Público-alvo para novos sócios de Sport, Santa e Náutico: os 420 mil do TCN

Divisão dos usuários do Todos com a Nota no Grande Recife em 2014

De 2007 a 2015, nunca o Todos com a Nota ficou tão em xeque quanto agora, com a reformulação, ou mesmo paralisação, estudada pelo governo do estado, vivendo no arrocho. Conscientes da situação (indefinição), os três grandes clubes pernambucanos logo lançaram ingressos mais baratos para suprir a demanda, de R$ 5 (Sport), R$ 7 (Santa) e R$ 15 (Náutico). Mas o ponto-chave está além. Mais do que bilhetes barateados, esses torcedores, usuários do TCN, podem migrar para os quadros de sócios dos times, com planos acessíveis.

E estamos falando de 420.698 pessoas cadastradas no programa estatal somente na região metropolitana, sendo 207 mil rubro-negros, 124 mil tricolores e 89 mil alvirrubros. Ou seja, neste momento o foco poderia ser desviado dos planos tradicionais, entre R$ 30 e R$ 60, ou mesmo os de R$ 160 e R$ 320, presentes no quase inalcançável plano lançado pelo Leão. Consultorias inglesas e portuguesas à parte, vamos aos modelos de sucesso no Brasil, com o crescimento absurdo de Palmeiras e Corinthians em 2015, passando de 100 mil associados em dia (121 mil do Verdão e 110 mil do Timão). As enormes torcidas poderiam ser a justificativa, mas em tese isso serviria para qualquer época.

Então, por que deu certo “agora”? Além do momento das equipes (estádios novos e boas campanhas recentes), um fato inerente no futebol, também pesou a criação de uma modelagem voltada para o público mais popular. Afinal, são clubes de massa, entranhados em todas as camadas da sociedade, como as equipes locais, diga-se. O Palmeiras criou o Avanti, por apenas R$ 12,99. O Corinthians foi além e oficializou um plano por apenas R$ 9,90.

Em vez de descontos em ingressos – vantagem mais plausível para quem frequenta regularmente os jogos -, a prioridade na compra num setor popular, mesmo sem desconto, pois o número de sócios já excede a capacidade das arenas, com no máximo 40 mil lugares. Além da facilidade de aquisição, descontos em supermercados, como as demais categorias – o que, se bem utilizado, pode “zerar” o gasto na mensalidade. Já o Inter, case de sucesso no país, com 136 mil sócios, tem em sua base membros com acesso garantido ao Beira-Rio, com mensalidades a partir de R$ 85. Cobra mais e oferece mais.

Voltando ao Recife, imagine se pelo menos 20% dos usuários de TCN de cada time aderissem a um plano de R$ 9,90, o mais barato entre os maiores times.

Sport
41.434 usuários (20% do total) x R$ 9,9 = R$ 410.196 (mês)
1 ano de mensalidades: R$ 4.922.352

Santa Cruz
24.874 usuários (20% do total) x R$ 9,9 = R$ 246.252 (mês)
1 ano de mensalidades: R$ 2.955.024

Náutico
17.830 usuários (20% do total) x R$ 9,9 = R$ 176.517 (mês)
1 ano de mensalidades: R$ 2.118.204

Abaixo, os menores planos dos principais times do país e do trio da capital.

Flamengo – R$ 29,90 (Plano Tradição tem prioridade 7 na compra de ingresso e acesso à rede de descontos)
Vasco – R$ 30,00 (Vascaíno de Coração tem a preferência na compra de ingressos, sem desconto, e com clube de benefícios)
Botafogo – R$ 19,90 (Botafogo no Coração tem uma rede de descontos e experiências exclusivas)
Fluminense – R$ 18,00 (Guerreiro oferece um cartão personalizado com carregamento de ingresso, sem desconto, e rede de descontos)

Corinthians – R$ 9,90 (Minha Paixão dá preferência na compra de ingressos, sem desconto, rede de descontos e promoções exclusivas)
São Paulo – R$ 12,00 (Sou Tricolor dá preferência na compra de ingressos, sem desconto, rede de descontos e promoções exclusivas)
Palmeiras – R$ 12,99 (Avanti/Bronze dá preferência na compra de ingressos, sem desconto, rede de descontos e promoções exclusivas)
Santos – R$ 27,00 (Sócio Rei/Oficial oferece privilégio nas lojas oficiais e no museu do clube, sem desconto no bilhete)

