O Ibope liberou um verdadeiro raio x da torcida do Santa Cruz, produzido na última pesquisa do instituto, encomendada pelo diário Lance! em 2014. Com 24% da preferência pernambucana, seriam 2.210.052 tricolores, mensurando com a estimativa populacional do Brasil no mesmo período. Seriam 1.370.232 homens e 839.819 mulheres. No quadro, também é possível conferir o perfil de escolaridade, idade, renda familiar e a região onde mora a torcida. Um mapeamento detalhado como esse poderia ser utilizado pelo departamento de marketing do clube para ações pontuais, bem direcionadas.
Como curiosidade, a justificativa da expressão “time do povo”, que se expande à forte presença nas camadas menos abastadas. Segundo o levantamento, 74% da torcida coral recebe no máximo dois salários mínimos. Outro ponto é a presença do público, 100% no Nordeste, numa questão meramente estatística, pois, naturalmente, existem torcedores do clube em todas as regiões do país.
Os percentuais foram revelados pelo diretor-executivo do Ibope/Repucom, José Colagrossi. Em breve, ele deve divulgar também os perfis de Náutico e Sport.
Confira os dados do Ibope projetados com a população segundo o IBGE 2014:
Idade
10 a 15 anos: 486.211
16 a 24 anos: 331.507
25 a 34 anos: 397.809
35 a 44 anos: 221.005
45 a 54 anos: 419.909
Mais de 55 anos: 353.608
Escolaridade
Até 4ª série do fundamental: 707.216
5ª a 8ª série do fundamental: 596.714
Ensino médio: 795.618
Superior completo: 110.502
Classe social
A/B: 265.206
C: 1.237.629
D/E: 707.216
Renda familiar
Mais de 5 a 10 salários mínimos: 154.703
Mais de 2 a 5 salários mínimos: 397.809
Mais de 1 a 2 salários mínimos: 751.417
Até 1 salário mínimo: 884.020
Não respondeu: 22.100
Confira o quadro numa resolução maior clicando aqui.
O Mapa das curtidas dos times do Brasil no facebook, produzido pelo globoesporte.com em parceria com a rede social de Mark Zuckerberg, é espetacular. Próximo do que se imagina caso o IBGE resolva adicionar, um dia, a pergunta “Para qual time você torce?” ao censo nacional. Foram analisadas 54 milhões de curtidas nas páginas oficiais de 43 clubes do país, em maio de 2015. A partir disso, um mapeamento individual em 5.570 municípios. Aqui, vamos tratar de Pernambuco. O mapa foi colorizado com o líder em cada cidade, independentemente da intensidade de pessoas envolvidas.
No caso local, apenas três clubes lideram entre os 185 municípios. Pelo volume territorial, a ordem seria a seguinte: Flamengo (vermelho), Corinthians (preto) e Sport (amarelo). Pela quantidade de cidades pernambucanas, a ordem seria Timão (99), Sport (53) e Fla (33). Contudo, os dois cenários vão de encontro ao Ibope, a pesquisa tradicional mais recente, que apontou a ordem Sport, Santa, Corinthians e Náutico. Vamos, então, a um exemplo de distorção. Petrolina, com maioria flamenguista, tem um território imenso, de 4.561 km², com 331 mil moradores. Já o Grande Recife é formado por 14 cidades, totalizando em 2.770 km², mas com uma população de 3.914.317 habitantes. Detalhe: o Sport ficou à frente em toda RMR. Visualmente, parece ter menos “likes”. Na própria Zona da Mata (com o Leão à frente) a densidade populacional é superior ao Sertão (Fla).
Em escala nacional ocorre a mesma distorção, com domínio territorial do Mengo, por mais que o Corinthians tenha mais curtidores (10,4 milhões x 10,1 milhões). Um mapa de calor poderia amenizar essa percepção, assim como a divulgação do percentual absoluto em cada estado, o que não foi divulgado num primeiro momento. São apenas observações sobre o levantamento, no qual o próprio portal faz questão de não tratar como “pesquisa de torcida”, até mesmo por não contar com a fatia (geralmente de 20%, segundo os institutos) de pessoas que não gostam de futebol. Mas em nada diminui a sensação sobre um raio x jamais visto neste polêmico assunto.
