De virada, o Santa Cruz vence o Bahia na Fonte Nova e grita pelo acesso à elite

Série B 2015, 34ª rodada: Bahia 1x2 Santa Cruz. Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia

O cenário era hostil, o adversário era cascudo e a vitória era essencial. O gol de Kieza aos sete minutos do segundo tempo só aumentou a bronca do Santa Cruz lá na Fonte Nova, tomada por 30 mil torcedores. O rápido atacante mandou para as redes menos de um minuto após Souza perder um pênalti, tirando da torcida coral o direito de comemorar o lance. O que parecia desanimador logo motivou uma reviravolta daquelas, até porque o time de Marcelo Martelotte era taticamente mais organizado, diante do irregular Bahia. Tocava a bola com mais qualidade, atacava de forma concatenada. Era possível.

Só não poderia desperdiçar mais chances, como a bola pra fora de Luisinho, com o gol escancarado ainda no primeiro tempo. Pressionando o Baêa contra o seu campo, o Tricolor utilizou a velocidade de Raniel pela esquerda e o passe apurado de João Paulo para abrir as jogadas. O empate veio aos 21 minutos, numa cobrança de escanteio pela esquerda. João Paulo cobrou e Danny Morais desviou de cabeça. Foi o primeiro gol do zagueiro na competição (que hora!).

A partir dali, o Santa passou a dominar as ações, com o dono da casa encurralado pela própria torcida a cada passe errado. Bem postado, diante de um bando que não guardava posição, o time pernambucano precisava de paciência. Com boa vontade, o empate até serviria, mas os três pontos mudariam o patamar da campanha. Forçando sempre pelo lado esquerdo, a virada veio aos 37, numa jogada bem trabalhada, sobrando para Bruno Moraes (que acabara de substituir Grafite). O gol para estabelecer o 2 x 1 em Salvador, aumentar a invencibilidade contra o rival, com quatro jogos desde 2010, e colocar o atual campeão pernambucano nos trilhos para um acesso daqueles.

Série B 2015, 34ª rodada: Bahia 1x2 Santa Cruz. Foto: Romildo de Jesus/Futura Press

Podcast 45 (184º) – Chances de Náutico, Santa e Sport, desmanche e Givanildo

Após as merecidas férias, a volta ao trabalho no Diario de Pernambuco. De cara, gravação do podcast 45 minutos, com a reta final do Brasileiro. A cinco rodadas dos fim das Séries A e B de 2015, analisamos as chances do trio recifense, tanto nas projeções matemáticas quanto na técnica propriamente dita, com a dificuldade de cada jogo até a 38ª rodada. Comentamos também o provável acesso do América-MG, dirigido pelo pernambucano Givanildo Oliveira, que pode conquistar o quinto acesso à elite, um recorde. Além da resenha com dicas de música, viagens etc.

Nesta 184ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Podcast 45 (175º) – Empate do Santa em São Luís e goleadas de Náutico e Sport

Começamos o 45 minutos com o Santa, que empatou com o Sampaio e se manteve a dois pontos do G4. Analisamos a partida, o gol anulado, as opções de Martelotte para a próxima rodada e o rendimento de Grafite. No Náutico, comentamos a segunda vitória seguida, que recolocou o time na briga pelo acesso. Na sequência foi a vez do Sport, que venceu a Chape, ganhando um pouco de tranquilidade para enfrentar o Huracán. Quais são as chances na Argentina? O campo reduzido pode induzir Falcão a mudanças?

Confira um infográfico com as principais atrações do podcast aqui.

Nesta 175ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

A 28ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 28 rodadas. Crédito: Superesportes

O G4 chegou a cinco rodadas com a mesma formação, variando apenas a ordem dos colocados, tendo agora o Vitória como vice-líder ultrapassando o Paysandu (resultado do confronto direto, na Fonte Nova, com 3 x 1 para os baianos). Havia a expectativa da entrada do Tricolor no pelotão de cima da Segundona, nesta 28ª rodada. No entanto, o Santa Cruz empatou com o Sampaio Corrêa, no Castelão, e se manteve a dois pontos de distância, mas perdeu uma colocação na tabela – do 5º para o 6º lugar.

