O ranking nacional de federações em 2015, com Pernambuco em 7º lugar

O ranking da CBF em relação às federações estaduais em 2015. Crédito: CBF

O Ranking da CBF em vigor, contemplando apenas os últimos cinco anos, foi criado em 2012. Até ali, com um critério diferente, o futebol pernambucano, através da FPF, ocupava um histórico 6º lugar. Com novo “corte” na tabulação dos pontos, o estado caiu para a 8ª posição, onde ficou durante três anos.

Agora, após o 6º lugar do Sport na Série A (2.720 pontos), o 2º do Santa na Série B (1.600 pts) e o 5º do Náutico também na segundona (1.380 pts), o futebol local enfim subiu na lista, agora figurando em 7º lugar. Superou Goiás, que em 2016 terá os seus três grandes clubes na segundona. Como Pernambuco terá dois times na elite, a tendência é consolidar o status. Contudo, para retomar o 6º lugar a missão é mais difícil, uma vez que o estado está a 7.951 pontos do Paraná. A grande surpresa no ranking é Santa Catarina, que este ano teve quatro clubes no Brasileirão. Entrou no G4, no lugar dos gaúchos.

Vale lembrar que a colocação do estado influencia diretamente no número de vagas na Copa do Brasil. Hoje, Pernambuco tem direito a três.

Representantes locais: Sport (19º, 7.928), Náutico (25º, 6.139), Santa Cruz (35º, 4.310), Salgueiro (47º, 2.644 pts), Central (84º, 712 pts), Porto (137º, 279 pts), Serra Talhada (141º, 255 pts), Ypiranga (141º, 255 pts), Petrolina (187º, 102 pts).

Pernambuco no ranking nacional
2015 – 7º (22.624)
2014 – 8º (21.520)
2013 – 8º (21.642)
2012 – 8º (22.765)

Top 3 do Nordeste
2015
1º) Pernambuco (7º, 22.624)
2º) Bahia (9º, 17.683)
3º) Ceará (10º, 14.627)

2014
1º) Pernambuco (8º, 21.520)
2º) Bahia (9º, 20.031)
3º) Ceará (10º, 16.500)

2013
1º) Pernambuco (8º, 21.642)
2º) Bahia (9º, 20.902)
3º) Ceará (10º, 18.024)

2012
1º) Pernambuco (8º, 22.765)
2º) Bahia (9º, 21.484)
3º) Ceará (10º, 19.227)

Podcast 45 – Tira-teima dos melhores e piores do futebol pernambucano em 2015

Tira-teima do Podcast 45 minutos em 2015

Fim de temporada no futebol pernambucano, Hora do balanço do 45 minutos. Como em outras oportunidades, uma edição especial com o “tira-teima”, neste caso voltado para os resultados de Náutico, Santa e Sport em 2015. Perguntas diretas, sem direito a ficar “em cima do muro”. Qual foi a melhor atuação de cada um (Bahia 1 x 2 Santa, Sport 3 x 0 Inter, Vitória 2 x 3 Náutico)? E a pior? E o time que mais se destacou (Santa campeão estadual e vice da Série B ou Sport, o 6º da Série A)? Na sequência, a escolha da melhor contratação, da maior decepção, do pior jogador… E ainda uma debate sobre as mudanças entre os maiores times da região e o cada vez mais insustentável G12.

Bom humor e muita opinião num bate-papo de 2h37!

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Ranking da CBF em 2015 com Sport (19º), Náutico (25º) e Santa Cruz (35º)

O ranking da CBF atualizado em 8 de dezembro de 2015. Crédito: CBF

A Confederação Brasileira de Futebol atualizou o ranking oficial de clubes após a realização de todas as competições nacionais em 2015, com o Corinthians desbancando o Cruzeiro na liderança. Como ocorre há quatro temporadas, a entidade adiciona pontos apenas em seus torneios, com as Séries A, B, C e D e a Copa do Brasil. Nada estaduais ou torneios internacionais. Para a tabulação, se leva em conta o desempenho dos clubes nos últimos cinco anos, com pesos diferentes, dando vantagem aos anos mais recentes (veja o sistema aqui).

Apesar da 6ª colocação na Série A, o Sport subiu apenas uma colocação na lista, figurando em 19º lugar. Melhor rankeado entre os pernambucanos, o Leão por pouco não liderou entre os nordestinos, ficando a 126 pontos do Bahia, que se manteve na ponta pelo segundo ano seguido. A título de curiosidade, os pontos obtidos na Copa do Brasil de 2008 não contam mais para o Leão, pois o título aconteceu há sete anos, já fora do alcance da lista atual. O Náutico, que ficou a um triz do acesso, também ganhou uma posição, se mantendo entre os cinco da região. Contudo, a pontuação atual (6.139) é a menor do clube.

