O que dizem os matemáticos sobre as chances de título, Libertadores, acesso e rebaixamento nas Séries A e B de 2015

A cada ano, algo bastante tradicional no futebol é a elaboração de contas para ver a chance do seu time. Seja para brigar pelo título, por uma vaga em um torneio mais importante ou simplesmente fugir do rebaixamento. Com o fim do primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2015 (Séries A e B), vamos às estatísticas de três sites especializados no assunto: Chance de Gol, Infobola e UFMG, através do departamento de matemática da universidade mineira.

A partir de cálculos sobre o desempenho em casa, histórico em confrontos e campanha atual, o site Chance de Gol ainda projeta as pontuações finais, com os percentuais que dão mais “garantia” a cada opção. Na Série A, por exemplo, a média histórica do 4º lugar, no formato atual, desde 2006, é de 64 pontos. Em 2015, isso representa  60% de chance. Na Série B, o mesmo índice é de 63 pontos. Neste ano daria 50%. Confira os quadros das duas divisões aqui.

Veja as classificações atualizadas após a 19ª rodada: Série A e Série B.

Probabilidades da Série A 2015
Na primeira divisão os quadros em relação à Libertadores consideram apenas o G4. Mas vale lembrar que o grupo pode variar em duas situações. Para G3, caso algum clube abaixo dos quatro primeiros lugares no Brasileirão conquiste a Copa Sul-Americana, o que tiraria a quarta vaga do nacional. Por outro lado, também pode ocorrer um G5, caso um dos quatro melhores times da competição também conquiste a Copa do Brasil, abrindo a vaga ao 5º colocado.

Sport
Título: 0,4% a 1,8%
Libertadores: 16,9% a 23,0%
Rebaixamento: 0,1% a 1,0%

Projeções do site Chance de Gol para a Série A 2015 após 19 rodadas

Projeções do site Infobola para a Série A 2015 após 19 rodadas

Projeções do site UFMG para a Série A 2015 após 19 rodadas

Probabilidades da Série B 2015
Apenas Chance de Gol e UFMG divulgaram três tipos de projeção, para título, acesso e rebaixamento. O Infobola focou apenas nas probabilidades de classificação ao Brasileirão de 2016. Por sinal, ABC, Mogi Mirim e Ceará são os únicos, hoje, com menos de 1% de chance de acesso.

Náutico
Título: 1,3% a 6,6%
Acesso: 19,6% a 37,3%
Rebaixamento: 0,07% a 0,4%

Santa Cruz
Título: 0,9% a 2,4%
Acesso: 17,0% a 19,9%
Rebaixamento: 0,2% a 2,3%

Projeções do site Chance de Gol para a Série B 2015 após 19 rodadas

Projeções do site Infobola para a Série B 2015 após 19 rodadas

Projeções do site UFMG para a Série B 2015 após 19 rodadas

Podcast 45 – Balanço do primeiro turno das Séries A e B do Brasileiro 2015

Somando o primeiro turno das Séries A e B de 2015, foram realizadas 380 partidas. Com a primeira metade do Campeonato Brasileiro, o balanço do 45 minutos focou os pernambucanos. A gravação foi longa, com 2h22, metade para cada competição – edições 161 e 162. Começamos pela Segundona, com a análise das campanhas de Náutico e Santa, além da projeção para o returno, a partir do rendimento de cada um. Mesmo quatro pontos atrás do Timbu, os tricolores teriam mais gás? Respondemos, sem ficar em cima do muro.

Após uma breve pausa, o “rec” começou na elite, com o Sport engatando uma série de empates e terminando a 19ª rodada em sua pior colocação até aqui 7º lugar). Previsibilidade tática, desgaste ou tabela pesada? A pressão vem no início do segundo turno, com a chance de recuperação (e a definição sobre o objetivo no campeonato). Nos dois programas,  também comentamos sobre os principais adversários, com previsões de G4 e Z4.

