As trilhas de Santa Cruz e Náutico na Segundona

Santa Cruz e Náutico na Série B do Campeonato Brasileiro de 2014. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Santa Cruz e Náutico voltam a disputar a Série B juntos depois de nove anos. A última edição com os integrantes do Clássico das Emoções foi em 2005.

Portanto, esta será a primeira vez na era dos pontos corridos, com 38 rodadas, ofertando quatro vagas à elite. Agora, já com os caminhos definidos através da tabela divulgada pela CBF, incluindo entre os vinte participantes a Portuguesa, rebaixada após decisão do STJD.

As estreias pernambucanas serão em 19 de abril, um sábado, com Bragantino x Náutico e Santa x ABC. Já a última rodada, em 29 de novembro, outro um sábado, terá Náutico x Ponte Preta e Atlético-GO x Santa.  Os clássicos locais acontecerão na 15ª rodada, no Arruda, e na 34ª rodada, na Arena Pernambuco.

O Tricolor já conseguiu três acessos à elite nacional, em 1992, 1999 e 2005. Esta será a sua 16ª participação na competição.

O Alvirrubro também conquistou o acesso ao Brasileirão em três oportunidades, em 1988, 2006 e 2011. Agora, disputará a segundona pela 15ª vez.

As duas décadas de carreira profissional de Juninho Pernambucano

Figurinhas da carreira de Juninho Pernambucano, de 1994 a 2013. Crédito: http://www.oldschoolpanini.com

Ao completar 39 anos, Juninho Pernambucano anunciou a aposentadoria no futebol. O meia, um dos nove jogadores nascidos no estado que já disputaram a Copa do Mundo, atuou nos gramados de forma profissional durante vinte anos.

Surgiu na Ilha do Retiro e encerrou a carreira em São Januário.

No embalo da data – aniversário e aposentadoria -, o site Old School Panini reuniu várias figurinhas de Juninho. O canal francês encontrou raridades espalhadas nos álbuns lá lançados no mercado, antes mesmo do apelido.

Na busca, um dos primeiros cromos, no Campeonato Brasileiro de 1994, pelo Sport, até a Série A de 2013, pelo Vasco. Espaço também para a participação no Mundial de 2006 e os vários anos conquistando títulos no Lyon.

Só faltou um registro, da passagem no Al Gharrafa, do Catar.

Quando a imagem pode ser prejudicial, não ao patrocinador, mas ao clube

Anúncio do contrato entre Botafogo e Telexfree. Crédito: Youtube/reprodução

Ao estampar a sua marca em um uniforme de um clube de futebol, a empresa patrocinadora espera receber uma visibilidade em boa escala, além da valorização de sua imagem, claro.

Melhorar a imagem no mercado, junto ao público consumidor, é essencial.

Por isso, a Nissan encerrou o patrocínio com o Vasco após a briga generalizada entre integrantes das uniformizadas do clube de São Januário e do Atlético-PR. O acordo girava em torno de R$ 21 milhões.

É possível o oposto, com a marca sendo prejudicial ao clube? Em tese, sim.

Essa foi reação do mercado no primeiro dia após o anúncio do contrato entre o também alvinegro carioca Botafogo e a TelexFree, válido em 2014.

Para compreender a dúvida, vale lembrar a situação da TelexFree no Brasil…

A empresa funciona vendendo pacotes de telefonia VoIP através de um grande sistema de divulgação. O Ministério Público do Acre entendeu que era a estrutura era, na verdade, um esquema de “pirâmide financeira”, dependendo da entrada de novos divulgadores – são mais de 350 mil  -, e não da venda de produtos. E assim a justiça proibiu a operação no país.

O bloqueio à atividade e aos bens vem desde junho de 2013 (saiba mais aqui).

Os valores do acordo entre a Estrela Solitária e a TelexFree não foram revelados, mas especula-se a maior soma já obtidas pelo clube.

Assista ao vídeo oficial do anúncio do patrocinador. No caso, a assinatura foi com o braço internacional da empresa, direto de Miami, nos EUA.

“Antes que a mídia critique, quero afirmar que o acordo foi feito fora do Brasil”.

“A nação TelexFree agora tem time. Olha a nossa segunda pele aqui, é o Botafogo”.