Sport: presente em 5.446 municípios, 1º em 53, 2º em 33, 3º em 38, 4º em 48 Santa: presente 3.130 municípios, 2º em 8, 3º em 17 e 4º em 22 Náutico: presente em 3.880 municípios, 4º em 4
Um levantamento do Ibope aponta que o Flamengo teve 46 partidas exibidas na televisão aberta em 2014, considerando Globo e Band. Isso atraiu a atenção, nem que por um minuto, de 134 milhões de telespectadores. Outro dado interessante é o número de jogos do Fla transmitidos nas 15 principais praças. Como alguns jogos no Maracanã, por força de contrato, não passaram para o Rio, a cidade com mais apresentações foi Manaus (38 x 37).
O quadro divulgado por José Colagrossi, o diretor-executivo do Ibope/Repucom, especializado em pesquisas de impacto e eficiência do patrocínio no esporte, segue com o Distrito Federal, fechando a elite do mercado rubro-negro. Na Série A de 2015, Brasília abrigou um público de 67 mil pessoas para Fla x Coxa, justificando a audiência. Em 4º lugar, o Recife. À frente de centros com mais torcida flamenguista (reconhecidamente), como Salvador, Fortaleza e Vitória.
Apesar da presença regular de Sport, Santa Cruz, Náutico nas Séries A e B, a influência midiática do Mengo (por opção de quem transmite, claro) toma parte da programação. Na capital do estado foram 28 jogos, ou 60% do conteúdo aberto do time carioca! Como Globo e Band contam, um mesmo jogo exibido pelas duas aparece duas vezes. Em Pernambuco, o maior índice de torcida já alcançado pelo Fla foi de 8%, segundo o Plural Pesquisa, em 2011, o que corresponderia a 703 mil pessoas na época. Contrasta bastante com a grade.
O IBGE nunca mensurou o tamanho das torcidas dos clubes brasileiros. Ainda assim, o censo é primordial para esse cálculo, claro. Qualquer projeção de torcida feita por outros institutos de pesquisa utiliza as estimativas oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Além do censo absoluto a cada 10 anos (2000, 2010, 2020…), são feitas estimativas anuais, utilizadas das mais diversas formas socioeconômicas (daí, a natural falta de tempo, e interesse, para fomentar algo no esporte). Os dados oficiais da população brasileira em 2015 acabam de ser divulgados pelo IBGE no Diário Oficial da União, tendo como data de referência para os habitantes do país o dia 1º de julho.
A partir disso, o blog recalculou as pesquisas de torcida mais recentes em cada região de interesse para o futebol local (Recife, Grande Recife, Pernambuco e Brasil). Caruaru e Goiana, o únicos municípios fora da região metropolitana com pesquisas específicas já divulgadas, também entraram na conta. As diferenças nos percentuais podem ser explicadas tanto pela margem de erro de cada estudo quanto pelas amostragens (quanto mais gente ouvida, teoricamente melhor). No caso do Ibope, a diferenças entre Pernambuco e Brasil, com o Tricolor tendo mais gente no estado do que em todo o país, se deve ao arrendondamento dos percentuais (para mais ou para menos). Vamos às estatísticas dos clubes pernambucanos mencionados.
Brasil (204.450.649 habitantes)
Ibope 2014
Período: 05/12/2013 a 14/02/2014
Público: 7.005 entrevistados (26 estados e o DF)
Margem de erro: 1,0%
15º) Sport – 1,2% (2.453.407)
17º) Santa Cruz – 1,0% (2.044.506) * O Ibope divulgou os dados nacionais dos 18 primeiros. Náutico não figurou.
