Náutico e Sampaio Corrêa empatam numa Arena com menos de 3 mil pessoas

Série B 2015, 23ª rodada: Náutico x Sampaio Corrêa. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Foi apenas a terceira vez que o Náutico não venceu como mandante na Série B. Não venceu, mas se manteve invicto na Arena. Ficou no 1 x 1 com o Sampaio, recalculando o seu aproveitamento em casa para 83%, ainda elevadíssimo. Talvez se encerre aí o “lado positivo” da apresentação na 23ª rodada.

Partindo do óbvio, ou seja, do princípio, o Alvirrubro entrou desatento como há muito não se via. A Bolívia Querida impôs um ritmo veloz, trocando passes. Criou bastante nos primeiros minutos, chegando duas vezes na cara do gol em cinco minutos, com uma boa dose de sorte aos pernambucanos para manter o zero. E acabou ali, pois no minuto seguinte, Diones fez de cabeça, deixando o Paio na liderança àquela altura, para deixar claro que não era uma partida simples. Lisca sabia disso. Não faz um ano foi que comandou o Sampaio.

À parte do gol timbu (três dedos de Hiltinho, assistência de cabeça de Douglas e categoria de Patrick Vieira ), o jogo foi mesmo complicado, com uma pressão maior na meta de Júlio César, irritado com a lenta recomposição. Somente na base do abafa o Timbu  travou o adversário, mas sem força para ganhar pela décima vez em casa. No fim, poucas vaias em São Lourenço. Havia a insatisfação com o empate, que afasta o time do G4, ainda mais com duas partidas fora do estado, onde o rendimento é pífio. Mas o motivo real das poucas vaias foi numérico mesmo. Eram apenas 2.954 torcedores.

Série B 2015, 23ª rodada: Náutico x Sampaio Corrêa. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Aquino perde pênalti aos 42 do segundo tempo e Santa empata com o ABC

Série B 2015, 23ª rodada: ABC 1x1 Santa Cruz. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Artilheiro da Série B, Anderson Aquino é o cobrador oficial de pênaltis do Santa. Mesmo com a chegada de Grafite, manteve o status, visto contra o Mogi Mirim. Assim, quando o camisa 23 caiu na área aos 42 minutos do segundo tempo (justamente o único dos três lances polêmicos da noite que não foi falta), não havia a dúvida sobre quem bateria, para definir a disputa partida contra o ABC.

Aquino havia entrado pouco antes e melhorado o rendimento. Estava confiante, tinha convertido contra Paysandu, Ceará, Náutico e Mogi, mas telegrafou em Natal, com Gilvan espalmando e evitando a vitória coral diante de um adversário que em doze jogos como mandante ainda não venceu uma vez sequer (recorde na competição). Se o Grafa se tornará agora o cobrador, é uma decisão exclusiva de Martelotte (e longe de ser o maior problema), mas o treinador tem mesmo é que administrar o momento da equipe, que não consegue deslanchar longe do Arruda. Uma condição vital para sonhar com o acesso.

Enquanto vencia no primeiro tempo, num rebote de Moradei, o Tricolor chegou a ultrapassar o Náutico e encostar no G4. Daí, a frustração no 1 x 1. Ainda assim, analisando o jogo inteiro, ficou até de bom tamanho, pois Tiago Cardoso cansou de fazer boas defesas, e num chute de Fábio Bahia só pôde rezar. Agora, o time terá uma sequência em casa, contra Paysandu e Luverdense. Se fora de casa os pontos não vêm em profusão, no Mundão basta manter a série de vitórias (são oito seguidas) para bater na porta do G4 novamente…

Série B 2015, 23ª rodada: ABC 1x1 Santa Cruz. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz/Facebook

O custo de um árbitro a cada jogo nas principais ligas nacionais de 2015

Escudo da arbitragem brasileira. Crédito: CBF

As seguidas (e justas) críticas ao trabalho dos árbitros no Brasileirão de 2015 levantou mais uma vez sobre a estrutura atual de arbitragem, bastante falha. Tanto na preparação quanto no controle. Um caso local, o árbitro Emerson Sobral, serve como exemplo, sendo ao mesmo tempo o recordista de jogos decisivos no Estadual e também de punições desde 2010. Em defesa dos árbitros e assistentes, há de se ressaltar o amadorismo da categoria em um meio marcado por receitas cada vez maiores aos demais atores.

Um quadro produzido pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) e divulgado no programa Seleção Sportv comparou a situação dos árbitros brazucas a outras ligas tradicionais, com as cotas cada um nos campeonatos nacionais da primeira divisão em 2015 (entre as principais, falou a Bundesliga). Além de o valor por jogo ser o mais baixo, o Brasil ainda tem a particularidade de não ter receita mensal. Só em outro lugar acontecer isso, na Premier League. Entretanto, cada juiz inglês receber R$ 100 mil por jogo, podendo chegar a renda mensal de até 400 mil reais (ou 68 mil libras esterlinas, a moeda inglesa).

