Comparando a última formação de Adriano Teixeira e a primeira sob o comando de Givanildo Oliveira, foram duas mudanças efetivas no Santa Cruz.
À parte da ausência do meia Thiago Primão, vetado pelo departamento médico, assim como Léo Lima, com João Paulo ganhando a chance no setor, as outras trocas ocorreram mesmo por opção tática/técnica, na lateral direita (Valles por Nininho) e na ponta direita (Barbio por André Luís).
Após a derrota para o Oeste, foram apenas três treinos visando o Brasil de Pelotas, na Arena Pernambuco. E Giva não mexeu na estrutura (4-2-3-1), com a defesa reforçada (e Jaime no lugar de Anderson Salles, que sem acertar a bola parada acabou perdendo espaço), dois volantes (Derley com mais liberdade), um apoiador, dois pontas e um centroavante. Ou seja, um time compacto buscando o ataque com amplitude, com dois atacantes leves.
É o feijão com arroz do experiente Givanildo, de 68 anos, cujo trabalho segue no diálogo, com a mudança de postura da equipe na Série B. A conferir.
Tricolor, o que você achou? Deveria haver alguma outra mudança na equipe?
O Náutico não vencia uma partida desde o dia 10 de abril, ainda pelo Pernambucano. Ali, começou a derrocada, com a eliminação na semifinal, revés na disputa pela terceira vaga local no Nordestão e um péssimo início na Segundona. Ao todo, 15 partidas de jejum, com 4 empates e 11 derrotas. Já eram seis derrotas consecutivas, com o fantasma do rebaixamento à Série C onipresente nos Aflitos e a esperança da torcida se esvaindo.
Após a mobilização na arena para enfrentar o CRB, sem resultado, mais uma chance para o “reinício” no Brasileiro. Em Natal, contra o ABC, também em má fase, mas até então com dez pontos a mais. Voltar a pontuar, mesmo com o empate, insuficiente a médio prazo, já era o discurso do técnico Beto Campos. Brecar a má jornada poderia ser um passo, daí o time bem fechadinho, com três zagueiros (Breno Calixto, Léo Carioca e Feliphe Gabriel) e laterais focados na cobertura. À frente, Giovanni isolado na criação, tentando puxar contragolpes em velocidade com Erick e Gilmar. Com o adversário potiguar sem encaixar o seu jogo e pressionado por sua torcida no Frasqueirão, o alvirrubro conseguiu equilibrar o jogo. No primeiro tempo, poucas chances dos dois lados. No segundo, seguiu precavido, mas atento aos erros do mandante, cada vez mais frequentes. Um deles, fatal. Aos 21 minutos, em jogada iniciada por Erick, Suelinton cruzou e Gilmar marcou de cabeça, 1 x 0.
Sim, Gilmar. Aos 33 anos, a sua contratação foi bem questionável – algo compreensível. Craque do Estadual 2009, quando acabou vendido por R$ 2,1 milhões, o atacante voltou nesta segunda passagem sem tanto crédito. Não vinha justificando a oportunidade, mas é um batalhador. E acabou marcando o gol que mantém a fé da timbuzada, com dois jogos em casa a seguir…
O lanterna da Série B após 12 rodadas (e a situação após a 38ª) 2006 – 9 pontos, Remo (12º, 46 pts) 2007 – 9 pontos, Paulista (17º, 45 pts) 2008 – 8 pontos, CRB (20º, 24 pts) 2009 – 6 pontos, Campinense (19º, 37 pts) 2010 – 4 pontos, Vila Nova (16º, 46 pts) 2011 – 4 pontos, Duque de Caxias (20º, 17 pts) 2012 – 4 pontos, Ipatinga (19º, 31 pts) 2013 – 6 pontos, ABC (14º, 46 pts) 2014 – 5 pontos, Vila Nova (19º, 32 pts) 2015 – 7 pontos, Mogi Mirim (20º, 23 pts) 2016 – 6 pontos, Sampaio Corrêa (20º, 27 pts) 2017 – 5 pontos, Náutico
Na última Série B, Giva assumiu o Náutico após a 23ª rodada. O time estava em 8º lugar, a 7 pontos do G4. A partir dali, engatou uma recuperação, só brecada com a dura derrota para o Oeste, terminando na 5ª posição. Agora, tem um calendário bem maior em termos de rodadas no Brasileiro (27 x 15).