O fato de a empresa sequer operar no Brasil, devido à decisão judicial, pode atrelar uma imagem negativa ao clube do Rio de Janeiro? Ao que parece, pesou apenas o cheque, credibilidade à parte.

Início do veto das marcas dos clubes nas organizadas. No Recife, a presença é total

Torcidas uniformizadas Inferno Coral, Torcida Jovem e Fanáutico

O Cruzeiro anunciou uma medida drástica na relação com as torcidas organizadas do clube. A direção mineira proibiu o uso da marca do clube nos materiais produzidos pelas uniformizadas.

O presidente do campeão brasileiro de 2013, Gilvan Tavares, alegou prejuízo financeiro, ao deixar de arrecadar através dos royalties, via licença da marca – ou seja, perdendo para a pirataria -, e também na própria imagem do clube, com as constantes brigas envolvendo supostos integrantes das organizadas, resultando inclusive na perda de mandos de campo.

O clube deve ir à justiça para garantir o direito. A atitude do Cruzeiro, claro, levantou o debate no país sobre a relação clube/organizada, nos termos segurança e receitas.

No Recife, nota-se que as três maiores facções presentes (Inferno Coral/Santa Cruz, Torcida Jovem/Sport e Fanáutico/Náutico) usam os escudos dos times nas camisas à venda nas lojas na cidade e também na internet.

A quebra de patrocínios por causa de confusões nas arquibancadas brasileiras, como no distrato entre Vasco e Nissan, e o possível aumento nas punições nos campeonatos, como a perda de pontos, mostra que a fissura entre o Cruzeiro e a Máfia Azul pode ser mesmo o início de outras rachaduras nessas relações…

Torcida Máfia Azul, do Cruzeiro

A necessidade de uma boa imagem nos clubes, uma exigência dos patrocinadores

Nissan anuncia distrato no patrocínio ao Vasco. Crédito: Facebook/reprodução

Ao atrelar a sua imagem a um clube de futebol, via contrato de patrocínio, a empresa visa uma exposição da marca.

A popularização, o foco em novos mercados ou mesmo a manutenção de uma imagem já consolidada. Os resultados do time nos gramados, com títulos e grandes campanhas, ajudam nos acordos, claro.

Acaba resultando em contratos mais vantajosos para os clubes. Um time de massa e em grande fase naturalemnte demanda mais investimentos. E, acredite, a concorrência para um patrocinador master pode ser enorme.

Já uma campanha ruim, com rebaixamento de divisão e redução no público presente, por exemplo, pode desencadear no fim da parceria ou na revisão dos valores. Mas e o distrato sumário por parte do investior? É raríssimo.

Entre os motivos, pode ser uma crise financeira da empresa ou simplesmente a vontade de mudar de clube – se bem que o comum é o aumento do número de clubes no rol de uma mesma marca.

Mas e se o tal motivo para o encerramento seja a violência no futebol?

Pois é. Entramos em um novo patamar nas relações comerciais entre os clubes brasileiros e empresas, multinacionais ou não.

O Vasco acaba de perder um patrocínio milionário de quatro anos com a montadora Nissan. O fim da parceria partiu da própria fabricante de automóveis, através de uma nota oficial compartilhada em todo o pais (veja aqui).

A selvageria em Joinville, com a briga generalizada entre integrantes de organizadas de Atlético-PR e Vasco, incomodou a cúpula da empresa japonesa.

Com o distrato, o clube carioca deixará de receber R$ 21 milhões.

Nota-se, então, que a imagem limpa também é um objetivo da agremiações.

Se a decisão se tornar uma regra, poderemos chegar até em resoluçõs do tipo após viradas de mesa, comportamento de dirigentes, jogadores…

Roberto Dinamite anunciando o patrocínio da Nissan em 2013. Foto: divulgação

A raiz cultural das viradas de mesa no Campeonato Brasileiro

Revista Placar de 27 de outubro de 1986

O Brasileirão teve inúmeros formatos e nomenclaturas entre 1959 e 1985.

Do sistema eliminatório às fases de grupos, dos convites aos esboços de critérios técnicos para embasar as participações. Na década de 1980 a vaga no Nacional era conquistada através dos campeonatos estaduais – Pernambuco, por exemplo, tinha duas vagas diretas. No entanto, uma competição com 44 clubes, sem organização alguma no calendário, não se mostrava mais atrativa. Patrocinadores e torcedores foram se afastando aos poucos.

