Ao site da FPF, o presidente da entidade, Evandro Carvalho, deu um depoimento sobre a expectativa para o Campeonato Pernambucano de 2018, programado entre 17 de janeiro e 8 de abril, com 63 partidas.
A seguir, as aspas do dirigente e em negrito as observações do blog.
“Tenho certeza de que esta será uma das edições mais emocionantes do campeonato. Primeiro porque nós conseguimos restabelecer e restaurar, devido a nova interpretação da legislação, a disponibilidade de datas.” A tal interpretação da legislação foi a única saída para possibilitar jogos com intervalos abaixo de 66 horas, o recomendado pela CBF. Como consequência forçou o calendário. O blog já detalhou a agenda do Trio de Ferro, com apresentações em menos de 24 horas ou até duas partidas – de torneios diferentes – agendadas para o mesmo dia!
“Então, poderemos fazer um campeonato com datas que permite que o Trio de Ferro visite o interior, que essas equipes joguem com as cidades do interior do estado. Segundo, nós temos uma dado importantíssimo e que orgulha o nosso Pernambucano, nós temos estádios no interior em ótimas condições.” Ao menos os times da capital voltam, de fato, a pegar a BR-232, mas o otimismo do dirigente acerca dos campos soa exagerado. O Vitória, por exemplo, não jogará no Carneirão, em péssimo estado – deve mandar seus jogos na Arena Pernambuco. O Belo Jardim corre contra o tempo para deixar o Mendonção em condições, o que não conseguiu em 2017. Nos demais palcos no interior (5), pequenas reformas e gramados irrigados entre outubro e janeiro.
“E terceiro, nós temos um modelo de competição inusitado – nós teremos uma única partida nas quartas de final e nas semifinais. Então, um clube grande que não for bem pode perder a chance de ir para a final.” Pela primeira vez na história o torneio local terá a fase quartas de final. Embora a fórmula com mais disputas eliminatórias possa ser uma alternativa para os Estaduais, por outro a edição de 2018 classificará 8 dos 11 participantes. É muita coisa, podendo comprometer a intensidade das equipes nas 11 rodadas do turno – a vantagem seria terminar no G4, restando, na prática, uma vaga.
“Made in Nordeste” “O Nordeste merece” “Sangue tipo NE”
A cada ano a Copa do Nordeste ganha um novo slogan, estampado na bola oficial da competição. Em 2018, na 5ª versão da bola Asa Branca, a Topper utilizou a base do design anterior, nas cores branco e azul, mas com a nova identidade visual dos textos presentes, com o destaque sanguíneo.
Em 2013, quando a Lampions voltou ao calendário nacional, a bola oficial foi produzida pela Nike, com a mesma versão utilizada nas demais competições organizadas pela CBF. A partir do ano seguinte, a Liga do Nordeste passou a negociar com as fabricantes, visando um modelo exclusivo. Daí o nome Asa Branca, eleito numa votação popular que ainda teve Maria Bonita e Arretada como opções. Do contrato firmado com a Penalty saíram três versões, fabricadas em Itabuna, no interior baiano. Em 2016, entretanto, a Asa Branca 3 acabou saindo de cena, mesmo após a apresentação oficial. Com um “contrato mais vantajoso”, como limitou-se a dizer a liga na ocasião, a Umbro ocupou o lugar. Porém, com uma bola genérica, sem traços regionais. Em 2017, a situação foi amarrada de uma forma melhor, com a Topper.
A produção é estimada em cerca de 420 bolas, visando 62 partidas, a partir da fase de grupos, em 16/01 – na seletiva foi um modelo da Nike. Na decisão, em 10/07, será feita uma versão especial, com os escudos dos finalistas.
Representantes pernambucanos: Salgueiro, Santa Cruz e Náutico.
Abaixo, relembre todas as bolas oficiais do Nordestão. Qual a mais bonita?
Em 1h20 de gravação, em Aldeia, onde o Santa Cruz vem fazendo a preparação para a temporada de 2018, Júnior Rocha analisou o seu início de trabalho e as metas do tricolor, sendo o segundo nome anunciado ma gestão de Constantino Júnior, presidente no triênio 2018-2020. Abrindo o terceiro ano da série do podcast 45 minutoscom os treinadores dos grandes clubes da capital, o gaúcho de 36 anos detalhou a transição (atacante/técnico), a montagem do elenco coral com recurso escasso e as suas propostas de jogo.
A entrevista com Júnior Rocha foi conduzida pelos jornalistas João de Andrade Neto, Lucas Fitipald e Rafael Brasileiro. Ouça!
Em 2017, o Sport disputou dois jogos num intervalo de apenas 26 horas, 40 a menos da recomendação da CBF. Na ocasião, os jogos contra Campinense (Nordestão) e Salgueiro (Estadual) só aconteceram após um acordo com o clube, que aceitou escalar times distintos – contra o carcará, foram utilizados 14 atletas abaixo de 20 anos, entre titulares e reservas. Aquele cenário esdrúxulo, reflexo dos cinco torneios simultâneos com a presença do rubro-negro, será repetido em 2018. E numa escala ainda maior. Com o calendário apertado por causa da Copa do Mundo, a FPF, a Liga do Nordeste e a CBF tiveram que costurar uma agenda com partidas bem próximas. Algumas no mesmo dia. Um nó difícil de ser desatado, apesar da exceção criada pela federação pernambucana para autorizar sequências do tipo – trecho acima. Que não esperem uma elevação do nível técnico do futebol…
A seguir, os calendários do Trio de Ferro até o início do Campeonato Brasileiro, com a cor amarela marcando jogos com menos de 50 horas de intervalo e a cor vermelha marcando as piores possibilidades nos calendários de cada time, com menos 24 horas ou até jogos na mesma data.