Nos dois podcasts, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Série B (Náutico e Santa Cruz)

Série A (Sport)

A 19ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 19 rodadas. Crédito: Superesportes

Fim do primeiro turno na Segundona. Após 190 partidas realizadas, os dois clubes pernambucanos seguem na briga, ainda que tenham chegado à primeira metade fora do G4 – na prática, a presença só vale na 38ª rodada. O vitória do Náutico sobre o Bragantino, na Arena Pernambuco, deixou o time a apenas um ponto da zona de classificação à elite de 2016, em 5º lugar. O atual campeão estadual também poderia ter terminado um pouco mais próximo (hoje está a cinco pontos), mas na 19ª rodada o Santa Cruz perdeu do líder Vitória, em Salvador, ficando em 8º, a cinco pontos. Por outro lado, a tabela coral no returno é favorável, com quatro jogos em casa na seis primeiras rodadas.

Em relação à projeção do returno, algumas considerações. O percentual atual do 4º colocado, o Bahia, é de 57%. Na história da Série B, após 38 rodadas, o rendimento “mínimo” para o acesso varia de 51% a 62%. Nas nove edições nos pontos corridos, essa média de pontos é de 62,7, com 55%. A partir deste índice, arredondando para cima (até 63), o Náutico precisaria somar mais 31 pontos (54% no returno), enquanto o Santa precisaria de 35 (61%). Em tese, o Alvirrubro poderia subir até com um rendimento inferior no segundo turno. Já o Tricolor, com uma projeção mais elevada, tem a seu favor o índice do técnico Marcelo Martelotte, com 63% nos 12 jogos comandando o time.

A campanha do 4º lugar após 38 rodadas
2014 – 62 pontos (54,3%), Avaí
2013 – 60 pontos (52,6%), Figueirense
2012 – 71 pontos (62,2%), Vitória
2011 – 61 pontos (53,5%), Sport
2010 – 63 pontos (55,2%), América-MG
2009 – 65 pontos (57,0%), Atlético-GO
2008 – 63 pontos (55,2%), Barueri
2007 – 59 pontos (51,7%), Vitória
2006 – 61 pontos (53,5%), América-RN

A 20ª rodada dos representantes pernambucanos
21/08 (21h30) – Santa Cruz x Macaé (Arruda)
22/08 (16h30) – Luverdense x Náutico (Passo das Emas)

Náutico vence o Bragantino na Arena e termina o turno encostado no G4

Série B 2015, 19ª rodada: Náutico 3x1 Bragantino. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Náutico encerrou o 1º turno com 32 pontos, a um do G4. A campanha na Série B pode ser observada de duas formas. Uma na arrancada, pois na sexta rodada chegou a ter 16 pontos dos 18 possíveis, caindo de rendimento depois. Outra com o atual esforço do time (tecnicamente no limite) para se manter em cima, enquanto não chegam os reforços pedidos por Lisca (o meia Biteco e o atacante Daniel Morais?). Prefiro a segunda opção, porque o início foi além do esperado para um elenco em formação. Com os rivais consolidados, o Timbu oscila entre o mau rendimento fora de casa e o ritmo forte como mandante.

Na Arena, contra o Bragantino, é verdade que a escalação quase melou. Com três zagueiros, o time pouco produziu. Até teve um gol anulado, após uma troca de passes infantil dentro da área, com o definidor nitidamente em posição irregular. Voltando à estrutura tática, Lisca desfez o 3-5-2 aos 25 minutos. Flávio ficou chateado ao sair após um vacilo, mas ficou claro que a troca foi por outro motivo. Entrou Rogerinho, criticado pela torcida. Além da pouca objetividade, o meia ainda não havia balançado as redes. Mas a tarde seria dele. Sete minutos depois, recebeu a carga na área. Pênalti bem convertido por Patrik Vieira.

No segundo tempo, num jogo perigoso, Rogerinho desafogou ao escorar um cruzamento. A partir daí, ficou franco. A ponto de Stéfano Yuri, outro em branco até hoje, ser lançado antes do meio campo, avançar, driblar o goleiro e marcar mais um. O sábado só não foi de goleada porque o Braga descontou aos 48, mesmo após uma grande defesa de Júlio César. O ponto negativo no 3 x 1  foi o público, com apenas 5.523 espectadores. A torcida do Náutico cobra bastante (diretoria, jogadores e imprensa), mas precisa apoiar mais até novembro, num incremento que seria (será) vital para o possível retorno à elite.