Pernambuco (9.345.173 habitantes)
Ibope 2014
Período: 05/12/2013 a 14/02/2014
Público: 300 entrevistados (nº de municípios não divulgado)
Margem de erro: 1,0%
1º) Sport – 26,3% (2.457.780)
2º) Santa Cruz – 24,0% (2.242.841)
4º) Náutico – 5,3% (495.294)
Grande Recife (3.914.317 habitantes)
Exatta 2014
Período: janeiro de 2014
Público: 600 entrevistados
Margem de erro: não divulgada
1º) Sport – 42% (1.644.013)
2º) Santa Cruz – 27% (1.056.865)
3º) Náutico – 10% (391.431)
Recife (1.617.183 habitantes)
Plural 2015
Período: junho de 2015
Público: 800 entrevistados
Margem de erro: 3,46%
1º) Sport – 36% (582.185)
2º) Santa Cruz – 31% (501.326)
3º) Náutico – 10% (161.718)
Caruaru (347.088 habitantes)
Plural 2014
Período: 4 a 5 de janeiro de 2014
Público: 400 entrevistados
Margem de erro: 4,9%
1º) Sport – 17% (59.004)
3º) Santa Cruz – 8% (27.767)
4º) Central – 7% (24.296)
6º) Náutico – 5% (17.354)
10º) Porto – 1% (3.470)
Goiana (78.618 habitantes)
Plural 2015
Período: junho de 2015
Público: 400 entrevistados
Margem de erro: 4,9%
1º) Sport – 25% (19.654)
2º) Santa Cruz – 13% (10.220)
3º) Náutico – 7% (5.503)
Mensurando a pesquisa aos dados oficiais sobre a população do Brasil na época, segundo o IBGE, vamos às estimativas absolutas, que apontam um montante considerável para o futebol pernambucano. Somadas, as torcidas de Sport, Santa e Náutico representam 6.191.807 pessoas. O Leão da Ilha, aliás, aparece na liderança entre os nordestinos, onde costuma se revezar com o Bahia, e em 11º lugar nacional, repetindo a sua melhor posição, até então alcançada uma vez, em 2010, num estudo do Ibope (veja aqui).
Um claro diferencial nesta análise do Paraná é a presença de duas casas decimais nos percentuais de cada clube citado. Ibope e Pluri Consultoria, por exemplo, adotam apenas uma casa decimal. E há quem não use “vírgula” alguma. As pesquisas do Datafolha apresentam dados arredondados, para cima ou para baixo, por entender que os decimais poderiam causar uma “impressão falha de precisão”. Entre outros motivos (geográfico e histórico), a diferença nas torcidas em relação às demais pesquisas nacionais, inclusive as mais recentes, também se deve à margem de erro, neste caso de 1%.
Paraná Pesquisas / Brasil 2013
Período: julho a dezembro de 2013
Público: 7.302 (258 municípios)
Margem de erro: 1,0%
População estimada (IBGE/2013): 201.032.714
Eduardo Bandeira de Mello assumiu o Flamengo com uma dívida impagável, de R$ 758 milhões. Em dois anos, com uma gestão austera, o dirigente vem quebrando o senso comum. Desde 2013, já reduziu o passivo do clube carioca em R$ 138 milhões. Sem dúvida alguma, um alento ao time mais popular do país. O presidente rubro-negro vem contando com apoio de sua torcida, com o avanço dos sócios-torcedores e o consumo maciço de produtos oficiais do Mengo. Porém, o discurso do dirigente mostra uma torcida além da realidade.
Em 2015, o seu mantra tem sido o de apontar o Fla como o detentor da maior torcida em 24 unidades da Federação, considerando os 26 estados e o Distrito Federal. A mais recente foi repercutida no programa Linha de Passe, na ESPN, através do jornalista Juca Kfouri, que considerou os três estados sem domínio como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Confira algumas declarações de Bandeira de Mello sobre o mesmo tema.
“Um clube nacional como o Flamengo, com torcida em todos os lugares, não pode virar os olhos para a sua torcida do interior. Seja no Brasileiro, em amistosos ou torneios, sempre poderão ser realizados jogos em outras praças. Afinal de contas, o Flamengo é o clube mais popular em 24 das 27 unidades da Federação.” Em entrevista ao jornal O Globo, em 8 de maio de 2015.
“Em 24 dos 27 estados do Brasil, o Flamengo é o time mais popular.”
Em uma palestra na UFRJ, em 15 de maio de 2015.
“O Flamengo tem 40 milhões de eleitores, é o time preferido em 24 estados e a Nação Rubronegra deve acompanhar o voto dos parlamentares.”
Em coletiva em São Paulo, sobre a MP do Futebol, em 6 de julho de 2015
Nota-se que o nosso estado integra a visão do mandatário flamenguista, difundida sem correção. Abaixo, vale relembrar sete pesquisas de torcida realizadas em Pernambuco entre 1983 e 2014, dos mais variados institutos, incluindo o Ibope, o mais conhecido do Brasil. Em nenhum levantamento o Fla aparece à frente. Na verdade, o máximo foi alcançar o 3º lugar no primeiro estudo local feito pelo Instituto Plural, com 8%, um público localizado sobretudo no interior, uma vez que na capital a influência de times de fora é mínima.
Gallup 1983* (520 entrevistados)
1º) Sport 22,4%
2º) Náutico 14,1%
3º) Santa Cruz 12,9%
* O percentual de pessoas sem clube foi de 41%, fazendo com que os demais clubes, somados, chegassem a apenas 9,6%.