Não foi diferente com o Santa Cruz, também subindo um degrau. Vice-campeão da Segundona, o clube foi do 36º para o 35º – a sua melhor posição, que ainda reflete a passagem na quarta divisão. Ao trio, pesou contra a baixa pontuação na Copa do Brasil de 2015 – o Ceará, por exemplo, fez má campanha na Série B, mas somou 1.000 pontos por ter chegado às oitavas da copa nacional.

Outros seis clubes pernambucanos estão presentes: Salgueiro (47º, 2.644 pts), Central (84º, 712 pts), Porto (137º, 279 pts), Serra Talhada (141º, 255 pts), Ypiranga (141º, 255 pts), Petrolina (187º, 102 pts). Ao todo, são 223 clubes na lista organizada pelo departamento de competições da CBF.

Rankings anteriores: 2014, 2013 e 2012.

Sport
2015 – 19º (7.928)
2014 – 20º (6.970)
2013 – 24º (6.740)
2012 – 19º (8.284)

Náutico
2015 – 25º (6.139)
2014 – 26º (6.470)
2013 – 21º (7.557)
2012 – 22º (8.036)

Santa Cruz
2015 – 35º (4.310)
2014 – 36º (3.930)
2013 – 45º (3.091)
2012 – 48º (2.704)

As colocações do Trio de Ferro nos cenários estadual, regional e nacional:

Gramados padronizados no Brasil em 2016, com mudanças na Ilha e no Arruda

Gramado

O pedido havia sido feito em maio, pelos próprios técnicos da Série A, liderados por Levir Culpi, então no Atlético Mineiro. Para melhorar o sistema de jogo, se exigiu a padronização das dimensões dos campos, seguindo as definições dos torneios da Fifa. Ou seja, 105 metros de comprimentos por 68 metros de largura. Em 2015, sete estádios tinham tamanhos diferentes, todos eles maiores. Agora, em dezembro, a resposta da confederação brasileira de futebol. Através do diretor de competições da entidade, Manoel Flores, a CBF comunicou que os estádios inscritos nas duas principais divisões nacionais deverão contar com a dimensão unificada a partir de 2016.

A medida terá um reflexo imediato em Pernambuco, uma vez que, curiosamente, os campos da Ilha do Retiro e do Arruda são os maiores da primeira divisão – na segundona, o Náutico não terá problema algum na Arena Pernambuco. Os dois gramados têm mais de 1.000 metros quadrados de diferença em relação ao novo “tamanho-padrão”. Sport, Santa Cruz e os demais administradores de estádios receberão da CBF os instrumentos específicos para indicar, exatamente, os trechos que devem ser pintados.

Oficialmente, as medidas permitidas pela Fifa são de 90 a 120 metros de comprimento e de 45 a 90 metros de largura, resultando em um formato retangular, obviamente. Aos poucos, vai se buscando um padrão internacional, já adotado na Copa do Mundo, Eurocopa, Copa América, Olimpíadas…

Confira as dimensões atuais dos estádios do Brasileirão 2016
8.250 m² (110m x 75m) – Ilha do Retiro (Sport)
8.190 m² (105m x 78m) – Arruda (Santa Cruz)
7.869,7 m² (108,25 x 72,7m) – Morumbi (São Paulo)
7.848 m² (109m x 72m) – Couto Pereira (Coritiba)
7.437,7 m² (105,8m x 70,3m) – Vila Belmiro (Santos)
7.350 m² (105m x 70m) – Barradão (Vitória)
7.350 m² (105m x 70m) – Orlando Scarpelli (Figueirense)
7.140 m² (105m x 68m) – Arena Pernambuco (Sport e Santa Cruz)
7.140 m² (105m x 68m) – Itaquerão (Corinthians)
7.140 m² (105m x 68m) – Allianz Parque (Palmeiras)
7.140 m² (105m x 68m) – Moisés Lucarelli (Ponte Preta)
7.140 m² (105m x 68m) – Arena Condá (Chapecoense)
7.140 m² (105m x 68m) – Maracanã (Flamengo, Fluminense e Botafogo)
7.140 m² (105m x 68m) – Arena Grêmio (Grêmio)
7.140 m² (105m x 68m) – Beira-Rio (Internacional)
7.140 m² (105m x 68m) – Mineirão (Cruzeiro e Atlético-MG)
7.140 m² (105m x 68m) – Engenhão (Botafogo)
7.140 m² (105m x 68m) – Independência (Atlético-MG e América-MG)
7.140 m² (105m x 68m) – Arena da Baixada (Atlético-PR)