Série B 2015, 19ª rodada: Náutico 3x1 Bragantino. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Péssimo início de jogo no Barradão leva o Santa à derrota diante do líder Vitória

Série B 2015, 19ª rodada: Vitória x Santa Cruz. Foto: ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS

Do 8º minuto do primeiro tempo ao 50º do segundo, o Santa fez uma partida bem disputada contra o Vitória, num Barradão mais instigado que o normal, com 15 mil torcedores. Infelizmente, é inegável que a desatenção nos sete primeiros definiram a noite a favor do líder da Série B. Foram dois gols relâmpagos, aos 5, no pênalti convertido por Escudero após o imprudente carrinho de Néris em Rhayner, e aos 7, com Elton cabeceando no cantinho de Tiago Cardoso, num lance em que os outros cinco tricolores na área sequer pularam.

A vitória baiana por 2 x 1 brecou a série de vitórias alcançadas no Arruda, mas deve ser insuficiente para mudar o rumo do time, que vem mais consistente. No returno, a tabela é favorável nos seis primeiros jogos, com quatro em casa (Macaé, América-MG, Paysandu e Luverdense) e dois fora (Paraná e ABC). Voltando à partida que abriu a última rodada do turno, o Santa tem a lamentar duas situações, além da desvantagem tão cedo, claro. A primeira foi o gol perdido por Lelê ainda na primeira etapa. Lançado antes do meio campo, ele se aproveitou na saída do goleiro e tocou por cobertura, de longe. Raspou a trave.

Se no primeiro tempo o domínio baiano foi evidente, no segundo o visitante melhorou, equilibrando as ações, ganhando mais a posse. Aos 11, diminuiu num cruzamento de Lelê para Luisinho – curiosamente, os últimos reforços do ex-técnico Ricardinho. Se Grafite não marcou, ao menos teve mais mobilidade, trabalhando coletivamente. Ainda se condicionando, deu lugar a Daniel Costa aos 28. Apesar do maior volume, o Santa não teve “a” chance. Daí, a segunda lamentação, sobre o bandeirinha “cirúrgico”, assinalando impedimento em todos os lances. De toda forma, o rendimento coral ultrapassou o resultado.

Série B 2015, 19ª rodada: Vitória x Santa Cruz. Foto: ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS

Podcast 45 (160º) – Vitória tricolor em PE, empate timbu na BA, revés leonino em SP

Com os jogos na terça e na quarta, a gravação do 45 minutos começou no início da madrugada de quinta-feira, após Corinthians 4 x 3 Sport, que foi o tema principal desta edição. O pênalti marcado contra o Leão, no finzinho, teve destaque, claro. Na sequência, o empate do Náutico na Fonte Nova, evitando o “X” dos tricolores e dando fôlego ao elenco de Lisca, que ainda carece de reforços. Por último, a segunda vitória do Santa Cruz com a assinatura de Grafite. Analisamos a projeção de G4 a partir da curva ascendente.

Ah, o tira-teima desta vez foi sobre a luta entre Luciano Todo Duro e Reginaldo Holyfield. O que você achou da realização do embate entre os veteranos?

Neste podcast, de 1h37, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Náutico empata na Fonte Nova e se mantém na briga direta pelo G4

Série B 2015, 18ª rodada: Bahia x Náutico. Foto: ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS

Além do fraco rendimento como visitante nesta Série B, até então de 20,8%, o Náutico teria contra o Bahia, numa noite estrelada na Fonte Nova com 23 mil torcedores, a pressão de poder ser ultrapassado pelo Santa Cruz. Algo irreal na sexta rodada, quando a diferença a favor dos alvirrubros já era de doze pontos. De lá para cá, curvas distintas dos rivais. E no Recife o Tricolor fez a sua parte.

O “X” na classificação só seria evitado se o time de Lisca pontuasse em Salvador. Conseguiu. Pela reta final do clássico regional, o 1 x 1 ficou de bom tamanho para os pernambucanos. No entanto, não há como não lamentar o contexto aos 5 minutos do segundo tempo. Àquela altura, o Alvirrubro estava à frente, com Patrick Vieira escorando o cruzamento de Gastón no finzinho da primeira etapa. Bem postado, criou duas ótimas oportunidades para ampliar. Na primeira, Fabiano Eller conseguiu o impossível. Num rebote, com o goleiro no chão, o zagueiro, a um metro da barra, acertou a trave. Logo na sequência, numa falta, o volante Willian Magrão acertou o travessão.

