Um script infeliz, cada vez mais comum no futebol…
O jogador sofre um pancada na partida. Ocorre também num desequilíbrio em um lance ríspido. Excesso de vigor físico, dos dois lados.
O atleta cai. Se contorce de dor no gramado. Mãos no rosto.
Alguns jogadores se assustam no campo. Outros pensam num primeiro instante que trata-se de um teatro típico para gerar algum cartão amarelo para o adversário.
O médico entra correndo. Numa rápida avaliação, pede a maca com urgência.
O jogador sai. Chorando… Na arquibancada, o torcedor silencia, prevendo o pior.
A gravidade da torção também começa a ser avaliada pela comissão técnica, jornalistas e jogadores. Avaliação baseada puramente na toria.
“Será que a torção foi grave?”
A diretoria do clube se apressa em divulgar uma nebulosa posição oficial:
“Amanhã faremos um exame de imagem para ver se houve gravidade na lesão.”
Por mais otimista que o prognóstico seja, o dia seguinte acaba sendo quase sempre venal. Aquela lesão foi, na verdade, um rompimento nos ligamentos do joelho.
Existem vários tipos de dano deste tipo, um dos mais graves no esporte. Em todos eles, o prazo de recuperação é o mesmo: seis meses. Um semestre inativo.
Uma cirurgia, para reconstruir os ligamentos, é de praxe. Em alguns casos, duas.
Estamos em fevereiro e cinco jogadores do futebol local já passaram por todo este grave processo em 2012. Os alvirrubros Rogério e Cascata, o rubro-negro Willian Rocha, Fábio Silva, do Salgueiro, e Carioca, do América. Uma lesão a cada oito partidas…
Ao jogador, a dúvida sobre sua real condição física na volta aos gramados. Ao clube, uma despesa milionária por um semestre inteiro sem produção de fato.
A preparação física das equipes pode ser questionada? Calendário apertado?
Os gramados pernambucanos aumentam o risco para lesões deste tipo?
Os árbitros não estão conseguindo conter a violência com punições corretas?
As respostas para essas perguntas talvez acabem com o resumo disso tudo, deixando de tratar os episódios como uma simples coincidência. Uma infeliz coincidência…
Com apenas uma partida na capital, nos Aflitos, o número de torcedores na 7ª rodada do Estadual foi menor até aqui. No borderô, 35.970 pessoas, com média de 5.995. A melhor marca foi na 2ª rodada, com 63.862, mesmo sem clássico. Média de 10.643.
No último sábado, o Clássico das Emoções teve um público total de 15.072. No lado coral, lotação esgotada. Apesar do número, foi o maior público dos alvirrubros.
Esse número reduzido na rodada tem alguma relação com as prévias carnavalescas…?
O baixo resultado da 7ª rodada, para os padrões locais, gerou uma queda no índice geral da competição, agora com 346.302 torcedores em 42 jogos. A média caiu de 8.620 para 8.245, abaixo da marca absoluta de 2011, finalizada em 8.548.
Por sinal, para superar a marca do último ano é preciso chegar a 8.549 pessoas/jogo. Faltam 833.460 torcedores nos próximos 96 jogos.
Em relação à arrecadação do PE2012, a cifra passou de três milhões de reais. No geral, a bilheteria gerou R$ 3.053.504, com um índice de R$ 72.726. De toda a renda bruta da competição, a FPF fica com 6%. Então, a federação já garantiu R$ 183.270.
1º) Santa Cruz (3 jogos)
Total: 78.449
Média: 26.150
Contra intermediários (3) – T: 78.449 / M: 26.150
2º) Sport (3 jogos)
Total: 61.864
Média: 20.621
Contra intermediários (2) – T: 37.247 / M: 18.623
Diante de um bilhão de pessoas mundo afora, estáticos em um espetáculo no futebol americano, uma grande final no Super Bowl 46, direto de Indianápolis.
Espetáculo como esporte, mas também como entretenimento. Um estádio mais moderno que qualquer arena projetada para o Mundial de 2014 e um show de Madonna no palco armado em 10 minutos no centro do campo, no intervalo…
O outro show foi mesmo no campo, com jogadas dignas de uma decisão. Ataques de todos os tipos e poucos erros na defesa. Trama no detalhe.
Após a suada classificação na temporada regular (7 vitórias e 9 derrotas), o New York Giants se mostrou um time “copeiro” e fez história na NFL, chegando ao tetra.
Foram quatro vitórias no mata-mata longe da inquietante Nova York.
Uma metrópole que tem o seu herói. Um quarterback de muita qualidade no passe.
Na sombra do irmão Peyton Manning, o também cerebral quarterback do Indianapolis Colts, Eli Manning precisou se esforçar um bocado para ser reconhecido de fato. Nem o título do Super Bowl em 2008, já pelo New York Giants, foi suficiente.