O preço de cada ponto somado no Campeonato Brasileiro de 2015

A relação cota de TV x pontuação na Série A de 2016. Arte: Tiago Nunes (twitter.com/TiagoJNunes)

A milionária diferença entre as receitas no Campeonato Brasileiro, sobretudo através da televisão, vem afunilando a disputa pelas primeiras colocações. Quase sempre, o maior investimento obtém resultados satisfatórios. Quase sempre. Que o diga o Vasco, rebaixado pela terceira vez em oito anos. Mesmo com a 4ª maior cota de TV em 2015, os cruz-maltinos terminaram no Z4. E a relação dinheiro/ponto expõe o clube, com R$ 1,7 milhão a cada pontinho somado na tabela. A interessante análise sobre a eficiência de gasto foi feita por Tiago Nunes, calculando todas as cotas (fixas) de acordo com a classificação final da Série A.

Este ano, o Corinthians conquistou o título quebrando o recorde de pontos nos pontos corridos, desde que a competição passou a ter vinte clubes. Foram 81 pontos, mas na “administração” do dinheiro, foi o 18º. A Ponte Preta, 11ª colocada, está no topo desta lista, com R$ 352 mil a cada ponto somado. Com essa quantia, o Timão precisaria ter somado 312 pontos! Impossível, claro, pois a pontuação máxima é de 114.

No fim da lista, o Flamengo, que gastou seis vezes mais que a Macaca para cada ponto. Um dinheiro sem retorno no rubro-carioca, sem dúvida.

1º) Ponte Preta – R$ 352 mil/pontos (R$ 18 mi e 51 pts)
2º) Chapecoense – R$ 382 mil/ponto (R$ 18 mi e 47 pts)
3º) Figueirense – R$ 418 mil/ponto (R$ 18 mi e 43 pts)
4º) Avaí – R$ 428 mil/ponto (R$ 18 mi e 42 pts)
5º) Sport – R$ 457 mil/ponto (R$ 27 mi e 59 pts)
6º) Atlético-PR – R$ 529 mil/ponto (R$ 27 mi e 51 pts)
7º) Joinville – R$ 580 mil/ponto (R$ 18 mi e 31 pts)
8º) Coritiba – R$ 613 mil/ponto (R$ 27 mi e 44 pts)
9º) Atlético-MG – R$ 652 mi/ponto (R$ 45 mi e 69 pts)
10º) Grêmio – R$ 661 mil/ponto (R$ 45 mi e 68 pts)
11º) Goiás – R$ 710 mil/ponto (R$ 27 mi e 38 pts)
12º) Internacional – R$ 750 mil/ponto (R$ 45 mi e 60 pts)
13º) Cruzeiro – R$ 818 mil/ponto (R$ 45 mi e 55 pts)
14º) Fluminense – R$ 957 mil/ponto (R$ 45 mi e 47 pts)
15º) Santos – R$ 1,03 milhão/ponto (R$ 60 mi e 58 pts)
16º) São Paulo – R$ 1,29 milhão (R$ 80 mi e 62 pts)
17º) Palmeiras – R$ 1,32 milhão/ponto (R$ 70 mi e 53 pts)
18º) Corinthians – R$ 1,35 milhão/ponto (R$ 110 mi e 81 pts)
19º) Vasco – R$ 1,70 milhão/ponto (R$ 70 mi e 41 pts)
20º) Flamengo – R$ 2,24 milhões/ponto (R$ 110 mi e 49 pts)

Calculando as cotas da Série A 2016 a partir do modelo da Premier League

Premier League, a liga de futebol da Inglaterra

Em 2016, o investimento da televisão no Brasileirão será de R$ 1,23 bilhão. A divisão da receita é um recorrente tema de debate, ainda mais agora, com o início do novo contrato da Globo com os clubes, com três anos de duração.