Náutico (12 a 28 jogos em 94 dias; média de até 1 jogo/3,3 dias) 08/01 (20h00) – Itabaiana 0 x 0 Náutico (Etelvino Mendonça) 13/01 (16h00) – Náutico x Itabaiana (Arena PE) – Nordestão 17/01 (19h00) – Náutico x Altos (Arena PE) – Nordestão* 19/01 (20h00) – Náutico x América (Arena PE) – Estadual 21/01 (16h00) – Central x Náutico (Lacerdão) – Estadual 24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) – Estadual 28/01 (16h00) – Vitória x Náutico (a definir) – Estadual 31/01 (20h30) – Cordino-MA x Náutico (a definir) – Copa do Brasil 03/02 (20h00) – Pesqueira x Náutico (Joaquim de Brito) – Estadual 06/02 (20h00) – Náutico x Salgueiro (Arena PE) – Estadual 08/02 (21h15) – Botafogo x Náutico (Almeidão) – Nordestão* 14/02– Copa do Brasil (2ª fase) 17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Estadual 20/02 (20h00) – Náutico x Afogados (Arena PE) – Estadual 22/02 (20h15) – Bahia x Náutico (Fonte Nova) – Nordestão* 26/02 (20h00) – Náutico x Flamengo (Arena PE) – Estadual 28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida) 07/03 (20h00) – Belo Jardim x Náutico (Mendonção) – Estadual 10/03 (15h00) – Náutico x Bahia (Fonte Nova) – Nordestão* 11/03 – Estadual (quartas de final) 14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta) 18/03 – Estadual (semifinal) 22/03 (20h15) – Náutico x Botafogo (Arena PE) – Nordestão * 27/03 (21h00) – Altos x Náutico (a definir) – Nordestão* 01/04 – Estadual (final, ida) 04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida) 08/04 – Estadual (final, volta) 11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04 15/04 – Série C (estreia) * Se passar da fase preliminar do Nordestão
Santa Cruz (17 a 26 jogos em 86 dia; média de até 1 jogo/3,3 dias) 16/01 (22h00) – Confiança x Santa Cruz (Batistão) – Nordestão 18/01 (20h00) – Santa Cruz x Vitória (Arruda) – Estadual 21/01 (16h00) – América x Santa Cruz (Ademir Cunha) – Estadual 25/01 (20h00) – Santa Cruz x Central (Arruda) – Estadual 31/01 (21h30) – Flu-BA x Santa Cruz (Joia) – Copa do Brasil 03/02 (20h00) – Salgueiro x Santa Cruz (Cornélio de Barros) – Estadual 06/02 (22h00) – Santa Cruz x Treze/Cordino (Arruda) – Nordestão 07/02 (21h30) – Afogados x Santa Cruz (Vianão) – Estadual 14/02 – Copa do Brasil (2ª fase) 17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Estadual 20/02 (21h00) – Santa Cruz x CRB (Arruda) – Nordestão 21/02 (20h00) – Flamengo x Santa Cruz (Áureo Bradley) – Estadual 25/02 (16h00) – Santa Cruz x Pesqueira (Arruda) – Estadual 28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida) 04/03 (16h00) – Santa Cruz x Belo Jardim (Arruda) – Estadual 07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) – Estadual 10/03 (15h00) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé) – Nordestão 11/03 – Estadual (quartas de final) 14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta) 18/03 – Estadual (semifinal, ida) 22/03 (18h00) – Treze/Cordino x Santa Cruz (a definir) – Nordestão 29/03 (20h15) – Santa Cruz x Confiança (Arruda) – Nordestão 01/04 – Estadual (final, ida) 04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida) 08/04 – Estadual (final, volta) 11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04 15/04 – Série C (estreia)
Sport (11 a 20 jogos em 85 dias; média de até 1 jogo/4,2 dias) 17/01 (21h30) – Flamengo x Sport (Áureo Bradley) – Estadual 20/01 (18h30) – Sport x Afogados (Ilha do Retiro) – Estadual 24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) – Estadual 28/01 (16h00) – Sport x Pesqueira (Ilha do Retiro) – Estadual 04/02 (16h00) – Central x Sport (Lacerdão) – Estadual 07/02 (18h30) – Santos-AP x Sport (Zerão) – Copa do Brasil 18/02 (16h00) – Sport x América (Ilha do Retiro) – Estadual 21/02 (21h45) – Belo Jardim x Sport (Mendonção) – Estadual 21/02 – Copa do Brasil (2ª fase) 24/02 (18h30) – Sport x Vitória (Ilha do Retiro) – Estadual 28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida) 04/03 (16h00) – Salgueiro x Sport (Cornélio de Barros) – Estadual 07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) – Estadual 11/03 – Estadual (quartas de final) 14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta) 18/03 – Estadual (semifinal) 01/04 – Estadual (final, ida) 04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida) 08/04 – Estadual (final, volta) 11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04 15/04 – Série A (estreia)
A cada ano, as direções executivas dos clubes de futebol precisam aprovar os orçamentos previstos junto aos respectivos conselhos deliberativos. Trata-se de uma estrutura histórica dos times tradicionais do país. No balanço, entram receitas e despesas, projetando cenários com superávit ou até mesmo déficit. Os cálculos para o faturamento contam cotas de televisão, renda dos jogos, patrocínios, mensalidade de sócios etc. São muitas variáveis, incluindo premiações em competições e negociação de jogadores. Mas, ainda assim, é preciso estabelecer um norte para a gestão seguinte. Portanto, considerando as estimativas dos sete maiores clubes da região, chega-se a R$ 437.813.882, com 75,4% concentrado no trio de cotistas da TV. Se os dados finais desta temporada serão maiores ou menores do que as previsões, saberemos apenas em abril de 2019, na divulgação dos sete balanços fiscais.
