Caminhão e kombi ligados no rastro do Carcará

Série B 2011: Salgueiro 1x1 ASA. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

No duelo entre os interioranos de Pernambuco (Salgueiro) e Alagoas (ASA), um empate indigesto para o Carcará na Região Metropolitana do Recife.

Já entrando naquela fase – caminho sem volta – de trazer um caminhão de jogadores e liberar outros tantos numa kombi, o Salgueiro viveu uma semana conturbada.

A passagem na zona de rebaixamento afeta a vida de qualquer clube, ainda mais a de um estreante, sem tanto dinheiro e experiência numa competição difícil como esta Série B do Brasileiro, ainda que nivelada por baixo.

Então, era preciso batalhar bastante, deixar de vacilar em “casa” e passar a, pelo menos, somar três pontos de forma regular em Paulista. Aos 24 do 2º tempo, numa cabeçada, Fabrício Ceará parecia pronto para aliviar a barra do Salgueiro na Segundona.

Perto do fim, aos 35, Didira empatou. O 1 x 1 manteve o prejuízo do Z4 ao clube sertanejo. Deixou os motores ligadores. Do caminhão e da kombi…

Série B 2011: Salgueiro 1x1 ASA. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

De Kieza em Kieza, o G4

Série B 2011: Náutico 2x0 Vitória. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Ricardo Jesus, artilheiro da Série B, já marcou 11 vezes com a camisa da Ponte Preta. Caso não deixe o clube de Campinas, será difícil alcançá-lo com essa média.

Mas bem que o alvirrubro Kieza vem se esforçando…

Onipresente nas melhores chances do Náutico nesta Segundona, o atacante vem sendo a diferença – e olhe que ele demorou bastante para se firmar nesta temporada.

Na noite desta terça-feira, quando o estádio dos Aflitos – com a volta do TCN, como todos cansaram de comentar – se tornou uma pressão 100% a favor, o Timbu venceu o Vitória pro 1 x 0, gol de Kieza, claro, pela 7ª na competição. Foram 13 mil pessoas.

Brigando pela bola, girando sobre o marcador, balançando as redes e fazendo tremer a arquibancada. Assim como Jesus, Kieza também ficará bem visado pela turma da elite, em busca de reforços para o restante do ano – a diretoria timbu já deve estar atenta.

E está visado mesmo. Aos 18 da etapa final o camisa 9 foi derrubado na área. Pênalti. Na cobrança, Kieza chamou a responsabilidade, deslocou o goleiro e ampliou: 2 x 0.

Aumentou a conta, agora com oito gols, com a ótima média de 0,61 por rodada.

O Alvirrubro voltou ao G4, passou o rival rubro-negro (do Recife) e respirou fundo para fazer um bom clássico dentro de duas rodadas. Tudo isso, sem que Waldemar Lemos precisasse mudar o seu estilo… Sequer estava no banco, vendo de camarote.

Série B 2011: Náutico 2x0 Vitória. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Desamparado longe da Ilha

Série B 2011: Goiás 2x1 Sport. Foto: Goiás/divulgação

Até o início da 13ª rodada, apenas quatro times ainda não haviam vencido fora de casa. Três deles listados entre os coadjuvantes da Série B: Duque de Caxias, Salgueiro e ASA.

O último integrante era justamente o Sport, com uma sina que vem impedindo que o time entre no G4. Invicto na Ilha, fora dela o Rubro-negro joga com o freio de mão puxado. Em cinco jogos eram três empates e duas derrotas.

Num Serra Dourada repleto, na noite desta terça, o Rubro-negro não teria vida fácil diante do tradicional Goiás, clube com grande potencial financeiro na Segundona.

E o time esmeraldino abriu o placar logo aos três minutos, numa cobrança de falta defensável de Douglas, diante do atônito goleiro estreante, Paulo Rafael, 19 anos.

Apesar do duro golpe, o Sport atuou melhor que o adversário durante boa parte da partida, jogando pelas laterais, tocando a bola, pressionando a saída de bola do Goiás.

Aos 37, Diego Torres chegou a cabecear para as redes, mas o árbitro anulou, em um impedimento mandrake. Àquela altura o Sport já merecia o empate.