Paralelamente à discussão sobre a distorção das cotas, a Premier League sempre aparece como modelo ideal. No futebol inglês, a receita oriunda da tevê é dividida da seguinte forma: 50% igualmente entre os vinte times, 25% pela classificação no campeonato anterior e 25% pela representatividade de audiência de cada um. Assim, em vez do atual sistema de castas no Brasil, com um hiato de R$ 150 milhões entre a maior cota (Flamengo e Corinthians) e a menor (Santa Cruz, Ponte, entre outros), a diferença máxima seria de R$ 67 milhões, no caso entre Corinthians e América-MG. Mais equilíbrio, sem dúvida.

Projeção de cotas de TV na Série A de 2016 a partir do modelo da Premier League. Crédito: Diego Borges/Rádio Globo Recife AM

No quadro inspirado no campeonato inglês, o jornalista Diego Borges, da Rádio Globo Recife AM, projetou a cota da Série A de 2016 conferindo, na divisão da classificação, 9,75% ao campeão, 9,25% ao 2º etc. Usando um método bem semelhante, Douglas Batista mudou apenas o peso de cada colocação (20 ao 1º, 19 ao 2º etc). Foi com este segundo modelo que Chistiano Candian imaginou em maio como seria a distribuição do Brasileiro de 2015 (veja aqui).

Sport no contrato oficial
2016 – R$ 35,0 milhões
2015 – R$ 27,0 milhões

Sport via Premier League
2016 – R$ 61,7 milhões
2015 – R$ 40,5 milhões

Em relação à intervenção do governo brasileiro neste processo – possível, pois a emissora de televisão, mesmo privada, opera numa concessão pública -, dois projetos de lei já foram criados, ambos por deputados federais pernambucanos.

Em 2011, o Projeto de Lei 2019/2011 de Mendonça Filho.

50% de forma igualitária entre os 20 participantes
50% numa composição entre classificação e audiência (sem especificação)

Em 2014, o Projeto de Lei 7681/2014, do Raul Henry.

50% da receita serão divididos igualmente entre os 20 participantes
25% da receita serão divididos conforme a classificação na última temporada
25% da receita serão divididos proporcionalmente ao nº de jogos transmitidos

Ambos engavetados na Câmara.

A regionalização das séries A, B e C do Campeonato Brasileiro em 2016

Ao todo, 60 clubes do país têm “calendário cheio”, com atividade regular devido à participação nas três principais divisões do Campeonato Brasileiro. Com a definição de todos os acessos e descensos, veja como ficou a relação nas séries A, B e C de 2016. Ainda há a Série D, claro, mas trata-se de uma competição com a classificação oriunda dos campeonatos estaduais.

Série A
Corinthians-SP, Atlético-MG, Grêmio-RS, São Paulo-SP, Inter-RS, Sport-PE, Santos-SP, Cruzeiro-MG, Palmeiras-SP, Atlético-PR, Ponte Preta-SP, Flamengo-RJ, Fluminense-RJ, Chapecoense-SC, Coritiba-PR, Figueirense-SC, Botafogo-RJ, Santa Cruz-PE, Vitória-BA, América-MG

Nordeste – 3 (2 pernambucanos e 1 baiano)
Sudeste – 11 (5 paulistas, 3 cariocas e 3 mineiros)
Sul – 6 (2 gaúchos, 2 paranaenses e 2 catarinenses)
Centro-Oeste – 0
Norte – 0

Série B (16)
Avaí-SC, Vasco-RJ, Goiás-GO, Joinville-SC, Náutico-PE, Bragantino-SP, Paysandu-PA, Sampaio Corrêa-MA, Bahia-BA, Luverdense-MT, CRB-AL, Criciúma-SC, Paraná-PR, Atlético-GO, Ceará-CE, Oeste-SP, Vila Nova-GO, Londrina-PR, Tupi-MG e Brasil-RS

Nordeste – 5 (1 pernambucano, 1 baiano, 1 cearense, 1 maranhense e 1 alagoano)
Sudeste – 4 (2 paulistas, 1 carioca e 1 mineiro)
Sul – 6 (3 catarinenses, 2 paranaenses e 1 gaúcho)
Centro-Oeste – 4 (3 goianos e 1 mato-grossense)
Norte – 1 (1 paraense)

Série C
Macaé-RJ, ABC-RN, Boa Esporte-MG, Mogi Mirim-SP, Fortaleza-CE, ASA-AL, Confiança-SE, Portuguesa-SP, América-RN, Juventude-RS, Guarani-SP, Botafogo-PB, Cuiabá-MT, Salgueiro-PE, Tombense-MG, Guaratinguetá-SP, Botafogo-SP, River-PI, Remo-PA e Ypiranga-RS.