Internacional – R$ 20,00 (Nada vai nos separar oferece prioridade na compra de ingressos, sem desconto, rede de descontos e 50% de abatimento no estacionamento e no museu do clube)
Grêmio – R$ 26,00 (Sócio-torcedor/Ouro dá preferência na compra de ingresso, com desconto, direito a voto e rede de descontos)

Atlético-MG – R$ 35,00 (Galo na Veia/Prata dá cartão personalizado com carregamento de ingresso, sem desconto, compra antecipada e rede de descontos)
Cruzeiro – R$ 18,00 (Papafilas tem prioridade na compra de ingressos sem desconto, no guichê ou internet, e rede de descontos)

Náutico – R$ 20,00 (Standard só oferece rede de descontos)
Santa Cruz – R$ 15,00 (Sócio sem Fronteira conta com rede de descontos e promoções exclusivas)
Sport – R$ 25,00 (Sócio-torcedor dá desconto de 50% na compra de ingresso, possibilidade de compra antecipada, sorteios exclusivos e rede de descontos)

Podcast 45 (127º) – Prévia das Série A e B

O início das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro foi amplamente discutido no 45 minutos, com a gravação de dois programas de uma só vez, sendo um sobre a Série A e outro sobre a B. Cada edição com 1h30! Haja tempo para falando de futebol, analisando todos os 40 clubes participantes das competições de 2015, com o viés pernambucano, naturalmente.

Neste 127º podcast, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, Kauê Diniz (convidado) e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Série A (Sport)

Série B (Náutico e Santa Cruz)

Os estádios rivais mais próximos do mundo

Os estádios dos grandes clubes pernambucanos são relativamente próximos. Encravados na área urbana mais antiga do Recife, as distâncias entre os tradicionais palcos variam entre 2,1 e 4,7 quilômetros. Perto? Basta comparar com os estádios rivais mais próximos do mundo. O recorde fica no interior da Escócia, na pequena Dundee. Os times levam o nome do municípcio, sendo um FC e outro United. Entre os dois pequenos estádios, o Dens Park com 11.506 lugares e o Tannadice Park com 14.229, apenas 100 metros de calçada.

A partir do Google Maps, o blog traçou as distâncias mínimas a pé entre os pontos mais próximos dos estádios, utilizando as vias públicas, claro. Basta caminhar alguns quarteirões. Entre as rivalidades próximas, três estão no Brasil. E uma se encontra na África, com dois estádios gigantescos na vizinhança.

Distância a pé entre os estádios do Recife
2.100m – Aflitos x Arruda
3.200m – Aflitos x Ilha do Retiro
4.700m – Arruda x Ilha do Retiro

A distância da tripla rivalidade recifense não se compara aos percursos entre os uruguaios Bella Vista, Wanderers e River Plate, fincados no Parque del Prado, em Montevidéu. Já pensou algo parecido por aqui?

650m – Bella Vista (A) x Wanderers (C)
750m – Wanderers (C) x River Plate (B)
850m – Bella Vista (A) x River Plate (B)

Parque del Prado, em Montevidéu. Crédito: Google Maps

Eis as rivalidades polarizadas com os estádios mais próximos do mundo…

1º) Dundee (Escócia) – Dundee FC (A) x Dundee United (B), 100 metros

Estádios em Dundee, Escócia. Imagem: Google Maps

2º) Belém (Brasil) – Remo (B) x Paysandu (A), 250 metros

Estádios em Belém, Brasil. Imagem: Google Maps

3º) Avellaneda (Argentina) – Independiente (B) x Racing (A), 350 metros

Estádios em Avellaneda, Argentina. Imagem: Google Maps

4º) Santos (Brasil) – Santos (A) x Portuguesa Santista (B), 400 metros

Estádios em Santos, Brasil. Imagem: Google Maps

5º) Omdurman (Sudão) – Al-Hilal (A) x Al-Merreikh (B), 550 metros

Estádios em Omdurman, Sudão. Imagem: Google Maps

6º) La Plata (Argentina) – Estudiantes (B) x Gimnasia y Esgrima (A), 650 metros

Estádios em La Plata, Argentina. Imagem: Google Maps

7º) Nottingham (Inglaterra) – Notts County (A) x Nottingham Forest (B), 700 metros

Estádios em Nottingham, Inglaterra. Imagem: Google Maps

7º) Belgrado (Sérvia) – Partizan (B) x Estrela Vermelha (A), 700 metros

Estádios em Belgrado, Argentina. Imagem: Google Maps

9º) Campinas (Brasil) – Guarani (A) x Ponte Preta (B), 800 metros

Estádios em Campinas, Brasil. Imagem: Google Maps

10º) Liverpool (Liverpool) – Liverpool (A) x Everton (B), 1.100 metros

Estádios em Liverpool, Inglaterra. Imagem: Google Maps

Os maiores perfis do futebol no facebook e no twitter, nos níveis estadual, regional e nacional

Os maiores perfis pernambucanos no facebook e no twitter. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Os três grandes clubes pernambucanos chegam em dezembro de 2014 com dois milhões de pessoas envolvidas diretamente em suas redes sociais oficiais, sendo 1.205.087 no facebook e 852.177 no twitter. Boa parte é do Sport.