Na prática, apenas os dez árbitros brasileiros com a insígnia da Fifa têm uma condição financeira mais favorável, devido ao maior repasse.

Cota do árbitro por jogo (R$)
100 mil – Inglaterra
17,0 mil – Itália
15,5 mil – Espanha
10,0 mil – França
2,6 mil – Argentina
2,6 mil – Brasil

Salário do árbitro (R$)*
46,2 mil – Espanha
33,6 mil – Itália
11,5 mil – França
18,0 mil – Argentina
*Na Inglaterra e no Brasil não há remuneração fixa. 

No Brasil, até a década de 1990, o pagamento ao trio de arbitragem era atrelado às bilheterias das partidas. O trio ganhava 1% da renda bruta, sendo 0,5% para o árbitro e 0,25% para cada assistente. Voltando ao presente, o contraponto sobre o amadorismo. Que a arbitragem seja profissionalizada pela CBF (Por que a resistência?), acabando os “bicos” e criando uma tendência de melhora técnica, para resultados mais justos. Paralelamente a isso, aumentará a cobrança por bons trabalhos, sem espaço para desculpas esfarrapadas.

Podcast 45 (168º) – Empate do Sport e análise sobre Eduardo, Lisca e Martelotte

O 45 minutos analisou o epate entre Sport e Coritiba, no Couto Pereira, a partir da escolha tática do treinador rubro-negro. Samuel funcionou? Faltou mais intensidade? Marlone pode ser reposicionado em campo? Além do debate sobre o momento do time na Série A, também entrou na pauta da 168ª edição o “tira-teima” entre os técnicos dos grandes clubes pernambucanos. Mercado, ambiente, forma de trabalho, títulos. Em relação aos jogos de Santa e Náutico na Série B, na terça, o conteúdo foi gravado no 167º programa (aqui).

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Podcast 45 (167º) – Vitória do Santa, derrota do Náutico e marketing do Sport

O 45 minutos detalhou a apresentação do Santa Cruz diante do América. Além das projeções de pontuação na Série B, o foco foi no time, com a disputa no ataque (Aquino pode perder a vaga, com Luisinho e Lelê nas pontas?), tendo a certeza de Grafite, e as seis opções possíveis para a defesa, ainda um calo no time de Martelotte. Em seguida, comentamos mais uma partida ruim do Náutico como visitante, com o esquema travado. O rendimento fora da Arena caiu para 18%. Cadê as duas contratações (as “balas guardadas”) ditas há um mês? Por fim, o balanço sobre o marketing do Sport, com direito a Robben apresentando a camisa nova. Fora a resenha de sempre na gravação…

Confira um infográfico com as principais atrações da gravação aqui.

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

A 22ª classificação da Segundona 2015

Classificação da Série B 2015 após a 22ª rodada. Crédito: Superesportes

Como de praxe nesta Série B, uma vitória pernambucana em casa e uma derrota pernambucana fora. Na abertura da 22ª rodada, o Náutico perdeu do Criciúma, sofrendo um gol de pênalti, bem marcado na visão do blog. Caiu do 6º para o 7º lugar, com a diferença ao G4 aumentando, de zero (estava fora pelo saldo) para três pontos. Depois, no Arruda, o Santa ganhou do América-MG, mesmo sem Grafite e Anderson Aquino. Se manteve pela enésima vez na 8ª colocação, com os mesmos quatro pontos de distância, mas com o moral renovado após a fraca apresentação em Curitiba.

Até então na liderança, o Vitória caiu de virada para o Bragantino, deixando claro que não há um grande time nessa Segundona. Daí, o equilíbrio fora da curva.

No G4, um carioca, dois baianos e um maranhense.

A 23ª rodada dos representantes pernambucanos
04/09 (19h00) – ABC x Santa Cruz (Arena das Dunas)
04/09 (19h00) – Náutico x Sampaio Corrêa (Arena Pernambuco)

Com ataque reserva, Santa arranca vitória importante sobre o América Mineiro

Série B 2015, 22ª rodada: Santa Cruz 2x1 América-MG. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Era um jogo complicado para “cravar” vitória. Além do adversário qualificado, apontado como um dos mais técnicos da Série B, integrando o G4, o Santa Cruz não teria os seus principais atacantes, suspensos. Juntos, Grafite e Aquino marcaram 13 gols, com o ídolo atuando apenas cinco vezes. Por isso, o 2 x 1, o sétimo triunfo seguido no Arruda, tem uma importância além da conta. Brecou o América, há quatro rodadas sem vitória, e manteve a perseguição ao G4, num hiato de quatro pontos, com uma sequência em Natal e no Recife (dois jogos).

Os titulares devem voltar, ainda que Martelotte esteja buscando a composição ideal para a dupla, mas Lelê, Luisinho e Bruno Moraes deixaram o campo conscientes do bom papel. O primeiro saiu com uma assistência e os outros com gols marcados. É verdade que o primeiro o tento foi irregular, com Lelê levantando a bola e Bruno cabeceando em impedimento, e Luisinho, no rebote, marcando também à frente. A vantagem saiu quando a partida estava amarrada. O time mineiro, treinado por Givanildo Oliveira (599 jogos pelo Santa, recordista nordestino), havia chegado com perigo duas vezes, ambas em desatenção da zaga coral, mesmo sem Danny Moraes.