Em 1985 a média de público foi de 11.625 pessoas, a menor desde 1979 – quando o torneio teve 94 clubes, num exemplo clássico de falta de organização somada a mais rasteira política. Pois bem. Na temporada seguinte foi decidido que o futebol brasileiro tentaria se adaptar à estrutura europeia, já tradicional, com o campeonato separado por divisões e a implantação do sistema de acesso e descenso ao fim de cada edição. Um lampejo de profissionalismo e o outro maior do jeitinho, como ficaria nítido a cada semana naquele campeonato.

A ideia original era reestruturar o Brasileiro aos poucos, até alcançar o número de 20 participantes. Para isso, obviamente era preciso dar o primeiro passo, de forma criteriosa. No campo. Assim, estipulou-se uma Série A (por sinal, tal expressão nem existia naqueles tempos) com 24 clubes em 1987. Nenhuma vaga seria oriunda dos estaduais. Ou seja, o Brasileiro de 1986 necessariamente classificaria todos esses times. Desta forma,  a CBF oficializou o “acesso” no regulamento com seis vagas para cada um dos quatro grupos na segunda fase do torneio. Mas ainda havia a primeira etapa…

Jornal O Estado de S. Paulo de 20 de outubro de 1986Aí talvez esteja enraizada toda a cultura de “virada de mesa” do futebol nessas bandas. Eram quatro chaves (A, B, C e D), com onze times. Os seis melhores de cada uma passariam à fase seguinte, além dos quatro melhores independentemente dos grupos. A esses ainda se juntariam outros quatro classificados através do Torneio Paralelo – uma disputa à parte, com 36 clubes em quatro grupos, tendo o Central de Caruaru como ganhador de um. Numa conta simples, seriam 32 equipes na 2ª fase, das quais as 24 melhores jogariam a sonhada e inédita primeira divisão no ano seguinte. Apenas os dois últimos dos grupos I, J, K e L seriam “rebaixados” – além de todos os eliminados na etapa anterior e no próprio Torneio Paralelo.

Ainda na primeira fase daquela competição, o primeiro grande baque. O Vasco, campeão brasileiro em 1974 e vice em 1979 e 1984, fora eliminado no grupo C. Logo, fora rebaixado. O motivo foi um tanto insólito. Um atleta do Sergipe, Carlos Alberto, havia sido flagrado no exame antidoping. Naqueles tempos, o julgamento terminava com a transferência dos pontos para a outra equipe. No caso, o Joinville, no grupo B e que ganhou os dois pontos – o sistema de três pontos por triunfo só surgiu em 1995. Foi o suficiente para ultrapassar o Vasco na disputa pela quarta e última vaga da repescagem. Veio a batalha de liminares…

O clube carioca, já sob influência de Eurico Miranda, entrou na justiça alegando “quebra de privacidade no resultado do exame antidoping”, numa clara brecha na lei, e o Joinville retrucou (veja aqui).

De mãos atadas, a CBF encontrou uma solução daquelas. A entidade eliminou a Portuguesa, a vice-líder da chave D, porque a direção havia entrado na Justiça Comum numa polêmica sobre a arrecadação dos jogos, sobre a legalidade dos 5% da bilheteria para a federação – sem relação com a classificação.

O rubroverde do Canindé foi outro a acionar a justiça. Mais. No pleito, contou com o apoio de todos os outros representantes de São Paulo, que ameaçaram se retirar do campeonato caso a decisão fosse mantida. Acuada novamente, a CBF – envolvida na época numa ardilosa disputa política – acabou dando razão a todos e classificou 33 equipes, no mais puro tapetão. Com o número ímpar, inviabilizando a formação da fase seguinte, além da pressão dos demais competidores, a confederação fez o mais fácil – quase um modus operandi -, ao promover a entrada de mais três equipes, apenas por uma questão de simetria. No bolo, entraram Náutico, Santa Cruz e Sobradinho – então eliminados e rebaixados -, totalizando 36 times, distribuídos em quatro chaves de nove. A bagunça foi documentada durante semanas pela revista Placar.

Enfim finalizada a primeira fase – vale ler duas vezes até aqui, pois foi mesmo um ano confuso -, veio a etapa classificatória às oitavas de final. Os jogos país afora começaram em 12 de outubro.

