Último dia do ano. No rescaldo desta temporada, vou postar 3 vídeos que marcaram momentos importantes para o futebol pernambucano, para bem ou para mal.
Um 2008 para ser lembrado para sempre…
Sport 2 x 0 Corinthians, em 11 de junho. Resultado que deu ao Rubro-negro o inédito título da Copa do Brasil. Uma festa inesquecível na Ilha do Retiro, que viveu uma noite mágica. Não só a Ilha, como todo o Recife.
Um 2008 para ser rasgado da história…
Santa Cruz 1 x 1 Campinense, em 24 de agosto. Um empate que empurrou o Tricolor para o degrau mais baixo do futebol brasileiro. Tão profundo que será cavado pela primeira vez em 2009. Um nível que não condiz com a grandeza coral.
Um misto de emoção e angústia. Uma mescla de sentimentos que é bom evitar em 2009…
Santos 0 x 0 Náutico, em 7 de dezembro. O Timbu segurou na raça a artilharia do Peixe até os últimos instantes na Vila Belmiro e conseguiu se manter na Série A novamente. Um show particular do goleiro Eduardo.
No artigo 105 do capítulo IX (Das Disposições Transitórias), a CBF já revelou a capacidade mínima dos estádios para todas as competições organizadas pela entidade a partir da temporada de 2011.
Série A – 20 mil
Série B – 15 mil
Série C – 10 mil (fase final) e 5 mil (fase inicial)
Série D – 10 mil (fase final) e 5 mil (fase inicial)
Copa do Brasil – 20 mil (semifinal e final) e 5 mil (demais etapas)
Caso já estivesse valendo: o estádio Cornélio de Barros só poderia receber o jogos do Salgueiro na Terceirona na fase inicial. Só os setores das sociais e das cadeiras do Arruda já seriam mais do que suficientes para todas as fases da 4ª divisão. 😎
Uma matéria sobre a única alegria tricolor nos campos de futebol em 2008. O Santa Cruz havia batido o Atlético de Carpina por 4 x 0, no Arruda, conquistando pela primeira vez a Copa Pernambuco.
Um título simbólico, de uma competição semi-profissional. Mas com direito a taça e volta olímpica. Mas o que importou mesmo foi a paixão da torcida coral. Abaixo, um trecho da reportagem:
Foi uma verdadeira prova de amor. Quarta-feira, 15h20. O movimento intenso na avenida Beberibe mostrava que aquela não seria uma partida qualquer. Buzinaço, bandeiras tricolores e alegria. Centenas de torcedores do Santa Cruz correndo em busca de um ingresso para entrar no Arruda.
Outros ainda arrumavam um tempinho para comprar uma camisa do clube do coração em algum camelô instalado na área. Vale lembrar ressaltar, porém, que o jogo já havia começado há 20 minutos, porque dentro do estádio um público surpreendente ocupava boa parte do anel inferior. Uma surpresa talvez para aqueles que não conheçam a fidelidade coral.
Uma quarta-feira com céu carregado e pancadas de chuva. Nem era feriado, mas mesmo assim o jogo começou às 15h, horário de trabalho de muita gente. Mas não fez diferença alguma.
Como a Cobra-Coral não joga desde o dia 6 de setembro (empate por 2 x 2 com o Salgueiro, na Série C), é possível imaginar a multidão que deverá acompanhar o time nas primeiras rodadas do Pernambucano de 2009!
Obs. Nesta quarta, o site Justiça Desportiva informou que o Santa já estaria garantido na Série D de 2009, devido ao título da Copa Pernambuco (leia AQUI). Fato que não estava previsto no regulamento da copinha, e que já foi negado pelo presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira. Assim, o Tricolor terá mesmo que buscar a vaga no Estadual.
O São João de Campina Grande foi antecipado. Depois de 17 anos, o estado da Paraíba voltará a participar da Série B do Brasileiro. Neste domingo, o tradicional Campinense segurou o empate sem gols contra o já campeão Atlético-GO, em Goiânia, e terminou octogonal final da Terceirona em 3° lugar, garantindo umas das 4 vagas para a Segundona de 2009.
Uma classificação merecida, principalmente pela participação da torcida, que compareceu em bom número ao estádio Amigão durante toda a campanha. Tanto que o clube teve a 5ª maior média de público da Série C, com 7.481 torcedores por jogo (16 ao todo).