A análise a partir do facebook e do twitter é simples. Os dois sites representam as duas maiores redes sociais utilizadas pelos internautas brasileiros, com 89 milhões de pessoas no facebook e mais de 40 milhões no twitter.

Aqui, os levantamentos atualizados nos níveis estadual (Pernambuco), regional (Nordeste) e nacional em relação aos clubes mais poulares. Líder tanto no facebook quanto no twitter, o Leão aparece bem colocado nacionalmente, em 14º e 10º, respectivamente. Fruto do trabalho nessas mídias.

Dono do 5º maior perfil nordestino no facebook, o Santa Cruz aparece em 20º lugar nacionalmente. O Náutico, o 9º na região, não figurou entre os vinte primeiros do face. Já o twitter de ambos, abaixo dos 50 mil seguidores, estão distantes do top 20, no qual todos os integrantes possuem perfis oficiais acima de meio milhão de torcedores.

FACEBOOK

Top 3 // Pernambuco
1º) Sport (824.054)
2º) Santa Cruz (226.518)
3º) Náutico (154.515)

Top 10 // Nordeste
1º) Bahia (931.344)
2º) Sport (824.054)
3º) Ceará (509.341)
4º) Fortaleza (403.594)
5º) Santa Cruz (226.518)
6º) Vitória (198.067)
7º) América-RN (195.226)
8º) ABC (163.333)
9º) Náutico (154.515)
10º) Campinense (147.073)

Top 20 // Brasil
1º) Corinthians (10.146.368)
2º) Flamengo (9.681.565)
3º) São Paulo (6.103.718)
4º) Palmeiras (3.206.327)
5º) Santos (3.102.971)
6º) Cruzeiro (2.451.823)
7º) Vasco (2.428.566)
8º) Atlético-MG (2.331.682)
9º) Grêmio (2.034.054)
10º) Internacional (1.983.536)
11º) Botafogo (1.150.470)
12º) Fluminense (1.106.622)
13º) Bahia (931.344)
14º) Sport (824.054)
15º) Atlético-PR (681.884)
16º) Ceará (509.341)
17º) Fortaleza (403.594)
18º) Goiás (253.388)
19º) Coritiba (237.655)
20º) Santa Cruz (226.518)

TWITTER

Top 3 // Pernambuco
1º) Sport (783.215)
2º) Náutico (38.621)
3º) Santa Cruz (30.341)

Top 10 // Nordeste
1º) Sport (783.215)
2º) Bahia (726.337)
3º) Vitória (618.318)
4º) Ceará (79.364)
5º) ABC (46.089)
6º) Fortaleza (45.245)
7º) América-RN (39.359)
8º) Náutico (38.621)
9º) Santa Cruz (30.341)
10º) Treze (20.019)

Top 20 // Brasil
1º) Corinthians (2.614.017)
2º) Flamengo (2.172.937)
3º) São Paulo (1.890.313)
4º) Palmeiras (1.368.831)
5º) Santos (1.285.466)
6º) Grêmio (1.263.642)
7º) Vasco (910.468)
8º) Atlético-MG (822.397)
8º) Cruzeiro (815.270)
10º) Sport (783.215)
11º) Internacional (760.137)
12º) Bahia (726.337)
13) Fluminense (653.733)
14º) Botafogo (636.081)
15º) Vitória (618.318)
16º) Atlético-PR (574.099)
17º) Coritiba (564.444)
18º) Figueirense (527.850)
19º) Goiás (522.483)
20º) Criciúma (516.879)

Copa Intercontinental e a dúvida de ser ou não ser um Mundial de Clubes

Campeões mundiais de clubes (Copa Intercontinental 1960-2004 e Mundial da Fifa 2000-2014). Crédito: Kevin Dominguez/Kaiser Magazine

Real Madrid, tetracampeão mundial: 1960, 1998, 2002 e 2014.