Em tempo: no Rio, os conselheiros do Flamengo aprovaram R$ 477 milhões.
Previsões do G7 em 2018 (atualizadas em 05/03, após aprovação do Vitória):
R$ 119.759.757 – Bahia (aprovado em 20/12/2017) R$ 108.382.297 – Sport (aprovado em 09/01/2018) R$ 102.000.000 – Vitória (aprovado em 01/03/2018) R$ 55.000.000 – Ceará (aprovado em 27/12/2017) R$ 24.000.000 – Fortaleza (aprovado em 06/12/2017) R$ 14.671.828 – Náutico (aprovado em 15/01/2018) R$ 14.000.000 – Santa Cruz (em discussão, com votação até 31/03/2018)
Abaixo, observações e dados sobre cada uma das previsões de orçamento. Curiosamente, os dois clubes com as maiores previsões orçamentárias também consideraram déficit no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro, sendo R$ 15,91 mi no Sport e R$ 14,94 mi no Bahia.
Bahia (119 milhões) – O tricolor soteropolitano deve se manter no patamar entre 110 e 120 milhões de reais pelo terceiro ano seguido. Na previsão de 2018, surpreende o repasse pelos direitos de transmissão na tevê, com R$ 69,1 milhões – incluindo todas as plataformas, com o pay-per-view cada vez mais importante. Com bilheteria, o clube projeta cerca de R$ 16 milhões, valor ainda modesto se comparado a clubes do mesmo porte em outras regiões. Com cinco torneios no ano, o Baêa considerou campanhas bem modestas para a proposta, com quartas de final do Nordestão (basta passar da fase de grupos), oitavas da Copa do Brasil (já estreia nesta fase, diga-se), 16º lugar na Série A (a última posição acima do Z4) e a primeira fase da Sul-Americana (onde enfrenta o Blooming, da Bolívia). O clube também considerou para a receita a venda de jogadores, R$ 7 milhões. Porém, o dado já foi alcançado nas transações de Jean (9 mi), Juninho Capixaba (6 mi) e Rômulo (1 mi).
Sport (108 milhões) – Inicialmente, a proposta do executivo leonino foi rechaçada pelo conselho deliberativo. Previa um déficit de R$ 15 milhões. Numa segunda reunião, o orçamento previa o mesmo saldo negativo, assim como a antecipação de parte da cota de 2019, mas foi aprovado pelos conselheiros. A diferença está na venda de jogadores (Diego Souza e Régis, já confirmados), equalizando a situação caso o time não obtenha resultados significativos nos campeonatos nacionais, as duas únicas fontes de receita via competitividade. E as metas foram bem elevadas durante a apresentação – ainda que as campanhas não sejam determinantes para o dado bruto. O Sport projeta as quartas na Copa do Brasil – ou seja, disputaria seis fases, acumulando R$ 10,8 milhões – e a 6ª colocação na Série A (2,7 mi). Neste século, o clube só alcançou duas vezes as quartas da copa nacional e uma vez o patamar da classificação almejada no Brasileirão. Meta fora da curva.
Vitória (102 milhões*) – No fim de 2017, a direção do leão da barra, encerrando a gestão, apresentou uma previsão de R$ 94 milhões paro ano seguinte, vetada pelo conselho. Embora o clube já tenha arrecadado mais (R$ 111 milhões em 2016), o valor foi considerado fora da realidade na ocasião, a partir dos contratos existentes. Um novo plano orçamentário ficou agendado para março, já com o novo presidente. De forma emergencial, o conselho aprovou um orçamento de R$ 16 milhões para janeiro e fevereiro. Com vendas milionárias (David e Tréllez), o resultado foi enfim aprovado, saltando para R$ 102 mi, como informou o jornal Correio*.
Ceará (55 milhões) – O contrato do vozão com a Rede Globo, visando a Série A, é de R$ 28 milhões, o que corresponde a 50,9% de todo o orçamento anual. Por sinal, o valor é recorde considerando os ‘não cotistas’ da região – com 55 mi, dado apurado pelo jornal O Povo, o clube superaria os 48 milhões faturados pelo Náutico em 2013. Com isso, prevê uma folha de R$ 2,2 milhões no Brasileirão, também recorde no clube.
Fortaleza (24 milhões) – O tricolor alencarino também projeta uma receita recorde, embora seja menos da metade do maior rival, mas sem premiações, pois não tem qualquer benesse do tipo no Estadual e na Série B – seus únicos torneios no ano. Com os 19 jogos como mandante no Brasileiro, projeta a sua maior bilheteria na década, além de receitas mensais extras, segundo o Diário do Nordeste, como o sócio-torcedor (R$ 350 mil), Caixa (R$ 200 mil – ainda não confirmada) e Timemania (R$ 200 mil – apenas para tributos fiscais).