Opine 2008 (1.732 entrevistados)
1º) Sport 22,9%
2º) Santa Cruz 17,1%
3º) Náutico 6,1%
4º) Corinthians 5,3%
5º) São Paulo 5,2%
6º) Flamengo 3,9%
Maurício de Nassau 2009 (3.363 entrevistados)
1º) Sport 26,4%
2º) Santa Cruz 15,7%
3º) Náutico 8,0%
4º) Flamengo 6,8%
5º) Corinthians 4,8%
6º) Palmeiras 3,8%
Ibope 2010 (nº de entrevistados não informado)
1º) Sport 33,0%
2º) Santa Cruz 12,8%
3º) Náutico 9,0%
4º) Corinthians 8,1%
5º) São Paulo 4,6%
Instituto Plural 2011 (1.200 entrevistados)
1º) Sport 26,0%
2º) Santa Cruz 16,0%
3º) Flamengo 8,0%
4º) Náutico 7,0%
4º) Corinthians 7,0%
6º) Palmeiras 4,0%
Instituto Plural 2013 (1.200 entrevistados)
1º) Sport 22,9%
2º) Santa Cruz 13,6%
3º) Corinthians 9,3%
4º) Náutico 6,4%
4º) Flamengo 6,4%
6º) São Paulo 4,3%
Ibope 2014 (300 entrevistados)
1º) Sport 26,3%
2º) Santa Cruz 24,0%
3º) Corinthians 7,3%
4º) Náutico 5,3%
5º) São Paulo 4,0%
6º) Palmeiras 3,3%
7º) Flamengo 2,3%
Numa amplitude regional, o Flamengo detém, sim, a maior torcida, com 22,4% segundo a pesquisa mais recente no Nordeste, da Pluri Consultoria, de 2012. Uma popularidade reconhecida. Lembremos, entretanto, que as declarações do mandatário vêm focando os estados. E Pernambuco é um dos cinco do país nos quais as torcidas locais são maioria, com 60,4% (Sport + Santa + Náutico), contra 39,6% dos “forasteiros”, ainda segundo a Pluri.
O instituto Plural Pesquisa ouviu 800 pessoas no Recife, dividindo o público por sexo, faixa etária (a partir dos 16 anos), grau de instrução e renda familiar. Paralelamente à análise de satisfação para clientes, o trabalho regular da empresa, o levantamento em junho de 2015 adicionou a pergunta “Qual é o time de futebol que você torce?”. Que os rivais do Clássico das Multidões ficariam à frente, era mais que esperado. Entretanto, o levantamento apresenta uma aproximação entre Sport e Santa Cruz, com uma diferença de apenas 5%, numa tendência sobre a parcela volátil da população, pois o Tricolor conquistou quatro dos últimos cinco títulos pernambucanos – cenário semelhante ao crescimento do Sport após a vitoriosa década de 1990.
Em 3º lugar, o Náutico ficou com 1/10 da população. O Trio de Ferro soma 77% da preferência, com apenas 2% para times de fora. Flamengo, Corinthians, São Paulo etc. Todos eles, juntos, somaram 2%! Talvez o dado mais surpreendente do levantamento, que permitiu ao entrevistado escolher apenas um time como opção. A parcela sem time se manteve na média das pesquisas recentes.
Localizado na Mata Norte de Pernambuco, o município de Goiana tinha a sua economia fundamentada basicamente na produção de cana-de-açúcar, há bastante tempo. Mas a chegada de uma fábrica de veículos, com um investimento de R$ 6 bilhões e 5 mil novos empregos, transformou a cidade, já na divisa com a Paraíba. E o instantâneo patrocínio da Jeep ao Flamengo levantou uma polêmica sobre a “relação” da empresa com o cenário local.
Um mês após o episódio, podemos ver um raio x das torcidas na cidade de quase 80 mil moradores. O Instituto Plural Pesquisa, que já havia mapeado Caruaru, foi contratado para fazer um levantamento particular na região e, no embalo do estudo, adicionou aquela pergunta que sempre rende nas discussões entre torcedores: “Qual é o time de futebol que você torce?”. Com espaço para apenas uma opção, os três grandes pernambucanos ficaram à frente, com 45% da população. Entre os times de outros estados, o Corinthians se saiu melhor, com 6%. O Fla, o primeiro parceiro da Jeep, aparece com apenas 2%.