Real Madrid, uma vez campeão do mundo: 2014.

A cansativa discussão sobre o peso histórico da Copa Intercontinental, realizada de 1960 a 2004, retorna a cada disputa do torneio da Fifa. Tudo porque a copa descontinuada era disputa apenas pelos campeões da América e da Europa.

No Brasil a taça sempre foi conhecida como Mundial Interclubes. Sempre.

Enquanto isso, sempre foi dito que os europeus não davam tanta bola ao título…

É uma meia verdade.

O jornal Marca, o principal periódico esportivo de Madri, não titubeou ao cravar o time merengue como tetra, após o 2 x 0 sobre o San Lorenzo, no Marrocos.

O feito igualou o Real ao Milan, também detentor de quatro conquistas, sendo três Copas Intercontinentais e um Mundial da Fifa. Abaixo, a reprodução do site.

Considerando os títulos desde 1960, veja a lista numa resolução maior aqui.

Em seu site oficial, a Fifa aponta a Intercontinental como um título oficial, listando  o troféu na galeria dos “clubes clássicos” presentes no portal.

Apesar disso, a entidade ainda não equiparou os dois torneios.

Enquanto isso, os clubes – todos eles – vão somando os Mundiais.

Contudo, pesa um pouco contra essa ideia os vice-campeonatos de Mazembe (2010) e Raja Casablanca (2013), nos quais a África superou os brasileiros Inter e Galo. É suficiente para negar todo o passado?

Então, comente. Você considera os dois mundiais interclubes oficiais?

Marca, da Espanha: Real Madrid tetracampeão mundial

87 estrelas douradas nacionais

Campeões nacionais de elite no Brasil de 1959 a 2014. Arte: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

O futebol brasileiro em 2014 pertence ao estado de Minas Gerais. Os dois gigantes de BH faturaram os dois principais títulos nacionais da temporada. Na Série A, o compacto e bem armado Cruzeiro voltou a ser campeão. Na Copa do Brasil, o Atlético mostrou-se copeiro mais uma vez, como na Libertadores. Na decisão, bateu justamente o arquirrival, no maior clássico mineiro da história.

Com as duas principais taças do país definidas, hora de atualizar o tradicional levantamento do blog com os maiores campeões nacionais de elite, numa atualização que já dura seis anos. Com o tri da Série A, o Cruzeiro – maior vencedor fora do eixo Rio-SP – empatou com o Corinthians, com oito troféus cada. Dividem a 4ª colocação da lista. Já o Galo voltou a erguer um troféu nacional após 43 anos. Foi a sua segunda conquista.

Como de praxe, as competições levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970), a Série A (1971/2014), a Copa do Brasil (1989/2014) e a Copa dos Campeões (2000/2002). Todos esses campeonatos têm em comum as vagas nas Taça Libertadores da América (saiba mais aqui).

Portanto, existem 22 campeões nos 87 torneios organizados pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista aponta os vencedores reconhecidos pela entidade que organiza o futebol brasileiro.

As variadas conquistas foram somadas sem distinção. O blog entende que as competições têm pesos bem diferentes, obviamente, mas a diferença nas posições envolvendo clubes com o mesmo número de títulos foi estabelecida pelo último troféu, com vantagem para o mais antigo.

11 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998 e 2012; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
8 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005 e 2011; CB: 1995, 2002 e 2009)
8 – Cruzeiro (A: 2003, 2013 e 2014; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
2 – Atlético-MG (A: 1971; CB: 2014)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)

Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).

Entre os quatro melhores da Copa do Brasil

Copa do Brasil. Foto: CBF/divulgação

O G4 da Copa do Brasil é um reduto para poucos clubes…

O segundo torneio mais importante do país foi criado em 1989 e desde então foi ampliado várias vezes. Inicialmente, com 32 times, cada time precisava avançar três fases para alcançar a semifinal. Em 2013 o número de mata-matas para chegar à mesma etapa subiu para cinco, devido aos 87 participantes.

Chegar entre os quatro melhores da Copa do Brasil não é um trabalho nada fácil, mas com um bom rendimento de grandes clubes (Grêmio, Flamengo, Cruzeiro…). Por outro lado, é um terreno fértil para surpresas, do naipe de Linhares, 15 de Campo Bom e gente que chegou até mais longe, como Santo André e Paulista, campeões.

Até hoje, 32 times alcançaram a semi. A lista inclui dois clubes pernambucanos, com o Sport disputando em quatro oportunidades (1989/Goiás, 1992/Fluminense, 2003/Flamengo e 2008/Vasco) e o Náutico uma vez (1990/Flamengo).