Náutico (14 milhões) – Em dezembro, o alvirrubro aprovou parcialmente o orçamento de 2018, agendando para 15 de janeiro a deliberação completa, com receitas e despesas. Pela apresentação original, a receita ficaria entre 15,0 mi e 16,2 mi, mas o dado aprovado pelo conselho fiscal acabou sendo menor, 14,6 mi. Com a confirmação da agenda do clube (Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série C), a folha do futebol foi estipulada em R$ 200 mil, a menor do G7 – tendo a possibilidade de um leve aumento na terceirona.
Santa Cruz (14 milhões) – Dois anos após o maior faturamento de sua história (R$ 36 milhões, sendo o 4º da região em 2016), o tricolor projeta o menor orçamento de 2018 entre os principais clubes nordestinos. Contudo, é o único clube cujo valor ainda não foi discutido no conselho. A direção executiva tem o prazo mais longo até a aprovação do CD (fim de março), até mesmo pelo início do novo triênio (2018-2020). Em elaboração, a planilha é baseada nos mesmos números de 2017, tendo como grande variável a campanha na Copa do Brasil, uma vez que no último ano o Santa estreou já nas oitavas (o que corresponde à 5ª fase). A folha deve ficar entre 200 mil e 250 mil reais, a menor do Arruda em cinco anos.
Confira os dados dos balanços fiscais do G7 de 2014 a 2017 clicando aqui.
Desde abertura oficial da Arena Pernambuco, em junho de 2013, já foram realizados 22 clássicos pernambucanos no local, considerando o período até 2017. Os duelos ocorreram em quatro competições distintas: Pernambucano, Nordestão, Série B e Copa Sul-Americana, com públicos entre 2,5 mil (ou 5,6% de ocupação da capacidade) e 30 mil (65,5%). Precisamente, o borderô registrou a entrada de 235.200 torcedores. Em cinco temporadas de clássicos, portanto, a média é de 10.690 – 23,3% de ocupação. Em relação à bilheteria bruta, os dados são levemente melhores (por causa do preço aplicado no estádio), com R$ 5.145.815, registrando um índice de R$ 233.900.
Para 2018, apenas um clássico está garantido, com mando do Náutico. Jogo válido pelo Estadual, contra o rubro-negro (24/01). Caso avance ao mata-mata local, o timbu deverá continuar na arena. A partir de abril, porém, deve voltar aos Aflitos, com a reforma em andamento. Assim, ocorreriam lá o Clássico das Emoções pela Série C e os possíveis jogos pelo Nordestão e Copa do Brasil. Ou seja, o governo do estado passa a negociar a agenda pontual do empreendimento com o Sport, o Santa e, também, o Náutico.
A seguir, um resumo de cada clássico no local entre 2013 e 2017.
Santa Cruz x Náutico Com oito gols, o primeiro duelo, vencido pelos corais, é o recorde de tentos na arena, considerando os clássicos. Apesar da média menor em comparação a Náutico x Sport, O Clássico das Emoções tem uma média menor em comparação a Náutico x Sport, mas é o duelo com mais jogos acima de 10 mil espectadores (6). Por outro lado, três partidas não chegaram sequer a 5 mil, incluindo a menor assistência num clássico. Apenas 2.592 pessoas presenciaram a decisão de 3º lugar do Estadual 2017.
11 jogos (10 mandos alvirrubros e 1 tricolor) 4 vitórias do Santa Cruz (36%) 4 empates (36%) 3 vitórias do Náutico (27%)
110.303 torcedores, média de 10.027 R$ 2.310.910 de renda absoluta, média de R$ 210.082
Náutico x Sport O primeiro clássico da história da Arena foi logo um inédito confronto internacional, pela Copa Sul-Americana de 2013. Apesar da derrota, os leoninos avançaram nos pênaltis. Embora tenha sido mandante só uma vez, o rubro-negro venceu a maioria dos jogos. Sobre os públicos, cinco foram abaixo de 10 mil, com a média se mantendo acima disso graças à final do campeonato estadual 2014, com 30 mil, ainda recorde em clássicos.
9 jogos (8 mandos alvirrubros e 1 rubro-negro) 3 vitórias do Náutico (33%) 2 empates (22%) 4 vitórias do Sport (44%)
112.810 torcedores, média de 12.534 R$ 2.660.980 de renda absoluta, média de R$ 295.664
Sport x Santa Cruz O inédito Clássico das Multidões pela Sula, no centenário do confronto, em 2016, acabou ocorrendo integralmente na Arena depois que os dois rivais se acertaram com o governo do estado. Ou seriam os dois jogos ou nenhum. Se salvou apenas a festa tricolor, avançando às oitavas, pois a presença das torcidas foi frustrante nos dois jogos, com os menores públicos do clássico nesta década. Desde então, mais cinco clássicos, nenhum em São Lourenço.
2 jogos (1 mando 1 rubro-negro e 1 tricolor) 0 vitória do Sport (0%) 1 empate (50%) 1 vitória do Santa Cruz (50%)
12.087 torcedores, média de 6.043 R$ 173.925 de renda bruta, média de R$ 86.962
Segundo o balanço mais recente da CBF, de 2017, existem 21.743 jogadores profissionais em atividade, com algum tipo de vínculo firmado com os 766 clubes profissionais do país – em Pernambuco, por exemplo, 22 times disputaram competições oficiais na temporada. Quase todos os contratos, entre clubes e jogadores, contam com ‘intermediários’ a jogada – pessoas ou empresas. Uma atividade por muito tempo sem controle, que movimenta o futebol mercado, para o bem ou para mal – sob diversas óticas, naturalmente. A função pode tanto arrumar um emprego para um atleta – e a maior parte (82%, segundo dados da confederação de 2015) ganha no máximo R$ 1 mil.