No dia 20, como publicou o jornal O Estado de S. Paulo, a CBF promoveu uma mudança no regulamento, aumentando a primeira divisão de 1987 para 28 clubes. Sustentou a modificação em uma resolução do Conselho Nacional de Desportos (CND), órgão normativo ligado ao governo federal, com a ampliação até a quantidade máxima indicada.

Para se ter uma ideia das paralisações e da falta de uma agenda, a segunda fase do Nacional de 1986 só terminou em 29 de janeiro do ano seguinte. O Vasco, aquele mesmo rebaixado lá no comecinho, se recuperou e chegou até as oitavas. Já Botafogo, Sport – 3º lugar na primeira fase – e Vitória, que avançaram nas vagas originais, foram “rebaixados”. A gritaria, como não poderia deixar de ser, foi enorme, iniciando a bola de neve.

O título de 1986 seria finalmente definido em 25 de fevereiro de 1987, num jogaço entre Guarani e São Paulo, no Brinco de Ouro. Festa tricolor nos pênaltis, após o eletrizante 3 x 3, com direito a prorrogação.

A partida só não teve mais reviravoltas que as reuniões na CBF, no STJD, no CND e na Justiça Comum visando a formação do Campeonato Brasileiro de 1987. O rebaixamento criado na edição do ano anterior perdera a validade jurídica após a mudança dos classificados à segunda fase.

Àquela altura, o número imaginado de 24 clubes para o primeiro ano com divisões – ou até a ampliação de 28 – já havia se tornado irreal. Teríamos novamente um Brasileirão com 44? Não era desejo de ninguém, ao menos isso.

Haveria, sim, o campeonato brasileiro com um critério técnico – mesmo que ali já existissem vários, com mudanças a cada novo debate entre os dirigentes. Entre as opções, esquecer 1986, e seus possíveis entraves jurídicos, e considerar o ranking histórico? Mas qual ranking, pontos ou arrecadação…? Esquecer a frieza dos regulamentos era uma vontade mais forte, desde que para benefício próprio. Durante todo o primeiro semestre, a cartolagem seguiu discutindo, com a CBF chegando a anunciar a falta de recursos e, por isso, a incapacidade de organizar um campeonato naquele momento.

Jornal do Brasil em 11 de setembro de 1987Como se sabe, surgiria justamente ali, em 11 de julho, o Clube dos 13 – que de fato, ao contrário de sua última e implodida versão, só tinha treze componentes, tradicionais.

Veio com uma visão inovadora do mercado esportivo, importante, mas à parte de todo o passado e do direito adquirido. De cara, o Clube dos 13 limpou geral a lista do torneio, definindo apenas 16 participantes, número abaixo até do mínimo estipulado por escrito por Manoel Tubino, presidente do CND, de 20 equipes.

Naturalmente, muita gente em condições de disputa ficou de fora, como, vejam só, o último vice-campeão brasileiro.

O tapetão foi empurrado para o torneio seguinte, iniciado em 11 de setembro de 1987 e ainda em discussão, como registrou o Jornal do Brasil. E aí não é mais preciso dizer mais nada. A confusão segue até hoje…

Canalizando a identificação da violência nos estádios brasileiros

Site Identifique os Brigões

A fragilidade da segurança pública no futebol brasileiro é gritante. A revolta, claro, é na mesma proporção. A briga generalizada entre integrantes de torcidas uniformizadas de Atlético-PR e Vasco em Joinville, com imagens de pura selvageria, repercutiu em todas as esferas da sociedade.

Com o discurso insosso de sempre, ações antigas e sem resultado, a situação segue preocupante. Provavelmente por isso a criação de ações paralelas.

Cansado de esperar ações da Polícia e do Ministério público, o programador Robert Fernando Schweppe criou um site para identificar os responsáveis pela violência nos jogos. A estreia foi justamente na partida que encerrou a Série A de 2013, com imagens de barbárie espalhadas mundo afora.

O site Identifique os Brigões publicou uma série de fotos em alta resolução da confusão, com a ferramenta. Em uma das fotos, com 27 pessoas presentes, seis foram tiveram os nomes indicados pelos internautas.