Das cinco semifinais pernambucanas, duas resultaram em classificações. Contudo, isso é tema para outra postagem…

As semifinais da Copa do Brasil de 2014:

Cruzeiro x Santos
Atlético-MG x Flamengo

Post atualizado em 15 de outubro de 2014

Eis o número de semifinais de cada um. Entre parênteses, os títulos conquistados.

Ranking de clubes
11 – Grêmio (4) e Flamengo (3)
8 – Vasco (1)
7 – Cruzeiro (4)
6 – Corinthians (3) e Palmeiras (2)
5 – Coritiba
4 – Fluminense (1), Sport (1), Santos (1) e Goiás
3 – Internacional (1), Botafogo, Ceará, São Paulo e Atlético-MG
2 – Criciúma (1), Brasiliense e Vitória
1 – Juventude (1), Paulista (1), Santo André (1), Figueirense, Atlético-PR, Atlético-GO, Avaí, Ipatinga, Linhares, Náutico, Ponte Preta, Remo e 15 de Novembro

Ranking de estados
26 – Rio de Janeiro (5)
22 – São Paulo (8)
16 – Rio Grande do Sul (6)
11 – Minas Gerais (4)
6 – Paraná
5 – Pernambuco (1) e Goiás
4 – Santa Catarina (1)
3 – Ceará
2 – Bahia e Distrito Federal
1 – Espírito Santo e Pará

A espetacularização do racismo, uma queixa séria e recorrente

Aranha dando entrevista após jogo contra Grêmio. Crédito: Rede Globo/reprodução

O retorno do goleiro Aranha ao estádio do Grêmio surpreendeu. Negativamente.

Após o jogo pela Copa do Brasil, Santos e Grêmio se enfrentaram pela Série A.

E a noite foi de muitas vaias a um jogador. Não, não vamos nem discutir a falácia hipócrita de que eram vaias a um adversário, algo comum no futebol.

O foco foi bem além, dirigido a Aranha e repleto de ironias, com gritos de “alemão”, “branca de neve”. Um racismo velado, difícil de compreender.

Ainda há um outro ponto nessa questão do goleiro, de uma lucidez incrível neste episódio, mais até do que Pelé, que deveria ser um ícone neste combate. Está havendo uma tentativa de a espetacularização do caso de racismo.

Atleta mediano, Aranha não vem conseguindo escapar dos microfones, num volume de perguntas que ignora há dias a questão esportiva.

São seguidas tentativas de reaproximar o goleiro de Patrícia Moreia, a única identificada no duelo anterior entre Grêmio e Santos. Sobre Patrícia, vale dizer que ela deu “azar”. Culpada, mas não era a única xingando na arena.

Como os demais presentes no jogo anterior, pensava estar protegida pelo escudo de um estádio de futebol, onde tudo seria válido pela pressão campal.

Infelizmente, o pensamente parece enraizado em tantos outros torcedores. A vaia da torcida gremista foi de reprovação à queixa de Aranha.

Um prato cheio para alimentar um caso… e somente este caso.

O problema é muito maior.

Podcast 45 minutos (59º) – Vitória do Sport, Patric, Neto Baiano e prévia da B

Edição do 45 minutos voltada à vitória rubro-negra sobre o Santos, na Arena Pernambuco. Análise da partida, da atuação de Patric e das reclamações de Neto Baiano, que ficou no banco. No fim, análise sobre os próximos jogos de Náutico e Santa na Série B – o podcast sobre as últimas apresentações de alvirrubros e tricolores está aqui.

O 59º podcast teve 1h23min de gravação. Estou na discussão com Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2014 – 20ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 20ª rodada. Crédito: Superesportes

A bela vitória sobre o Peixe, na Arena Pernambuco, fez o Sport subir novamente na tabela de classificação do Brasileirão. Voltou ao 7º lugar. Esta tabela, com número par, revela um visual mais correto da tabela (na opinião do blog), com todos os participantes com o mesmo número de jogos como mandante e visitante (hoje, 10/10).

Na liderança, o Cruzeiro virou o jogo sobre o Bahia e manteve a vantagem, de 7 pontos. Na próxima rodada, a primeira “final” do ano, no jogo contra o São Paulo, no Morumbi.

A 21ª rodada do representante pernambucano
13/09 – Chapecoense x Sport (18h30)

Jogos em Santa Catarina pela elite: nenhum.