Por outro lado, em patamares mais elevados, o trabalho inflaciona bastante as negociações, com leilões, triangulações e até contra-informações. De toda forma, a CBF lançou o Regulamento Nacional de Intermediários 2018, válido desde 1º de janeiro, com 47 artigos detalhando a execução deste trabalho, já com as figuras cadastradas. E, acredite, são muitas. Ainda de acordo com a entidade, foram habilitados 457 nomes, entre pessoas físicas e jurídicas. Ou seja, numa média simples, cada intermediário opera cerca de 47 atletas – embora, na prática, existam empresas que cuidam das carreiras de centenas de jogadores brasileiros. Abaixo, algumas das funções dessas figuras que comandam, nos bastidores, o futebol nacional entre dezembro e janeiro…
Obs. Na caixa de comentários, a lista completa com os 457 intermediários.
Veja a lista com as 92 negociações milionárias do Nordeste clicando aqui.
Artigo 1º – Considera-se Intermediário, para fins deste Regulamento, toda pessoa física ou jurídica que atue como representante de jogadores, técnicos de futebol e/ou de clubes, seja gratuitamente, seja mediante o pagamento de remuneração, com o intuito de negociar ou renegociar a celebração, alteração ou renovação de contratos de trabalho, de formação desportiva e/ou de transferência de jogadores.
Artigo 2º – As disposições deste Regulamento aplicam-se a jogadores, técnicos de futebol e clubes que utilizem os serviços de um Intermediário para negociar ou renegociar a celebração, alteração ou renovação de:
I. um pré-contrato e/ou um contrato especial de trabalho desportivo entre um jogador e um clube; II. um pré-contrato e/ou um contrato de trabalho entre um técnico de futebol e um clube; III. um contrato de formação desportiva, ressalvado o disposto no Art. 24 deste Regulamento; IV. um contrato de transferência, temporária ou definitiva, de um jogador entre 2 (dois) clubes; V. um contrato de cessão de direito de uso de imagem entre um jogador ou técnico de futebol e um clube.
Artigo 3º – São princípios gerais e cogentes da atividade de Intermediário:
I. o direito de jogadores, técnicos de futebol e clubes contratarem os serviços de Intermediários quando forem negociar ou renegociar a celebração, alteração ou renovação de um contrato de trabalho, de formação desportiva, de transferência ou de cessão de direito de uso de imagem; II. a exigência de prévio registro do Intermediário na CBF para que possa participar de uma negociação na forma estabelecida neste Regulamento; III. a adoção, por jogadores, técnicos de futebol e clubes, da necessária diligência no processo de utilização ou contratação de Intermediários, entendendo-se por necessária diligência a verificação da situação de regularidade do registro do Intermediário através da lista oficial de intermediários cadastrados, disponível no site da CBF; IV. a vedação à utilização ou contratação, por jogadores, técnicos de futebol e/ou clubes, de pessoa física e/ou jurídica não registrada como Intermediário para a prestação de quaisquer dos serviços previstos neste Regulamento; V. a vedação à utilização ou contratação, por jogadores, técnicos de futebol e/ou clubes, de dirigente, nos moldes definidos no ponto 13 da seção de Definições do Estatuto da FIFA, para a prestação de quaisquer dos serviços previstos neste Regulamento
Há alguns anos a Liga do Nordeste promove o “tour da taça”, levando a orelhuda às cidades envolvidas na competição regional. Para isso, conta com o simbolismo do troféu dourado do Nordestão, com modelo fixo. Não é o que ocorre em Pernambuco, mas, por outros caminhos, a FPF também resolveu adotar o “tour da taça” na versão local. Alguns pontos colaboram para a ideia no Campeonato Pernambucano de 2018. O primeiro é a definição prévia do troféu, pois há bastante tempo as peças eram apresentadas já na reta final das competições. Desta vez, o design da taça foi revelada durante o conselho arbitral, em 3 de outubro. Passados dois meses, com a finalização da obra, o troféu será levado às sete cidades do interior nesta edição.
Segundo a entidade, o projeto é realizar exposições públicas do troféu de campeão estadual, título jamais conquistado pelo interior – até hoje, quatro vices. A própria federação reconhece o distanciamento causado pela edição de 2017, com vários campos vetados fora do Grande Recife.
“O objetivo do tour da taça do Pernambucano 2018 é aproximar os torcedores dos clubes e da competição Estadual, que este ano sofreu modificações no regulamento e terá jogos do trio de ferro no interior do Estado”
Rota do Estadual 2018 no interior 50 km – Vitória de Santo Antão 130 km – Caruaru 187 km – Belo Jardim 215 km – Pesqueira 256 km – Flamengo 386 km – Afogados da Ingazeira 518 km – Salgueiro
Curiosamente, as primeiras exibições ocorrem paralelamente a outras taças. No primeiro fim de semana do ano, dois amistosos com taças em disputa. No dia 6, Afogados x Salgueiro, inaugurando os refletores do estádio Vianão. Ao vencedor, a Taça Aderval Viana. No dia 7, Flamengo x Íbis no Áureo Bradley, celebrando os 59 anos do rubro-negro sertanejo. Ao vencedor, a Taça Evandro Carvalho. Quem sabe a taça principal também não fica por lá…
Os dez principais campeonatos estaduais de 2018 somam R$ 306 milhões em cotas de transmissão na televisão e premiações oficiais, numa receita distribuída em 119 clubes. Repasses a partir de R$ 103 mil até R$ 17 milhões. Sem surpresa, a verba está concentrada no eixo Rio-SP, com 212 milhões, ou 69%. Os clubes do chamado ‘G12’ recebem pelo menos 12,3 mi, o que acaba sendo um indicativo importante para o contexto mais amplo, do Brasileirão, com receitas ainda maiores. Como exemplo, o hiato entre Botafogo e Sport, que salta de 25 mi (Série A) para 39 milhões de reais (Estaduais + Série A). Ou seja, o mercado real é bem mais apertado. E estenda isso às demais divisões. Na Série C, o Volta Redonda, possível adversário de alvirrubros e tricolores na briga pelo acesso, chega capitalizado pela receita do Carioca.