O processo de identificação é semelhante ao do facebook. Por sinal, a própria página disponibiliza ícones de compartilhamento na rede social. Resta saber como será feita a apuração dessas informações, com o risco de indicação de nomes errados e, assim, uma exposição irresponsável.

E haja fotografia sobre o tema de agora em diante…

85 estrelas douradas nacionais

Campeões nacionais de elite no Brasil de 1959 a 2013. Arte: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Cruzeiro e Flamengo, os campeões nacionais em 2013. O time celeste conquistou de forma brilhante o Brasileirão, com antecedência e jogando um ótimo futebol. Na Copa do Brasil, como preza a disputa, o rubro-negro carioca escreveu uma campanha de muita raça, desbancando times tecnicamente mais fortes, como o próprio Cruzeiro.

Com as duas principais taças do país definidas, hora de atualizar o tradicional levantamento do blog com os maiores campeões nacionais de elite, numa atualização que já dura cinco anos. Com o tri da Copa do Brasil, o Fla empatou com o Santos, com nove troféus nacionais cada, ficando abaixo apenas o Palmeiras. Já o Cruzeiro se firma no ranking como o maior vencedor fora do eixo Rio-São Paulo.

Como de praxe, as competições levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970), a Série A (1971/2013), a Copa do Brasil (1989/2013) e a Copa dos Campeões (2000/2002). Todos esses campeonatos têm em comum as vagas nas Taça Libertadores da América (saiba mais aqui).

Portanto, existem 22 campeões nos85 torneios organizados pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista aponta os vencedores reconhecidos pela entidade que organiza o futebol brasileiro.

As variadas conquistas foram somadas sem distinção. O blog entende que as competições têm pesos bem diferentes, obviamente, mas a diferença nas posições envolvendo clubes com o mesmo número de títulos foi estabelecida pelo último troféu, com vantagem para o mais antigo.

11 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998 e 2012; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
8 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005 e 2011; CB: 1995, 2002 e 2009)
7 – Cruzeiro (A: 2003 e 2013; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
1 – Atlético-MG (A: 1971)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)

Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).

Lanternas pernambucanas no Brasileirão

Pernambucanos na lanterna da Série A: Náutico 0x1 Remo (1994), Sport 0x1 Juventude (1999), Santa Cruz 0x3 Ponte Preta (2000), Náutico 0x2 Goiás (2013), Sport 1x2 Gama (2001), Santa Cruz 1x2 Fluminense (2006) e Sport 2x3 Cruzeiro (2009). Fotos: Diario de Pernambuco/D.A Press

Post atualizado em 14/12/2016

A unificação do Campeonato Brasileiro da Série A aos torneios precursores, a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, redesenhou a lista de campeões nacionais de futebol. Em vez do início em 1971, a história começou a valer de fato e de direito a partir de 1959.

Em Pernambuco, o Náutico teve como bônus nessa decisão da CBF a oficialização do vice-campeonato brasileiro em 1967, quando perdeu a Taça Brasil para o Palmeiras, numa final no Maracanã. Contudo, o Timbu também teve o ônus da mudança. Incorporou à sua estatística no Brasileirão a última colocação no Robertão de 1968.

Com a lanterna em 2013, a última no cenário local, o Alvirrubro chegou a três lanternas em sua história na elite. Igualou o “feito” do rival do Sport, recordista nacional. Como o Santa Cruz também já acabou o Brasileirão na rabeira em duas oportunidades, o futebol pernambucano soma inacreditáveis oito lanternas. É o estado que acabou mais vezes na última colocação. Dessas oito campanhas constrangedoras, três não resultaram em rebaixamento: 1968, 1999 e 2000.

Taça Brasil – 10 edições
1959 – Alagoas (CSA, 16º)
1960 – Paraíba (Estrela do Mar, 17º)
1961 – Sergipe (Santa Cruz, 17º)
1962 – Rio Grande do Norte (ABC, 18º)
1963 – Rio Grande do Norte (ABC, 20º)
1964 – Rio Grande do Norte (Alecrim, 22º)
1965 – Distrito Federal (Guanabara, 22º)
1966 – Amazonas (Rio Negro, 22º)
1967 – Santa Catarina (Perdigão, 21º)
1968 – Paraíba (Campinense, 21º)