Nordeste – 8 (2 potiguares, 1 pernambucano, 1 cearense, 1 alagoano, 1 sergipano, 1 paraibano e 1 piauiense)
Sudeste – 8 (5 paulistas, 2 mineiros e 1 carioca)
Sul – 2 (2 gaúchos)
Centro-Oeste – 1 (1 mato-grossense)
Norte -1 (1 paraense)

A distribuição dos milhões das cotas de televisão nas Séries A e B de 2016

As cotas de TV do Campeonato Brasileiro da Série A em 2016. Arte: Fred Figueiroa/DP/D.A Press

As duas principais divisões do Campeonato Brasileiro têm uma cobertura completa da TV, com a transmissão dos 760 jogos, nos sinais aberto e fechado. Ambas as séries já estão definidas para 2016, com quatro trocas na A, como a volta de Botafogo e Santa, e oito mudanças na B, com destaque para a terceira participação do Vasco. E a próxima temporada marca o início do novo contrato com a Rede Globo, detentora dos direitos. Os 40 times receberão novos repasses, que fomentam a maior parte das respectivas receitas. No quadro produzido pelo podcast 45 minutos, um raio x das finanças oriundas da tevê.

Na elite foram firmados acordos de três anos, com clubes acima de R$ 35 milhões/ano. É o caso Sport, no último escalão dos “cotistas” até 2018. Basta compará-lo a Corinthians e Flamengo, que passam a ganhar R$ 170 milhões, R$ 60 mi a mais que no contrato encerrado, num aumento de 54%. Ou seja, maior numérica e percentualmente. Uma evolução baseada na audiência dos principais mercados, São Paulo e Rio, mas nem sempre atrelada à questão técnica. No fim da pirâmide, cinco clubes, incluindo o Tricolor, negociando acordos anuais entre R$ 20 mi e R$ 25 milhões. Num primeiro contato, o mandatário coral, Alírio Moraes, ouviu uma oferta de R$ 16 milhões. Pois é.

Evolução dos contratos 2012-2015 para 2016-2018
1) Flamengo e Corinthians – de R$ 110 mi para R$ 170 milhões (54%)
2) São Paulo – de R$ 80 mi para R$ 110 milhões (37%)
3) Vasco e Palmeiras – de R$ 70 mi para R$ 100 milhões (42%)
4) Santos – de R$ 60 mi para R$ 80 milhões (33%)
5) Cruzeiro/Galo/Grêmio/Inter/Flu/Fogo – de R$ 45 mi p/ R$ 60 milhões (33%)
6) Outros ex-integrantes do Clube dos 13 – de R$ 27 mi p/ R$ 35 milhões (29%)

Enquanto isso, na Série B, o valor básico foi ampliado de R$ 3 mi para R$ 5 milhões, numa articulação que contou com o presidente do Náutico, Glauber Vasconcelos. A bronca é ter que competir com o Vasco, que R$ 100 milhões. Os 17 “não cotistas” da Segundona ganharão, juntos, R$ 85 milhões. Competitividade? Irreal. E olhe que esse levantamento todo se refere apenas às cotas fixas do Brasileirão. Ainda há o pay per view, com um rateio de R$ 350 milhões através do Premiere, de acordo com o número de assinantes apurado em pesquisa do Datafolha, ampliando de vez a disparidade.

Veja as cotas dos clubes pernambucanos em todos os torneios de 2016 aqui.

As cotas de TV do Campeonato Brasileiro da Série B em 2016. Arte: Fred Figueiroa/DP/D.A Press

A classificação da Série A 2015 após 38 rodadas, com premiações e vagas

A classificação da Série A 2015 após 38 rodadas. Crédito: Superesportes

Terminou a 45ª edição da Série A do Campeonato Brasileiro. Com o Corinthians campeão como antecipação, a última rodada serviu para definir o vice (Galo), o último classificado à Libertadores (São Paulo) e mais três rebaixados, ao lado do Joinville. Caíram Goiás, Vasco e Avaí, com o rival Figueirense escapando na base do sofrimento. Em Campinas, sem aperreio, o Sport venceu a Ponte Preta e acabou em 6º lugar, na sua melhor campanha na era dos pontos corridos.