Naturalmente, a audiência de cada competição justifica, em tese, o investimento da tevê. O alerta serve apenas como base para reflexão, uma vez que a grana depositada nos estaduais vai bem além do dia 8 de abril, a data reservada pela CBF para as decisões. Para este levantamento, com a análise de cada torneio e os dados de todos os times envolvidos, o blog reuniu as informações mais atuais (jornais, rádios e canais de outros estados) sobre as principais competições, três delas no Nordeste (Pernambucano, Baiano e Cearense). Por sinal, essas três apresentam valores bem abaixo, expondo a importância do Nordestão, que distribui R$ 22,4 milhões.
Dos números conhecidos, a diferença máxima entre as torneios é de R$ 118,3 milhões (SP x CE). Em dez casos, os acordos envolvem a Rede Globo e suas afiliadas. De acordo com a atualização do atlas de cobertura da emissora, existem 200.970.636 telespectadores potenciais. Logo, somando o alcance do Paulista e do Carioca (com 16 estados, considerando a transmissão do ano anterior), chega-se a 101.647.809, ou 50,5% do país.
Obs. O blog só considerou as verbas dos clubes, sem os custos operacionais.
Paulista (Paulistão Itaipava) O estado mais rico do país também conta, naturalmente, com o campeonato estadual mais valorizado. Em relação ao Rio, o centro mais próximo, a vantagem na distribuição de receitas é de 29,5 milhões de reais. Além de pagar mais em cotas fixas, com os menos abastados recebendo 3,3 milhões – perto do que se paga ao Pernambucano inteiro -, o Paulistão também tem a melhor distribuição de prêmios, tanto em números absolutos quanto no número de contemplados (14 dos 16 participantes). Em caso de título, um grande termina acumulando R$ 22 milhões. Exibida em três plataformas, a competição ainda tem mais um ano de contrato no atual modelo.
Contrato: Globo SP (2016-2019), inclui SporTV e pay-per-view Alcance da TV aberta: SP (44,2 milhões de telespectadores) 16 clubes (de 12 a 18 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 109,3 milhões Premiação: R$ 11,79 milhões Total: R$ 121,09 milhões
Cota 1 (4 times) – R$ 17 milhões (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) Cota 2 (1 time) – R$ 5 milhões (Ponte Preta) Cota 3 (11 times) – R$ 3,3 milhões (Botafogo, Bragantino, Ferroviária, Ituano, Linense, Mirassol, Novorizontino, Red Bull, Santo André, São Bento e São Caetano)
Carioca O contrato firmado em 2017 elevou bastante o patamar do campeonato do Rio de Janeiro. Os quatro grandes passaram a ganhar valores próximos dos quatro grandes de São Paulo (15 mi x 17 mi), com os demais participantes escalonados em outros quatro níveis, incluindo quatro times que largam numa seletiva. No topo da pirâmide dos times pequenos, surpreende os R$ 4 milhões para equipes sem apelo popular – exceção feita ao Voltaço. Em relação à premiação, o Rio privilegia o seu formato de várias taças (ao todo, três no mesmo campeonato), com bônus nos mata-matas. Um grande clube pode terminar com até 20,5 milhões de reais – caso vença os dois turnos e o título.
Contrato: Globo Rio (2017-2024), inclui SporTV e pay-per-view Alcance da TV aberta: RJ, ES, TO, SE, PB, RN, PI, MA, PA, AM, RO, AC, RR, AP e DF (56,8 milhões de telespectadores) 16 clubes (de 11 a 18 jogos para os grandes)
Cota: R$ 83,6 milhões Premiação: R$ 7,9 milhões Total: R$ 91,5 milhões
Cota 1 (4 times) – R$ 15 milhões (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco) Cota 2 (4 times) – R$ 4 milhões (Boavista, Madureira, Nova Iguaçu e Volta Redonda) Cota 3 (2 times) – R$ 2 milhões (Bangu e Portuguesa) Cota 4 (2 times) – R$ 800 mil (Macaé e Resende) Cota 5 (4 times) – R$ 500 mil (América, Bonsucesso, Cabofriense e Goytacaz)
Gaúcho (Gauchão Ipiranga) Em 2017, os clubes gaúchos acertaram um contrato pontual. Na ocasião, a dupla Gre-Nal recebeu R$ 22 milhões. Com o novo acordo para 2018, colorados e tricolores dividem 25 mi, segundo o colunista Luiz Zini, do Zero Hora. Aos demais, as mesmas cotas, com vantagem para Brasil e Juventude, que participam da Série B. Quanto à premiação, bancada por patrocinadores, o cenário é bem curioso. Há bonificação para o campeão do interior (o melhor time fora da final), mas não há para o campeão estadual. Pois é. No último ano, aliás, o campeão foi o Novo Hamburgo, que não ganhou bônus algum…
Contrato: RBS TV (2018), inclui pay-per-view Alcance da TV aberta: RS (11,2 milhões de telespectadores) 12 clubes (de 11 a 17 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 36 milhões Premiação: R$ 1 milhão Total: R$ 37 milhões
Cota 1 (2 times) – R$ 12,5 milhões (Grêmio e Internacional) Cota 2 (2 times) – R$ 1,5 milhão (Brasil de Pelotas e Juventude) Cota 3 (8 times) – R$ 1 milhão (Avenida, Caxias, Cruzeiro, Novo Hamburgo, São Luiz, São José, São Paulo e Veranópolis)
Premiações: os oito classificados às quartas de final (R$ 100 mil); campeão do interior (R$ 200 mil)
Mineiro (Mineiro Sicoob) – atualizado em 12/01, via Vinícius Dias, do UAI Apesar de ser o segundo estado mais populoso do país, Minas Gerais aparece em 4º lugar na lista, considerando a soma de todas as cotas de transmissão dos Estaduais. O contrato atual, de quatro temporadas, prevê um ajuste anual. No caso dos gigantes mineiros, R$ 300 mil a mais para cada. Dado semelhante aos gaúchos. Já o piso é menor, ficando abaixo de R$ 1 milhão por participante – os clubes ainda negociavam um aumento de 850 mil para 875 mil. Aqui, porém, o patamar intermediário é mais robusto, com o América recebendo mais que o Paraense, o Baiano e o Cearense. Em 2018 o torneio ganhou uma data a mais, com a implantação das quartas de final.