Torneio Roberto Gomes Pedrosa – 4 edições
1967 – Paraná (Ferroviário, 15º)
1968 – Pernambuco (Náutico, 17º)
1969 – Rio de Janeiro (Vasco, 17º)
1970 – Rio de Janeiro (Vasco, 17º)

Série A – 46 edições
1971 – Ceará (Ceará, 20º)
1972 – Sergipe (Sergipe, 26º)
1973 – Sergipe (Sergipe, 40º)
1974 – Alagoas (CSA, 40º)
1975 – Paraíba (Campinense, 42º)
1976 – Espírito Santo (Desportiva, 54º)
1977 – Mato Grosso (Dom Bosco, 62º)
1978 – Amazonas (Nacional, 74º)
1979 – Distrito Federal (Guará, 94º)
1980 – Maranhão (Maranhão, 44º)
1981 – Espírito Santo (Desportiva, 44º)
1982 – Piauí (River, 44º)
1983 – Paraíba (Treze, 44º)
1984 – Distrito Federal (Brasília, 41º)
1985 – Sergipe (Sergipe, 44º)
1986 – Mato Grosso (Operário, 48º)
1987 – Alagoas (CSA, 31º)
1988 – Rio de Janeiro (América-RJ, 24º)
1989 – Paraná (Coritiba, 22º)
1990 – São Paulo (Inter de Limeira, 20º)
1991 – Bahia (Vitória, 20º)
1992 – Pará (Paysandu, 20º)
1993 – Minas Gerais (Atlético-MG, 32º)
1994 – Pernambuco (Náutico, 24º)
1995 – São Paulo (União São João, 24º)
1996 – São Paulo (Bragantino, 24º)
1997 – São Paulo (União São João, 26º)
1998 – Rio Grande do Norte (América-RN, 24º)
1999 – Pernambuco (Sport, 22º)
2000 – Pernambuco (Santa Cruz, 29º)
2001 – Pernambuco (Sport, 28º)
2002 – Rio de Janeiro (Botafogo, 26º)
2003 – Bahia (Bahia, 24º)
2004 – Rio Grande do Sul (Grêmio, 24º)
2005 – Distrito Federal (Brasiliense, 22º)
2006 – Pernambuco (Santa Cruz, 20º)
2007 – Rio Grande do Norte (América-RN, 20º)
2008 – Minas Gerais (Ipatinga, 20º)
2009 – Pernambuco (Sport, 20º)
2010 – São Paulo (Grêmio Prudente, 20º)
2011 – Santa Catarina (Avaí, 20º)
2012 – Santa Catarina (Figueirense, 20º)
2013 – Pernambuco (Náutico, 20º)
2014 – Santa Catarina (Criciúma, 20º)
2015 – Santa Catarina (Joinville, 20º)
2016 – Minas Gerais (América-MG, 20º)

Brasileiro unificado – 60 edições (1959/2016)

Estados
8 – Pernambuco
5 – Rio Grande do Norte, São Paulo e Santa Catarina
4 – Paraíba, Sergipe, Rio de Janeiro e Distrito Federal
3 – Alagoas e Minas Gerais
2 – Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso e Bahia
1 – Ceará, Maranhão, Piauí, Pará e Rio Grande do Sul

Clubes
3 – Sergipe, CSA, Sport e Náutico
2 – ABC, Vasco, Campinense, Desportiva, União São João, Santa Cruz e América-RN
1 – Estrela do Mar, Santa Cruz-SE, Perdigão, Rio Negro, Nacional, Guanabara, Alecrim, Ceará, Guará, Maranhão, Ferroviário, Coritiba, River, Treze, Brasília, América-RJ, Dom Bosco, Operário, Inter de Limeira, Bragantino, Vitória, Paysandu, Atlético-MG, Botafogo, Bahia, Grêmio, Brasiliense, Ipatinga, Grêmio Prudente, Avaí, Figueirense, Criciúma, Joinville e América-MG

Brasileiro Série A – 46 edições (1971/2016)

Estados
7 – Pernambuco
5 – São Paulo
4 – Santa Ctarina
3 – Sergipe, Distrito Federal e Minas Gerais
2 – Alagoas, Paraíba, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Bahia
1 – Ceará, Amazonas, Maranhão, Paraná, Piauí, Pará e Rio Grande do Sul