A presença de Giva no futebol pernambucano é recorrente, chegando ao expressivo número de 19 trabalhos desde que pendurou as chuteiras aos 35 anos – antes, era também, numa brilhante carreira como volante no Arruda e na Ilha. São 17 no Recife e duas em Caruaru, uma delas com apenas uma semana, em 1993, pois se desentendeu logo com a direção da patativa.
Vamos a alguns dados do olindense de 68 anos…
Acessos de Givanildo Oliveira à Série A 1997 – América-MG (campeão) 2001 – Paysandu (campeão) 2005 – Santa Cruz (vice) 2006 – Sport (vice) 2015 – América-MG (4° lugar)
Técnicos com mais acessos no Brasileirão (1988-2016) 5 – Givanildo Oliveira 3 – Geninho, Levir Culpi e Pepe 2 – Gílson Kleina, Hélio dos Anjos, Jair Picerni, Mano Menezes, Osvaldo Alvarez, Paulo César Gusmão e Vágner Benazzi
Givanildo Oliveira comandando clubes pernambucanos 1983/1984 – Sport 1984/1985 – Central
1985 – Náutico 1989/1990 – Santa Cruz (vice estadual) 1991/1992 – Sport (bicampeão estadual)
1993 – Central
1994 – Náutico 1994/1995 – Sport (campeão estadual e nordestino)
1995/1996 – Sport 1996 – Náutico (3º lugar na Série B) 1998 – Santa Cruz (evitou o rebaixamento à Série C) 2002 – Náutico 2004/2006 – Santa Cruz (campeão estadual e acesso à Série A) 2006 – Sport (acesso à Série A) 2007 – Santa Cruz 2010 – Sport (campeão estadual) 2010 – Santa Cruz 2016 – Náutico (5º lugar na Série B) 2017 – Santa Cruz
Número de passagens 6 – Sport e Santa Cruz
5 – Náutico 2 – Central
Foi a 4ª rodada seguida sem vitória pernambucana na Série B. Na sexta-feira, nem a maior presença na Arena Pernambuco adiantou, pois o Náutico perdeu do CRB, chegando a seis derrotas consecutivas. Segue na lanterna, onde ficará a médio prazo, independentemente de reação, pois são dez pontos em relação ao penúltimo. No sábado, mais frustração. O Santa Cruz foi derrotado pelo Oeste, chegando a quatro jogos de jejum. Em vez do G4, onde estava antes desta sequência, passou a flertar com o Z4, hoje a apenas dois pontos.
Nesta rodada, destaque também para a derrota do Colorado no Beira-Rio. Foi o primeiro revés do Inter como mandante na segundona. Já sobre a próxima rodada, teremos o duelo entre os líderes alviverdes, Guarani e Juventude, ambos com 22 pontos. E ambos estavam na Série C em 2016…
Resultados da 11ª rodada Juventude 3 x 0 Goiás Figueirense 3 x 1 Londrina Paysandu 1 x 1 Luverdense Vila Nova 0 x 0 Criciúma Náutico 0 x 1 CRB Oeste 2 x 0 Santa Cruz Paraná 1 x 0 Ceará Internacional 0 x 1 Boa ABC 0 x 1 Guarani América 3 x 0 Brasil
Balanço da 11ª rodada 5V dos mandantes (13 GP), 2E e 3V dos visitantes (5 GP)
Agenda da 12ª rodada 04/07 (19h15) – Paysandu x Londrina (Curuzu) 04/07 (21h30) – ABC x Náutico (Frasqueirão) 07/07 (19h15) – Santa Cruz x Brasil (Arena Pernambuco) 07/07 (20h30) – Goiás x Luverdense (Olímpico) 07/07 (21h30) – Paraná x América (Durival de Britto) 08/07 (16h30) – Figueirense x Ceará (Orlando Scarpelli) 08/07 (16h30) – Internacional x Criciúma (Beira-Rio) 08/07 (19h00) – Juventude x Guarani (Alfredo Jaconi) 08/07 (19h00) – Oeste x Vila Nova (Arena Barueri) 08/07 (19h00) – Boa x CRB (Dilzon Melo)
O segundo tempo no Castelão, quando virou o placar com autoridade, deixou uma boa impressão na largada de Adriano Teixeira. Embora já assuma o Santa Cruz de forma interina há dez ano, o treinador ganhava a sua grande chance. Apesar das ressalvas, o blog também viu uma mudança de postura interessante. Entretanto, ao que parece, ficou só por ali mesmo.
