâncias nas estradas a partir do Recife
35 km – Cabo de Santo Agostinho (Grande Recife)
53 km – Vitória de Santo Antão (Zona da Mata)
65 km – Carpina (Zona da Mata)
82 km – Limoeiro (Agreste)
102 km – Timbaúba (Zona da Mata)
111 km – Barreiros (Zona da Mata)
255 km – Arcoverde (Sertão)
378 km – Afogados da Ingazeira (Sertão) 

Eis os classificados à elite nas últimas dez edições da Série A2*…

Campeões e vices da segunda divisão do Campeonato Pernambucano de 2006 a 2015

* Em 2007, numa virada de mesa da FPF, Centro e Petrolina também subiram, ampliando a primeira divisão de dez para doze participantes, dado ainda vigente.

Retificação na regra abre a possibilidade de divisão do Troféu Givanildo Oliveira

Troféu Givanildo Oliveira, em homenagem ao centenário do Clássico das Multidões. Crédito: FPF/divulgação

O Troféu Givanildo Oliveira, a simbólica disputa entre Sport e Santa Cruz em homenagem ao centenário do clássico, foi oficializado pela FPF em 19 de fevereiro. Na ocasião, o regulamento apontava a possibilidade de a própria entidade ficar com a taça, em caso de empate na pontuação somando todos os confrontos em 2016. Com a disputa já na reta final, a direção da federação resolveu fazer uma alteração, abrindo mão dessa possibilidade. Ou seja, a partir de agora, igualdade na tabela (não há saldo) resultará na divisão do troféu.

A retificação no “campeonato paralelo” lembra o centenário de Náutico x Sport, em 2009. Na época, o troféu, também ofertado pela FPF, foi disputado em apenas um jogo, no dia seguinte ao centésimo aniversário do Clássico dos Clássicos. Com o 3 x 3, pelo Brasileirão, cada clube ganhou uma peça, idêntica. Voltando ao presente, a entrega da taça ficou para o último Clássico das Multidões, no returno da Série A, na Ilha. E com a devida a presença de Givanildo Oliveira, o maior campeão pernambucano da história, com 16 faixas como jogador e técnico, sendo nove pela Cobra Coral e sete pelo Leão. 

Em 2017 será a vez do centenário do Clássico das Emoções, com a FPF já articulada para repetir a homenagem, nos moldes desta temporada.

Confira a situação do Troféu Givanildo Oliveira…

Jogos disputados em 2016
21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (Estadual, Ilha)
10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual, Arruda)
04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport (Estadual, Arruda)
08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (Estadual, Ilha)
01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (Série A, Arruda)
24/08 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (Sul-Americana, Arena)

Jogos a disputar
31/08 – Sport x Santa Cruz (Sul-Americana, Arena)
11/09 – Sport x Santa Cruz (Série A, Ilha)

Classificação após 6 clássicos
9 pontos – Sport
6 pontos – Santa Cruz

Para dar Sport
Em vantagem, com uma vitória a mais, o time rubro-negro precisa de uma vitória em dois jogos ou dois empates. Ambos os clássicos têm mando leonino.

Para dar Santa
O tricolor só tem uma alternativa para ter a taça de forma exclusiva: vencendo os dois jogos. Em seis clássicos na temporada, venceu apenas uma vez.

Para dividir o título
A pontuação final precisa ser, necessariamente, 10 x 10. Assim, precisa ocorrer um empate e uma vitória coral. Um segundo troféu seria confeccionado.