Clubes
3 – Sergipe e Sport
2 – CSA, Desportiva, União São João, Santa Cruz, América-RN e Náutico
1 – Campinense, Nacional, Ceará, Guará, Maranhão, Coritiba, River, Treze, Brasília, América-RJ, Dom Bosco, Operário, Inter de Limeira, Bragantino, Vitória, Paysandu, Atlético-MG, Botafogo, Bahia, Grêmio, Brasiliense, Ipatinga, Grêmio Prudente, Avaí, Figueirense, Criciúma, Joinville e América-MG

Primeiro turno do Brasileirão 2006-2013

Confira a classificação do primeiro turno em todas as edições da Série A com o formato atual, por pontos corridos e 20 clubes participantes.

2013 – Mais uma arrancada mineira no primeiro turno. Em vez do Galo, a Raposa. O Cruzeiro teve 70,1% de apoveitamento, mantendo pelo segundo ano seguido o índice do líder do Campeonato Brasileiro acima dos 70%.

16º lugar na 19ª rodada: 22 pontos, 38,5% e 3 pontos de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2013. Crédito: ogol.com.br

2012 – O Atlético-MG conseguiu o maior aproveitamento da história no primeiro turno, com 75,4% dos pontos. Ainda assim, perdeu mais que o vice-líder Flu.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, todos os quatro integrantes acabaram descendo à Série B após o returno.

16º lugar na 19ª rodada: 17 pontos, 29,8% e 1 ponto de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 45 pontos, 39,4% e 4 pontos de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2012. Crédito: ogol.com.br

2011 – Líder isolado, o Corinthians teve 64,9% de aproveitamento no primeiro turno. Mesmo caindo para 62,2%, o Timão ficou com o título nacional.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, apenas o Atlético Mineiro conseguiu escapar da degola, somando 30 pontos no returno.

16º lugar na 19ª rodada: 20 pontos, 35,0% e 2 pontos de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 43 pontos, 37,7% e 2 pontos de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2011. Crédito: ogol.com.br

2010 – O desempenho do Fluminense, líder do primeiro turno, foi de 66,6%. Ao fim da competição, o Flu caiu para 62,2%, mas conquistou o título.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, escaparam Atlético-MG e Atlético-GO, que somaram no returno 28 e 25 pontos, respectivamente.

16º lugar na 19ª rodada: 20 pontos, 35,0% e 3 pontos de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 42 pontos, 36,8% e nenhum ponto de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2010. Crédito: ogol.com.br

2009 – O aproveitamento do líder Inter, de 64,9%, caiu para 57,0%. Acabou sendo ultrapassado pelo Flamengo, que evoluiu de 50,8% para 58,7%.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, somente o Fluminense conseguiu escapar, somando 31 pontos no returno.

16º lugar na 19ª rodada: 19 pontos, 33,3% e 1 ponto de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 46 pontos, 40,3% e 1 ponto de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2009. Crédito: ogol.com.br

2008 – O aproveitamento do Grêmio, líder do 1º turno foi 71,9%. No fim, caiu para 63,1%. acabou ultrapassado pelo São Paulo, tricampeão, que passou de 57,8% para 65,7%.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, escaparam Santos e Fluminense, que somaram no returno 28 e 29 pontos, respectivamente.

16º lugar na 19ª rodada: 20 pontos, 35,0% e 1 ponto de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 44 pontos, 38,5% e nenhum ponto de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2008. Crédito: ogol.com.br

2007 – O aproveitamento do líder São Paulo, que era de 70,1%, caiu para 67,5%. Ainda assim, o Tricolor manteve o primeiro lugar.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, escaparam Atlético Paranaense e Náutico, que somaram no returno 32 e 29 pontos, respectivamente.

16º lugar na 19ª rodada: 24 pontos, 42,1% e 2 pontos de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 45 pontos, 39,4% e 1 ponto de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2007. Crédito: ogol.com.br

2006 – O aproveitamento do líder São Paulo , de 66,6% no primeiro turno, subiu para 68,4% após 38 rodadas. Foi o campeão.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, escaparam Goiás e Corinthians, que somaram no returno 34 e 33 pontos, respectivamente.

16º lugar na 19ª rodada: 21 pontos, 36,8% e nenhum ponto de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 44 pontos, 38,5% e 5 pontos de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2006. Crédito: ogol.com.br