Série C de 2008
Campeão: Atlético-GO
Vice: Guarani/SP
3° lugar: Campinense/PB
4° lugar: Duque de Caxias/RJ
Parabéns ao Campinense!
E também ao Guarani, campeão da Série A de 1978 e que deu o primeiro passo para voltar à elite.
PS. Em 1992, o Campinense ficou na 4ª colocação do grupo 1 da Série B e acabou sendo eliminado. No ano seguinte não houve segunda divisão, mas apenas a Seletiva para a Segundona de 1994. O classificado da chave Paraíba/Alagoas foi o CRB.
81 gols em 29 jogos (sendo 25 do artilheiro Marcão, que no começo do ano se chamava “Marquinhos”)
73,56% de aproveitamento
Mesmo folgando na noite de quarta-feira, os jogadores do Atlético-GO comemoraram bastante.
Direto da concentração, o grupo acompanhou a derrota do Campinense diante do Rio Branco (2 x 1). Um resultado que garantiu antecipadamente o título da Série C para o time rubro-negro. O segundo campeão brasileiro da temporada (o primeiro foi o Corinthians, no Nacional da Série B)
O time de Goiânia – treindo por Mauro Fernandes (ex-Sport, Santa e Náutico) – ainda jogará 3 vezes no octogonal final da Terceirona. O primeiro jogo dessa série será nesta noite, contra o Brasil de Pelotas, em uma festão agendado no Serra Dourada.
O Atlético Clube Goianinese (fundado em 2 de abril de 1937) tornou-se também o primeiro bicampeão brasileiro da Terceirona (!!!), pois o time já havia vencido a edição de 1990. Compare as duas campanhas:
1990 (10 jogos) – 7 vitórias, 2 empates e 1 derrota; 23 GP e 6 GC 2008 (29 jogos) – 20 vitórias, 4 empates e 5 derrotas; 81 GP e 28 GC (lembrando que ainda restam 3 partidas)
Após conquistar o título goiano de 1988, o time começou a despencar (semelhante ao que aconteceu com o Avaí, como você pode ver AQUI). Tanto que em 2005 o Atlético disputou a 2ª divisão do Estadual (e venceu). No entanto, o time não conseguia rivalizar com o Vila Nova. E muito menos com o Goiás – quase o “dono” do futebol do Centro-Oeste.
A recuperação começou em 2007, com o 10º título goiano do clube, acabando com o jejum de 19 anos. Depois, veio a reforma na sede, nas categorias de base, a volta da torcida… Tudo aquilo que é de praxe em uma volta por cima.
Obs. Este foi o 4º título nacional do futebol goiano, todos em categorias de acesso, sendo 1 Série B (1999, Goiás) e 3 Séries C (1990 e 2008 com o Atlético e 1996 com o Vila Nova).
Parabéns ao Atlético-GO, campeão brasileiro de 2008. 😎
O Corinthians bateu o Criciúma por 2 x 0 (gols de Chicão e Cristian), no estádio Heriberto Hulse, na tarde deste sábado, e confirmou o título de campeão da Série B de 2008, algo que já era certo há muitas rodadas. O Timão garantiu a taça de forma antecipada porque o Avaí – único adversário pelo título – não saiu de um empate de 1 x 1 com o CRB, em Alagoas.
Assim, o Corinthians se tornou o 8º clube campeão brasileiro da Primeira Divisão a também vencer a Segundona. Na verdade, isso acontece pela 4ª temporada consecutiva, pois nos anos anteriores, Grêmio (2005), Atlético-MG (2006) e Coritiba (2007) também eram ex-campeões nacionais da elite.
O Atlético-PR foi o único a vencer primeiro a Série B. Até hoje, nenhum time conseguiu ganhar as três divisões, e os clubes que estão na Série A, aliás, preferem que continue assim…
No entanto, o Fluminense tem um hiato na sua galeria de troféus, pois venceu as Séries A e C (é o único nessa situação). Seis times, por outro lado, ganharam tanto a B quanto a C. Curiosamente, apenas clubes medianos, que vivem na gangorra do futebol brasileiro.
Abaixo, a lista completa (segundo a ordem dos títulos em mais de uma divisão).