Sabemos que o futebol não é feito de justiça. Nunca foi… Mas não é que o empate saiu? Em um gol contra de Carlos Alberto, com a dose de injustiça no lance, pois o setor ofensivo do rubro-negro trabalhou bastante para marcar um tento.

No 2º tempo, o Goiás não só equilibrou a peleja como passou a costurar o desempate, aproveitando o nervosismo pernambucano, cometendo muitas faltas. Paulo Rafael até salvou o time, mas Alan Bahia, em mais uma cobrança de falta, desempatou: 2 x 1.

A Ilha sozinha não vai empurrar o Sport para o acesso em 2012.

Série B 2011: Goiás x Sport. Foto: Goiás/divulgação

Passeio completo

Convite para o sorteio da Copa do Mundo de 2014

Os olhos do mundo do futebol começam a mirar o Brasil devido à Copa do Mundo. Neste sábado, o país vai promover o sorteio preliminar das eliminatórias do Mundial de 2014, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. O Brasil mostra a sua cara pela primeira vez.

Será um evento com estrelas do futebol mundial – jogadores e técnicos -, dirigentes das principais federações e confederações. No foco das atividades está o objetivo de trilhar os caminhos das seleções rumo à próxima Copa.

O Comitê Organizador Local (COL) gastou R$ 30 milhões para a bancar a festa…

Esse é só o primeiro evento “Padrão Fifa”…

Será um passeio completo nos próximos anos. Farra das grandes.

Gramado pré-Woodstock

Ilha do Retiro para o Maior Show do Mundo. Foto: Sport/divulgação

Ilha ganhando forma…

O Sport divulgou uma foto oficial, via Twitter, do palco do “Maior Show do Mundo”, evento musical que vai tomar conta da Ilha do Retiro neste sábado, dia 30 de julho.

O palco está armado no gramado, em frente ao tobogã do placar eletrônico.

O público ficará nas arquibancadas, nas cadeiras e, também, no campo de jogo.

A direção do Leão e os organizadores do evento garantem que o piso não sofrerá grandes danos – há muita grana envolvida na história. De qualquer forma, aí está a imagem para uma base de comparação no domingo.

O campo já não era dos melhores, fora o histórico de lesões. Que não piore de vez.

A pluralidade do ponto final de 1987

sport, campeão brasileiro de 1987. Foto: Diario/arquivo

Here we go…

O ponto final foi em 7 de fevereiro de 1988, definitivo. Naquele domingo, o zagueiro Marco Antônio acertou uma cabeçada fulminante, no segundo tempo, após cobrança de escanteio pelo lado direito. O Sport vencia o Guarani por 1 x 0, na Ilha do Retiro, e conquistava o título de campeão brasileiro de 1987.

Quantas vezes essa história (cansativa) já não teve um ponto final?

Na oficialização da vaga à Libertadores de 1988, quando a CBF foi pressionada pela Fifa para confirmar o Leão no torneio internacional.

Em 1994, quando a 10ª Vara da Justiça Federal expediu a sentença com vitória do rubro-negro pernambucano, como o único campeão daquele conturbado Nacional.

Em 1997, na decisão do Tribunal Regional Federal, confirmando a sentença anterior.

Em 1999, quando o STJ não julgou o mérito do caso, aceitando a decisão original.

Em 16 de abril de 2001, quando acabou o último prazo para recurso do Flamengo.

Em 2007, quando a maior emissora do país precisou se desculpar após “esquecer” o título do Sport em um programa de alcance nacional, depois de ameaça de processo.

Em 2009, quando o Flamengo, ao ganhar novamente o Campeonato Brasileiro, teve o título de “hexa” negado pela CBF.

Em 2011, depois que o São Paulo recebeu a “Taça das Bolinhas”, como primeiro penta.

Em 2011, quando a CBF foi obrigada a voltar atrás em uma decisão de dividir o título poucos meses depois da publicação da resolução, novamente com ameaça de processo.

Mais uma vez em 2011, neste 26 de julho, quando a Fifa, surpresa com a visita na Suíça de dirigentes rubro-negros de Pernambuco e do Rio de Janeiro, motivados pelo longo impasse, simplesmente diz, através de documento oficial:

“A Fifa não tem competência para definir quem é o Campeão Brasileiro de 1987. Isso é um assunto interno da CBF.”