Colocações, premiações e vagas através do Brasileirão 2015
1º: Corinthians – R$ 10 milhões, Libertadores/2ª fase e Copa do Brasil/oitavas
2º: Atlético-MG – R$ 6,3 milhões, Libertadores/2ª fase e Copa do Brasil/oitavas
3º: Grêmio – R$ 4,3 milhões, Libertadores/2ª fase e Copa do Brasil/oitavas
4º: São Paulo – R$ 3,2 milhões, Libertadores/1ª fase e Copa do Brasil/oitavas
5º: Internacional – R$ 2,2 milhões e Copa do Brasil/oitavas
6º: Sport – R$ 1,4 milhão e Sul-Americana/2ª fase
7º: Santos – R$ 1,3 milhão e Sul-Americana/2ª fase
8º: Cruzeiro – R$ 1,2 milhão e Sul-Americana/2ª fase
9º: Palmeiras* – R$ 1,1 milhão, Libertadores/2ª fase e Copa do Brasil/oitavas
10º: Atlético-PR – R$ 1,0 milhão e Sul-Americana/2ª fase
11º: Ponte Preta – R$ 900 mil e Sul-Americana/2ª fase
12º: Flamengo – R$ 800 mil e Sul-Americana/2ª fase
13º: Fluminense** – R$ 700 mil
14º: Chapecoense** – R$ 600 mil
15º:  Coritiba** – R$ 450 mil
16º: Figueirense** – R$ 350 mil
17º ao 20º: Avaí, Vasco, Goiás e Joinville – sem premiação

* Vaga através do título da Copa do Brasil
** Esses clubes também podem ir à Sula, mas dependem da classificação dos concorrentes acima às oitavas de final da Copa do Brasil.

Sport vence a Ponte e termina em 6º, a sua quarta melhor campanha na Série A

Série A 2015, 38ª rodada: Ponte Preta 0x1 Sport. Foto: MANOEL MESSIAS

A sensação é de que o Sport poderia ter ido mais longe, pois mostrou futebol para isso. Foi competitivo durante boa parte do Brasileirão, vencendo os cinco primeiros colocados. Entre tantas explicações para não ter alcançado a vaga na Libertadores, o jejum de dez jogos, o desempenho como como visitante, com apenas duas vitórias, o excesso de empates, catorze, e, também, os erros crassos de arbitragem. Ainda assim, a campanha rubro-negra em 2015 foi histórica. Ao vencer a Ponte Preta em Campinas pela primeira vez, o Leão chegou a 59 pontos e encerrou a Série A em 6º lugar.

Mais do que a melhor campanha nos pontos corridos, essa foi a quarta melhor campanha do clube em toda a competição. Não é pouca coisa. Desde 1971, essa é a 11ª vez que o Sport termina entre os dez primeiros colocados, um recorde no Nordeste, à frente de Vitória (9), Bahia (7), Santa Cruz (3), Náutico (1) e Ceará (1). E no Moisés Lucarelli vimos uma espécie de despedida deste time, montado durante o Brasileirão e dito há tempos como um dos mais qualificados já montados pela direção.

Melhores colocações do Sport na Série A
1978 – 8º
1981 – 10º
1982 – 9º
1983 – 8º
1985 – 5º
1987 – 1º
1988 – 7º
1996 – 10º
1998 – 7º
2000 – 5º
2015 – 6º

Nomes como Diego Souza, André e Marlone (suspenso nesta rodada) talvez não sigam na equipe, mas justificaram as suas contratações. O camisa 87 que o diga. Definido por parte da imprensa e da própria torcida (talvez influenciada por isso) como “caro”, terminou o campeonato como 9 gols e 10 assistências em 34 partidas, apontado como um dos melhores de sua posição. Caro é jogador ruim. Foi dele o gol que definiu a vitória leonina por 1 x 0. Numa tarde sonolenta e num estádio quase vazio, mas ainda assim com objetivos em jogo.

Aos 16 minutos da segunda etapa, Diego Souza foi lançado e, com muita categoria, dominou a bola, saiu da marcação e tocou no cantinho do goleiro. Na sequência, André quase ampliou – perdeu a chance de se igualar a Luís Carlos como maior artilheiro do Sport em um Brasileiro, com 14 gols em 1985. Com o desfecho dos dez jogos simultâneos, o Leão faturou um prêmio de R$ 1,4 milhão e a pré-vaga na Sul-Americana. Caso confirme a participação em 2016 – depende do bizarro critério atrelado à Copa do Brasil -, o Leão disputaria a Sula pela quarta vez seguida. Uma nova história. Possivelmente, um novo time.

Série A 2015, 38ª rodada: Ponte Preta x Sport. Foto: Alan Morici