No estudo, também chamou a atenção a quantidade de gente sem clube. Na margem de 42%, um misto de desinteresse e falta de acesso aos times.
Plural / Goiana 2015
Período: junho de 2015
Público: 400 entrevistados
Margem de erro: 4,9%
População estimada (IBGE/2014): 78.287
O Nordeste é Chelsea, ao menos entre os clubes ingleses, considerando os seguidores locais dos perfis oficiais dos times da Premier League no Twitter. A pesquisa, divulgada pelo jornal The Guardian, mostra um mapa que expõe de forma nítida a influência do futebol inglês nos grotões nordestinos (Seria uma versão moderna da Rádio Nacional com os clubes cariocas?).
Ao todo, este quinteto tem 22,69 milhões seguidores. Uma parte, por aqui…
Considerando as 25 marcações coloridas no mapa, Pernambuco é dividido entre Chelsea (64%) e Arsenal (36%). Obviamente, outras equipes do país têm seguidores por aqui, mas em número insuficiente para “povoar” o mapa virtual.
À parte dos dois times da capital, os demais supracitados aparecem na região numa escala bem menor, com Manchester City interior do Rio Grande do Norte e da Bahia, Liverpool em Feira de Santana e Manchester United, este um caso curioso. Os Red Devils aparecem apenas em Lagarto, no interior de Sergipe. Trata-se da terra natal do atacante Diego Costa, artilheiro do Chelsea. Até o momento, fato insuficiente para angariar a maioria dos seguidores.
Globalizando o estudo, as preferências são bem distintas. No Reino Unido e Irlanda, foco principal dos clubes, o Liverpool está bem à frente. No restante da Europa, nos Estados Unidos e no Japão, o Arsenal leva vantagem.
Já a América Latina é quase “fechada” com o Chelsea. O time londrino Roman Abramovich só perde no Chile, para o também londrino Arsenal. O motivo? O apoio ao atacante local, Alexis Sanchez, ídolo dos Gunners. Apontada como um dos novos (e mais rentáveis) mercados do futebol, a Índia tem uma presença maciça do Manchester United. E você, segue algum clube inglês no Twitter?
Virtualmente, mais concorrência para Náutico, Santa Cruz e Sport…
Pelo segundo ano consecutivo, o Nordestão aparece em 4º lugar entre as competições mais valorizadas do país, à parte da Série A e da Copa do Brasil. A conta considera as projeções dos direitos econômicos de todos os atletas envolvidos nos torneios de 2015 e aponta um valor de mercado de R$ 464.800.000 para o regional. Uma soma a partir dos vinte clubes participantes.
Produzido pela Pluri Consultoria, o estudo detalha todos os estaduais e regionais marcados para o primeiro semestre. É verdade que houve uma leve queda na Copa do Nordeste em relação à edição de 2014 (de 1%), sobretudo por causa dos rebaixamentos de Bahia e Vitória no Brasileiro e da ausência do Santa Cruz, mas o torneio manteve uma distância considerável (R$ 43,3 milhões) em relação ao 5º colocado, o Gauchão. Firme no calendário.
Se a comparação for apenas entre as copas regionais, a diferença é enorme. A Copa Verde, apenas em sua segunda edição, foi avaliada em R$ 117 milhões. Um dado abaixo até mesmo do Campeonato Pernambucano.
Por sinal, o Estadual organizado pela FPF também manteve a sua posição no ranking, em 9º, mas registrou uma desvalorização de 6%, considerando o euro, a moeda utilizada pelo levantamento. Porém, ao converter para o real (calculando as cotações de cada ano, claro), a queda foi de 13,4%, passando de R$ 216,1 milhões para R$ 187 milhões. Montante projetado nos cerca de 300 atletas profissionais inscritos no Estadual. Toda a avaliação é feita em um software com 77 critérios técnicos (e subjetivos) por jogador
Apesar de não revelado o valor de cada time, a planilha cita os mais valorizados de cada competição. O Sport ficou à frente tanto no Nordestão quanto no Pernambucano. Ao todo, os 21 campeonatos estaduais analisados e as duas copas regionais (Nordeste e Verde) têm um valor somado de R$ 4,7 bilhões (1,54 bi de euros). São Paulo, com quase um bilhão de reais, lidera desde o primeiro relatório divulgado, há quatro anos.
No geral, houve uma redução de 7% em relação a 2014 e 15% a 2013. De acordo com a Pluri, isso reflete “o nítido e constante enfraquecimento financeiro das principais equipes do país”.