Campeões das Séries A e B
1º) Guarani – 1 A (78) e 1 B (81)
2º) Sport – 1 A (87) e 1 B (90)
3º) Atlético-PR – 1 A (01) e 1 B (95)
4º) Palmeiras – 4 A (72, 73, 93 e 94) e 1 B (03)
5º) Grêmio – 2 A (81 e 96) e 1 B (05)
6º) Atlético-MG – 1 A (71) e 1 B (06)
7º) Coritiba – 1 A (85) e 1 B (07)
8º) Corinthians – 4 A (90, 98, 99 e 05) e 1 B (08)
Campeões das Séries A e C
1º) Fluminense – 1 A (84) e 1 C (99)
Campeões das Séries B e C
1º) Tuna Luso – 1 B (85) e 1 C (92)
2º) União São João – 1 B (96) e 1 C (88)
3º) Sampaio Corrêa – 1 B (72) e 1 C (97)
4º) Brasiliense – 1 B (04) e 1 C (02)
5º) Criciúma – 1 B (02) e 1 C (06)
6º) Bragantino – 1 B (89) e 1 C (07)
STJD, sexta-feira, 17h37. Começa o processo 161/2008.
Processo no qual o Águia, de Marabá, é acusado de atrasar em 3 minutos o início da partida contra o Guarani, em 4 de outubro, pela Série C. Caso condenado, o time paraense pagará até R$ 1.000 por cada minuto. O time foi denunciado no artigo 215 do CBJD.
O advogado do Águia, Paulo Pinheiro, gastou só 2 minutos para defender o seu time. Alegou que faltou energia no estádio, deixando os vestiários, obviamente, sem luz.
Mais do que ninguém, Pinheiro sabe das dificuldades do clube, que sofre de problemas financeiros. E ele deixou isso claro no julgamento, ao apelar sobre o valor da multa, altíssimo para o Águia. Pediu uma pena branda, relembrando as dificuldades na Terceirona.
Mas o Águia foi punido, por unanimidade. No entanto, o choro do advogado adiantou. O relator Roberto Teixeira baixou a multa pelo atraso para R$ 100, às 17h43.
Tempo do julgamento: 6 minutos. O dobro do atraso…
De vez em quando aparece um maluco com alguma idéia fixa de dar a volta ao mundo, num balão com pouco gás, num aviãozinho fuleiro ou num barco com um remo só. Até conseguem. Mas para isso, porém, é necessário percorrer 40 mil quilômetros. É chão (no caso, ar ou mar) demais…
Pois o Rio Branco fará isso tudo e muito mais, sem cruzar um centímetro sequer da fronteira do Brasil. O time acreano terá que viajar 52 mil quilômetros país afora no octogonal final da Série C, como noticiou o Globo Esporte na última segunda. É o preço para tentar garantir uma vaga na Série B de 2009.
Na estréia, no último sábado, foram 4.200 quilômetros, distância entre a capital do Acre e a cidade gaúcha de Pelotas, onde o Estrelão (apelido do Rio Branco) enfrentou o Brasil. O time saiu de Rio Branco às 2h da madrugada de quinta-feira para viajar até Brasília. De lá para Porto Alegre, onde o elenco chegou às 13h. Já no Rio Grande do Sul, o time seguiu de ônibus até Pelotas. Mais 3h30 de viagem na região sul estado ( “sul do sul”? Era longe mesmo, viu…). E isso tudo para perder por 2 x 1.
Como eu já havia dito no post sobre a Terceirona, estou torcendo pelo Rio Branco nesta fase. A última vez em que o Acre esteve na Série B foi em 1991, quando Independência e Rio Branco não passaram da primeira fase. O destaque atual do Alvirrubro é o atacante Testinha. Lá também está o volante César Baiano, que teve uma passagem meteórica no Santa Cruz em 2007. Ah, e o velho César Baiano foi expulso na estréia…
Estádio – Atualmente, o Rio Branco joga na novíssima Arena da Floresta (foto acima), que é o projeto do estado para a Copa do Mundo de 2014. Por enquanto, apenas a primeira fase da obra foi inaugurada, e a capacidade ainda é de 14 mil pessoas, com 100% dos assentos sendo cadeiras. Um belo exemplo.
A Arena da Floresta foi construída na área do antigo aeroporto da cidade.
Por sinal, já que o novo Aeroporto Internacional de Rio Branco ficará bastante movimentado nas próximas semanas (devido às viagens do Estrelão e dos adversários), aqui vai a ficha do local, inaugurado em 22 de novembro de 1999.
Sítio Aeroportuário
Área: 38.400 m²
Dimensão da pista: 2.158m x 45m
Terminal: 270 mil passageiros/ano
Vôos diários: 14
Estacionamento: 136 vagas
Balcões de check-in: 7
Distância do centro de Rio Branco: 7 km
Obs. Apesar de jogar na nova arena estadual, o Rio Branco é dono do estádio José de Melo, com capacidade para 8 mil torcedores.