Após a volta ao G4, o tricolor engatou uma sequência de quatro jogos sem vitória, empatando duas no Arruda e perdendo duas como visitante. Distanciou-se demais do grupo de acesso, com 5 pontos. Tanto que a zona de rebaixamento, outrora um cenário improvável, ficou a apenas 2 pontos.
Neste jejum, pesou a falta de competitividade do time, vista somente na capital cearense. Pois, além de volume de jogo, é preciso eficiência – não por acaso, somou apenas 1 gol no período. E isso não está, necessariamente, ligado à insistência, como foi a opção de Adriano, colocando três centroavantes no jogo – com Facundo Parra e Júlio Sheik, ambos sem bom rendimento na temporada, entrando no decorrer, já com Ricardo Bueno em ação.
Àquela altura, em Barueri, os corais já perdiam do Oeste, então no Z4. No fim de um primeiro tempo opaco, o atacante Velicka deu um já vai em Bruno Silva e marcou. E nos descontos do jogo, com os três atacantes enfiados, o goleiro Júlio César também foi até a área. O relógio marcava 46min40s, indo até 49. Era mesmo necessário? Além de não ter funcionado, o contragolpe foi fatal, com Fernando Aguiar chutando a mais de 60 metros para o gol vazio, 2 x 0. Um golaço a partir de uma desorganização tática e técnica do Santa…
Os primórdios do futebol no Recife guardam histórias curiosas sobre um esporte flamejante e imerso no amadorismo. Detalhes essenciais eram relevados, como tempo de jogo e critérios de desempate. Num arranjo histórico, onde vale a ponderação, encontra-se o primeiro Santa Cruz x Náutico, há 100 anos, sendo o 15º clássico mais antigo do Brasil.
O jogo aconteceu em 29 de junho de 1917, no “ground” da Liga Sportiva Pernambucana, que hoje, com outro dono, atende pelo nome de Aflitos. E não foi a única partida do dia no novo campo. Foi o 5º dos 7 jogos envolvendo oito clubes! Como houve tempo? Justamente pela releitura da história. Naquela tarde houve o Torneio Associação das Damas de Beneficência, no intervalo do Estadual, com três rodadas. O blog mergulhou no acervo de jornais da época (Diario de Pernambuco, A Província e Jornal Pequeno), relembrando o pioneiro Clássico das Emoções. Porém, os relatos focam mais festa do que nas partidas, entre “35 e 40 minutos”, dependendo do periódico. Na ocasião, os clubes misturaram o ‘primeiro team’ e o ‘segundo team’, vulgo reservas.
No sistema eliminatório, o clássico ocorreu na semifinal, com goleada coral. O Santa aplicou 3 x 0, com os autores dos gols não informados. Abaixo, a integra da reportagem original do DP. A primeira impressão é de um texto repleto de erros (victoria, annunciado, atravez), mas era a grafia da época.
A victoria do “Santa Cruz”
Realizou-se hontem, no vasto ground da Liga Sportiva Pernambucana, o annunciado torneio de foot-ball entre 8 clubs seus filiados, promovido pela Associação das Damas de Beneficencia em favor das crianças desvalidas. A festa que teve inicio pouco depois das 13 horas, revestio-se de desusado brilhantismo e grande animação, logrando uma concurrencia selecta e numerosa de familias e cavalheiros.
Tomaram parte no torneio os seguintes clubs: Casa Forte, Sport, Torre, America, Nautico, Santa Cruz, Peres e Flamengo. O jogo transcorreu sempre muito animado, tendo sido valentemente disputado atravez lances admiraveis que mereceram prolongados applausos da escolhida assistencia.