Já o Timbu somou seis pontos nas últimas duas rodadas. Deu um salto, diminuindo a diferença de oito para quatro pontos. Ainda assim, a goleada do Náutico sobre o ABC, na Arena Pernambuco, não tirou o time da 8ª colocação.

Obs. Após 23 dias, a Série B voltou a ficar com a tabela completa, com a realização do jogo adiado, da 23ª rodada, Atlético-GO 0 x 0 Criciúma.

No G4, um carioca (líder), dois baianos e um paraense.

A 29ª rodada dos representantes pernambucanos
29/09 (21h00) – Santa Cruz x Bragantino (Arruda)
03/10 (16h30) – Oeste x Náutico (José Liberatti, Osasco)

Santa empata sem gols com o Sampaio e adia mais uma vez a entrada no G4

Série B 2015, 28ª rodada: Sampaio Corrêa 0x0 Santa Cruz. Crédito: Antônio Melcop/Santa Cruz

Caso vencesse pela quarta vez consecutiva, o Santa Cruz finalmente entraria no G4 da Série B, numa luta que já dura bastante tempo, desde a quarta rodada de 2007. O time estava motivado, inclusive financeiramente, com o pagamento na véspera de uma das duas folhas pendentes. A escalação também demonstrava ousadia, outra vez com os meias João Paulo e Daniel.

Em campo, naturalmente, teria um adversário complicado, o Sampaio, fazendo rigorosamente os mesmo cálculos para entrar no “pelotão”. Com o forte calor em São Luís para completar, o cenário tornou-se bem adverso. No empate em 0 x 0, o tricolor pernambucano saiu reclamando do gol anulado aos 32 do primeiro tempo. Daniel Costa cobrou uma falta pela esquerda e a bola entrou direto, com o árbitro invalidando o lance por enxergar uma carga do zagueiro Danny Morais no adversário, dentro da área. Na visão do blog, decisão correta.

Foi no primeiro tempo, também, que o time coral jogou melhor, fisicamente superior, buscando o encaixe de um contragolpe. Tentou ao menos três vezes. Em uma delas, Luisinho ficou numa ótima condição, mas bateu pra fora. A entrada de Pimentinha na Bolívia Querida, no finzinho do primeiro tempo, deu resultado só no segundo, ciscando bastante na frente da defesa visitante. Aí, entrou em ação, mais uma vez, o goleiro Tiago Cardoso, garantindo um pontinho no Castelão. O G4 segue próximo ao Santa.

Série B 2015, 28ª rodada: Sampaio Corrêa 0x0 Santa Cruz. Crédito: Honório Moreira/O Imparcial

Com ótimo segundo tempo, o Náutico goleia o ABC e ensaia recuperação

Série B 2015, 28ª rodada: Náutico 3x0 ABC. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Quanta diferença após o apito do árbitro Francisco Carlos do Nascimento no intervalo e no fim do jogo. No primeiro, o Náutico foi vaiado pelos seis mil torcedores na arena. O time havia passado boa parte do jogo com um a mais que o ABC, após a justa expulsão do zagueiro Luisão, derrubando Bérgson, que corria livre. Afobado, o time pernambucano pouco produziu. Até insistiu, mas sem pensar direito as jogadas. Na volta do vestiário, até mesmo pela pressão da torcida, o técnico Gilmar Dal Pozzo promoveu duas mudanças. Saíram Marino e Renato, entrando Hiltinho e Daniel Morais. A segunda surtiu efeito instantâneo.

Em sua primeira participação, Daniel trabalhou bem a bola na meia-lua e bateu colocado, certeiro. Com a equipe mais solta, em vantagem no placar e na distribuição em campo, era só aproveitar a onda positiva (que ressurgiu em Belém, vale lembrar). Dito e feito, com Bérgson recebendo pela direita e batendo rasteiro. Em menos de cinco minutos, dois gols. Francamente, o resultado já estava consolidado ali, com o Timbu enfim mantendo a tranquilidade.