Campeão acreano 25 vezes, o maior título do clube é a Copa Norte de 1997, quando bateu o Remo na final, em pleno Mangueirão, por 2 x 1.
Tensão nas arquibancadas do Arruda. Uma campanha ruim ia resultando numa catástrofe. O time estava caindo de divisão no Campeonato Brasileiro. Descer um degrau na estrutura do futebol nacional não estava nos planos do Tricolor.
O trecho acima poderia ter sido encaixado em qualquer uma das últimas três temporadas do SantaCruz. Tensão que resultou em rebaixamento. Da A pra B, da B pra C e da C pra D.
Mas não naquela noite, há 10 anos. Exatamente no dia 6 de outubro de 1998. Apesar da campanha irregular, o povão lotou o Arruda. Um público fantástico para tentar evitar a queda à Série C, algo impensável naquela época, mas que hoje até seria um bom negócio…
Foram 55.028 torcedores presentes. Que viram, atônitos, o histórico gol de cabeça do zagueiro Rau, aos 46 minutos do segundo tempo, contra o Volta Redonda, desempatando o 2 x 2 que estava rebaixando o Mais Querido.
E o time foi da queda à glória, pois no ano seguinte o Santa Cruz foi o vice-campeão da Série B e garantiu o acesso à elite nacional.
Abaixo, o sofrimento tricolor naquele 6 de outubro de 1998, minuto a minuto.
Primeiro tempo
9min – O tricolor Gilson cobra falta e o goleiro Sandro defende, no susto.
34min – O atacante Roberto abre o placar para o Volta Redonda, cabeceando no canto do goleiro Jeferson.
35min – Gilson empata o jogo, também de cabeça.
40min- O zagueiro Fábio salva o Volta Redonda de tomar o segundo gol, cortando um chute de Gilson, quando Sandro estava vencido no lance.
47min – Golaço do time do Rio, após um chute cruzado do lateral Anderson Luiz.
Segundo tempo
2min – Célio (aquele mesmo, de 1993), que tinha entrado no lugar de Ramos, empata o jogo, aproveitando o cruzamento de Gilson.
10min – Sandro é expulso ao tocar a bola com a mão, fora da área, para evitar o gol de Gilson.
45min – O zagueiro Evaldo também é expulso, deixando o Voltaço com apenas 9 jogadores.
46min – Rau substitui Marcílio e faz o terceiro gol para o Santa Cruz.
Obs. Naquela mesma noite, o Náutico perdeu da Desportiva por 1 x 0, em Vitória/ES, e caiu para a Terceirona.
Na abertura, em 6 de julho, eram 63 times. Hoje, restam apenas 8 na Série C. Quatro vagas estão em disputa na última etapa da competição. Após três fases regionalizadas, finalmente a competição irá reunir equipes de todos os cantos do Brasil. Entre os participantes do octogonal final da Terceirona estão o tradicional Guarani, campeão da Série A de 1978, o gaúcho Brasil de Pelotas, 3º lugar no Brasileirão de 1985, além de times com tradição em seus estados, como Atlético-GO, Confiança/SE e Campinense/PB.
Como não custa nada “chutar”… Gostaria que se classificassem para a Série B de 2009 os seguintes clubes: Guarani, Confiança, Campinense e Rio Branco. A presença deste último tem o objetivo de colocar o estado do Acre no mapa da bola. Já a torcida pelos nordestinos também visa acabar com o tabu de 10 anos sem título para a região. O primeiro, e único por sinal, campeão foi o Sampaio Corrêa, de São Luís, em 1997 (foto abaixo).
Octogonal final (ranking da CBF)
Águia (PA) – 278º (2)
Atlético (GO) – 57º (303)
Brasil (RS) – 86º (131)
Confiança (SE) – 82º (151)
Campinense (PB) – 89º (123)
Duque de Caxias (RJ) – 390º (0)
Guarani (SP) – 13º (1409)
Rio Branco (AC) – 91º (111)
Por regiões:
Norte – 2
Nordeste – 2
Sudeste – 2
Centro-Oeste – 1
Sul – 1
1ª rodada (sábado, 04/10)
Águia x Guarani
Brasil x Rio Branco
Campinense x Átletico-GO
Duque de Caxias x Confiança