E olhe que naquela final ele superou o New England Patriots, até então com uma campanha 100%. Havia vencido os 17 jogos e estava pronto para igualar a campanha invicta do Miami Dolphins de 1972. Quatro anos depois, os mesmos oponentes…
Novo duelo contra outro gigante, Tom Brady. Mas o show foi novamente de Eli Manning, que comandou a campanha de 21 x 17, decidida no último segundo. De novo, MVP.
O melhor jogador da partida neste domingo. Sim, o irmão mais novo de Peyton, o senhor dos recordes, agora tem dois títulos de campeão da NFL. O irmão genial soma um…
Nessa “briga” familiar, existe algo indiscutível. Os dois são craques.
Enquanto isso, festa na Big Apple em 2012. Como em 1986, 1990 e 2007.
Frank Sinatra, com a classe de um tetracampeão da NFL, cantaria…
Qualidade da camisa, design, inovação, oferta de produtos, prazo de entrega…
Os fabricantes de material esportivo vivem sob eterna pressão dos clubes. Esses, obviamente, já pressionados por seus torcedores, a procura de novos produtos.
No Recife, duas marcas trabalham com os três grandes clubes.
A Penalty tem contrato assinado com Santa e Náutico, enquanto a Lotto é parceira do Sport há quatro anos. Nos três casos, as empresas também são patrocinadoras.
No entanto, qual é o seu grau de satisfação com essas marcas? Participe da nova enquete do blog e dê sugestões para os clubes e seus fornecedores.
Se for o caso, indique a sua marca preferida para produzir o uniforme do seu time.
Os contratos em vigência vão expirar em março de 2013 (Santa Cruz), dezembro de 2013 (Sport) e dezembro de 2014 (Náutico).
Você está satisfeito com a fornecedora de material esportivo do seu clube?
No clássico dos Aflitos, Emerson Sobral marcou o seu quarto pênalti em quatro jogos na competição. A 3ª penalidade assinalda (a favor do Náutico) o mandou para a geladeira, ainda na segunda rodada. Agora, outra penalidade polêmica, a favor do Timbu. O árbitro reviu o lance e segue dizendo que foi pênalti (veja aqui).
De qualquer forma, a infração consta na atualização do ranking levantado pelo blog. No domingo, Sebastião Rufino Filho marcou dois em Serra Talhada. Ambos de forma correta.
Pênaltis a favor (17)
4 pênaltis – Santa Cruz
3 pênaltis – Petrolina e Serra Talhada
2 pênaltis – Porto e Náutico
1 pênalti – Central, América e Sport
Nenhum pênalti – Ypiranga, Belo Jardim, Salgueiro e Araripina
Pênaltis cometidos
4 pênaltis – Araripina
3 pênaltis – Belo Jardim
2 pênaltis – Ypiranga, Santa Cruz e Serra Talhada
1 pênalti – Salgueiro, Petrolina, Central e Sport
Nenhum pênalti – Náutico, Porto e América
Observações
Porto perdeu 1 pênalti
Serra Talhada desperdiçou 1 pênalti
Ypiranga defendeu 2 cobranças
Central defendeu 1 cobrança
Santa Cruz perdeu 2 pênaltis
Araripina defendeu 1 pênalti
Belo Jardim defendeu 1 pênalti
América perdeu 1 pênalti
Cartões vermelhos (só para os grandes)
1º) Santa Cruz – 4 adversários expulsos; 1 jogador recebeu o vermelho
2º) Sport – 2 adversários expulsos; 2 jogadore receberam o vermelho
3º) Náutico – 1 adversário expulso; 1 jogador expulso
Flávio Caça-Rato abriu a série de 11 gols na 7ª rodada da #PE2012. Assim, o campeonato ultrapassou a marca dos 100 gols, no próprio sábado. A “horna” foi de Elicarlos, que marcou um gol contra no clássico dos Aflitos. No fim da rodada, pelo menos ele comemorou a recuperação da liderança.
Apesar do domingo com dois empates sem gols, o Estadual chegou a 108 tentos em 42 partidas. Na média, 2,57 gols por jogo. Abaixo do índice anterior, de 2,69.
Hoje, as semifinais seriam Náutico x Petrolina e Salgueiro x Sport.
Na artilharia, o alvirrubro Souza aproveitou a suspensão de Joelson e marcou o seu 5º gol. Desta forma, o volante é o artilheiro isolado do Pernambucano.
Náutico 2 x 2 Santa Cruz – Clássico decidido no último lance, de forma irregular. Apesar de bem disputado, jogo ficará marcado pelos erros da arbitragem.