Contrato: Globo Minas (2017-2021), inclui pay-per-view Alcance da TV aberta: MG (20,7 milhões de telespectadores) 12 clubes (de 11 a 16 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 35,15 milhões Premiação: nada Total: R$ 35,15 milhões
Cota 1 (2 times) – R$ 12,3 milhões (Atlético-MG e Cruzeiro) Cota 2 (1 time) – R$ 2,9 milhões (América) Cota 3 (9 times) – R$ 850 mil (Boa Esporte, Caldense, Democrata, Patrocinense, Tombense, Tupi, Uberlândia, URT e Villa Nova)
Catarinense – atualizado em 15/01, via Blog Rodrigo Goulart Em 2015, Santa Catarina emplacou quatro clubes no Brasileirão, à frente do Rio. Em 2018 terá apenas um representante, a Chape. Coincidência ou não, essa queda é paralela à redução do investimentos da Globo no torneio local. Neste ano sai de cena o pay-per-view, restando apenas a tevê aberta, com 19 partidas – uma por rodada e mais a final, em jogo único. O montante foi dividido em duas frentes, com 65% para os clubes mais tradicionais, aqueles que já disputaram Série A nesta década, e 35% para os demais.
Contrato: NSC TV (2018-2021) Alcance da TV aberta: SC (6,8 milhões de telespectadores) 10 clubes (de 18 a 19 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 5 milhões Premiação: nada Total: R$ 5 milhões
Cota 1 (5 times) – R$ 650 mil (Avaí, Chape, Criciúma, Figueirense e Joinville) Cota 2 (5 times) – R$ 350 mil (Brusque, Concórdia, Hercílio Luz, Inter de Lages e Tubarão)
Paranaense – atualizado em 12/01, via jornal Gazeta do Povo Em 2017 a dupla Atletiba comprou a briga com a Globo ao não concordar com a proposta de transmissão do Estadual – acabaram exibindo o clássico no youtube. Na ocasião, a receita de televisão já havia caído de 8 mi para 6 milhões, ficando sem o pay-per-view. Em 2018 apenas o Furacão bateu o pé, com o valor total seguindo abaixo – o Atlético, aliás, é o único time da elite nacional que disputa o Estadual sem ganhar cota alguma. Com a assinatura pontual do Coxa, o Estadual ultrapassou o PE, uma vez que as demais cotas paranaenses também foram recalculadas.
Contrato: RPC (2018-2019) Alcance da TV aberta: PR (10,8 milhões de telespectadores) 12 clubes (de 11 a 17 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 4,7 milhões Premiação: nada Total: R$ 4,7 milhões
Cota 1 (2 times) – R$ 600 mil (Coritiba e Paraná) Cota 2 (1 time1) – R$ 500 mil (Londrina) Cota 3 (8 times) – R$ 375 mil (Cascavel, Cianorte, Foz do Iguaçu, Maringá, Prudentópolis, Rio Branco, Toledo e União) Sem cota (1 time) – em aberto (Atlético-PR )
Pernambucano No cenário local, o contrato de quatro anos com a Globo (a detentora dos direitos desde 2000!) prevê um reajuste anual através do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Assim, por mais que o valor-base, de janeiro de 2015, seja de R$ 950 mil para o Trio de Ferro, na prática cada um ganhará R$ 1.119.690 em 2018. Logo, a 104ª edição do Estadual, com 11 em vez de 12 clubes, conta com um aporte líquido de 4,4 milhões – contudo, por uma questão de padronização do blog, todos os estaduais apresentam os valores originais. Entre os principais campeonatos da região, o PE é o único que terá um novo contrato de tevê em 2019 – espera-se que fique menos defasado.