A victoria do torneio coube ao Santa Cruz, que fez jus, assim a artistica e valiosa estatueta de bronze que a Associação das Damas de Beneficencia instituira como premio ao club vencedor. O 2º lugar foi atribuido ao Sport.
O jornal trouxe a escalação das equipes durante a tarde, com as formações num incrível 2-3-5. Pois é, dois zagueiros, três meias e cinco atacantes.
Santa Cruz Ilo; Mangabeira e Jorge; Castro, Theophilo e Manoel; Pitota, Sá, Tiano, Alberto e Anizio
Náutico Nelson; Cazuza e Zé Maia; Amarinho, Davino e Bibi; Nadu, Fernando, Lopes, Ivan e Maximo
Não havia arquibancada, mas o público que cercou o campo foi numeroso, na base do “olhômetro”. Segundo A Província, “não exageramos dizendo que alli compareceram cerca de 2.000 pessoas, hontem”. O Jornal Pequeno foi além. “A grande assistencia, calculada em 5.000 pessoas, dispersou-se a passeiar em redor do campo emprestando-lhe um aspecto encantador”.
O Jornal Pequeno foi o único a escrever alguma análise sobre o clássico.
“Victoria dos tricolores sobre o Nautico pelo elevado score de 3 goals e 1 corner”
Scout de escanteios? Acredite, era este o critério de desempate no torneio – uma tradição também no antigo Torneio Início. Ou seja, mesmo que o Náutico tivesse marcado três gols, seria eliminado por ter menos escanteios a favor. Por sinal, na estreia coral, contra o América, o número de corners foi o destaque: “os tricolores fortes, ageis e seguros conseguiram estabelecer um domínio completo sobre os americanos, arrancando-lhes a victoria pela diferença esmagadora de 6 corners e 1 goal contra 1 corner”.
Eis a tabela completa do Torneio Associação das Damas de Beneficência: Quartas de final Náutico 1 x 0 Casa Forte Santa Cruz 1 x 0 América Flamengo do Recife 0 x 0 Peres* Sport 1 x 0 Torre * O Fla passou porque teve um escanteio a favor
Semifinal Náutico 0 x 3 Santa Cruz Sport 1 x 0 Flamengo do Recife
Final Santa Cruz 1 x 0 Sport
Confira o post com estatísticas sobre os 517 jogos do clássico aqui.
Os três grandes clubes pernambucanos em entraram em campo no sábado, em um fim de semana marcado pela festa de São João. Resultados distintos para as torcidas. À tarde, pela Série B, o tricolor teve que se contentar com o empate, apesar da luta no segundo tempo. Pouco depois, já à noite, jogos simultâneos. Também pela segundona, o alvirrubro perdeu a 5ª seguida. Pela elite, o leão conseguiu a primeira vitória na Vila Belmiro. O podcast 45 minutos analisou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 111 minutos. Ouça!
A Série B chegou a dez rodadas e encerrou a maratona de duas rodadas por semana – pausa nas “terça-feiras cheias”. E pela terceira rodada seguida, nenhuma vitória pernambucana. No sábado, à tarde, o Santa Cruz empatou com o Figueira, em seu primeiro jogo na Arena Pernambuco, de um total de cinco que o clube deve fazer neste Brasileiro. Com isso, o tricolor perdeu mais uma posição, terminando o dia em 8º lugar, a sua pior posição.
À noite, em Campinas, o Náutico perdeu do Guarani, aumentando a diferença em relação ao penúltimo colocado. Hoje lanterna, o timbu já está a sete pontos de diferença! Nesta 10ª rodada, troca de líderes, ambos alviverdes. O Bugre se aproveitou do empate do Juventude para tomar a ponta.