Serra Talhada 1 x 2 Sport – Encerrando o pequeno giro no Sertão, o Leão se recuperou. No fim, quase complicou um jogo fácil. Cangaceiro despencando na ladeira…
Belo Jardim 1 x 0 Salgueiro – Eram 5 vitórias seguidas do Carcará, líder. O Calango parecia uma presa fácil, mas arrancou a 3ª vitória seguida, sob o comando de Leivinha.
América 1 x 2 Central – Após segurar o Santa no Mundão, era preciso somar 3 pontos contra o Mequinha, em crise. A Patativa ensaia uma recuperação. Ainda há tempo?
Ypiranga 0 x 0 Araripina – A Máquina de Costura voltou a perder pontos em casa, em uma campanha agora irregular. O Bode segue a sina dos empates.
Porto 0 x 0 Petrolina – Sem Joelson, expulso na última rodada, o Gavião não teve o mesmo poder de fogo. A Fera, por sua vez, voltou a somar um pontinho em Caruaru.
A partida entre Serra Talhada e Sport seguia morna no Pereirão, sem muitas oportunidades de gol e prensada no meiuca. A morosidade parecia indicar um empate.
Aí, aos 9 minutos da etapa final, Marcelinho Paraíba acertou um chutaço no travessão.
Na sequência do lance, o atacante Jheimy, que não vinha produzindo nas finalizações, foi muito bem na assistência. Cruzou da esquerda para o lateral-esquerdo Renê.
Apagado neste início de temporada e já pressionado pela torcida, inclusive neste domingo, o jovem jogador esbanjou técnica na conclusão. A sua única nas 17 do time.
A bola ainda bateu na trave antes de entrar na meta do Cangaceiro.
Gol da cria da base leonina. Na comemoração, partiu para o abraço. Foi em direção ao técnico Mazola. Não era para fazer média com o comandante…
Aos 19 anos, o piauiense foi promovido ao time profissional justamente pelo técnico, com quem trabalhou na categoria júnior da Ilha.
Abriu o caminho da vitória rubro-negra no Sertão, por 2 x 1, com direito a duas penalidades bem assinaladas e bem cobradas, por Marcelinho e Kássio.
O camisa 10 do Leão até comemorou de forma bizarra, com o “Gol do Dente”…
O fato é que o resultado manteve o Sport, ainda travado em campo, firme no G4 do Estadual. A felicidade da torcida só não foi maior que a do menino de Picos…
Emerson Sobral é o nome de maior destaque nas páginas dedicadas ao Clássico das Emoções nas edições dominicais dos três grandes jornais recifenses neste 5 de fevereiro. Péssimo sinal. Pior, impossível.
Para o árbitro, ser mero coadjuvante é tudo. Passar despercebido e nada mais. Discrição, neste caso, é sinônimo de competência. Nenhum ser vaidoso escolhe o apito. Pelo menos, não deveria. Arbitragem não aceita primeiro plano.
Ao abrir os jornais, Sobral terá o triste, frustrante e decepcionante sentimento de dever “não cumprido”. Ao contrário dos craques, sentirá vergonha ao se ver reproduzido nas fotos e manchetes. Constrangido. Como se fora um intruso. Quase um penetra surpreendido, desmascarado em plena festa.
Ele sabe que ali não é seu lugar. O foco da repercussão deveria ser exclusividade dos verdaeiros artistas do espetáculo. Deveria estar no golaço, no drible, na grande vitória ou na trágica derrota. Até mesmo no empate.
Jamais no apito.
A arbitragem em Pernambuco precisa urgentemente voltar a ser esquecida.
* Lucas Fitipaldi é repórter do Superesportes. Confira o post do clássico aqui.
No Chelsea, o marfinense Didier Drogba já marcou 150 gols em 323 aparições.
Aos 33 anos, o atacante segue como um dos ídolos do clube londrino, onde alcançou a artilharia da Premier League em duas oportunidades, em 2007 e 2010.
Também foi eleito o melhor jogador africano em 2006 e 2009.
Craque, famoso e milionário. Tem o 25º maior salário do mundo, de 516 mil euros. Pois o atacante esbarrou no goleiro do América da Estrada do Arraial.
No sábado, Drogba cobrou uma penalidade e Danilo espalmou…
Com uma história curiosa, Danilo foi o único atleta de um clube do estado na Copa Africana de Nações, que acontece simultaneamente na Guiné Equatorial e no Gabão.
Apesar de ter nascido em Caruaru, ele se naturalizou para jogar na seleção de Guiné em 2005. Foi um dos sete convidados pelo técnico brasileiro Antônio Dumas.
Defendendo as cores de um país de 600 mil habitantes, Danilo sacudiu Guiné com a defesa. Desde já, algo histórico, “unindo” clubes tão distintos como Chelsea e América.
Mas Drogba, como já foi dito, joga muito e faz a diferença para a Costa do Marfim.
Depois do vacilo, ele marcou dois gols e ajudou o seu time a vencer por 3 x 0.