Não por acaso, o goleiro Saulo, emprestado pelo Sport teve bastante trabalho. Pela frente, os atacantes alvirrubros. Atrás da sua barra na etapa complementar, a maioria da torcida presente. E ele ainda teria buscar mais uma bola lá no fundo das redes após uma triangulação com Bérgson (nome do sábado) fechando a goleada, 3 x 0. Há duas rodadas, a diferença em relação ao G4 era de oito pontos. Caiu para seis e agora para quatro. O Timbu, quem diria, está vivo.

Série B 2015, 28ª rodada: Náutico 3x0 ABC. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Contrato da Série B de 2018 a 2021 com cotas de proteção para rebaixados

Glauber Vasconcelos, presidente do Náutico em 2014/2015. Crédito: Náutico/site oficial

Natal – O atual contrato de transmissão na tevê da Série B, firmado com a Rede Globo, vai até 2017, mas um futuro acordo já vem sendo costurado entre os clubes e emissoras interessadas. Com previsão de quatro temporadas, de 2018 a 2021, a proposta seria para no mínimo dobrar a cota atual, de R$ 3 milhões, fora a verba para bancar hospedagens, passagens aéreas, arbitragem e antidoping, já presente. Além disso, há outro ponto importantíssimo na mesa de negociações, que tem Náutico, Paysandu, América-MG e Atlético-GO numa comissão à frente. Seria uma espécie de “cota especial” para clubes oriundos da Série A à parte daqueles 18 clubes que já têm contratos individuais com a Globo, com repasses anuais entre R$ 27 a R$ 110 milhões.

Os demais times voltam à Segundona na estaca zero nas finanças. A proposta, já apresentada aos executivos, é garantir um aporte mínimo no primeiro ano do retorno à Série B, num valor acima da cota regular. Simulando a situação a partir dos dados mínimos apurados, em 2018 um clube ganharia pelo menos R$ 6 milhões. Porém, se entre os quatro que descenderem estiver algum time que não tenha feito parte do Clube dos 13, a cota poderia ser até 50% maior (R$ 9 mi). Ao menos esta é a principal cobrança dos clubes, após a análise de consultorias e conversas junto à CBF. Para bancar isso, claro, é preciso estimular a concorrência. Ainda que a Rede Globo tenha preferência em caso de igualdade nas propostas, o Esporte Interativo, já detentor dos direitos das Séries C e D, do Nordestão e da Copa Verde, também demonstrou interesse.

Não por acaso se explica a presença do mandatário timbu, Glauber Vasconcelos em Natal, no Sorteio da Lampions League de 2016, que não terá a participação do clube. Veio para se reunir com representantes do canal. Ao blog, ele trata a “cota especial” como algo definitivo no acordo. “A queda vem acompanhada de muitas contas para pagar, numa mudança grande de patamar. Os outros (ex-Clube dos 13) ganham integral quando são rebaixados”, comentou. Ainda segundo o dirigente, a assinatura deve ocorrer ainda este ano. O objetivo é receber logo as “luvas” do novo contrato. O blog questionou a possibilidade de eventualmente Náutico e/ou Santa Cruz serem chamados pela Globo para algum acordo individual, mais vantajoso, como o do Sport. Resposta categórica: “Nenhuma chance, não há interesse”. Portanto, vale tentar ao menos a garantia em caso de insucesso no Brasileirão…

Podcast 45 (174º) – Empate do Sport na Sula, bastidor da Puma no Santa e Série B

O primeiro confronto oficial do Sport contra um clube argentino terminou em empate, 1 x 1, complicando a situação leonina na Sul-Americana. É possível reverter fora de casa, contra o Huracán? Comentamos no novo 45 minutos, que seguiu para a forte especulação da Puma como nova fornecedora do Santa Cruz. No fim, uma passagem nos jogos dos pernambucanos no próximo fim de semana, pelo Campeonato Brasileiro. Ah, teve espaço até para o Rock in Rio. 

Confira um infográfico com as principais pautas do programa aqui.

Nesta 174ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

As placas estáticas dos campeonatos de 2015, com ou sem publicidade

Em 2015, os principais campeonatos de futebol ao alcance dos brasileiros contaram com placas estáticas com os nomes dos torneios bem no centro do campo. Ladeadas pelos prismas publicitários, naturalmente. Em Pernambuco, sem contrato de naming rights nesta temporada, os painéis de LED na lateral do gramado, de frente para as cabines de televisão, focaram marcas exclusivas com revezamento de 30 segundos.