Abaixo, a lista de campeões da CBF, devidamente atualizada. Haja ponto final.

Lista de campeões brasileiros da Série A. Reprodução do site da CBF

Vulcão traz de volta a Série B

Vulcão Puyehue, no Chile

Buenos Aires – Hora de voltar a escrever sobre o futebol pernambucano. Porém, o nome da cidade em negrito no início do post indica que ainda estou na Argentina.

Sim, o vulcão chileno Puyehue voltou a expelir fumaça em todo o sul do continente e algumas dezenas de voos foram cancelados nesta terça-feira. Inclusive o do blogueiro.

Então, tempo para acompanhar a Série B do Campeonato Brasileiro, com o trio local em ação nesta “terça-feira gorda”, com dez jogos na 13ª rodada.

Apuração via web-tv, rádio, texto, justin.tv etc. O blog está de “volta” a Pernambuco.

Goiás x Sport – 19h30
Salgueiro x ASA – 21h50
Náutico x Vitória – 21h50

Quanta diferença em um mês fora desta cobertura… Rubro-negros e alvirrubros a apenas um ponto do sonhado G4. Salgueiro, no Z4, a um ponto de sair.

Obelisco de Montevidéu

Copa América 2011: Torcida do Uruguai festeja título no Obelisco, em Buenos Aires. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Foram aproximadamente 30 mil uruguaios no estádio Monumental de Nuñez, na final da Copa América, neste domingo. Depois da festa de praxe na cancha do River Plate, onde comemorar uma conquista assim em plena capital argentina?

No mesmo local onde os argentinos costumam festejar, é claro…

E, assim, uma multidão de charrúas tomou conta do Obelisco, cartão postal de Buenos Aires entre as avenidas 9 de Julio e Corrientes, bem no centro da metrópole…

O trabalho foi grande lá na decisão (post do jogo), mas ao chegar no hotel e ver tantas bandeiras indo naquela direção, acabei indo também. Valeu o registro.

A polícia ficou no entorno, para evitar qualquer tipo de confusão, até porque as garrafas de cerveja e vinho estavam indo embora rapidinho…

Curioso mesmo (civilidade?) foi a reação dos argentinos, tranquilos, sem provocação. Quem dera fosse sempre assim, em qualquer competição, em qualquer lugar.

Volta olímpica particular

Jogos Olímpicos de 1924: Uruguai 3 x 0 Suíça

Buenos Aires – O estádio do River Plate já estava vazio. Após a saída da massa em uma final contundente para os uruguaios, restava escrever textos para o Diario de Pernambuco e para o blog, além da edição de fotos e vídeos…

Eis que os jogadores da seleção celeste surpreenderam e voltaram para o campo, para iniciar uma volta olímpica, de uniforme e taça nas mãos, passando por todo mundo.

Comemoração particular do grupo? Nunca tinha visto nada parecido…

Vale lembrar que a volta olímpica foi criada pelo próprio time do Uruguai, após vencer o torneio olímpico de futebol em 1924, em Paris, no estádio Colombes. Na ocasião, os jogadores passaram a dar uma volta no gramado agradecendo o apoio da torcida após uma vitória sobre a Suíça. A Celeste se tornava “Celeste Olímpica”.

O placar foi mesmo nas duas finais separadas por 87 anos: 3 x 0.

Voltaram, como na primeira vez

Buenos Aires – Música que embalou o 15º título do Uruguai na Copa América.

“Volveremos, volveremos
volveremos otra vez
volveremos a ser campeones
como la primeira vez”

“Voltaremos, voltaremos
voltaremos outra vez
voltaremos a ser campeões
como na primeira vez”

A torcida celeste não parou de cantar nas arquibancadas do Monumental de Nuñez, em uma referência direta ao título da seleção na primeira Copa América, em 1916, quando empatou em 0 a 0 com a anfitriã Argentina e ergueu a taça em Buenos Aires, como agora. Já são três títulos da Celeste na capital argentina: 1916, 1987 e 2011.