Contrato: Globo Nordeste (2015-2018), inclui pay-per-view Alcance da TV aberta: PE (9,2 milhões de telespectadores) 11 clubes (de 10 a 14 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 3,730 milhões Premiação: nada Total: R$ 3,73 milhões
Cota 1 (3 times) – R$ 950 mil (Náutico, Santa Cruz e Sport) Cota 2 (8 times) – R$ 110 mil (Afogados, América, Belo Jardim, Central, Flamengo de Arcoverde, Pesqueira, Salgueiro e Vitória)
Paraense (Banparazão) Com Remo e Paysandu, os clubes mais populares do Norte, o campeonato é o único desta lista que não é exibido pela Globo. Pelo 10º ano seguido a transmissão ocorre na TV Cultura, uma emissora estatal. O sinal chega a 110 dos 144 municípios do Pará, o que corresponde a 71% da população, hoje estimada em 8,2 milhões. Há cinco anos a receita é a mesma: R$ 2,9 milhões, segundo dados da Secretaria de Esporte e Lazer do Pará. Com a premiação, a cota dos grandes pode chegar a R$ 1,01 milhão.
Contrato: TV Cultura (2018) Alcance da TV aberta: PA (5,9 milhões de telespectadores) 10 clubes (de 10 a 14 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 2,396 milhões Premiação: R$ 560 mil Total: R$ 2,956 milhões
Cota 1 (2 times) – R$ 786 mil (Paysandu e Remo) Cota 2 (8 times) – R$ 103 mil (Águia, Bragantino, Cametá, Castanhal, Independente, Paragominas, Parauapebas e São Raimundo)
Baiano (Baianão) A temporada 2018 também marca a redução do Campeonato Baiano, mas de 11 para 10 clubes. Em relação à transmissão, as cifras do contrato de cinco temporadas foram reveladas pelo balancete do Bahia. O tricolor recebeu R$ 893.401 em 2016, numa correção monetária sobre o valor-base de R$ 850 mil (nos mesmos moldes do Pernambucano). A cota é a mesma paga ao rival Vitória. No contrato anterior (2011-2015), a dupla Ba-Vi recebeu R$ 750 mil. Portanto, um mísero aumento de 13% para o torneio atual.
Contrato: Rede Bahia (2016-2020), inclui pay-per-view Alcance da TV aberta: BA (14,5 milhões de telespectadores) 10 clubes (de 9 a 13 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 2,604 milhões Premiação: nada Total: R$ 2,604 milhões
Cota 1 (2 times) – R$ 850 mil (Bahia e Vitória) Cota 2 (8 times) – R$ 113 mil (Atlântico, Bahia de Feira, Fluminense de Feira, Jacobina, Jacuipense, Jequié, Juazeirense e Vitória da Conquista)
Cearense O certame alencarino é único, entre os dez, com uma divisão de transmissão – e não compartilhamento, como a Globo costuma fazer com a Band. Isso porque o Esporte Interativo também adquiriu os direitos de uma plataforma (tevê fechada). Após 2015-2016, renovou por outro biênio, encerrando neste ano. Além disso, a Verdes Mares (a Globo cearense) também cede o sinal à TV Diário. As cotas foram aproximadas a partir de informações do jornalista Mário Kempes e do jornal O Povo.
Contrato: Verdes Mares (2016-2019) e Esporte Interativo (2017-2018) Alcance da TV aberta: CE (8,8 milhões de telespectadores) 10 clubes (de 9 a 15 jogos para qualquer participante)
Cota: R$ 2,56 milhões/ano Premiação: nada Total: R$ 2,56 milhões
Cota 1 (2 times) – R$ 800 mil (Ceará e Fortaleza) Cota 2 (8 times) – R$ 120 mil (Ferroviário, Floresta, Guarani de Juazeiro, Horizonte, Iguatu, Maranguape, Tiradentes e Uniclinic)
Com mais uma temporada a caminho, hora de revisitar o passado…
Em 116 anos de bola rolando nos campeonatos estaduais, na base das rivalidades, já foram realizadas 2.454 competições locais, considerando as 27 unidades da federação. Entre os grandes campeões, 72 clubes ganharam ao menos dez títulos, com três pernambucanos presentes: Sport 41 (voltou ao top ten no último ano), Santa 29 (a uma taça de mudar de patamar) e Náutico 21 (estacionado há treze temporadas). O maior vencedor é, de longe, o ABC de Natal, o único com mais de 50 taças em sua galeria. E a marca não para de crescer, no embalo do bicampeonato potiguar. Entre os campeões estaduais de 2017, só o CRB mudou de base, alcançando o 30º título alagoano.
Sobre os cenários mais polarizados, Ceará (Ceará 44 x 41 Fortaleza) e Pará (Paysandu 47 x 44 Remo) seguem imbatíveis. Esse levantamento parte de 1902, quando a Liga Paulista de Foot-Ball organizou a primeira edição do campeonato paulista, com apenas 21 partidas. O São Paulo Athletic, de Charles Miller, foi o campeão. Curiosamente, o introdutor do esporte também foi o primeiro artilheiro, com 10 gols. Desde então, o mapa futebolístico mudou bastante, com o último ajuste em 1988, na criação do estado do Tocantins.
Por sinal, nas várias mudanças estaduais (como o desmembramento do Mato Grosso, por exemplo), o blog contou para este levantamento até o extinto campeonato fluminense, disputado até 1978, antes da fusão com o Estado da Guanabara, formado pela cidade do Rio de Janeiro. Em todos os estados foram somados os períodos amador e profissional. Afinal, na década de 1930 foram realizados torneios paralelos oficiais, nos dois modelos, no Rio e em São Paulo. Se em Pernambuco a transição ocorreu de forma pacífica, em 1937, em Roraima o torneio só foi profissionalizado em 1995, com três participantes, sendo o último segundo a CBF. Porém, a competição já era organizado pela federação roraimense desde 1960, com os mesmos filiados.
Os 72 maiores campeões estaduais* (e o ano do último título): * A partir de 10 conquistas