Num segundo tempo instável, o América empatou após a clara falha de posicionamento na área coral. Livre, Tony escorou um cruzamento na pequena área. A festa dos cinco torcedores mineiros na arquibancada só durou oito minutos, com outro gol de bola cruzada, com Marlon mandando na medida para Bruno Moraes cabecear a la Grafa, definindo a vitória, diante de 8.532 pessoas. O esforço em campo, aliás, merecia ter tido um apoio mais significativo.

Série B 2015, 22ª rodada: Santa Cruz 2x1 América-MG. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Náutico perde em Criciúma e índice como visitante cai para 18%, custando o G4

Série B 2015, 22ª rodada: Criciúma 1x0 Náutico. Foto: Jota Eder/divulgação (twitter.com/JotaEder)

Um gol pênalti, convertido por Lucca, definiu a insossa partida no frio interior catarinense, com vitória do Criciúma sobre o Náutico, 1 x 0. O revés derrubou ainda mais o já péssimo rendimento alvirrubro como visitante na Série B. Com 87% em casa, o melhor índice nas duas principais divisões, o Timbu só não lidera o campeonato por causa do indesculpável desempenho fora da arena. Em onze jogos, o time de Lisca tem uma vitória, três empates e sete derrotas, com 18% dos pontos conquistados. Logo, voltou a aumentar distância ao G4.

Vindo de uma vitória nos descontos, com pura adrenalina, os pernambucanos entraram em campo com o freio de mão puxado. Foi assim até os 32 minutos, quando Júlio César fez uma defesaça num chute de Lucca na pequena área. A bola seguiu para a lateral, e na cobrança rápida voltou à área de novo. Em poucos segundos, pênalti para o Tigre, com Ronaldo Alves chegando atrasado. A cobrança no ângulo dificultou um cenário complicado desde 16 de maio, quando o Náutico conquistou o seu único triunfo como visitante.

Na segunda etapa, o time até abriu as pontas, com um pouco mais de correria, mas faltou qualidade. A espinha dorsal não ajudou. Ronaldo Alves, Gil Mineiro, Rogerinho e Douglas estavam numa noite infeliz. Essa previsibilidade fora do Recife aumenta (de novo) a pressão para os jogos em casa, com a equipe no limite para se manter na briga. Até quando? Até vencer fora…

Série B 2015, 22ª rodada: Criciúma 1x0 Náutico. Foto: Jota Eder/divulgação (twitter.com/JotaEder)

Podcast 45 (166º), Vitória do Náutico (Boa) e derrotas de Santa (Paraná) e Sport (Fla)

O fim de semana registrou apenas uma vitória local. Em casa, claro, pois longe do estado, em 2015, os resultados não estão vindo. Dos 31 jogos como visitante, com Sport, Náutico e Santa nas Séries A e B, foram apenas 2 vitórias, ambas na segundona. Não por acaso, o Leão é o único da elite que ainda não venceu fora. E nem em seu reduto está fácil. O 45 minutos começou o revés diante do Flamengo, na Arena, com a consequência para o jogo em Curitiba, quarta. Na sequência, a suada vitória alvirrubra sobre o Boa Esporte, que deixou o time encostado no G4. Por fim, a displicência coral contra o Paraná, que brecou a ascensão e ainda terminou com Grafite e Aquino suspensos.

Confira um infográfico com as principais atrações da gravação aqui.

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

A 21ª classificação da Segundona 2015

A classificação atualizada da Série B 2015 após 21 rodadas. Crédito: Superesportes

A 21ª rodada da Série B começou excelente para os pernambucanos, com tropeços dos três primeiros colocados. Na abertura, na terça, o Vitória cedeu o empate no Barradão. Na sexta, perderam América-MG (em casa) e Botafogo (fora). Ajudas improváveis de Oeste, Luverdense e CRB, abirndo caminho para a aproximação de alvirrubros e tricolores. Só um aproveitou.

Com gol no último minuto, o Náutico venceu o Boa Esporte, subindo do 7º para o 6º lugar. Mais importante: em vez de dois pontos abaixo do G4, agora tem a mesma pontuação do 4º (35), atrás no saldo. E está a três pontos do líder! Já em Curitiba, o Santa Cruz perdeu do Paraná, apesar do ótimo começo. Era a chance de ficar a um pontinho da zona de classificação (e a quatro do líder). Além da queda, o coice: perdeu Grafite (expulso) e Aquino (terceiro amarelo) para a próxima rodada, uma terça cheia. A dupla já marcou 13 gols na Série B.

No G4, um baiano, um paraense, um carioca e um mineiro.

A 22ª rodada dos representantes pernambucanos
01/09 (19h00) – Criciúma x Náutico (Heriberto Hülse)
01/09 (20h30) – Santa Cruz x América-MG (Arruda)