Apenas dois torneios não têm uma empresa atrelada à denominação oficial: Série D e Sul-Americana. No caso da Sula, não houve a renovação com a Total, companhia francesa de petróleo. As parcerias atuais, através de agências de marketing esportivo, são as seguintes: Libertadores/Bridgestone, Série A/Chevrolet, Copa do Brasil/Sadia, Série B/Chevrolet e Série C/Caixa.

As reproduções abaixo contemplam emissoras em sinal aberto, sinal fechado e digital, com Globo, Band, Rede TV, Sportv, Esporte Interativo e TV Criativa. Com a transmissão e a reprodução dos jogos, com compartilhamento voluntário do público, a marca de um campeonato demanda a autopromoção…

Taça Libertadores da América (Cruzeiro 0 x 3 River Plate, Sportv)

Placa de divulgação da Libertadores de 2015 (Cruzeiro 0 x 3 River Plate). Crédito: Sportv/reprodução

Copa Sul-Americana (Sport 4 x 1 Bahia, Fox Sports)

Placa de divulgação da Copa Sul-Americana de 2015 (Sport 4 x 1 Bahia). Crédito: Fox/reprodução

Série A (Sport 2 x 0 São Paulo, Band)

Placa de divulgação do Campeonato Brasileiro da Série A de 2015 (Sport 2 x 0 São Paulo). Crédito: Band/reprodução

Copa do Brasil (Flamengo 0 x 1 Vasco, Globo)

Placa de divulgação da Copa do Brasil de 2015 (Flamengo 0 x 1 Vasco). Crédito: Globo/reprodução

Série B (Náutico 2 x 1 Santa Cruz, Rede TV)

Placa de divulgação do Campeonato Brasileiro da Série D de 2015 (Náutico 2 x 1 Santa Cruz). Crédito: Rede TV/reprodução

Série C (Botafogo-PB 2 x 2 Fortaleza, Esporte Interativo)

Placa de divulgação do Campeonato Brasileiro da Série C de 2015 (Botafogo-PB 2 x 2 Fortaleza). Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Série D (Central 0 x 1 Treze, TV Criativa)

Placa de divulgação do Campeonato Brasileiro da Série D de 2015 (Central 0 x 1 Treze). Crédito: TV Criativa/reprodução

Troféus nacionais repaginados na CBF

Troféus oficiais do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Série B, Série C, Série D e Brasileiro Sub 20

O departamento de competições da CBF vem executando, desde 2013, uma gradativa repaginação dos troféus oficiais dos campeonatos nacionais organizados pela entidade. Começou com a Copa do Brasil, substituindo um modelo adotado durante cinco anos. Em 2014 foi a vez de mudar os objetos de desejo das Séries A e B. No Brasileirão, a antiga taça vigorou de 1993 a 2013, enquanto na Segundona o troféu era o mesmo desde 2002. Agora, as peças têm até o nome da patrocinadora, a Chevrolet, gravado nas bases.

A medida extrema de marketing no Campeonato Brasileiro se deve ao acordo de naming rights com a montadora, com vínculo até 2017. Ou seja, caso não seja renovado, certamente um novo troféu será elaborado. Já as duas divisões mais baixas, C e D, ainda não foram contempladas com acordos mais robustos, mantendo as peças em vigor, com ajustes mínimos, na cor. Em 2011, os dois troféus ganharam um tom prateado. À parte dos torneios profissionais, a disputa mais importante na base é a do Brasileiro Sub 20, chancelado pela confederação em 2015, com um troféu inspirado na categoria principal. Antes, o torneio era disputado no Rio Grande do Sul, organizado pela federação gaúcha.

Você concorda com as mudanças nos troféus? Qual é o mais bonito?

Acima, os novos troféus. Abaixo, os antigos. Pela ordem, da esquerda para direita: no alto, Série A, Copa do Brasil e Série B; embaixo, Série C, Série D e Brasileiro Sub 20.

Troféus oficiais até 2011 do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Série B, Série C, Série D e Brasileiro Sub 20