Não demorou sete minutos para sair o empate, com Vítor Costa acertando um chutaço da ponta da área. Golaço, cruel. No finzinho, com Rodolpho (de volta após oito anos, substituindo o machucado Júlio César) seguro e o ex-alvirrubro Souza mandando uma cobrança de falta na barreira, ficou o pontinho somado, que manteve o time dos Aflitos a uma vitória do G4. E à frente do Santa.

Série B 2015, 18ª rodada: Bahia x Náutico. Foto: Itaipava Fonte Nova/Facebook

Santa Cruz vence o Mogi Mirim com Grafite decidindo outra vez no Arruda

Série B 2015, 18ª rodada: Santa Cruz x Mogi Mirim. Foto: Rafael Martins/DP/D.A Press

Antes dos trinta minutos o Santa já havia virado o placar. O Mogi Mirim, bem diferente do outrora “rebaixado” nas primeiras rodadas da Série B, marcou aos 13, após uma falha de posicionamento dos corais, com Geovane aproveitando o rebote de Tiago Cardoso. Entretanto, não houve afobação e não houve pressa em jogar, até mesmo pelo campo pesado com a chuva que teima em cair nos jogos do Tricolor. Mas, curiosamente, a situação melhorou rapidamente.

Os gols saíram com Grafite (dois gols de cabeça em três finalizações até aqui, num rendimento excelente) e Anderson Aquino chegando a dez gols na competição. Cobrou um pênalti após a bisonha falta cometida pelo time paulista. O placar de 2 x 1 seria mantido até o final, uma vez que o segundo tempo foi fraco tecnicamente. Com o time de Martelotte satisfeito com o resultado, o visitante, sem Rivaldo e ainda na zona de rebaixamento, precisava se expor. E nem isso aconteceu, com uma timidez ofensiva.

Na noite em que os veteranos laterais Lúcio (esquerdo) e Vitor (direito) jogaram, não haveria (em tese) força para um contragolpe. Na reta final, coube a Grafite dar um belo passe, deixando Luisinho livre, mas bateu por cima. Ao menos o lance deixou claro que que o investimento no ídolo se pagará rapidamente através do nível técnico. A terceira vitória em quatro rodadas, deixou o Santa na entrada do G4. Está na briga, mas em breve precisará aumentar o ritmo.

Série B 2015, 18ª rodada: Santa Cruz x Mogi Mirim. Foto: Rafael Martins/DP/D.A Press

Podcast 45 (159º) – Estreia de Grafite, má fase do Timbu e empate amargo do Sport

O 45 minutos esmiuçou os jogos dos grandes clubes pernambucanos pelo Brasileiro no fim de semana. Nesta 159ª edição, a pauta principal foi o Santa Cruz, com a estreia de Grafite. Foram quase 40 minutos sobre a vitória coral e o peso da presença do atacante para o decorrer da Série B. Na sequência, a má fase do Náutico, derrotado no Rei Pelé e queimando a sua gordura na classificação. Por fim, o amargo empate do Sport em Curitiba, sofrendo um gol do Atlético-PR aos 52 do segundo tempo.

Neste podcast, de 1h32m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

A 17ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 17 rodadas. Crédito: Superesportes

A vitória do Santa Cruz sobre o Botafogo, na estreia de Grafite, e a derrota do Náutico para o CRB, em Maceió, deixaram aberta uma possibilidade que parecia irreal na 6ª rodada da Série B. Àquela altura, o Timbu somava 16 dos 18 pontos possíveis, em segundo lugar, 12 pontos à frente do Tricolor, o 16º lugar. Desde então, o atual campeão pernambucano foi construindo uma campanha mais sólida, enquanto o Alvirrubro queimou bastante a sua gordura.

Nas onze rodadas seguintes, com reforços no Arruda e lacunas nos Aflitos, foram 21 pontos do Santa e 12 do Náutico, ambos fora do G4 após 17 partidas. Com isso, considerando o grau de dificuldade da próxima jornada, numa terça-feira cheia, pode ocorrer um “X” na classificação em caso de vitória tricolor, em casa, e derrota alvirrubra, fora. Essa análise da Série B só mostra o equilíbrio da competição, que sequer chegou à sua metade… Indefinição total.

No G4, dois baianos (incluindo o líder), um mineiro e um carioca.

A 18ª rodada dos representantes pernambucanos
11/08 (19h00) – Santa Cruz x Mogi Mirim (Arruda)
11/08 (19h00) – Bahia x Náutico (Fonte Nova)