Resultados da 10ª rodada CRB 2 x 1 Paysandu Boa 2 x 1 ABC Criciúma 2 x 1 Paraná Luverdense 0 x 3 América Brasil 0 x 1 Internacional Goiás 0 x 2 Vila Nova Londrina 2 x 2 Juventude Ceará 3 x 0 Oeste Santa Cruz 1 x 1 Figueirense Guarani 2 x 1 Náutico
Balanço da 10ª rodada 5V dos mandantes (14 GP), 2E e 3V dos visitantes (13 GP)
Agenda da 11ª rodada 27/06 (19h15) – Juventude x Goiás (Alfredo Jaconi) 27/06 (21h30) – Figueirense x Londrina (Orlando Scarpelli) 30/06 (19h15) – Paysandu x Luverdense (Mangueirão) 30/06 (20h30) – Vila Nova x Criciúma (Olímpico) 30/06 (21h30) – Náutico x CRB (Arena Pernambuco) 01/07 (16h30) – Oeste x Santa Cruz (Arena Barueri) 01/07 (16h30) – Paraná x Ceará (Durival de Britto) 01/07 (16h30) – Internacional x Boa (Beira-Rio) 01/07 (19h00) – ABC x Guarani (Frasqueirão) 01/07 (19h00) – América x Brasil (Independência)
Qualquer lampejo de reação do Náutico nesta Série B, onde já entrou num buraco enorme, passa por um ajuste na ‘cozinha’. Hoje, é algo distante. Tanto na tabela, com apenas 6,7% de aproveitamento, quanto no rendimento do sistema defensivo. Em dez rodadas, o time foi o mais vazado, com 21 gols. Somando as falhas de posicionamento e postura, além da limitação técnica, chega-se a sete penalidades cometidas. O bizarro desempenho dentro da área – afobação, carrinhos, mão na bola, saída errada do goleiro etc – vai minando a campanha. Até porque algumas penalidades ainda vêm com “bônus”, como foi o caso da expulsão de Suelinton, em Campinas.
No Brinco de Ouro, o timbu somou a 8ª derrota diante do agora líder Guarani, numa noite com três pênaltis. Dois contra e um a favor, 2 x 1. O jogo seria difícil mesmo que a equipe estivesse bem ajustada, mas o que o deixou mais curioso foi o fato de o técnico alvirrubro, Beto Campos, ter escalado três zagueiros e três volantes. Ou seja, não basta colocar esse povo todo atrás da linha de bola. Sem qualidade e organização, as deficiências tendem a seguir em um campeonato em situação já dramática… Na lanterna.
Quando venceu o Ceará no Castelão, com ótima atuação no segundo tempo, o Santa voltou ao G4, anulando a derrota em casa para o Londrina. Desde então, foram mais três apresentações, em oito dias, com o tricolor somando apenas dois pontos. Contra o Inter, um campo ruim, com um jogo equilibrado e a satisfação momentânea pelo empate. Na sequência, derrota para o América, com falta de apetite ofensivo em BH. Voltando a atuar como mandante, mas na Arena Pernambuco, no primeiro dos cinco jogos acertados lá, um novo cenário, com volume ofensivo e pouca eficiência nas finalizações. O saldo disso tudo foi a queda para a 8ª colocação, a pior dos corais nesta Série B.
Creio que caiba uma ressalva sobre o Figueirense, pois mesmo estando na penúltima colocação, o clube é organizado e conta com jogadores de qualidade para a segundona, como Marco Antônio, Luidy e Jorge Henrique. Nomes que seriam reforços no Arruda. Tentando se encontrar no ano – apenas 6 vitórias desde janeiro! -, o Figueira equilibrou bastante o primeiro tempo, marcado por erros defensivos do corais. Falhas em sequência, até a derradeira, aos 46 minutos, com Roberto (perdeu a bola), Jaime (bote errado) e Bruno Silva (atrasado). Na conclusão, um golaço por cobertura de Henan.
Na segunda etapa, talvez o melhor momento do Santa desde o Castelão, sufocando o visitante. Com melhor preparo físico, o time de Adriano Teixeira impôs um ritmo forte nas pontas, sobretudo pela direita, de onde veio a bola para Augusto empatar, 1 x 1 – o atacante entrara no lugar de André Luís, em queda. Pela direita, insistiu até os descontos, criando quatro boas chances, todas desperdiçadas. Nem Ricardo Bueno, de volta, fez a diferença.